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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ - BARREIROS CURSO DE GRADUAÇÃO EM NUTRIÇÃO APRESENTAÇÃO DO TRABALHO, REAÇÃO DE HIPERSENSIBILIDADE. Trabalho de AV1, apresentado n a disciplina de Imunologia Básica como complemento de pontuação, do curso de nutrição, da área da saúde na Universidade Estácio de Sá na região de Barreiros. Professor(a): Adolfo Haruo Koga KETILYN CRISTINA DOS SANTOS SÃO JOSÉ-SC, 2017 Introdução Quando uma resposta imune resulta em uma reação exagerada ou imprópria que danifica o hospedeiro, é usado o termo hipersensibilidade ou alergia. As manifestações clínicas dessas reações são típicas em um determinado indivíduo e ocorrem em contato com um antígeno específico para o qual o indivíduo é hipersensível. O primeiro contato do indivíduo com o antígeno o sensibiliza, isto é, induz a produção de anticorpos, e um contato freqüente induz uma resposta alérgica. As reações de hipersensibilidade podem ser subdivididas em quatro tipos principais, tipo I (hipersensibilidade imediata), tipo II (hipersensibilidade citotóxica), tipo III (hipersensibilidade do complexo imune) e tipo IV ( hipersensibilidade tardia). No trabalho realizado destaca-se a hipersensibilidade tipo IV. Reações de hipersensibilidade Tabela 1- Tipos de hipersensibilidade Tipo Mediador Reação I (imediata) Anticorpo IgE Anticorpo IgE é induzido pelo alérgeno e liga-se a mastócitos e basófilos. Quando novamente exposto ao alérgeno, forma-se uma ponte entre as IgEs ligadas, levando a degranulação e liberação dos mediadores (por exemplo, histamina). II (citotóxica) Anticorpo IgG Os antígenos de superfície celular combinam com o anticorpo, levando á lise mediada pelo complemento (por exemplo, transfusões ou reações Rh). III (complexo imune) Anticorpo IgG O complexo imune antígeno-anticorpo é depositado nos tecidos, o complemento é ativado e as células polimorfonucleadas são atraídas ao local. Elas liberam enzimas que danificam os tecidos. IV (tardia) Células T Linfócitos T auxiliares sensibilizados por um antígeno liberam citocinas. Hipersensibilidade tardia (tipo VI) A hipersensibilidade tardia é uma função dos linfócitos T auxiliares. Ela pode ser transferida por células T imunologicamente comprometidas (sensibilizadas) e não pelo soro. A resposta é ‘’retardada’’, isto é, inicia-se horas (ou dias) após o contato com o antígeno e normalmente dura por muitos dias. Os mecanismos de dano na hipersensibilidade tardia incluem linfócitos T, monócitos e macrófagos. Células T citotóxicas causam danos diretos enquanto que células auxiliares T (TH1) secretam citocinas que ativam células T citotóxicas e recrutam e ativam monócitos e macrófagos, que causam a maioria das lesões. A lesão da hipersensibilidade tardia contém principalmente monócitos e algumas células T. A hipersensibilidade tipo IV está envolvida na patogênese de muitas doenças auto-imunes e infecciosas (tuberculose, lepra, blastomicose, histoplasmose, toxoplasmose, leishmaniose, etc.) e granulomas devido a infecções e antígenos estranhos. Uma outra forma de hipersensibilidade tardia é a dermatite de contato (hera venenosa, agentes químicos, metais pesados, etc.) nos quais as lesões são mais populares. Alguns aspectos clínicos importantes da hipersensibilidade tardia: Hipersensibilidade de contato: Esta manifestação de hipersensibilidade ocorre após a sensibilização com agentes químicos simples (p. ex., níquel e formaldeído), materiais de plantas (p. ex., hera e aroeira) figura 1, drogas aplicadas topicamente (p. ex., neomicina), alguns cosméticos, sabonetes e outras substâncias. Em todos os casos, pequenas moléculas atuam como haptenos, entram na pele, ligam-se a proteínas do corpo e tornam-se antígenos completos. . A hipersensibilidade medida por células é induzida, principalmente na pele. Sob um contato posterior com o agente nocivo, a pessoa sensibilizada desenvolve eritema, coceira, vesículas, eczema ou necrose da pele dentro de 12 a 48 horas. Pra prevenir o reaparecimento da hipersensibilidade deve-se evitar o contato com o antígeno. Figura 1 , hipersensibilidade causada por aroeira. Hipersensibilidade do tipo tuberculina: A hipersensibilidade tardia a antígenos de microorganismos ocorre em muitas doenças e tem sido usada como um auxílio no diagnóstico. Ela é demonstrada pela reação da tuberculina. Quando um paciente previamente exposto ao Mycobacterium tuberculosis é injetado com uma pequena quantidade de tuberculina (PPD) intradérmica (figura 2), ocorre uma pequena reação nas primeiras horas. Entretanto, o intumescimento e a vermelhidão desenvolvem-se gradualmente e atingem um pico em 48 a 72 horas ( figura 3). Um teste cutâneo positivo indica que a pessoa foi infectada com o agente, mais não confirma a presença da doença no momento. Entretanto, o fato de o teste cutâneo converter de negativo para positivo sugere que o paciente foi recentemente infectado. Pessoas infectadas nem sempre apresentam um resultado positivo porque a recuperação da infecção, desordens que suprimem a imunidade mediada por células, por exemplo, uremia, sarampo,sarcoidose, linfoma e AIDS, ou a administração de drogas imunossupressoras (p. ex., corticosteróides e antineoplásticos) podem causar anergia. Figura 2 Figura 3 Hipersensibilidade tipo IV pode ser classificada em três categorias dependendo do tempo de início e apresentação clínica e histológica (tabela 2). Tabela 2- Reações de hipersensibilidade tardia Tipo Tempo de reação Aparência clínica Histologia Antígeno e local Contato 48-72 horas Eczema Linfócitos, seguido por macrófagos; edema de epiderme. Epiderme (agentes químicos orgânicos, hera venenosa, metais pesados, etc.) Tuberculina 48-72 horas Calosidade local Linfócitos, monócitos, macrófagos. Intraderme (tuberculina, lepromina, etc.) Granuloma 21-28 dias Endurecimento Macrófagos, células epitelióides e células gigantes, fibrose. Antígeno persistente ou presença de corpo estranho (tuberculose, lepra, etc.) Conclusão A hipersensibilidade tardia é causada por linfócito T, a maioria das doenças deste tipo aparenta ser causada por auto-imunidade. As reações auto-imunes acontecem contra os antígenos celulares com distribuição tecidual restrita. Por isso, elas tendem a ser limitadas a uns poucos órgãos, e não são usualmente sistêmicas. A lesão tecidual também pode acompanhar as respostas usuais das células T aos micróbios. Para prevenir devemos evitar o contato com o antígeno. Referências LIVRO: MICROBIOLOGIA MÉDICA E IMUNOLOGIA , WARREN LEVINSON, ERNEST JAWETZ. http://www.microbiologybook.org/Portuguese/immuno-port-chapter17.htm
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