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Berne e Levy – Capítulo 39 – Princípios Gerais da Fisiologia Endócrina
Descreva os mecanismos dos hormônios autócrinos, parácrinos, endócrinos e neuroendócrinos:
	Hormônios autócrinos: estimulam células próximas unidas por junções comunicantes ou pelo interstício, ou ainda da própria célula.
	Hormônios parácrinos: estimulam células vizinhas, a substância alcança a célula alvo pelo interstício.
	Hormônios endócrinos: a substância utiliza a circulação sanguínea para atingir a célula-alvo.
	Hormônios neuroendócrinos: a substância produzida por um neurônio percorre seu axônio e atinge a célula-alvo pela corrente sanquínea.
 
Discusse sobre a síntese das diferentes classes hormonais:
O Berner e Levy caracteriza uma divisão em 4 das classes hormonais:
- aminas: são os hormônios da tireóide e as catecolaminas. Esses hormônios derivam do aminoácido tirosina e mantém o grupo α-amino alifático. As catecolaminas são produzidas com a introdução de um segundo grupamento hidroxil no anel benzênico. Nos hormônios da tireóide ocorre iodação do anel benzênico.
- esteróides: são hormônios do córtex da adrenal, das glândulas reprodutivas e os metabólitos ativos da vitamina D. O colesterol é o precursor comum desta classe. Ocorrem modificações das cadeias laterais, hidroxilações em vários locais e aromatização do anel do colesterol para a síntese ocorrer.
- prostanóides: são hormônios de origem no ácido graxo insaturado, o ácido arquidônico. Ele sofre adições de átomos de oxigênio e a ciclicização para criar anéis.
- prtéicos: sua síntese ocorre igual a outras proteínas corporais. RNA primário é sintetizado a partir de DNA (do gene) e sofre splicing, que dá origem a um RNA maduro capaz de sofrer tradução. A tradução dá origem final aos pró-hormônios após produtos intermediários sofrerem clivagem. 
Explique o mecanismo de ação dos hormônios mediados pela proteína G:
	As proteínas G são trímeros formados por duas subunidades: uma α específica e uma dimérica β-γ. A primeira se iga aos receptores, às moléculas efetoras e ao GDP, a segunda subunidade pode ter a função de ligar a proteínas G ao receptor de membrana. A proteínas G, quando inativa, está ligada ao GDP. Ao ocorrer a ativação, ela se solta do GDP e se prende ao GTP, essa troca ativa a proteína G o que faz com que as subunidades se dissociem em dois complexos: α-GTP e β-γ. O primeiro complexo se liga a uma molécula efetora como a senzimas adenilato ciclase e fosfolipase C ou ainda a uma proteína de um canal iônico. A atividade da molécula efetora é estimulada ou inibida pelo complexo α-GTP. Nesse processo, a subunidade α hidrolisa o GTP a GDP, o que faz a proteína G se recompor e estar pronta para reiniciar o ciclo.
Berne e Levy – Capítulo 40 – Metabolismo Corporal Total
Defina termogênese induzida pela dieta:
	É um pequeno aumento obrigatório do gasto energético explicado pelo custo da digestão e pela velocidade aumentada de reações envolvidas na distribuição das calorias ingeridas, como armazenamento de glicose, glicogênio e degradação dos aminoácidos a uréia.
De que forma ocorre o armazenamento de energia? Qual a sua importância? 
	A melhor forma de armazenar energia é transformar os substratos em triglicerídeos e armazená-los na forma de gordura no tecido adiposo. Além disso, a energia pode estar armazenada de uma forma de fácil acesso, que seria o glicogênio. O glicogênio hepático disponibiliza cargas energéticas para todo o organismo, enquanto o glicogênio muscular supre apenas necessidades deste tecido. A gordura é eficiente armazenador de energia devido à sua lata densidade calórica. As proteínas também são fonte de energia, apesar de serem as que precedem a morte por inanição, sendo o último estágio de reserva.
A importância de armazenar energia consiste no fato de humanos não se alimentarem de forma constante, exigindo períodos de jejum. Durante esses períodos, apenas as formas energéticas armazenadas são as fontes de vida para o organismo, mantendo, no mínimo, seu metabolismo basal enquanto houver fontes disponíveis.
Explique as adaptações metabólicas durante o jejum:
	Diz-se que o indivíduo em jejum está em um estado de catabolismo, pois os carboidratos, gorduras e reservas de proteínas estão caindo. No primeiro momento ocorre gligenólise no fígado. Após essas reservas estarem depletadas, ocorre gliconeogênese. Se o jejum persistir, as reservas protéicas são viabilizadas para consumo a partir da degradação da proteína muscular, aumentando a excreção de uréia pela urina. Assim se mantendo o estado, ocorre lipólise acelerada dos triglicerídeos do tecido adiposo. Todos esses processos de gliconeogênese fomentam um estado de acidose metabólica por produção de cetoácidos no fígado. Então, a taxa metabólica basal é diminuída para atender a queda das reservas energéticas, limitando seus gastos. O sistema nervoso passa a responder pelos cetoácidos como fonte energética, diminuindo sua necessidade por glicose a um terço. Quando as reservas de gordura estão quase exauridas, a degradação protéica acelera rapidamente e a ocorre falência por inanição.
Qual o principal combustível energético dos tecidos? E do SNC?
	O principal combustível energético para os tecidos e o SNC é a glicose, porém, em casos de jejum prolongado, o SNC pode diminuir sua dependência de glicose a até um terço do total para poupar o gasto das reservas energéticas. Essa diminuição ocorre por uso de cetoácidos como fonte de energia em substituição a glicose. 
Explique o papel da leptina como reguladora da reserva energética e aponte outras substâncias reguladoras.
	A leptina é uma molécula sinalizadora do tecido adiposo. Ela, através de seus receptores hipotalâmicos, sinaliza os estados de jejum ou de alimentação. A leptina é liberada com o aumento da massa de tecido adiposo, sinalizando para o SNC que não precisa mais “se alimentar”, induzindo a saciedade nos núcleos hipotalâmicos. A leptina forma um alça de retroalimentação negativa junto com as células adiposas e as células hipotalâmicas. O resultado é a estabilização das reservas energéticas no tecido adiposo pela coordenação da regulação celular hipotalâmica da ingestão calórica e do gasto energético. A insulina é responsável por reforçar a ação da leptina. Níveis plasmáticos aumentados de insulina agem como leptina, elevando-se quando a massa adiposa aumenta. A insulina também penetra no SNC via um sistema de transporte e induz a saciedade. O hormônio concentrador de melanina (MCH) age de forma inversa e estimula a busca do alimento e aumento do tecido adiposo. Serotonina, CCK e GLP-1 induzem saciedade e enterostatina diminui a ingestão de gorduras.
Berne e Levy – Capítulo 41- Hormônios das Ilhotas Pancreáticas
A secreção de insulina sozinha causa hipoglicemia?
	Não. Mesmo que nenhum mecanismo de retroalimentação negativa por outros hormônios esteja presente no organismo, por doença momentânea ou definitiva, a insulina regula pra baixo seus receptores quando em alta concentração. Logo, a própria insulina aumenta sua taxa de degradação e síntese, evitando uma hipoglicemia aumentada.
Citar e descrever os hormônios contrários à insulina (regulação pela hipoglicemia).
	Leptina: a insulina estimula a secreção de leptina diretamente e indiretamente, aumentando a massa adiposa. A leptina vai inibir a síntese e liberação de insulina.
	Glucagon: secretado pelas células α das ilhotas pancreáticas quando estas percebem um estado de hipoglicemia. O glucagon vai ter efeito fisiológico contrário ao da insulina, podendo, ou não, inibir sua síntese e secreção.
	Somatostania: inibidor profundo da secreção de insulina. Esse feito consiste em coordenar as taxas de movimento do bolo alimentar, digestão e absorção de nutrientes com as taxas de captação de nutrientes pelo fígado e tecidos periféricos.
Quais os fatores que aumentam a secreção de insulina?
	O principal fator que estimula a secreção de insulina é a glicose. Alguns hormônios gastrointestinais(GLP-1 e GIP) também possuem relevância na sua secreção aumentada, visto que, durante as refeições, esses hormônios vão aumentar os níveis plasmáticos de insulina para antever um aumento da concentração plasmática de glicose. Os aminoácidos provenientes da digestão de proteínas também são fatores estimulantes de efeito sinergístico com a glicose. Os triglicerídeos têm efeito indireto através do GIP. Cetoácidos tem pequena estimulação em jejum prolongado. Os nervos simpáticos e a adrenalina, através dos receptores β-adrenérgicos, estimulam a secreção, assim como os nervos parassimpáticos através do nervo vago. Cortisol, GH, lactogênio placentário humano e hormônios da tireóide antagonizam a ação da insulina e aumentam sua necessidade em tecidos periféricos, fazendo que sua secreção aumente.
Qual o papel do fígado na regulação da glicemia? 
	O fígado é responsável, mas não o único, pelo armazenamento de glicose na forma de glicogênio. Essa transformação auxiliada pela insulina diminui os níveis plasmáticos de glicose, evitando ou diminuindo a hiperglicemia. Ele também fornece glicose para o plasma quando ela tem sua concentração diminuída, podendo ser por glicogenólise ou gliconeogênese, diminuindo a hipoglicemia. O fígado também participa da metabolização da insulina, diminuindo seus efeitos no organismo.
Explique o papel da insulina na degradação equilibrada dos substratos energéticos.
	Proteínas: a insulina aumenta o seqüestro de aminoácidos e proteínas em todos os tecidos-alvo. Portanto, a insulina é um hoirmônio anabólico. 
	Ácidos graxos: a insulina desloca sua β-oxidação e cetogênese em favor da formação de triglicerídeos, podendo ser considera anticetogênica e lipogênica. Essa ação se dá no fígado. 
	Carboidratos: é a ação mais clássica da insulina. Ela vai deslocar a glicose do plasma para armazenamento no músculo e inibir a saída da mesma do fígado. 
	Todas essas ações evitam o acúmulo dos substratos da digestão no plasma após uma refeição, fazendo a regulação dos mesmos.
Explique, detalhadamente, o mecanismo estimulatório da glicose na secreção da insulina.
	Quando ocorre a formação do complexo hormônio-receptor em uma célula-alvo, esse complexo é interiorizado por endocitose. A subunidade β do receptor de membrana gera um sinal via atividade tirosina cinase. Ocorre ligação de ATP e a subunidade β se autofosforila em 3 tirosinas principais no domínio catalítico. A tirosina cinase do receptor ativada vai fosforilar receptores de insulina homólogos e específicos (IRS). Cada IRS-fosfotirosina serve como local de ancoragem e ativação para inúmeras outras proteínas cinases, proteínas fosfatases e proteínas facilitadoras que se ligam a proteínas G da membrana, fosfolipases e canais de íons. As IRS-fosforilações vão translocar transportadores de glicose para a membrana, ativar ou desativar enzimas no metabolismo da glicose e reprimir ou transcreverem genes que participem desse metabolismo. 
Explicar sucintamente a ação da insulina. 
	A principal ação da insulina é o estímulo à captação de glicose pelas células-alvo. Ela faz isso estimulando translocação de transportadores de glicose para a membrana plasmática, assim como sua síntese, e a ativação, inibição ou síntese de enzimas q participam direta ou indiretamente do metabolismo celular da glicose. Além disso, ela também atua em outros substratos. Quando existe abundância de nutrientes, ela age no sentido de armazenar o excesso e suprimir a mobilização de substratos endógenos. 
Explique a secreção bifásica da insulina.
	Quando exposta a glicose, a secreção de insulina tem um pulso imediato dentro de segundos e tem seu pico dentro de 1 minuto, retornando à linha base de secreção. Após 10 minutos de estímulo contínuo, os níveis plasmáticos de insulina sobem lentamente e atingem um platô que pode ser mantido por várias horas. Essa resposta bifásica pode ser gerada por resposta de grânulos com sensibilidades diferentes a glicose, estímulo pela glicose de síntese de insulina, que sustenta a fase tardia (a primeira fase seria de insulina previamente sintetizada) e ainda por geração rápida de insulina, seguida de remoção lenta de uma substância que é formada após o estimulo de glicose e age com um inibidor, por retroalimentação, de liberação de insulina.
Explique as etapas que antecedem a secreção de insulina estimulada pela glicose.
Primeiramente há um aumento dons níveis plasmáticos de glicose. Para que as células β sejam estimuladas a fim de secretarem insulina, faz-se necessária a exposição das mesmas às concentrações plasmáticas de glicose, para haver equilíbrio das concentrações e gerar secreção de insulina proporcional à real necessidade. A difusão de glicose para dentro das células β é facilitado por um transportador específico (Glut-2) localizado em altas concentrações nos microvilos dos canalículos entre as células β. A partir da entrada da glicose nas células, ocorre fosforilação dela pela glicocinase, enzima que parece funcionar como sensor de glicose e controla a resposta subseqüente da célula. A fosforilação limita o uso da glicose pela ilhota, então ocorre glicólise e leva a piruvato e a lactato, que são estimulantes da secreção de insulina.
A glicose administrada por via oral induz uma maior resposta insulinagoga? Justifique.
	Sim. Essa resposta insulinagoga quando a glicose é administrada via oral se deve à ação potencializadora de hormônios gastrintestinais liberados em resposta às refeições. O peptídeo 1 (GLP-1) e o polipeptídeo inibitório gástrico (GIP) são os mais importantes insulinogogos. Esse mecanismo modera a elevação inicial da glicose plasmática após absorção de uma refeição rica em carboidratos.
Explique o mecanismo de ação celular da insulina.
	A insulina se combina com seu receptor glicoprotéico na membrana plasmática da célula-alvo. Esse receptor é um tretâmero com duas subunidades α e duas β. A subunidade α é ligada à β por pontes de sulfetos e a subunidade β atravessa a membrana plasmática, residindo largamente no citoplasma. Após a formação do complexo hormônio-receptor, ele é internalizado por endocitose, dessa forma o hormônio é degradado e o receptor pode ser reutilizado, degradado ou armazenado. A transdução inicial de sinal ocorre via atividade tirosina cinase do receptor, que fica na porção intracitoplasmática da subunidade β. A tirosina, após ser ativada, fosforila tirosinas em quatro substratos do receptor de insulina homólogos e específicos (IRS). A IRS-fosfotirosina serve, possivelmente, como local de ativação para inúmeras outras proteínas cinases, proteínas fosfatases e proteínas facilitadoras que se ligam às proteínas G da membrana, fosfolipases e canais de íons. As IRS-fosforilações de tirosinas são seguidas de translocação de proteínas transportadoras de glicose para a membrana plasmática, ativação ou desativação de inúmeras enzimas no metabolismo da glicose e dos ácidos graxos livres e repressão ou transcrição de genes no núcleo da célula-alvo. A insulina também participa de apoptose celular através da interação com o gene ras.
Quais os efeitos da insulina a nível hepático, muscular e adiposo?
	No fígado, a insulina melhora o movimento pra dentro da glicose induzindo a glicocinase hepática, que catalisa a fosforilação da glicose em glicose-fosfato. Então, promove o armazenamento de glicose como glicogênio por ativar o complexo enzimático glicogênio sintetase. Estimula a glicólise e inibe a glicogenólise hepática, saída de glicose hepática e a gliconeogênese, além de diminuir a captação hepática de aminoácidos e a produção de cetoácidos. 
	No músculo, a insulina estimula acaptação de glicose. Dessa glicose, de 20 a 50% sofre oxidação, o restante é armazenado como glicogênio. O fluxo sanguíneo muscular também aumenta. Além disso, a insulina estimula captação de aminoácidos pelo músculo, assim como diminuição da proteólise.
	No tecido adiposo, a insulina aumenta o depósito de gordura de várias formas. Suprime a lipólise, a liberação deácidos graxos armazenados e glicerol. Também promove a deposição de gordura circulante no tecido adiposo.
Quais os efeitos do glucagon a nível hepático, muscular e adiposo?
	O efeito mais significativo do glucagon dá-se no fígado. Suas ações no tecido adiposo e nos músculos são pequenas, a não ser que a insulina esteja totalmente ausente, algo muito improvável. No fígado, o glucagon tem efeito glicogenolítico através da ativação da glicogênio fosforilase e inibição da glicogênio sintetase, impedindo o caminho inverso da reação anterior. O glucagon também estimula a gliconeogênese por aumentar a extração hepática de aminoácidos, aumento das atividades e concentrações de enzimas gliconeogênicas e diminuição das de glicólise.
Berne e Levy – Capítulo 44 – A Glândula tireóide
Explique a formação de T3 e T4:
	O iodeto captado do meio extracelular se desloca para a superfície apical das células epiteliais tireoideanas. Um transportador iodeto-cloreto, chamado pendrina, que é independente de sódio, desloca o iodeto para a luz dos folículos. Na luz, o iodeto é oxidado a iodo e incorporado a moléculas de tirosina. As tirosinas estão incorporadas dentro das tireoglobulinas por ligações peptídicas. A tireoglobulina está presente dentro de pequenas vesículas formadas, após sua síntese no citoplasma das células epiteliais, pela passagem da enzima para a luz dos folículos. No folículo, a tireoglobulina é iodada para formar monoiodotirosina e/ou diiodotirosina, essas moléculas se unirão para formar T3 (mono + di) ou T4 (di + di).
Por que o efeito biológico de T3 reverso é quase nulo?
Porque o T3 reverso tem atividade calorigênica insignificante. Em geral, esse hormônio é gerado quando existe T4 em abundância, logo, a formação de hormônio biologicamente inativo, é uma forma de conter a superprodução hormonal.
Cite os fatores envolvidos na síntese/regulação dos hormônios tireóideos:
	O regulador mais importante da secreção de hormônios tireóideos está no eixo hipotálamo-hipofisário. Os hormônios TRH (hipotálamo) e TSH (hipófise) estão envolvidos nesse mecanismo. O TRH regula a síntese e excreção de TSH nos tireotrofos. O TSH age diretamente na tiróide, regulando seu crescimento e metabolismo. Outro regulador é o iodeto. Em níveis baixos, sua disponibilidade regula a secreção dos hormônios, além de favorece a razão de síntese dos dois hormônios em favor do T3 pelo fato do mesmo ser 3 vezes mais potente que o T4. Seu excesso revela um fenômeno auto-regulatório chamado efeito Wolff Chaikoff.
Explique o efeito Wolff-Chaikoff:
	È um efeito auto-regulatório que ocorre quando a ingestão diária de iodo excede 2mg/dia. Desse modo, a concentração intraglandular de iodeto atinge níveis que suprime a atividade de NADPH oxidadase e os genes NIS e TPO, interferindo no mecanismo de biossíntese hormonal. 
O gene NIS é responsável pela síntese do co-transportador sódio-iodeto, que é uma proteína da membrana plasmática das células epiteliais tireoideanas. A captura de iodeto é feita através se simporte contra um gradiente de concentração do mesmo. A fonte de energia para esse transporte provém da sódio/potássio ATPase da membrana plasmática. A partir daí, o sódio é transportado junto com o iodeto pelo co-transportador citado, numa proporção de 2 pra 1 respectivamente, a favor de seu gradiente de concentração. Já o gene TPO sintetiza a tireoperoxidase, enzima reponsável pela catálise de iodação das moléculas de tirosina, formando as monoiodotirosinas e diiodotirosinas, e união das mesmas, formando T3, T4 e rT3.O NADPH gera peróxido de higrogênio, receptor de elétrons na reação iodeto-iodo. A supressão de NADPH impede essa transformação, quebrando o mecanismo de biossíntese hormonal.
Explique o aumento da temperatura por hormônios da tireóide:
O aumento da temperatura corporal pelos hormônios tireóideos está relacionado ao aumento do consumo de oxigênio através de sua oxidação. Essa oxidação vai aumentar a taxa metabólica basal e a produção de energia por excesso vai gerar o aumento de temperatura. Quando esse aumento supera a necessidade homeostática do ser, ocorre um aumento compensatório de perda de calor por aumento do fluxo sanguíneo, sudorese e ventilação.
Berne e Levy – Capítulo 46 – Glândula Reprodutora Masculina
Quais as funções da testosterona no homem?
	A testosterona pode ter dois tipos de estímulos no homem. O primeiro está ligado aos efeitos na função reprodutora e nas características sexuais secundárias. O outro é referente ao crescimento e amadurecimento de tecido não reprodutivo.
	Em relação aos estímulos das funções reprodutoras, a testosterona é essencial em alta concentração nas células de Sertoli para o término dos estágios mais tardios da espermatogênese. Ela impede a separação prematura das espermátides das células de Sertoli no penúltimo estágio, logo, promovendo a separação no último estágio (espermiação). Esse efeito pode ser explicado pela habilidade em estimular, na célula de Sertoli, a síntese e a secreção de moléculas de adesão, tais como a N-caderinas. A testosterona também é precursora de DHT e estradiol, que também tem efeitos na reprodução. A testosterona causa aumento do pênis e das vesículas seminaisdurante a puberdade.
	Quanto aos tecidos não reprodutivos, a testosterona promove aumento da laringe, espessamento das cordas vocais (resultando em voz mais grave), estimula o estirão do crescimento puberal. Também é responsável pelo término do crescimento linear, fechandos centros de crescimento epifisários. Osteoblastos possuem receptores de andrógenos e são induzidos pela testosterona na função de amadurecimento ósseo. A testosterona causa aumento da massa muscular em homens por anabolismo protéico. Os níveis circulantes de colesterol ligado a LDL aumentam enquanto os níveis de colesterol ligado a HDL diminuem. O acúmulo de gordura na parte abdominal e visceral é favorecido. 
Algumas outras funções da testosterona: (1) estímulo da síntese de eritropoietina e amadurecimento de precursores eritróides, mantendo massa normal de hemácias; (2) estímulo da reabsorção renal de sódio; (3) supressão da síntese hepática de globulina ligadora de esteróides sexuais (SSBG); (4) supressão do crescimento da glândula mamária; (5) início do impulso sexual e habilidade de atingir uma ereção completa; e (6) estimulação de comportamento agressivo.
Berne e Levy – Capítulo 46 – Gl. Reprodutora Feminina
Descreva o ciclo ovariano:
	Cinco a 7 dias após o início das mentruações, um único folículo de Graaf é selecionado de seu pequeno grupo de cerca de 20 folículos irmãos e se torna o folículo dominante daquele ciclo. Com exceções, esse ciclo ocorre em um ovário por mês. Esse folículo dominante possui alto índice mitótico de suas células granulosas. Há crescimento celular em conjunto com produção aumentada de líquido antral. A pressão coloidosmótica do líquido também aumenta devido à despolimerização dos mucopolissacarídeos, porém a pressão intrafolicular se mantém constante. As células granulosas se separam e o cumulus oophorus se afrouxa. A vascularidade da teça aumenta gradamente. A porção da lâmina basal adjacente à superfície do ovário sofre um processo de proteólise. O folículo se rompe e libera o oócito com seu cumulus oophorus aderente na cavidade peritonial. Neste momento, a primeira divisão meiótica já está completa. O oócito secundário resultante é sugado para dentro da Trompa de Falópio mais próxima. A outra célula filha, chamada primeiro corpo polar, é descartada. No interior da Trompa de Falópio, a penetração por um espermatozóide estimula o término da segunda divisão meiótica e leva à formação de um óvulo haplóide e a um segundo corpo polar. 
	Após a ovulação, o restante do folículo rompido forma uma nova estrutura endócrina, o corpo lúteo. Ele fornece o equilíbrio necessário de esteróides gonodais que otimiza as condições para implantação de um óvulo fertilizado e para manutenção do zigoto até que a placenta possa assumir esse papel. A produçãode hormônios esteróides se dá pela captação de colesterol LDL a partir do plasma. 
	Se a fertilização e a gravidez não acontecerem, o corpo lúteo sofre luteólise, as células endócrinas sofrem apoptose e necrose, além da estrutura ser invadida por leucócitos, macrófagos e fibroblastos. O corpo lúteo é, então, substituído por uma cicatriz avascular, o corpus albicans.
Descreva as variações hormonais femininas nas diferentes fases da vida:
Após 4 semanas de gestação, o GnRH está presente no hipotálamo e o FSH e o LH estão presentes na hipófise após 10 a 12 semanas. Um grande pico de gonadotropinas ocorre no plasma fetal no meio da gestação. Essas concentrações caem para níveis baixos antes do nascimento. Aos 2 meses de idade há um aumento pouco prolongado em mulheres. No resto da infância as gonadotropinas são secretadas em níveis muito baixos. 
	Na puberdade, há amadurecimento do eixo hipotalâmico-hipofisário-gonodal. Isso leva a uma síntese aumentada de GnRH, com conseqüente aumento da razão de LH para FSH plasmático. LH estimula liberação de estradiol em mulheres, enquanto o FSH estimula elevação de níveis de inibina. A leptina aparece com uma função permissiva (facilitadora) importante. Aumento dos níveis de estradiol estimula a produção de GH. O estrógeno irá diminuir a resposta corporal ao GH. Andrógenos adrenais estimulam o crescimento epifisário antes do início da puberdade. Estabelecido o padrão adulto de secreção de gonadotropinas, as mulheres apresentam sua secreção mensal dramática, com picos de LH que excedem granemente os picos de FSH.
	Na menopausa, alterações são causadas por picos irregulares de secreção de estradiol sem secreção adequada de progesterona durante a fase lútea. Com o desaparecimento dos folículos, a secreção de estrógenos e inibinas cessa. A perda da retroalimentação negativa faz com que os níveis plasmáticos de LH e FSH aumentem. 
Caracterize o ciclo uterino (endometrial) e diga qual sua função.
R: Esse ciclo está associado à produção mensal de estrógenos e de progesterona pelos ovários. Podemos dividir esse ciclo em 2 fases:
- FASE PROLIFERATIVA: essa fase se caracteriza pela rápida proliferação de células do estroma e das células epiteliais do útero, causada pelas crescentes quantidades de estrogênios secretados pelo ovário. A superfície endometrial é reepitelizada dentro de 4 a 7 dias após o início da menstruação. A seguir, durante a próxima semana (antes da ocorrência da ovulação), o endométrio aumenta acentuadamente de espessura, devido a um número crescente de células do estroma e ao crescimento progressivo das glândulas endometriais e de novos vasos sangüíneos no endométrio. As glândulas endometriais, particularmente as da região cervical, secretam muco fino e filamentoso, que se alinham ao longo do comprimento do canal cervical, formando canais que ajudam a orientar os sptz na direção do útero.
- FASE SECRETÓRIA: esta fase se caracteriza pela intensa secreção de estrogênio e progesterona pelo corpo lúteo, após a ocorrência da ovulação. Os estrogênios causam ligeira proliferação adicional das células no endométrio, enquanto a progesterona causa aumento acentuado do volume e desenvolvimento secretor do endométrio. A sinuosidade das glândulas aumenta,e observa-se acúmulo de substâncias secretores nas células epiteliais glandulares. Além disso, o citoplasma das células do estroma aumenta; os depósitos de lipídios e de glicogênio aumentam acentuadamente nas células do estroma; e o suprimento sangüíneo do endométrio aumenta ainda mais, em proporção à atividade secretora em desenvolvimento. 
O propósito de todas essas alterações endometriais consiste em produzir um endométrio altamente secretor, contendo grande quantidade de nutrientes armazenados p/ fornecer condições apropriadas para a implantação do ovo fertilizado durante a segunda metade do ciclo ovariano.
Caracterize o padrão de secreção de gonadotropinas ao longo da vida da mulher. 
R: O padrão de secreção de gonadotropinas na mulher está marcado por fases cíclicas e acíclicas ao longo da vida. A secreção desses hormônios – FSH e LH – é controlada pelo hormônio liberador GnRH. Durante a gestação existe um pico transitório de liberação de FSH e LH. Na infância, quase não há secreção de GnRH pelo hipotálamo, logo, os níveis de FHS e LH secretados são normalmente baixos. Tanto na gestação como na infância, as taxas de FSH e LH são necessárias apenas para uma taxa adequada de crescimento folicular pelo resto da vida, sendo essas duas fases da vida caracterizadas pela ausência de ciclos de hormônios gonadotrópicos. Entre 9 e 12 anos, a hipófise começa a secretar progressivamente mais FSH e LH, culminando no início dos ciclos sexuais mensais normais. Esse período, que corresponde a puberdade, está caracterizado por uma variação cíclica de FHS e LH durante os ciclos sexuais mensais, que, por sua vez, são determinados por variações crescente de estrogênio na puberdade e no início da vida reprodutiva. Aos 40 e 50 anos de idade, os ciclos sexuais ficam, habitualmente, irregulares, e depois de alguns meses ou anos, eles cessam. Esse período, chamado de menopausa, é caracterizado pela incapacidade dos ovários responderem pelos níveis de FSH e LH. Logo, a produção de estrógenos diminui acentuadamente de modo que esses hormônios não mais conseguem inibir a produção de gonadotropinas FSH e LH. Estes hormônios gonadotrópicos, por sua vez, passam a ser produzidos em quantidades grandes e contínuas, sem a presença de ciclos.
Berne e Levy – Capítulo 46 – Glândulas Reprodutoras
Na transformação esteroidogena, qual a diferença entre as gônadas masculina e feminina?
	Na gônada masculina, há transformação de testosterona por reduçãoem diidrotestosterona (DHT) e 5α-androstenediol. Existem em dois tipos de enzima-chave para esse processo, a 5α-redutase. O tipo 2 está presente nos tecidos genitais e é essencial para a diferencição destes tecidos no padrão masculino. O tipo 1 é responsável pela transformação nos tecidos-alvo.
Estradiol e estrona (estrógenos) são produzidos em quantidades significativas em homens. Porém, há pouca secreção testicular, a maior parte é derivada de testosterona e androstenediona circulantes por aromatização, que se dá amplamente no tecido adiposo e no fígado.
	A grande diferença está quando se compara a produção feminina de estradiol e estrona. A maior parte do estradiol provém de secreção ovariana e a estrona circulante é derivado do estradiol. Pouco estradiol é formado a partir de testosterona no tecido adiposo, fígado e outros locias. 
Berne e Levy – Capítulo 45 – Adrenais
Qual é o precursor dos hormônios corticoesteróides e explique como as células corticais conseguem adquiri-lo.
R: O precursor de todos os hormônios adrenocorticais é o colesterol, que ativamente captado do plasma pelas células adrenais. Receptores de membrana plasmática adrenal específicos se ligam tanto a lipoproteínas de baixa densidade circulante quantos a lipoproteínas de alta densidade, que são fontes ricas em colesterol. Uma pequena quantidade de colesterol é também sintetizada nas células adrenais a partir do acetil- coenzima A pela via bioquímica usual. Sob condições basais, o colesterol livre do plasma é a principal fonte usada para a síntese do hormônio adrenocortical . Quando a produção de corticosteróides é estimulada por ACTH, no entanto, o colesterol esterificado armazenado se torna o principal precursor.
Explique a função do cortisol:
	O cortisol é essencial à vida. Ele mantém a produção de glicose a partir de proteína, facilita o metabolismo da gordura, matem a responsividade da árvore vascular, modula a função do sistema nervoso central e afeta o sistema imune a as respostas inflamatórias. Além disso, ele também afeta a taxa de renovação esquelética, a função muscular e a função renal. A ação do cortisol em células-alvo, muitas vezes, é apenas permissiva, isto é, ele não atua diretamente iniciando o processo, mas permite que ele ocorra.
Expliquea regulação e a liberação de cortisol e aldosterona:
A secreça~ode cortisol é primariamente controlada pelo eixo hipotalâmico-hipofisário e CRH-ACTH, respectivamente. O CRH atua na hipófise estimulando a liberação do ACTH na corrente sanguínea. Já o ACTH atuará nas células da zona fasciculada ligando-se a receptores de membrana que atuarão em mecanismos de síntese de colesterol a partir de hidrólise de ésteres de colesterol armazenados e translocação de colesterol citoplasmático provenientes da síntese ou captura do colesterol plasmático para a membrana mitocondrial interna. O colesterol é o precursor de cortisol e essa transformação é estimulada pelo aumento da concentração do complexo hormônio-receptor com a chegada de ACTH, que vai ativar agudamente o mecanismo ou mediar a ativação dos genes das enzimas que participam do mesmo.
A principal função da aldosterona é sustentar o volume extracelular de líquido conservando o sódio corporal. Logo, a aldosterona é secretada em resposta a sinais do rim que traduzem uma diminuiação do volume de líquido circulante. As células justaglomerulares do rim secretam renina em resposta a este estimulo de queda do volume de líquido por do fluxo sanguíneo arterial renal e sua pressão. A renina age no angiotensinogênio, formando angiotensina I, que é clivada, dando origem à angiotensina II. A angiotensina II age nas células da zona glomerulosa adrenal, ativando a síntese e secreção de aldosterona. Esse mecanismo é regulado por retroalimentação negativa, portanto, altos níveis de aldosterona vão inibir o estímulo primário quando a respostas for suficiente para reequilibrar o volume de líquido circulante.
Explique os mecanismos celulares da aldosterona:
	A aldosterona se liga ao receptor de mineralocorticóide nas células-alvo. Esse receptor é hiperfosforilado e expõe sítios do C-terminal que facilitam a translocação do complexo hormônio-receptor para o núcleo e a sua ligação a elementos regulatórios nas moléculas de DNA, atuando nas alterações transcricionais gênicas. Há evidências de um efeito não genômico via produtos de fosfatidilinositol e cálcio. Essa via não sofre bloqueio pelos inibidores da síntese protéica ou da transcrição gênica quando atuam na pressão sanguínea, resistência vascular sistêmica e troca rápida de sódio. 
Descreva os efeitos fisiológicos dos glicocorticóides:
	No metabolismo, o cortisol atua na mobilização de combustíveis. Através da gliconeogênese ele participa da mobilização de proteína muscular para conversão em glicogênio. Ele antagoniza a ação da insulina no metabolismo da glicose, assim, inibe a captação de glicose estimulada pela insulina no músculo e no tecido adiposo, além de reverter a supressão pela insulina da produção hepática de glicose (principal ação metabólica). Também tem uma ação primária na lipólise e secundária na cetogênese.
	No músculo, o cortisol vai manter a contratilidade e a performance do trabalho através do aumento de acetilcolina na junção neuromuscular ou ainda aumentando as sódio/potássio ATPases cardíacas e receptores β-adrenérgicos. 
	No osso, os glicocorticóides atuam na estimulação dos osteoclastos (reabsorção óssea) e aumentam o RNAm da colagenase, que atua na destruição da matriz orgânica do osso. A principal ação, porém, é a diminuição da síntese de colágeno e a formação da síntese de osteoblastos maduraos, interferindo na formação óssea.
	No tecido conectivo, o cortisol, pela inibição da síntese de colágeno, deixa a pele e paredes capilares mais finas, facilitando hemorragias intracutâneas e ruptura de vasos.
	Nos rins, o cortisol aumenta o filtrado glomerular, e é importante para excreção de uma sobrecarga de água. Além disso, também diminui a reabsorção tubular de cálcio e fosfato.
	No sistema imune, ele age de forma a inibir a resposta inflamatória, evitando respostas infectantes e uma circunscrição de uma infecção. Ele também diminui uma resposta de rejeição a tecido transplantado de origem exógena, por exemplo.
Berne e Levy – Capítulo 43 - Hipotálamo e hipófise
Descreva a síntese de TSH e cite os fatores que a regulam.
R: O TSH é um hormônio glicoprotéico cuja função é regular o crescimento e o metabolismo da tireóide e a secreção dos seus hormônios T3 e T4. As células produtoras de TSH (tireotrofos) normalmente formam 5% da população da hipófise anterior e são encontradas predominantemente na área ântero-medial da glândula. A molécula de TSH possui duas subunidades: alfa e beta. Apesar de a subunidade beta conferir atividade biológica específica do TSH, tanto as subunidades alfa como beta são necessárias p/ a ligação ao receptor e a ação hormonal subseqüente. Diferentes genes localizados em diferentes cromossomos codificam essas subunidades. Um peptídeo sinal N-terminal é eliminado formando o pré-hormônio. Subseqüentemente, são adicionados açúcares ligados aos glicosídeos-N e, durante o trajeto da molécula no RER e no CG são adicionados tb ácido siálico e sulfato (tornam a molécula mais ácida e portanto, prolongam sua meia-vida), além de formar ligações dissulfídicas. Os fatores que regulam essa síntese são:
-TRH: estimula a síntese de ambos os genes das subunidades do TSH; modula o processo de glicosilação para aumentar a atividade biológica.
- Hormônio tireoideano: suprime a transcrição dos genes das subunidades; modula a glicosilação para diminuir a atividade biológica do TSH.
- AMPc: regula a transcrição do gene da subunidade alfa.
Descreva a secreção de TSH e cite os fatores que a regulam.
R: A secreção de TSH é reciprocamente regulada por 2 grandes fatores:
- TRH: aumenta a taxa de secreção.
O TRH é um tripeptídeo sintetizado no hipotálamo e armazenado na eminência mediana. Ele atinge suas células-alvo através da veia porta hipofisária, interagindo, então, com receptores específicos da membrana plasmática nos tireotrofos. Esta interação desencadeia um fluxo de cálcio e um aumento nos produtos de fosfatidilinositol, que agem como segundo mensageiros. O TSH é então liberado por exocitose. Depois de um tempo, o TRH regula para baixo seus próprios receptores e o hormônio liberador perde eficácia.
- Hormônio tireoideano: diminui a taxa de secreção por retroalimentação negativa.
Pequenos aumentos na concentração de hormônio tireoideano suprimem a secreção de TSH bloqueando a ação estimulante do TRH; de forma inversa, pequenas diminuições de hormônio tireoideano aumentam a responsividade do TSH ao TRH. O mediador intracelular do efeito do hormônio tireoideano sobre a secreção de TSH é provavelmente o T#. O T3 gerado dentro da célula hipofisária a partir do T4 é mais eficaz e importante nesse sentido do que o T3 que entra na circulação. O T3 diminui o no. de receptores de TRH e um efeito hipotalâmico de retroalimentação negativa de T3 no hipotálamo reduz a síntese e a liberação de TRH; este efeito de retroalimentação é mediado por um dos três receptores nucleares do hormônio tireoideano.
Como resultado deste equilíbrio, o TSH é secretado de forma relativamente estável. 
Outros fatores que regulam a secreção de TSH são:
- JEJUM: a resposta do TSH ao TRH está diminuída no jejum.
- SOMATOSTATINA / DOPAMINA: efeito inibitório tônico na secreção do TSH.
- CORTISOL: diminui tanto a secreção de TRH quanto a de TSH.
- GH: reduz a secreção de TSH.
- LEPTINA: estimula a liberação de TRH do hipotálamo.
Caracterize o ACTH e sua síntese.
R: O ACTH é um hormônio polipetídeo hipofisário anterior cuja função é regular o crescimento do córtex adrenal e a secreção de seus hormônios esteroidais. O hormônio mais importante da glândula-alvo é o cortisol. O ACTH é sintetizado e secretado pelos corticotrofos, que formam 20% da população hipofisária anterior, e são encontrados na porção distal do lobo anterior. O ACTH possui uma cadeia reta com 39 aas, cuja seqüência de 5 a 10 é crítiva p/ estimular o córtex adrenal. 
A síntese do ACTH inicia-se com a transcrição de um RNA-m maduro do gene que direciona a síntese deuma ptn chamada pré-pró-opiomelanocortina. O processamento seqüencial deste produto gênico primário em humanos leva ao ACTH, junto com vários outros produtos, que são co-secretados no plasma. 
Descreva os fatores que regulam a secreção de prolactina.
R: Os fatores que regulam a secreção de prolactina são:
- GRAVIDEZ: a secreção aumenta provavelmente pelo aumento de estrógenos, que estimula a hiperplasia das células produtoras de prolactina e a síntese do hormônio, induzindo a transcrição do gene.
- GONADOTROFOS CIRCULANTES: estimulam a secreção de prolactina dos lactotrofos.
- DOPAMINA: inibe a liberação de prolactina. Após a dopamina se ligar a seus receptores nos lactotrofos, sua ação inibitória é mediada por ptns-G e pela diminuição dos níveis de AMPc.
- PROLACTINA: inibe sua secreção via retroalimentação de alça curta. Ela faz isso aumentando diretamente a síntese e a liberação de dopamina, seu inibidor hipotalâmico.
- TRH: estimula a síntese e a liberação de prolactina. Ele age através de receptores de membrana específicos no lactotrofo e produtos fosfatidilinositol são gerados como segundo mensageiros. Quando a secreção de TSH é cronicamente aumentada como resultado de retroalimentação negativa da tireóide, a prolactina tende a aumentar modestamente, provavelmente por causa da liberação endógena elevada de TRH.
- PrRP (peptídeo liberador de prolactina): estimula a liberação de prolactina.
Caracterize os hormônios ADH e ocitocina, assim como o processo de síntese e secreção.
R: São secretados a partir da hipófise posterior e sintetizados nos corpos celulares dos neurônios hipotalâmicos. O ADH se origina principalmente do núcleo supra-ótico e a OCT do núcleo paraventricular Além do ADH e da OCT, os produtos gênciso destes genes incluem certas ptns distintas, as neurofisinas, que se ligam aos pré-pró-hormônios do ADH e OCT, e são embalados juntos no ambiente ácido dos grânulos neurossecretórios. As neurofisinas servem como ptns carreadoras no processo de transporte dos neuro-hormônios através dos axônios. Os axônios dos neuônios do ADH e da OCT terminam na hipófise posterior como dilatações terminais, conhecidos como corpos de Herring. O ADH e a OCT são liberados quando um impulso nervoso é transmitido a partir do corpo celular do hipotálamo por meio do axônio, onde ele despolariza as vesículas neurossecretórias dentro do corpo terminal de Herring. Um influxo de cálcio p/ a vesícula neurossecretória, então, resulta na secreção hormonal por exocitose. Após o hormônio ser liberado do grânulo, ele se dissocia de sua neurofisina no ambiente neutro e cada um, separadamente, entra no capilar adjacente mais próximo. A passagem do hormônio subseqüente p/ a corrente sangüínea é realizada por endocitose p/ dentro da célula endotelial e depois por difusão através dos poros no endotélio capilar fenestrados.
Explique os fatores que regulam a secreção de ocitocina.
R: A ocitocina é conhecida como o fator responsável pela “descida” do leite. 
A sucção é um estímulo imediato e importante p/ a liberação de OTC. Impulsos neurais aferentes são carregados a partir de receptores sensoriais no mamilo p/ a medula espinhal, onde ele sobe no trato espinotalâmico. A partir de conexões no tronco cerebral e no mesencéfalo, eles atingem o núcleo paraventricular do hipotálamo. A partir dali eles desencadeiam a liberação de OCT de vesículas neurossecretórias nma hipófise posterior. À medida que a sucção é continuada, a síntese de OCT e sua transferência através do axônio hipotalâmico são tb estimuladas.
Vias opiatérgicas (endofinérgicas) para o hipotálamo inibem a resposta de OTC a vários estímulos.
Explique os mecanismos de ação do GH.
R: Receptores de membrana plasmática do GH de vários tamanhos estão presentes nas células-alvo encontradas em muitos tecidos, incluindo o fígado e o tecido adiposo. Os receptores de GH pertencem à família de receptores das citocinas composta de subunidades glicoprotéicas ligadas por pontes dissulfídicas e que atravessam a membrana plasmática uma vez. O comprimento da cauda do receptor citoplasmático intracelular varia de tecido para tecido e varia entre os ligantes hormonais.
Duas diferentes seqüências de aminoácidos no GH ligam a seqüência de aminoácido idêntica em cada uma das moléculas de receptores. Por esta razão, um excesso de GH pode inibir a ação hormonal, porque dois monômeros receptores podem cada um ligar uma molécula de GH ao mesmo local de GH. Esta ligação previne a formação do dímero receptor ativo e nulifica a ação hormonal. A síntese de receptores de GH requer a presença do próprio GH, porém um excesso de GH regula para baixo a síntese de seus receptores. O receptor de GH é também induzido por insulina e estrogênios e é reprimido pelo jejum.
Muitas horas devem se passar após a administração de GH antes de seus efeitos anabólicos e promotores do crescimento se tornarem evidentes. A maioria, senão todos esses efeitos requer a geração induzida por GH de uma família de hormônios peptídicos intermediários, as somatomedinas ou IGFs.
Os efeitos promotores do crescimento do GH podem ser atribuídos, em grande parte, aos IGFs. Estes fatores estimulam as respostas típicas de GH na cartilagem, nos músculos, no tecido adiposo, nos fibroblastos e nas células tumorais in vitro. As moléculas de IGF também estimulam a retenção de nitrogênio e melhoram a função renal in vivo.Moléculas de IGF que são geradas localmente dentro de clones de células-alvo de GH e que agem de forma autócrina ou parácrina podem até mesmo ser mais importantes do que as moléculas de IGF que são derivadas do plasma.
Berne e Levy – Capítulo 42 – Metabolismo do Fosfato e do Cálcio
Explique a relação da vitamina D com a secreção de PTH.
R: A vitamina D (1,25-(OH)2-D) inibe a transcrição do gene do PTH e diminui a secreção de PTH. Ela tb inibe a proliferação das células paratireóideas. A vitamina D regula positivamentente o receptor para cálcio nas células paratireóideas. Todas estas ações, que diminuem o nível plasmático de cálcio, junto com o efeito estimulatório direto do PTH na síntese de vitamina D, que aumenta o nível plasmático de cálcio, constituem ainda outra alça de retroalimentação negativa que regula o metabolismo de cálcio.
A secreção de PTH tb é pulsátil e aumenta à noite independente da concentração plasmática de cálcio. 
Em resposta a uma absorção diminuída de cálcio, o envelhecimento leva a um aumento da secreção de PTH e a reabsorção óssea é consequentemente aumentada. 
Inibidores da fosfodiesterase (aumenta o AMPc), adrenalia, dopamina e histamina tb estimulam a secreção de PTH. Agonistas alfa-adrenérgicos e prostaglandinas inibem a secreção de PTH pela diminuição dos níveis de AMPc.
O PTH sofre rápido metabolismo nos tecidos periféricos. O hormônio é predominantemente clivado no fígado.
Berne e Levy – Capítulo 41 – As ilhotas pancreáticas
Fale resumidamente sobre os mecanismos de ação da insulina nas células e nos fluxos de combustíveis.
R: Mecanismo de ação celular: A ligação da insulina à subunidade α de seu receptor provoca autofosforilação por ATP dos locais intracelulares de receptor de subunidade β de tirosina. Isto gera uma atividade de tirosina cinase. A tirosina cinase do receptor então fosforila os substratos do receptor de insulina. Estes últimos começam uma cascata de fosforilações que ativam ou desativam enzimas alvo do metabolismo de glicose. A ativação da PIP-3K gera PI-3 fosfato que causa translocação de transportadores (Glut-4) de glicose para a membrana plasmática, onde eles facilitam a entrada de glicose. Também independentemente,as entradas de aminoácidos, potássio, fosfato e magnésio na célula são facilitadas. A ligação de outras PTNS reguladoras aos substratos do receptor da insulina inicia mais cascatas que estimulam ou reprimem a transcrição gênica. 
Uma vez que a glicose entra na célula, sofrem ação de enzimas alvos que a armazenam na forma de glicogênio ou é convertida apiruvato ou o excesso de glicose é armazenada na forma de ácidos graxos.
Ação nos fluxos de combustíveis: Inibição de lipólise de tecido adiposo e de cetogênese; inibição de glicogenólise hepática, gliconeogênese e liberação de glicose; inibição de proteólise muscular e armazenamento como glicogênio.
Fale resumidamente sobre os mecanismos de ação da insulina nas células e nos fluxos de combustíveis.
R: Mecanismo de ação celular: A ligação da insulina à subunidade α de seu receptor provoca autofosforilação por ATP dos locais intracelulares de receptor de subunidade β de tirosina. Isto gera uma atividade de tirosina cinase. A tirosina cinase do receptor então fosforila os substratos do receptor de insulina. Estes últimos começam uma cascata de fosforilações que ativam ou desativam enzimas alvo do metabolismo de glicose. A ativação da PIP-3K gera PI-3 fosfato que causa translocação de transportadores (Glut-4) de glicose para a membrana plasmática, onde eles facilitam a entrada de glicose. Também independentemente,as entradas de aminoácidos, potássio, fosfato e magnésio na célula são facilitadas. A ligação de outras PTNS reguladoras aos substratos do receptor da insulina inicia mais cascatas que estimulam ou reprimem a transcrição gênica. 
Uma vez que a glicose entra na célula, sofrem ação de enzimas alvos que a armazenam na forma de glicogênio ou é convertida a piruvato ou o excesso de glicose é armazenada na forma de ácidos graxos.
Ação nos fluxos de combustíveis: Inibição de lipólise de tecido adiposo e de cetogênese; inibição de glicogenólise hepática, gliconeogênese e liberação de glicose; inibição de proteólise muscular e armazenamento como glicogênio.
Explique os mecanismos de ação do GH.
R: Receptores de membrana plasmática do GH de vários tamanhos estão presentes nas células-alvo encontradas em muitos tecidos, incluindo o fígado e o tecido adiposo. Os receptores de GH pertencem à família de receptores das citocinas composta de subunidades glicoprotéicas ligadas por pontes dissulfídicas e que atravessam a membrana plasmática uma vez. O comprimento da cauda do receptor citoplasmático intracelular varia de tecido para tecido e varia entre os ligantes hormonais.
Duas diferentes seqüências de aminoácidos no GH ligam a seqüência de aminoácido idêntica em cada uma das moléculas de receptores. Por esta razão, um excesso de GH pode inibir a ação hormonal, porque dois monômeros receptores podem cada um ligar uma molécula de GH ao mesmo local de GH. Esta ligação previne a formação do dímero receptor ativo e nulifica a ação hormonal. A síntese de receptores de GH requer a presença do próprio GH, porém um excesso de GH regula para baixo a síntese de seus receptores. O receptor de GH é também induzido por insulina e estrogênios e é reprimido pelo jejum.
Muitas horas devem se passar após a administração de GH antes de seus efeitos anabólicos e promotores do crescimento se tornarem evidentes. A maioria, senão todos esses efeitos requer a geração induzida por GH de uma família de hormônios peptídicos intermediários, as somatomedinas ou IGFs. Os efeitos promotores do crescimento do GH podem ser atribuídos, em grande parte, aos IGFs. Estes fatores estimulam as respostas típicas de GH na cartilagem, nos músculos, no tecido adiposo, nos fibroblastos e nas células tumorais in vitro. As moléculas de IGF também estimulam a retenção de nitrogênio e melhoram a função renal in vivo.Moléculas de IGF que são geradas localmente dentro de clones de células-alvo de GH e que agem de forma autócrina ou parácrina podem até mesmo ser mais importantes do que as moléculas de IGF que são derivadas do plasma.
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