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Cap 73

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Cap 73 – Temperatura Corporal, Regulação da Temperatura e Febre
Temperaturas Corporais Normais
Central – entre 36,5º e 37º (oral) e 0,6º mais alta (retal)
Cutânea – se eleva e diminui de acordo com a temperatura ao seu redor
Equilíbrio entre produção e perda de calor
Produção de calor – principais produtos do metabolismo (aumento da taxa metabólica)
Perda de calor – parte do calor é produzido nos órgãos profundos (fígado, cérebro, coração...). A velocidade de perda = vel. de condução do centro até a pele + vel. de transferência do calor entre a pele e o meio. 
Centro ( Pele:
Fluxo Sanguíneo: vasos distribuídos abaixo da pele. A condução de calor para a pele pelo sangue é controlada pelo grau de vasoconstrição das arteríolas e anastomoses arteriovenosas que suprem os plexos venosos da pele. Ela é controlada pelo SNS, em resposta às alterações de temperatura central. Assim, a pele constitui-se num sistema controlado de radiador de calor. O fluxo é o mecanismo mais eficaz. 
Pele ( Meio: 
Superfície Cutânea: 
Irradiação – por meio de raios de calor infravermelhos, um tipo de onda eletromagnética. (exceto 0 absoluto)
Condução – 3% é perda por condução para objetos sólidos, já a para o ar representa 15%. O calor é a energia cinética do movimento molecular e as moléculas da pele são submetidas a um movimento vibratório contínuo. Essa energia pode ser transferida para o ar (mais frio) e é cessada quando as temperaturas se igualam. Assim, a condução para o ar é autolimitada, a não ser que o ar aquecido se mova para longe da pele. 
Convecção – O calor deve ser conduzido para o ar e depois removido pela convecção das correntes de ar:
Evento resfriador do vento – quando corpo é exposto ao vento, à amada de ar adjacente à pele é substituída por ar novo e a perda de calor aumenta. 
Condução e convecção por pessoa suspensa na água – a água adjacente pode absorver muito mais calor do que o ar, além da alta condutividade da água, sendo impossível formar uma zona de isolamento. ↑ Vel.
Evaporação – A água que evapora causa grande perda de calor. Essa evaporação do suor pode ser controlada pela regulação na taxa da sudorese, diferente da água que evapora insensivelmente a partir da pele e dos pulmões. Muito importante quando o corpo ganha calor da temperatura ambiente. 
Isolamento do corpo: pele, tecidos subcutâneos e tecido adiposo (conduz 1/3 do calor) atuam como isolantes. Isso ajuda a manter a temperatura central interna normal. 
Roupas: as roupas aprisionam o ar próximo à pele, aumentando a espessura da zona privada de ar adjacente à pele, diminuindo o fluxo de correntes de ar de convecção do ar. Já a roupa úmida aumenta a vel. de transmissão do calor. 
Sudorese e sua Regulação
A estimulação da área pré-óptica hipotalâmica anterior do cérebro provoca sudorese pois os impulsos neurais provenientes dessa região são transmitidos por vias autônomas para a medula espinhal e, pelo simpático, para a pele. As glândulas sudoríparas são inervadas por fibras colinérgicas (secretam acetilcolina), mas também podem ser estimuladas pela epinefrina ou norepinefrina (msm sem inervação adrenérgica). É importante no exercício, já que esses hormônios são secretados pela adrenal. 
Secreção de Suor: 
Glândula sudorípara - porção enovelada profunda que secreta o suor + ducto que passa pela derme e epiderme. A secreção (substância primária ou secreção precursora) do suor se dá pelas células epiteliais que revestem a porção enovelada, próximas às fibras colinérgicas. A secreção é de composição similar ao plasma, exceto pelas ptns. Conforme o suor flui pelo ducto há modificações das []: 
Glândulas levemente estimuladas ( líquido passa lentamente e todos os íons sódio e cloreto são reabsorvidos, reduzindo a P.O, o que leva a uma reabsorção de água, concentrando uréia, ácido lático e potássio. 
Glândulas intensamente estimuladas ( grande quantidade de secreção e o ducto só absorve pouco mais da metade do cloreto de sódio. Flui rápido e pouca água é absorvida.
Aclimatação ( quando uma pessoa é exposta a um tempo muito quente durante um tempo, ela aumenta a quantidade de suor produzido. Além disso. Há a diminuição da [NaCl] no suor, conservando o sal corporal. Isso é causado pela aldosterona (secretada pelas adrenocorticais), que ↓[NaCl] no líquido extracelular e no plasma. 
Respiração ofegante ( Animais tem dificuldade de perder calor por causa dos pêlos e por não apresentarem glândulas sudoríparas. Assim, ocorre o arquejo, acionado pelos centros termorreguladores do cérebro, mas o controle é do “centro do arquejo”, associado ao centro respiratório pneumotáxico (ponte). Esse arquejo não aumenta a ventilação alveolar porque o ar que entra é o do espaço morto, da traquéia, e não da atmosfera. 
Regulação da Temperatura Corporal – Hipotálamo
A temperatura é quase completamente regulada por feedback neurais e quase todos operam através de centros regulatórios da temperatura, localizados no hipotálamo, dependentes de detectores de temperatura. 
Área pré-óptica hipotalâmica anterior – contém muitos neurônios sensíveis ao calor e outros sensíveis ao frio. Eles aumentam seu índice de disparos em resposta à aumento ou à diminuição da temperatura corporal. Quando aquecida, o corpo começa sudorese intensa, vasodilatação e o excesso de produção de calor é inibido. Funciona como centro de controle termostático da temperatura corporal. 
Receptores em outras partes do corpo – desempenham papéis adicionais. Prevenção contra hipotermia. 
Pele (detecção periférica) ( mais receptores para o frio. Quando é resfriada, reflexos imediatos ocorrem: estímulo para calafrios, inibição da sudorese e vasoconstrição da pele.
Tecidos profundos (medula espinhal, vísceras abdominais, e dentro ou ao redor das grandes veias) ( expostos à temperatura central, com mais receptores para frio. 
Hipotálamo posterior – a área do hipotálamo que os receptores periféricos estimulam está localizada bilateralmente no hipotálamo posterior, ao nível dos corpos mamilares. Os sinais da área POHA são transmitidos para ele e integrados com os periféricos, para o controle das reações para regulação da temperatura. 
Mecanismos de controle da temperatura
Diminuição da temperatura
Vasodilatação dos vasos sanguíneos cutâneos (inibe centros simpáticos no hipotálamo posterior que causam a vasoconstrição)
Sudorese (quando a temperatura se eleva acima do ponto crítico de 37ºC) 
Diminuição da produção de calor (inibe calafrios e termogênese)
Elevação da temperatura
Vasoconstrição da pele (estimulação dos centro simpáticos no hipotálamo posterior)
Piloereção (estímulo simpático faz músculos eretores presos ao folículos pilosos se contraírem, mais importante nos animais por formar uma camada de ar isolante, diminuindo a transferência para pele)
Aumento na termogênese (calafrios, excitação simpática e tiroxina)
Calafrios
O centro motor primário para os calafrios está na porção dorsomedial do hipotálamo posterior, próximo à parede do terceiro ventrículo. Excitada pela queda na temperatura, transmite sinais através dos tratos bilaterais pelo tronco encefálico, na direção das colunas laterais da medula espinhal, e para os neurônios motores. São rítmicos e não causam contração, apenas aumentam o tônus muscular. Quando ele se eleva acima de um ponto crítico, começam os calafrios. (oscilação por feedback do mecanismo reflexo de estiramento dos fusos musculares).
Excitação simpática / circulação de norepinefrina ou epinefrina ( termogênese química
Esses hormônios desacoplam a fosforilação oxidativa, oxidando alimentos e liberando energia em forma de calor, sem formar ATP. Em um animal, o grau de termogênese é proporcional à gordura marrom (inervação simpática). Já os homens não possuem gordura marrom, exceto lactentes (possuem pouco). Além disso, a aclimatação também afeta a termogênese.
Tiroxina
↓T na área POHA ( ↑ hormônio liberados de tireotropina, pelo hipotálamo ( veias portas hipotalâmicas ( hipófise anterior( ↑ hormônio estimulador da tireóide ( ↑ tiroxina ( ↑ taxa de metabolismo celular. Esse aumento não ocorre imediatamente, mas requer uma exposição duradoura ao frio para causa hipertrofia da tireóide. 
Conceito de “Ponto de Ajuste”: Em 37,1º C ocorrem alterações drásticas nos mecanismos de perda e ganho de calor. Esses tentam sempre trazer a temperatura para esse ponto de ajuste. 
	- Ganho por feedback: temperatura central deve se alterar o mínimo possível. Para cada alteração de 25º C a 30º C da temperatura ambiental varia 1º C na temperatura central. 
	- Alterações no ponto de ajuste: os receptores periféricos (pele e tecidos profundos) podem alterar o ponto de juste. Na pele, o ponto crítico aumenta conforme a temperatura diminui. Ou seja, quando a temperatura aumenta, o ponto crítico é mais baixo, iniciando a sudorese à uma temperatura mais baixa. Assim, a sudorese também é inibida quando a temperatura cai. Já quando a pele se torna fria, há um estímulo aos centros hipotalâmicos para o limiar dos calafrios. 
Controle Comportamental da Temperatura
Existe além dos mecanismos subconscientes. Quando a temperatura se eleva, o controle de temperatura dá a sensação física de superaquecimento. 
Reflexos cutâneos locais: quando encostamos em coisas quentes ocorre vasodilatação e sudorese local leve. Essas reações são causadas pelos efeitos locais da temperatura e por reflexos medulares conduzidos pelos receptores cutâneos para a medula espinhal e de volta para a mesma área da pele e glândulas sudoríparas. A intensidade é controlada pelos centros hipotalâmicos e é proporcional ao sinal hipotalâmico de controle de calor multiplicado pelo sinal local. A secção da medula espinhal em regiões cervicais (acima da emergência de neurônios pré-ganglionares simpáticos) causa regulação deficiente da temperatura, porque o hipotálamo não consegue mais controlar o fluxo sanguíneo e o grau de sudorese. 
Anormalidades da Regulação da Temperatura Corporal
Febre
Temperatura corporal acima da faixa normal é causada por anormalidades no cérebro ou por substâncias tóxicas que afetam os centros reguladores da temperatura (doenças bacterianas, tumores cerebrais ou condições ambientais). 
Proteínas, produtos da degradação delas, ou toxinas de lipossacarídeos (membrana celular de bactérias) podem elevar o ponto de ajuste do termostato hipotalâmico (pirogênios ( bactérias tóxicas ou tecido degenerado), ativando os mecanismos para elevar a temperatura (conservar calor e produzi-lo) para alcançá-lo. Alguns pirogênios atuam direta e imediatamente, já outros, indiretamente, como os bacterianos (endotoxinas das gram-negativas). 
Bactérias ou produtos de degradação ( fagocitados por macrófagos (tecido), leucócitos (sangue) e linfócitos ( liberam interleucina-1 (pirog. do leucócito ou endógeno) ( atinge hipotálamo ( ativa processos de febre (induz formação de prostaglandinas, que atuam no hipotálamo) ( podem aumentar a temperatura. 
*Drogas antipiréticas: podem bloquear a formação de prostaglandinas – febre acaba ou diminui.
Características das condições febris
Calafrios – quando o ponto de ajuste se eleva, o sangue está com a temperatura menor. Assim, começam calafrios, frio intenso, pele fria (vasoconstrição), tremedeiras, mesmo que a temperatura já esteja acima do normal. Eles continuam até atingir o ponto e param. A T. é regulada assim até a retirada do fator causador da elevação. 
Crise ou “rubor” – fator causador removido, o ponto de ajuste reduz. Assim, o hipotálamo tenta ajustar a temperatura. Acontece uma situação análoga ao aquecimento excessivo da área pré-óptica hipotalâmica, causando sudorese intensa e súbito aquecimento da pele (vasodilatação). 
Intermação – quando a temperatura corporal se eleva além de uma temperatura crítica (entre 40,5 e 42,2ºC). Sintomas: desorientação, desconforto abdominal, vômitos, delírios, perda da consciência. São exacerbados por choque circulatório ou pela excessiva perda de líquidos e eletrólitos no suor. Tratamento pelo resfriamento do indivíduo (banho gelado, q causa calafrios, ou esponja e borrifadas de água gelada) imediato. 
Efeitos prejudiciais – hemorragias locais e degeneração parenquimatosa das células do corpo todo, especialmente no cérebro. Lesões que podem chegar à falência dos órgãos como fígado, rins e outros. 
Aclimatação – pessoa exposta ao calor por várias horas por dia desenvolve maior tolerância às condições quentes e úmidas (1 a 3 semanas). Há elevação do índice de sudorese, aumento do volume plasmático e diminuição das perdas de sais no suor e urina, pelo aumento de aldosterona. 
Frio extremo
Um corpo com temperatura em torno de 25ºC geralmente morre por parada cardíaca ou fibrilação cardíaca. 
Perda da regulação da temperatura – quando cai abaixo do 29,4ºC o hipotálamo perde a capacidade de regular a temperatura. Já fica deteriorada abaixo de 34,4ºC. Isso ocorre pela diminuição dos índices de produção química de calor na célula. (o estado de sonolência deprime a atividade dos mecanismos de controle do calor, impedindo calafrios). 
Enregelamento – áreas superficiais congelam, especialmente nos lobos das orelhas e nos dedos das mãos e dos pés. Se formar cristas de gelo ocorre lesão permanente, como um dano circulatórios ou destruição do tecido local. 
Vasodilatação induzida pelo frio – a musculatura lisa nas paredes vasculares torna-se paralisada pelo frio, ocorrendo vasodilatação súbita, manifestada pelo rubor da pele. Isso leva sangue quente para a pele, prevenindo o enregelamento. 
Hipotermia artificial – diminui a temperatura da pessoa por meio de um sedativo para reduzir o controle hipotalâmico, seguido do resfriamento da pessoa. Pode ser feito em cirurgias cardíacas.

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