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Profª Thalita Véras Produz o suco pancreático rico em enzimas digestivas; tripsina, quimiotripsnina, aminopeptidases, amilase, lipases, fosfolipase e nucleases. Estimulado na presença de ácidos, ácidos graxos e aminoácidos no duodeno; Secreta hormônios: insulina e glucagon Termo genérico que engloba uma série de condições com variações na: ◦ Etiologia; ◦ Curso clínico; ◦ Tratamento; PANCREATITE Alcoolismo Crônico Cálculos Biliares Trauma Doença do Trato biliar Hipertrigliceridemia Certas drogas Algumas infecções virais ETIOLOGIAS DAS PANCREATITES Pancreatite Aguda: decorrente pela ativação de enzimas digestivas liberação de mediadores inflamatórios ◦ Forma leve: edema ◦ Forma grave (necrótica e hemorrágica): 10 % dos casos. Pancreatite Crônica: inflamação persistente, que leva a redução da funcionalidade; Pancreatite • Sintomas: – edema , hemorragia e necrose; – Náuseas, Vômitos, distensão abdominal, esteatorréia; Sintomas pioram com ingestão alimentar lactato desidrogenase aminotransferase glutâmico-oxalacética Perda de peso >10% nos últimos 6 meses IMC < 18,5 Kg/m² Albumina < 3 g/dl Avaliação Subjetiva Global Índice de Risco Nutricional (IRN) A- HISTÓRIA 1. Peso Peso Habitual: Kg Perdeu peso nos últimos 6 meses: ( ) Sim ( ) Não Quantidade perdida: Kg % de perda de peso em relação ao peso habitual : % Nas duas últimas semanas: ( ) continua perdendo peso ( ) estável ( ) engordou 2. Ingestão alimentar em relação ao habitual ( ) sem alterações ( ) houve alterações Se houve alterações, há quanto tempo: dias Se houve, para que tipo de dieta: ( ) sólida em quantidade menor ( ) líquida completa ( ) líquida restrita ( ) jejum 3. Sintomas gastrointestinais presentes há mais de 15 dias ( ) Sim ( ) Não Se sim, ( ) Vômitos ( ) Náuseas ( ) Diarréia (mais de 3 evacuações líquidas/dia) ( ) Inapetência 4. Capacidade funcional ( ) sem disfunção ( ) disfunção Se disfunção, há quanto tempo: dias Que tipo: ( ) trabalho sub-ótimo ( ) em tratamento ambulatórial ( ) acamado 5.Doença principal e sua correlação com necessidades nutricionais Diagnóstico principal: Demanda metabólica: ( ) baixo stress ( ) stress moderado ( ) stress elevado B- EXAME FÍSICO: ( para cada item dê um valor: 0=normal, 1=perda leve, 2=perda moderada, 3=perda importante) ( ) perda de gordura subcutânea ( tríceps e tórax ) ( ) perda muscular ( quadríceps e deltóides ) ( ) edema de tornozelo ( ) edema sacral ( ) ascite C- AVALIAÇÃO SUBJETIVA: ( ) Nutrido ( ) Moderadamente desnutrido ou suspeita de desnutrição ( ) Gravemente desnutrido bem nutridos: < 17 pontos; desnutridos (moderado e grave): > 17 pontos. Terapia Nutricional para Pancreatite Aguda Leve a Moderada (Critérios Ranson) • Pâncreas colocado em repouso; – Estágio 1 (2 – 5 dias): A alimentação via oral deve ser suspensa para não fornecer estímulos ao pâncreas; – Estágio 2 (3-7 dias) Fase de realimentação: Rica em carboidratos (70 - 80%), moderada oferta de ptn (1,0- 1,5 g/Kg de ptn), hipolípidica (< 20%); – Estágio 3 (a partir de 7 dias): Dieta Normal (observar lipídios) Muita Hidratação endovenosa Objetivo: ◦ Manter repouso gástrico e recuperar o estado nutricional; Início da Terapia (Precoce) ◦ 24 a 48 horas após as medidas iniciais do tratamento médico; SNE ou Gastrostomia Utilizar a via jejunal se a gástrica não for tolerada (C) Se for realizada cirurgia pancreática uma jejunostomia pode ser feita para NE jejunal. Utilizar fórmulas padrões, desde que sejam bem toleradas (C); Na PA leve iniciar NE se a via oral não puder ser usada devido à dor por mais de 5 dias (C); Na PA grave a NE está indicada sempre que possível (A), mas deve ser suplementada pela parenteral se necessário; ESPEN (Grau A), orientam que a oligomérica a base de peptídeos pode ser usada com segurança, contudo a fórmula polimérica pode ser ofertada, se tolerada. ◦ A infusão contínua da dieta ◦ O posicionamento da sonda mais distal do trato gastrintestinal (Grau C) ◦ Utilização de fórmulas oligoméricas com alto teor de triglicerídeos de cadeia média (TCM) ou quase isenta de gordura (Grau C). ESPEN recomenda: ◦ 1 a 1,5g/kg de peso de proteínas, ◦ 50% de carboidratos ◦ < 30% de lipídios do valor calórico total. Quando a sonda enteral for posicionada no jejuno, a SBNPE/ ABN7 (Grau D) recomenda que a fórmula enteral seja normolipídica e com alto teor de TCM. Não existem evidências suficientes para a recomendação de fórmulas imunomoduladoras na PAG; Indica a inclusão dos ácidos graxos ômega-3. Quanto ao uso de probióticos, a SBNPE/ABN (Grau A) e a ASPEN(Grau C), não recomendam o seu uso, pois os estudos ainda são controversos. Não havendo previsão de utilização do trato digestório dentro de 5-7 dias, a terapia nutricional por via parenteral é a recomendada. Podendo ser antecipada naqueles pacientes com desnutrição pré-existente. Quanto às necessidades energéticas, a ESPEN (Grau B), recomenda 25-30kcal/kg/dia não proteicas. ◦ Proteínas de 1,25 a 1,5g/Kg/dia, que corresponde ◦ 0,2 a 0,24g/Kg/dia de nitrogênio, Para adequar a real necessidade de nitrogênio, a monitoração da excreção de uréia nas 24horas deve ser realizada. Na presença da síndrome da resposta inflamatória sistêmica (SIRS), da síndrome da disfunção de múltiplos órgãos (SDMO) e do risco da síndrome da realimentação, as necessidades energéticas devem ser reduzidas para 15-20kcal/kg/dia não proteicas. Em caso de insuficiência renal ou hepática a proteína pode ser reduzida para 0,87 a 1,25g/Kg/dia equivalente a 0,14 a 0,20g/kg/dia de nitrogênio. A adição de glutamina em solução de nutrição parenteral, na dosagem superior a 0,3 gramas/Kg/dia, está recomendada pela SBNPE/ ABN (Grau D) e pela ESPEN (Grau B). ESPEN(Grau C) : ◦ faz recomendações em relação à glicose que deve corresponder de 50% a 70% do total de calorias, Sendo necessário monitoramento da glicemia nos pacientes em nutrição parenteral. Pancreatite Crônica • Substituir gordura dietética – aliviar esteatorréia e melhorar ganho de peso; • Observar ácidos graxos essenciais; •Intolerância à glicose – orientações para DM;
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