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Aula 5 Características do período da cognitio extraordinária Criação do juiz oficial encarregado de dirigir o processo desde seu inicio até o final, circunstância que difere da legis actiones e do período per formula, considerando que nesses períodos o julgamento do litigio ficava a cargo de um juiz privado Forte utilização da linguagem escrita: libellus conventionis, libellus respontionis/libellus contradictiones, litisdenuntiatio e outros atos. Citação do réu (lites denunciatio) feita pelo servidor do estado romano auxiliar do juiz Possibilidade de instauração e prosseguimento do processo a revelia do réu. Divisão do processo em duas fases, in Iuri e in iudicium, bem como a litis contestatio que perdem a sua razão de ser. Força autoritária da sentença por se originar da atuação de uma autoridade estatal. Possibilidade da interposição de recurso (apellatio), destinado a impugnar que fosse decidido na sentença. Execução do julgado, da sentencia, através de medidas coativas originárias do próprio Estado. 2 motivos para nesse período o recurso ser possível: Necessidade das pessoas de ver uma autoridade superior ao juiz reanalisando um pedido que não teve atendimento, reexaminado a pretensão. O imperador analisava as apellatio, mas posteriormente delegou essa tarefa a pessoas próximas e de sua confiança, surgindo assim os tribunais. Com a apellatio o imperador controlava a lealdade e fidelidade de todos os juízes de todas as províncias. O papel de decidir lides é eminentemente político. Processos germânico, canônico e comum medieval 476 d.C. queda do império romano do ocidente sob os povos bárbaros, principalmente os germânicos. Com isso, houve o encontro de duas expressões culturais dos povos bárbaros e romanos. Processo germânico Titular da jurisdição era o povo, por meio das assembleias populares dos homens livres- Ding. Essas assembleias se reuniam para julgar quaisquer litígios que surgiam na comunidade e delas participavam todos os homens livres, eram presididas pelo chefe da tribo que, posteriormente, tornou-se o senhor feudal. Para litígios de menor importância o presidente da Ding poderia delegar essa tarefa a alguém de sua confiança. Era um procedimento inteiramente oral e informal, cabendo ao presidente da Ding dirigir e orientar os trabalhos da assembleia. O sistema probatório era extremamente rudimentar, nele prevalecia o juramento das partes que se comprometiam a falar a verdade, prevaleciam as ordália ou juízos de Deus. Após as provas a assembleia julgava conforme o que achasse correto, às decisões tomadas pela Ding não cabia recurso, pois não havia a quem recorrer, a decisão tomada era definitiva e vinculava a todos os integrantes da assembleia. Processo romano barbárico nasce do encontro que mescla instituições do processo germânico com instituições da cognitio extraordinária. Com a junção do estado romano com o catolicismo, textos romanos passam a ser levados para os conventos, assim nasce o direito canônico, com a constatação de que não se apresentava como possível à religião as regras do direito normal e do processo normal. Esse direito canônico era de fundo eminentemente romano, era quase uma copia do processo romano da cognitio extraordinária; isso foi fundamental para a preservação do direito romano.
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