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Psicologia Aplicada ao Direito. Thuinne França Direito - manhã – 2017.2 Resumo Cap.1 O primeiro capítulo do livro busca criar um paralelo entre a psicologia e o direito. Entende-se, logo nas primeiras páginas que a psicologia é o estudo do ser humano, e sua origem grega vem de psyche+logia onde psyche quer dizer alma ou mente( e também o nome da Deusa), e logia vem de logos, que quer dizer discurso, conhecimento, ciência. Desse modo, Psicologia é a ciência da alma e da mente. É a ciência que estuda a mente e o comportamento. Como qualquer disciplina, a Psicologia não nasceu do nada, e sim emergiu com fortes influências de outras áreas de conhecimento, portanto segue abaixo algumas influências filosóficas: Aristóteles: um dos primeiros filósofos de real importância para a Psicologia ao argumentar que nossos atos são controlados pela razão; Descartes: outro importante nome na história da Psicologia Moderna. Sua maior contribuição funda-se na tentativa de resolução do problema mente-corpo, questão que perdurava desde o tempo de Platão. Auguste Comte: Após Descartes, a Ciência Moderna e a Psicologia alavancaram, o pensamento europeu foi impregnado por um novo espírito: o Positivismo. E Comte foi o grande responsável por essa concepção. John Locke: Positivismo e empirismo converteram-se nos alicerces filosóficos de uma nova Psicologia, na qual os fenômenos psicológicos eram constituídos de provas factuais, observacionais e quantitativas. Mais a frente vemos a psicologia do senso comum ou psicologia ingênua, que é entendida como conjunto de ideias, crenças e convicções transmitidas culturalmente e que cada indivíduo possui a respeito de como as pessoas funcionam, se comportam, sentem e pensam. Obs: Fritz Heider foi um dos principais nomes ligados à formulação dos princípios da Psicologia do senso comum. Dentro da psicologia existem alguns objetos de estudo e alguns fenomenos psicológicos, eles são: A concepção do ser humano; E o modo de abordar, intervir e escutar o homem. Dentro da psicologia existem algumas teorias, elas são: A psicanálise; O behaviorismo; O humanismo; E o gestaltismo. A Psicologia no Brasil Em 1962, pela lei nº 4.119, a profissão de psicólogo foi criada e regulamentada com a função de adequar, ajustar e adaptar o indivíduo ao mundo moderno, apesar de seu discurso psi já se encontrar disseminado, em práticas cotidianas, na escola, no hospital e até mesmo no Judiciário. Em 20 de dezembro de 1971, pela lei nº 5.766, com intuito de orientação foi criado o Conselho Federal de Psicologia e 7 Conselhos Regionais. Dos 7 Regionais iniciais, hoje contamos com 23 Conselhos Regionais. A Psicologia Jurídica A Psicologia Jurídica surge no contexto em que o psicólogo coloca seus conhecimentos à disposição do juiz, que irá exercer a função julgadora, assessorando-o em aspectos relevantes para determinadas ações judiciais. A interseção entre a Psicologia e o Direito A Psicologia Jurídica, ou seja, a interseção entre a Psicologia e o Direito, foi referenciada por Mira y Lopes como uma importante ferramenta no campo do Direito. Afirma-nos o autor: “É uma ciência que, pelo menos oferece as mesmas garantias de seriedade e eficiência que as restantes disciplinas biológicas.” Tal posição é ratificada por Leila Maria Torraca de Brito, que diz: “Intensamente influenciada pelo ideário positivista e privilegiando o método científico empregado pelas Ciências Naturais, particularmente a Biologia, a Psicologia Jurídica também teve sua origem ligada à aplicação de testes, quando determinava-se que a compreensão dos comportamentos passiveis de ação jurídica deveria ser aferida através de instrumentos de medida desenvolvidos pela Psicologia.” Miranda Junior reafirma a Psicologia Jurídica enquanto um instrumento de avaliação, na medida em que pontua: “A primeira demanda que se fez à Psicologia em nome da justiça ocorreu no campo da psicopatologia. O diagnóstico psicológico servia para classificar e controlar os indivíduos. Os psicólogos eram chamados a fornecerem um parecer técnico, em que através do uso não crítico dos instrumentos e técnicas de avaliação psicológica emitiam um laudo informando à instituição judiciária, via seus representantes, um mapa subjetivo do sujeito diagnosticado.
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