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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR 1º VICE-PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO RIO DE JANEIRO/RJ ADVOGADO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico, residente e domiciliado na rua, por seu advogado, com endereço profissional, para fins do artigo 77, inc. V do CPC, vem propor: HABEAS CORPUS pelo procedimento comum , em face do JUIZ DA 1º VARA FEDERAL, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da carteira de identidade nº..., expedida pelo..., inscrita no CPF/MF sob o nº..., endereço eletrônico , domicílio, residente, pelos fatos e fundamentos jurídicos que passa a expor. DO PEDIDO DE LIMINAR É cabível na espécie a concessão de medida liminar. O fummus boni iuris está presente, pois, flagrantes os fatos que irão ser narrados abaixo são pacíficos o entendimento jurisprudencial transcrito. Quanto a prisão, apenas por dívida dos últimos três meses, bem como a necessidade de haver descumprimento voluntário e inexcusável. Da mesma forma presente está o perículum in mora, pois, a lesão ao direito da paciente de locomoção se encontra assaz iminente, haja vista a decisão judicial a qual não poderá persistir. Restando assim imprescindível a concessão de liminar para sanar a ilegalidade que estas prestes a ocorrer. DOS FATOS A Paciente, que se encontra presa, em razão de está sendo executada por seus filhos, ambos menores, com treze e seis anos, respectivamente, representada por seu pai, com fulcro no artigo 911 do CPC. Ocorre que na execução de alimentos, que tramita perante o juízo da 10ª Vara de Família da Capital, a agora impetrante foi citada para pagar a quantia de R$ 5.000,00 (cinco mil reais), referente aos últimos cinco meses impagos dos alimentos fixados por sentença pelo juízo da mesma Vara de Família. Entretanto encontra-se desempregada há 1 ano, fruto da grave situação econômica em que passa o país, com isso não está conseguindo se inserir novamente no mercado de trabalho e nem possui condições financeiras para quitar a dívida alimentar. Diante da real impossibilidade em adimplir a sua dívida, o magistrado decretou a prisão da mesma, pelo prazo de sessenta dias. Sua avó materna foi avisada acerca da decretação da prisão pela filha mais nova, treze anos. DA FUNDAMENTAÇÃO Existe claramente excesso na execução da prisão civil autorizada da restrição de liberdade nos casos de pensão alimentícia refere-se aos três úçtimos meses anteriores ao ajuizamento da ação. Sendo certo que a presente ação vem executando os últimos 5 cinco meses, havendo, portanto excesso na execução, seguida por esse rito. Conforme súmula 309 do STJ. E art. 528 caput e §3º co CPC. Noutro giro, resta evidenciado que a paciente se encontra desempregada, assim, não deixou de pagar por negligência, ou alguma forma de resistência, e sim por absoluta impossibilidade, conforme inciso LXIX do art. 5º da Constituição Federal, que expressamente prevê conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; e do art. 528 do CPC, ou seja, no cumprimento de sentença que condene ao pagamento de prestação alimentícia ou de decisão interlocutória que fixe alimentos, o juiz, a requerimento do exequente, mandará intimar o executado pessoalmente para, em 3 (três) dias, pagar o débito, provar que o fez ou justificar a impossibilidade de efetuá-lo. Não se configurando portanto inadimplemento voluntário ou inescusável. No caso em análise há claro cerceamento da liberdade de locomoção da paciente, sendo certo que a manutenção da decisão guerreada viola o dispositivo no art. 1º, IV da CF/88. Que assim preceitua acerca dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa. DOS PEDIDOS Seja deferida a liminar para determinar ao juízo o recolhimento, independentemente de cumprimento, do mandado de prisão já expedido, ou alternativamente, caso já cumprido o mandado, seja determinado a imediata colocação em liberdade da paciente. A notificação da autoridade coautora, Excelentíssimo Senhor Juiz da 1º Vara Federal. A concessão da ordem de Habeas Corpus preventivo com a consequente expedição do salvo conduto para a paciente. DAS PROVAS Requer que sejam admitidos todos os meios de provas no processo e ainda aquelas que já se encontram anexas. Local / Data Assinatura
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