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RESUMO DIREITO INTERNACIONAL

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DIREITO INTERNACIONAL
RESUMO AV2
2017.1
�
MATÉRIA AV1
I – DIREITO INTERNACIONAL - DIP
CONCEITO: Formado pelas normas jurídicas que são aplicadas nas relações que envolvem sujeitos de direito internacional em suas relações para além de um território de Estado – Normas que podem ser produzidas internamente e externamente;
FONTES DO DIP�: Modo pelo qual o DIP se manifesta, ou seja, mecanismo pelo qual se dá a criação, quais sejam:
Tratados: gerais ou especiais, que estabelecem regras expressamente reconhecidas pelos Estados em litígio;
Costume Internacional: prática reiterada aceita como direito;
Elementos:
Material: Prática reiterada;
Subjetivo: aceitação ou reconhecimento como norma jurídica. Ex: direito de passagem dos navios na costa brasileira;
Leis Internas que dispõe sobre assuntos internacionais (Direito Internacional Privado);
Leis Internacionais: Decisões imperativas de organizações internacionais (OIT);
Atos Unilaterais: Meros atos jurídicos – Promessa de devolução de terras (Ilhas Malvinas), reconhecimento de um país, silêncio, notificação, etc. 
Princípios Gerais do Direito: Reconhecidos pelas Nações civilizadas, completam lacunas do DIP e evitam um non liquet (juiz deixa de julgar por inexistência de norma). Ex: pacto sum servanda, vedação ao abuso de direito, boa-fé, respeito ao direito adquirido, a coisa julgada, etc.
Doutrina Internacional: Publicistas mais qualificados das várias nações, como meios subsidiários para determinação das regras de direito;
Jurisprudência: Decisões judiciais arbitrais e sentenças proferidas por Cortes Internacionais (CIJ);
Equidade: Tem a função de adaptar o direito aos casos concretos (infra legem), suprir lacunas do direito (praeter legem), bem como recusar a aplicação de leis injustas (contra legem);
Analogia: Recurso de apoio hermenêutico que consiste na aplicação, a determinada situação de fato, de uma norma jurídica feita para servir a um caso parecido ou semelhante;
CLASSIFICAÇÃO DAS FONTES
Formais: Método de criação das normas jurídicas de aplicação geral (Tratados, Costumes, leis, etc.);
Materiais: Elementos que auxiliam a edição da construção das fontes (elemento fático de ordem econômica, social ou política);
Escritas: Tratados
Não Escritas: Costumes jurídicos internacionais;
Convencionais: Elaboradas por países signatários (Convenções);
Autoritária: Os países que fazem parte de organização internacional (signatários) tem a obrigação de seguir a convenção;
NACIONALIDADE E ESTATUTO DO ESTRANGEIRO
(Lei 6.815/80 e art. 12 da CF/88)
Conceito: Vínculo político entre o Estado soberano e o indivíduo, que faz deste um membro da comunidade;
Aquisição da Nacionalidade:
Nacionalidade Originária (Bras-Natos – art. 12, I): Critério solis e sanguinis;
Solis: qualquer pessoa que nasce no território brasileiro, mesmo que seja filho de pais estrangeiros, desde que não estejam a serviço de seu país;
Sanguinis: Nascidos de pais brasileiros no estrangeiro, desde que, um deles esteja a serviço do Brasil; (EC. 54/07) ou venha ser registrado em repartição brasileira; ou venha a residir no Brasil e opte, em qualquer momento, após a maioridade pela nacionalidade brasileira (nacionalidade potestativa);
Nacionalidade Derivada (Bras-Naturalizados – art. 12, II)
Naturalização Ordinária - Estrangeiros de Países de Língua Portuguesa (art. 12, II, a): requerida com 01 ano de residência no Brasil e idoneidade moral (boa reputação);
Naturalização Extraordinária (Quinzenal) - Estrangeiros de qualquer país (art. 12, II, b): requerida por residentes com mais de 15 anos ininterruptos e sem condenação penal;
Portugueses com residência fixa no Brasil não perdem a cidadania de seu país, mas exercem os mesmos direitos conferidos aos brasileiros, desde que haja reciprocidade para brasileiros em Portugal (art. 12, §1º);
Perda da Nacionalidade (art. 12, §4º):
Prática de atos nocivos ao interesse nacional (art. 12, §4º, I): aplicável somente aos naturalizados; reaquisição da naturalização – ação rescisória que anula sentença; sentença judicial transitada em julgado;
Aquisição de outra nacionalidade (art. 12, §4º, II): aplicável aos brasileiros natos e naturalizados; salvo nos casos de reconhecimento de nacionalidade por lei estrangeira ou imposição de país estrangeiro para permanência;
Cargos e Funções Privativas de Bras-Natos (art. 12, §3º)
Presidente e Vice do Brasil;
Presidente da Câmara dos Dep. Fed. e da Mesa do Senado;
Ministro do STF e Ministro de Estado e Defesa;
Carreira Diplomática (Primeiro e Segundo secretário; Conselheiro; Ministro de Segunda e Primeira Classe);
Oficial das Forças Armadas;
Presidente do Congresso Nacional (art.57,§5º);
06 cidadãos que completam o Conselho da República (art. 89, VII);
Presidente do CNJ (art. 103-B, §1º);
Presidente e Vice do TSE (art. 119, P.Ú);
Extradição (art. 5º, LI e LII)
Extradição Passiva: explicita – quando um Estado estrangeiro solicita;
Extradição Ativa: implícita – quando o próprio Estado solicita ao Estado estrangeiro;
Brasileiro nato não poderá ser extraditado (art. 5º, LI), salvo se perder a nacionalidade;
Apenas o naturalizado poderá ser extraditado: em caso de crime comum cometido antes da naturalização, ou em tráfico de drogas;
Naturalizado não pode ser extraditado por crime políticos ou de opinião;
O pedido é feito ao Presidente que encaminha ao STF para apenas se pronunciar sobre legalidade e procedência da extradição;
Deportação (art. 57 da Lei do Estrangeiro): Ato Administrativo de retirada do território nacional do alienígena (estrangeiro) invasor. Devolução de estrangeiro com estada irregular no país. A diferença baseia-se no fato de a deportação não estar ligada à prática de delito;
Expulsão (art. 65 da Lei do Estrangeiro): Pena aplicável ao estrangeiro pelo cometimento de crime no Brasil;
Cabe exclusivamente ao Presidente da República, por decreto, resolver sobre a conveniência e a oportunidade da expulsão ou de sua revogação;
Diferentemente da extradição, que se funda na prática de delito fora do território nacional;
A lei veda expulsão quando estrangeiro tiver casado com brasileiro há mais de 05 anos e não separado de oficio ou de fato; e quando tiver filho brasileiro que esteja sobre sua guarda ou dependência econômica, salvo em casos de adoção ou reconhecimento após o delito;
Visto (Autorização – Admissão – art. 4ª): Exigência para que determinada pessoa ingresse em determinado país;
Visto de Trânsito (art. 8º): Apenas passar para ir a outro país (10 dias de estada improrrogáveis);
Visto de Turismo (art. 9): Caráter recreativo ou de visita, sem a finalidade imigratória ou atividade remunerada (válido por até 05 anos); 
Visto Temporário (art. 13): Cabe em diversas situações:
Viagem cultural, missão de estudo ou de negócio;
Cumprir contrato de trabalho (artistas, atletas, jornalistas, etc.);
Ministro de confissão religiosa;
Visto Permanente (art. 16): Estrangeiro que pretende se fixar definitivamente no país (validade de até 05 anos) ou condicionada ao exercício de atividade e fixação em determinada região;
Visto de Cortesia (art. 19): Visto de convite com prazo de 90 dias prorrogáveis uma vez;
Visto Diplomático (art. 19): Visto de convite com prazo de 90 dias prorrogáveis uma vez;
Visto Oficial (art. 19): Visto de convite com prazo de 90 dias prorrogáveis uma vez;
SOCIEDADES INTERNACIONAIS
CONCEITO: É o conjunto de sujeitos internacionais em continua convivência global. É baseada na vontade legítima de seus integrantes (Sujeitos de Direito Internacional Público) que se associaram diplomaticamente para atingir certos interesses em comum;
CARACTERÍSTICAS:
Universalidade: abrange o mundo inteiro, mesmo que o país não tenha vínculos tão profundos com os demais deve ao menos se relacionar com os Estados fronteiriços;
Paritária: É a igualdade jurídica dos sujeitos de direito internacional;
Descentralização: Não há um poder central internacionalou um governo mundial, mas há vários centros de Poder, como os próprios Estados e as Organizações Internacionais;
Aberta: Todos os entes, ao reunirem certas condições, dela se tornam membro sem necessidade de aprovação prévia dos demais;
Predomina a autotutela: Resolvem por conta própria	o problema, quando o país esta em conflito;
Governança: Existência de vários organismos internacionais para resolver os problemas;
Direito Originário: Não se fundamenta em outro ordenamento positivo ou pré-estabelecido;
FORÇAS QUE INFLUENCIAM A SOCIEDADE ESTRANGEIRA
Celso Mello: Relações recíprocas entre Estados e outros sujeitos de direito internacionais;
Henri Batiffol: É o conjunto de relações de indivíduos entre si e de Estados, uns com os outros, tendo a organizarem-se e viverem dentro de uma ordem internacional;
Fred Halliday: 03 Sentidos:
Realismo: As relações internacionais referem-se a relações entre Estados e normas compartilhadas e entendimento;
Transnacionalismo: São laços para além dos Estados e entre os Estados;
Homogeneidade: Relação entre a estrutura interna da sociedade política (Estado) e a sociedade internacional, no sentido de haver uma conformidade entre ambas;
PESSOAS INTERNACIONAIS
Estados:
Organizações Internacionais:
Indivíduos:
Personalidade Jurídica: Os Estados e as Organizações Internacionais tem personalidade jurídica – capacidade para possuir direitos e deveres internacionais – entidade destinatária de normas internacionais;
Capacidade Jurídica: Capacidade para defender seus direitos através de reclamações internacionais – Os Estados e as Organizações Internacionais têm capacidade jurídica, os indivíduos têm capacidade e personalidade mitigada;
CLASSIFICAÇÃO
Coletivas Estatais: Estados soberanos – devem possuir requisitos específicos: população permanente, território determinado, governo, capacidade de relacionar-se com outro Estado;
Coletivas Interestatais: São os signatários internacionais. Organizações Internacionais;
Coletivas não estatais: São aquelas que têm uma coletividade, atua no Estado, todavia não tem povo – Ex: Vaticano, Cruz Vermelha, Santa Sé, etc. – Classificação:
Beligerantes: Parte de um povo é considerado sujeito, sendo dado a eles uma personalidade jurídica para atuar internacionalmente; - rebeldes da Síria que foram reconhecidos e ajudados pela Sociedade Internacional – torna-se sujeito internacional;
Insurgentes: Pacto de um povo, não possui personalidade jurídica ou não são sujeitos de direito, pois não tem apoio internacional, apesar de no futuro pode se tornar beligerante – movimentos armados sem grandes proporções;
Estados Protegidos: São Estados soberanos subordinados parcialmente a outro, em uma área específica, como por exemplo – apoio militar;
Estado Associado: Um Estado é associado a outro – Porto Rico é associado ao EUA;
ESTADOS
CLASSIFICAÇÃO: São várias as classificações em relação ao Estado, sendo a mais antiga delas a que leva em conta sua estrutura ou composição:
Estado Unitário (Simples): Plenamente soberanos, um mesmo governo central com autonomia político-administrativa estabelecida por regulamento próprio – autonomia administrativa – depende da vontade do governo;
Federação de Estado: Constitui-se por uma associação permanente de Estados (ou entidades estatais), que guardam apenas autonomia interna, abdicando-se de sua soberania externa em favor de um órgão central, cedendo parcela de sua competência em favor da autoridade de uma Constituição Federal, única – autonomia política garantida pela Constituição;
Confederação de Estados: Países se unem para criarem uma Confederação, contudo os Estados continuam soberanos;
TRATADOS
(Convenção de Viena sobre Direito dos Tratados de 1969 – Dec. 7.030/2009)
CONCEITO (Convenções, Acordo, Carta, Estatuto, Pacto): São normas jurídicas estabelecidas de comum acordo entre Estado, com a finalidade de reger suas relações internacionais e para assumir compromissos internos;
FUNDAMENTOS: Pacta Sunt Servanda - princípio segundo o qual o que foi pactuado deve ser cumprido, fundado no consentimento – Contrato faz lei entre as partes (art. 26);
EFEITOS:
Apenas para os participantes dos tratados;
Terceiros podem ser obrigados apenas se manifestarem desejo de respeitar o tratado;
Terceiros pode ser obrigado, caso se torne costume jurídico;
Os efeitos sobre os indivíduos têm inicio a partir do momento que são aceitos (reconhecidos) pelo Estado do qual são nacionais;
APLICAÇÃO:
Havendo conflito entre tratados, prevalece o mais recente. Contudo aplica o anterior no que não contrariar o posterior;
FASES DA ELABORAÇÃO DE TRATADOS
Negociações:
Competência (art. 7º): Poder Executivo (Chefe de Estado), salvo pessoas autorizadas, quais sejam:
Ministro das Relações Exteriores;
Diplomatas;
Assessores;
Plenipotenciários (Plenos Poderes): Tem poder para falar em nome do Chefe de Estado;
Procedimento Livre: Regra Geral;
Bilaterais: Ocorre no território de uma das partes contratantes;
Multilaterais: Feito em Conferência ou Congressos;
Termina quando há acordo sobre o texto do tratado;
Assinatura (art. 12): Mera intenção pro-futuro de engajar-se definitivamente no tratado, após o referendo e a ratificação – encerra a fase de negociação;
Assinatura Rubrica: Assinatura para o futuro – permite aos representantes dos Estados consultarem seus Governadores sobre questões relativas ao instrumento;
Assinatura Ad referendum: Efeitos somente após referendo de autoridade superior – o instrumento é levado ao país, a fim de ser referendado pelo Congresso e ratificado pelo Presidente;
Excepcionalmente, a assinatura pode conferir obrigação;
Com a assinatura, fica proibido alteração ao texto, contudo abre-se a possibilidade de apresentar reservas ao texto acordado (art. 23, §2º);
Obrigatoriedade somente após a ratificação – Importância:
Autenticação – Demonstração de acordo;
Inicio para contagem de prazos – valor positivo;
Signatários não podem praticar atos conflitantes com a essência do tratado;
Pode demonstrar o reconhecimento de um costume jurídico internacional;
Ratificação (art. 14): Ato pelo qual, um Estado informa que está apto para cumprir os termos do tratado, pois foi aprovado internamente;
Finalidade: Meio de fiscalizar os negociadores e signatários;
Prática adota após a Revolução Francesa, em razão da separação dos poderes, redução do poder executivo e ampliação do poder legislativo;
Procedimento interno decorrente da vontade soberana – cada país escolhe um procedimento para ratificar o tratado;
Sistema de Ratificação:
Pelo Executivo e pelo Legislativo – modelo adotado pelo Brasil para todos os tratados;
Apenas pelo Executivo – alguns países dispensam a referenda do legislativo para os tratados mais importantes;
Características:
Ato discricionário – prazo indeterminado; pode ter recusa do Legislativo e do Executivo;
Não é retroativo – Ratificação por escrito;
Abrange todo o tratado – não cabe alteração do acordo;
Troca de Instrumento de Ratificação: Produz efeito no âmbito internacional;
Depósito do instrumento de ratificação;
Promulgação: Ato formal quando uma norma jurídica passa a integrar o sistema jurídico do país;
Ato interno: No Brasil, somente após o decreto presidencial, o tratado passa a produzir efeitos internos;
Publicação:
Ato interno: No âmbito internacional, não há publicação, existe apenas a divulgação para impedir a diplomacia secreta;
Registro: Apenas para membros da ONU (art. 80);
RESERVA: Quando um dos signatários de determinado tratado ratifica todo tratado, mas se reserva a condição de não ser obrigado a observar um determinado item do tratado com anuência de todos os países signatários da clausula de reserva. A reserva pode ser inserida no próprio texto do tratado;
SALVAGUARDA: Consiste em uma vantagem a determinado país prevista no tratado;
ADESÃO: Processo em que um determinado país pede para participar de determinado tratado de natureza fechado.Ex: Venezuela pediu para fazer parte do Mercosul – o próprio tratado deve prever adesão;
CLÁUSULA OMNIS CONVENTIO INTELISSGITUR – REBUS SIC STANTIBUS (art. 62): Desiquilíbrio superveniente em contrato não previsto pelas partes;
Mudança relevante na condição essencial do tratado, causando desequilíbrio relevante entre as partes;
NULIDADES:
Relativa: Efeito não retroativo – ex nunc;
Erro (art. 48)
Dolo (art. 49) – Fraude na negociação do tratado;
Corrupção de representante de Estado (art. 50);
Violação de direito interno fundamental (art. 46);
Representante com restrição descumprida (art. 47);
Absoluta: Efeito retroativo – ex tunc;
Coação de Estado (art. 52);
Coação de representante de Estado (art. 51);
Violação de norma ‘jus cogens’ existente antes do tratado (art. 53) – Norma imperativa de DI;
Violação de norma ‘jus cogens’ posterior ao tratado (art. 64);
RELAÇÃO DO DIREITO INTERNO COM O DIP�
TEORIA DUALISTA: Direito interno e DIP são sistemas jurídicos distintos e independentes;
Enfatizam a diversidade das fontes – Di disciplina relações entre indivíduos e DIP disciplina relação entre Estados;
Não há possibilidade de conflito;
Teoria da Incorporação: DIP deve ser transformado em normas internas para ter validade;
TEORIA MONISTA: DIP e direito interno são um só ordenamento jurídico;
Monismo Nacionalista (Hegel): Monista com primazia do Di� sobre o DIP (normas internas de cada país prevalecem sobre normas internacionais);
Fundamento: Soberania da CF de cada país sobre normas internacionais;
O DIP é um Di aplicado as relações internacionais;
Monismo Internacionalista (Hans Kelsen): Monista com primazia do DIP sobre o Di (normas internacionais prevalecem sobre normas internas do país signatário);
Monismo radical: fundamento no pacta sunt servanda (que foi pactuado deve ser cumprido);
Monismo moderado: Admite o conflito, mas com preponderância do DIP;
Boa-fé (art. 69, §2º, ‘b’);
TEORIA CONCILIADORA: Duas ordens jurídicas coordenadas pelo direito natural;
Basta uma recepção geral do DI pelo Di;
PRÁTICA INTERNACIONAL
Jurisprudência Internacional – primazia do DIP sobre o Di;
A CF nova não pode afrontar o DIP já estabelecido;
Direito Comunitário: Di subordinado ao DIP;
Jurisprudência interna resistente ao DIP;
BRASIL
1914 – Tratado permanece em vigor, mesmo havendo lei posterior contrária;
1951 – Tratado revoga lei interna;
CTN (1966) – Tratado pode revogar lei ou norma interna (art. 96/98);
STF
Tratado = lei ordinária;
Tratado sobre DH�, se aprovado na forma de EC = norma supralegal;
Tratado prevalece sobre norma interna posterior contraria;
TEORIA DAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
DEFINIÇÃO: Podem ser conceituada como associação voluntária de Estado ou entidades, constituída por meio de um tratado, com estatuto interno, órgãos comuns e com a finalidade de buscar interesse comum por intermédio de uma permanente cooperação entre seus membros;
CARACTERÍSTICAS
Associação voluntária;
Membros: Ordinários (mais direito) e Associados – Filiados;
Criados por Tratados;
Possui personalidade jurídica própria – independente dos Estados membros;
Estatuto interno - Órgãos próprios; Poderes limitados; Soberania pertence aos Estados;
A própria organização que responde por seus atos – indenizações por conta da própria organização;
Sucessão voluntária;
Direito de Convenção – As organizações podem fazer acordo ou tratado com outros países;
Direito de ligação – Enviar ou receber missões diplomáticas;
Direito de retirada – Qualquer Estado membro tem o direito de sair da organização
Possui o direto de delegação (Embaixadores);
Financiamento - Capacidade contributiva dos próprios Estados que criaram as organizações;
Privilégios e Imunidades: Assegura as organizações internacionais imunidade absoluta perante a jurisdição dos Estados-partes;
Origem: fruto da negociação entre Estados após a 1º GM� (Liga das Nações);
Classificação:
Natureza:
Política ou Gerais (ONU): Ampla gama de temas ou competências;
Técnica ou Especializada (OIT� – OMS�): Cuidam de temas específicos;
Composição:
Alcance universal (ONU): Aberta a qualquer país;
Alcance Regional (MERCOSUL – União Europeia): Composta por Estados contíguos geograficamente ou por afinidades histórica, cultural, etc. (MERCOSUL, União Europeia);
PRIMEIRAS ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS
Comissão do Reno (1814):
Comissão do Rio Danúbio (1856):
União Telegráfica Universal (1865):
ORGANIZAÇÕES INTERNACIONAIS COM CONFIGURAÇÃO ATUAL
LIGA DAS NAÇÕES (após a 1ª GM�): Fruto de negociações entre líderes de Estados após a 1ª GM para discutir vários assuntos relacionados a guerra, paz mundial. Após a 2º GM, a Liga desapareceu;
SISTEMAS BRETOTONS WOOS (1944):
Inspiração: John Maynard Reynes;
Desenvolvimento Econômico com participação do poder público;
Pilares Institucionais:
Banco Mundial (BIRD – 1948);
Fundo Monetário Internacional (FMI – 1948);
Programa de ajuda;
Acordo Geral de Tarifas e Comércio (GATT);
ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO (1995): Fórum de negociação, normatização e fiscalização do Comércio Mundial;
Funções:
Regular e fiscalizar o comércio mundial;
Resolver conflitos comerciais entre os países membros;
Organizar ‘rodadas’ para acordos comerciais internacionais;
Supervisionar o cumprimento de acordo comercial entre os países membros – Ex: Rodada de Doha iniciada em 2001;
ORGANIZAÇÕES DAS NAÇÕES UNIDAS – ONU
Criada após o fracasso da Liga das Nações;
1942 – Acordo para sua criação;
1945 – Carta de São Francisco – criação da ONU;
Membros:
Originários: 51 Estados
Admitidos: Atualmente ± 190 Estados;
Objetivos (art. 1º): Manter a paz e a segurança internacional; Promover relações amistosas entre os Estados; Cooperação entre os Estados na solução de conflito; Ser centro destinado a harmonização das nações;
Princípios (art. 2º): Igualdade entre os Estados; observância a suas decisões; controvérsia solucionada por meios pacíficos; evitar ameaças, uso da força contra outro Estado; Assistência aos Estados-membros; influenciar Estados não membros a seguirem estes princípios;
Assembleia Geral: Órgão não permanente;
Reunião Ordinária: Uma vez por ano;
Reunião Extraordinária: Convocação do Secretário, do Conselho de Segurança ou da maioria dos membros;
Finalidade: Discutir assuntos que afetam a vida de todos os habitantes do planeta;
Membros: Todos os membros da ONU;
Funções (art. 10 a 14): Discutir qualquer assunto de sua finalidade; Fazer recomendações aos Membros ou Conselho de Segurança; Solicitar atenção do Conselho de Segurança sobre ameaças a paz e segurança; Iniciar estudos e fazer recomendações; Recomendar medias, etc.
Decisões (art. 18):
Questões importantes: quórum de Maioria de 2/3;
Outras questões: quórum de maioria simples;
Conselho de Segurança: Órgão permanente;
Finalidade: Manutenção da paz a segurança internacional;
Membros: 05 membros permanentes e 10 não permanentes: Totalizando 15;
Funções:
Carta (art. 26, 33 a 38 e 39 a 51): Recomendar acordos pacíficos; Adotar medidas para cessar conflito, Impor embargos ou sanções econômicas para cumprimento de suas decisões; Autorizar o uso da força em ameaça à paz ou ato de agressão; Determinar o estabelecimento de Tribunais Penais Internacionais; 
Estatuto do CIJ: art. 94,§2º;
Decisões:
Questões processuais: Pelo menos 09 dos 15 votos dos membros;
Outros assuntos: Pelo menos de 09 votos, incluídos os 05 membros permanentes com poder de veto;
Conselho Econômico e Social
Finalidade: Responsável pela discussão de questões econômicas, sociais, culturais;
Membros: 54 membros – renovação anula de 1/3 dos membros;
Decisões: Maioria simples em reuniões em 02 vezes por ano;
MERCOSUL (Mercado Comum do Sul)
Tratado de Assunção: Assinado em 26/03/1991;
Membros: Originários: (Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai); Admitidos (Venezuela); Associados (Bolívia, Chile, Colômbia, Equador e Peru);
Órgãos:Conselho de Mercado Comum (órgão máximo) e Grupo do Mercado Comum (órgão executivo);
Objetivo: Evoluir a condição de mercado comum;
Decisões tomadas por consenso;
A PESSOA HUMANA NO DIREITO INTENACIONAL
AS 03 VERTENTES DE PROTEÇÃO DA PESSOA HUMANA
DIREITOS HUMANOS - DH�
Perspectiva histórica: Sofreu influência de grande marcos:
Declaração da lei do homem e do cidadão (1789);
Direito Internacional Humanitário (1864);
Liga das Nações e Organização do Trabalho (1919);
Declaração Universal do DH (1948);
Pessoa humana como sujeito de direito internacional: Redefinição do status do indivíduo no plano internacional para que se tornasse verdadeiro sujeito de direito internacional;
Capacidade jurídica internacional: O “Sistema Universal de Direitos Humanos”, relacionados à ONU contribuiu para redefinir o âmbito e o alcance da tutela dos direitos humanos como tema de interesse internacional;
Características:
Universais: Sem distinção de raça, sexo, idade, etc.
Inerentes: Pertencem a todos os indivíduos pelo simples fato de serem pessoas humanas;
Históricos: Rol permanentemente acrescido e modificado;
Indivisíveis;
Interdependentes;
Indisponíveis;
Inalienáveis;
Irrenunciáveis;
Complementares;
Classificação:
1ª Geração: Direitos civis e políticos ou direito a liberdade (vida, ir e vir, reunião, etc.);
2ª Geração: Direitos econômicos, sociais ou culturais (ou direito de igualdade);
3ª Geração: Direito à paz, desenvolvimento, meio ambiente, etc. (ou direito de fraternidade);
DH na atualidade: Nos dias hodiernos o DH propõe uma 4ª geração de direitos, associados à globalização, a fragilização das fronteiras nacionais, bem como direito a informação, democracia e ao pluralismo. Esta notadamente relacionada com a ONU por meio da:
Declaração Universal do DH (1948);
Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos (1966);
Pacto Internacional sobre Direitos Econômicos, Sociais e Culturais (1966);
Convenção para Repressão do Crime de Genocídio;
Convenção sobre Direito da Criança, etc.
Sistema regional: A partir da estrutura universal, diversos esquemas regionais também consagraram mecanismos de tutela aos DH, os quais se podem destacar:
Comissão Interamericana de DH (CIDH);
Corte Interamericana de DH;
DH no Brasil: O art. 4º, II da CF/88 consagra a primazia do DH nas relações internacionais;
Incorporação dos Tratados de DH ao ordenamento brasileiro como EC� (art. 5º, §3º);
Aplicabilidade imediata das normas de Tratados de DH (art. 5º, §1º da CF/88);
Hierarquia dos Tratados de DH, aprovados na forma de EC, sobre normas internas (art. 5º, §3º da CF/88 – norma Supralegal);
DIREITOS HUMANITÁRIOS
Evolução histórica;
Conceito de Guerra Justa:
Ius ad bellum: Direito a legítima defesa;
Ius in bello: Não tornar a guerra mais cruel
Fundamentos, objetivos e âmbitos de aplicação: Guerra se justifica pela proteção humanitária;
Exemplos de convenções: Haia (1907), Genebra (1949), etc.
DIREITOS DOS REFUGIADOS
Histórias:
Fundamentos: Preocupação com a dignidade da pessoa humana;
Propósitos: Abrigo, acolhida à pessoa que não pode conviver dentro de seu país;
Convenções de 1951 e Protocolo de 1967:
ASILO POLÍTICO
Tratado de Direito Penal Internacional (Montevidéu);
Objetivo: Proteção temporária a pessoa perseguida por suas posições ou ideologia política em seu país; 
Outras convenções;
Havana – 1928;
Montevidéu – 1933;
Montevidéu – 1939;
Caracas – 1954;
TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL – TPI
INTRODUÇÃO: Criado pelo Estatuto de Roma (1998) após a 2ª GM�, com sede em Haia, tem a finalidade precípua de punir crimes de guerras, ratificado pelo Brasil em 2002.
Instituição permanente com jurisdição sobre toda pessoa que cometeram crimes de maior gravidade que não foi julgado pelo país de origem;
O TPI é organismo internacional com personalidade jurídica própria;
A jurisdição do TPI sobre os indivíduos não exclui a jurisdição de outros foros internacionais;
É o principal órgão jurisdicional internacional voltado ao combate aos crimes internacionais;
O TPI processa indivíduos, não Estados (Princípio da Responsabilidade individual);
Caráter complementar da jurisdição do TPI;
Principal instrumento internacional: Estatuto de Roma;
O processo no TPI se inicia a partir de um inquérito do Procurador ou de denuncia dirigida a este por um Estado-parte ou pelo Conselho de Segurança da ONU;
COMPETÊNCIA: Crimes mais graves – crimes imprescritíveis – Os crimes internacionais devem, portanto ser inicialmente combatidos pelos Estados. O TPI só pode agir após serem esgotados os recursos internos estatais ou quando estes se mostrarem ineficazes ou atuarem em desconformidade com os compromissos internacionais dos respectivos Estados;
Genocídio – Atos que visam extermínio de grupos;
Crimes contra a Humanidade – Ataque generalizado;
Crimes de Guerra – Atos contra normas do Direito de Guerra e do Direito Humanitário;
Crime de Agressão – Invasões militares, ataques, bombardeios, etc.
PENAS PREVISTAS NO TPI:
Prisão de até 30 anos;
Prisão perpetua;
Perda de bens provenientes do crime;
Reparações: indenização, reabilitação e restituição;
SOLULÇÃO DE CONTROVÉRSIAS INTERNACIONAIS
MECANISMOS PACÍFICOS: Caracterizam-se pela voluntariedade, só podem se acionados com o consentimento dos sujeitos envolvidos;
Meios Diplomáticos: Utilizados diretamente pelas partes, com ou sem a participação de terceiros
Congressos ou Conferências: entre os litigantes – quando interessa a diversos Estados ou quando o objetivo é solucionar um conjunto de questões comuns;
Bons ofícios: Um terceiro Estado busca aproximação, sem participar diretamente (sem propor solução) das negociações da solução;
Serviços Amistosos: Um terceiro Estado atua de maneira não oficial;
Mediação: Um terceiro Estado age diretamente nas negociações, propondo soluções não obrigatórias e não sujeita a normas;
Consulta: Troca de opiniões entre os Estados em conflito, sobre divergências que existam entre si, no intuito de alcançar uma solução;
Meios Jurídicos (Não jurisdicionais): Não utiliza o Tribunal, baseia-se na interpretação técnica jurídica;
Comissão de Inquérito: de investigação – procedimento preliminar, como forma de estabelecer a materialidade dos fatos que se encontram na origem do litigio;
Conciliação: Comissão de conciliadores escolhidos pelas partes para apresentar uma solução jurídica não obrigatória;
Meios Jurídicos (Não Judiciais): Fora do âmbito dos Tribunais, contudo há necessária previsão expressa em Tratado para se fazer uso da arbitragem; 
Arbitragem: Acordo prévio sobre o uso da arbitragem, como mecanismo de solução;
Árbitros e procedimentos acordados pelas partes;
Solução obrigatória;
Normalmente de função não permanente;
Meios Jurídicos (Judiciário):
Corte de Justiça: Corte Internacional de Justiça;
Magistrados e procedimentos sem escolhas pelas partes;
Solução obrigatória;
Consentimento das partes de submeter-se a Tribunal;
Funcionamento permanente;
Meios Políticos
Organizações Internacionais: decidem o conflito, normalmente após o consentimento soberano das partes. Contudo, as soluções não são obrigatórias;
DIREITO INTERNACIONAL PRIVADO – CONFLITO DE LEIS NO ESPAÇO
Conflito de Normas no Espaço: A norma do DIP� indica qual o preceito, nacional ou estrangeiro, aplicável à solução de um conflito de leis no espaço. Portanto é uma regra meramente indicativa. 
Método de Conflitual: A norma a ser aplicada deve ser apontada pela “Lex Fori” (Lei do Estado), ou seja, o próprio ordenamento do Estado que indicará o preceito, nacional ou estrangeiro que será aplicado;
Elementos de Conexão: Critério que determinam qual norma, nacional ou estrangeira, será aplicado, quais sejam: domicílio, situação da coisa, autonomia da vontade, do lugar da execução, do controle, etc.
LINDB (art. 7º): Determina critérios de elementos de conexão: “A lei do país em que domiciliada a pessoa determina as regras sobre começo e o fim da personalidade, nome, capacidade e os direitosde família” (elemento de conexão é o domicílio);
Autonomia da Vontade: Possibilidade das partes elegerem o elemento de conexão, ou seja, liberdade às partes para resolverem o litígio;
� DIP – Direito Internacional Público;
� DIP ou DI – Direito Internacional Público;
� Di – Direito interno;
� DH – Direito Humanos;
� GM – Guerra Mundial;
� OIT – Organização Internacional do Trabalho;
� OMS – Organização Mundial da Saúde;
� GM – Guerra Mundial;
� DH – Direitos Humanos;
� EC – Emenda Complementar;
� GM – Guerra Mundial;
� DIP – Direito Internacional Privado;
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