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* Centro Universitário Estácio de Sá Enfermagem – Ensino Clínico II Ana Corina Pacheco de Miranda * Período do ciclo gravídico puerperal em que as modificações locais e sistêmicas, provocadas pela gravidez e parto no organismo da mulher, retornam à situação do estado pré-gravídico. Inicia-se uma a duas horas após a saída da placenta e tem término imprevisto, dependendo do período de lactância e do retorno dos ciclos menstruais. * Puerpério Imediato: 1º ao 10°dia Puerpério Tardio: 11°ao 42°dia Puerpério Remoto: a partir do 43º dia As primeiras duas horas correspondem ao chamado Quarto Período do parto. Período de risco de hemorragias onde a mulher deve ser acompanhada ou no próprio centro obstétrico ou em enfermaria com suporte clínico. Estabilizada hemodinamicamente e formado o globo de segurança de Pinard, deverá ser encaminhada ao alojamento conjunto. * Com a dequitação da placenta a mulher perde, subitamente, a sua fonte produtora de estrógenos, uma vez que os ovários tinham sua função bloqueada durante a gravidez, após cumprida a função do corpo lúteo. A queda dos hormônios esteróides que inibiam o efeito da prolactina, aliada a uma liberação aumentada da prolactina como efeito da sucção, determina o início da lactação. Ainda por conta do hipoestrogenismo a puérpera irá experimentar um período de atrofia genital, denominado de "crise genital" até que os ovários retornem a sua função endócrina plena, período este variável e dependente da função da lactação. * A mulher no puerpério passa por uma série de transformações, devendo ser vista integralmente, no seu lado endócrino, genital e psíquico. É comum que a mulher se sinta insegura, experimente sentimentos contraditórios. Cabe à equipe estar disponível para perceber a necessidade de cada mulher, na medida do possível. * A puérpera apresenta um estado de exaustão e relaxamento, que se manifesta por sonolência, devido, principalmente, ao longo período sem adequada hidratação, alimentação e esforço. Necessita de repouso e após despertar, alimentação adequada, sem restrições. Poderá deambular e cuidar de seu filho. Ligeira elevação da temperatura axilar nas primeiras 24 horas sem que corresponda a quadro infeccioso. Padrão respiratório é restabelecido * O sistema cardiovascular, experimenta nas primeiras horas um aumento do volume circulante. Volta das vísceras abdominais à sua situação original, promovendo um melhor esvaziamento gástrico. Nas mulheres submetidas a cesárea deve-se observar íleo paralítico pela manipulação da cavidade abdominal. Pode haver queixa ou desconforto à micção por trauma uretral. Em geral há um aumento do volume urinário pela redistribuição dos líquidos corporais. * Leucócitos, plaquetas e fibrinogênio estão aumentadas nas primeiras semanas. Deve-se atentar para complicações tromboembólicas no caso de imobilizações prolongadas. Pele seca e queda de cabelos podem ocorrer. As estrias tendem a se tornar mais claras e a diminuírem de tamanho. O útero atinge a cicatriz umbilical após o parto, regredindo em torno de 1 cm ao dia. Inicialmente surgem os lóquios sangüíneos (até o 5° dia), em volume variável semelhante a uma menstruação. A partir do 5° dia torna-se serossanguíneo e por volta do 10° dia, seroso. O odor é característico. Quando fétido sugere infecção. * A recuperação do endométrio inicia-se em torno do 25° dia pós-parto. Logo após o parto o colo fica edemaciado e pode apresentar lacerações. Em torno do 10° dia estará fechado. A vagina apresenta-se edemaciada, congesta e atrófica, iniciando sua recuperação após o 25° dia. Deve-se atentar para as alterações de humor, com labilidade emocional que podem sinalizar apatia ou psicose puerperal. Mulheres que tiveram óbito fetal ou malformados devem ter uma atenção especial. * A manutenção da contractilidade, uterina após a dequitação da placenta promoverá a involução do útero, bem como a hemóstase do sítio de inserção placentária que será sucedido pela trombose local dos vasos (fase de trombotamponagem). Nas primeiras 24 horas o útero alcança a cicatriz umbilical, mantendo um dextrodesvio, e apresentando-se de consistência firme. A involução se dá em ritmo irregular, aproximadamente 1 cm por dia, de modo que no l0º dia do puerpério já não será mais palpado acima da sínfise púbica, e seu peso que era de 1.000g estará reduzido a menos da metade, sendo que o processo de involução continuará por cerca de cinco a seis semanas. A cavidade uterina por sua vez sofre um processo de necrose e eliminação da decídua parietal, passando a regenerar-se pela proliferação do epitélio glandular, por ação estrogênica, após o 25º dia. * O útero retorna ao seu tamanho prévio normalmente em aproximadamente quatro semanas após o parto. A amamentação é fundamental para essa regressão, pois quando o bebê suga o seio materno secreta ocitocina, que além de ser responsável pela ejeção do leite, atua contraindo o útero, reduzindo seu tamanho e o sangramento pós-parto. Por este motivo, a mãe sente cólica ao amamentar (principalmente nos primeiros dias após o nascimento do bebê). * Estimular a deambulação precoce. Estimular o banho de chuveiro. Não há necessidade de antissépticos na região perineal. Em casos de cesáreas pode-se molhar o curativo e renovar no primeiro dia devendo permanecer descoberto a partir do 2° dia. É recomendado o uso de sutiã. Atenção à involução uterina e à ferida cirúrgica. Inspecionar região perineal com atenção aos lóquios. Edema, equimoses e hematomas implicam na necessidade de aplicação de frio local. Pesquisar sinais de trombose venosa profunda. * Nas puérperas que estão bem e não se detectam anormalidades, a alta pode ser consentida após as primeiras 24 horas e nas cesáreas, com 48 horas. Não se deve dar alta sem checar a tipagem sangüinea da mãe, sorologia para sífilis e HIV. A revisão puerperal deve ser marcada em torno do 7 ao 10° dia de puerpério em unidade de saúde mais próxima da residência da mulher. Nova avaliação deverá ser realizada entre 30° e o 42° dia pós-parto. Nestes momentos de pós-parto é fundamental o incentivo, o apoio, o acolhimento nas questões referentes ao aleitamento materno. Orientação sobre contracepção * * * * São inúmeros os benefícios que a prática do aleitamento materno oferece tanto para o crescimento e desenvolvimento dos lactentes como para a mãe, do ponto de vista biológico e psicossocial. O aleitamento materno exclusivo é recomendado por um período de 6 meses. Deve-se respeitar e compreender o desejo materno de amamentar ou não. A escolha informada deve ser acatada pelo profissional. * Vantagens do aleitamento para a mulher. Vantagens para a criança. Vantagens para a família e a sociedade. Padrões de aleitamento materno: AM exclusivo AM predominante AM parcial * Alimento ideal. Anticorpos (IgA), macrófagos, polimorfonucleares e linfócitos, fator bífido e lactoferrina. Fatores de crescimento O leite sofre alterações em sua composição, em relação ao início e fim da mamada. O leite do começo “mata a sede” e o do fim “engorda”. * Corpúsculo de Montgomery Mamilo Aréola * * Início da produção láctea Trabalho de parto e apojadura Mecanismos de secreção e ejeção * A prolactina faz os alvéolos produzirem leite. Ela pode fazer a mãe sentir-se sonolenta e relaxada. Os níveis de prolactina devem ser mantidos altos para que o alvéolo produza leite. Mesmo com níveis elevados, se a sucção não for eficiente ou o leite retirado da mama, a produção será interrompida. Sucção - impulsos sensoriais – secreção de prolactina -Produção de leite. Estudo revelam uma maior liberação de prolactina à noite – importância da mamada noturna Também relacionada com a inibição da ovulação * Mais prolactina é secretada à noite Inibe a ovulação Impulsos sensoriais do mamilo Prolactina no sangue Bebê sugando PROLACTINA Secretada APÓS a mamada para produzir PRÓXIMA mamada 3/2 * A ocitocina contrai as células mioepiteliais ao redor dos alvéolos e faz o leite descer pelos ductos até os seios lactíferos. Esse processo é chamado reflexo de ejeção ou de descida. No pós parto imediato, quando ocorre a ejeção, a mãe pode sentir contrações uterinas; sede; vazamento do leite da outra mama. Quando ocorre a ejeção o ritmo da sucção muda de rápido para regular, profundo e lento. Diretamente ligada ao emocional da mãe (positivo e negativo); aspectos como dor, estresse, vergonha, etc. podem inibir a liberação da ocitocina. * Faz o útero contrair Impulsos sensoriais do mamilo Ocitocina no sangue Bebê sugando REFLEXO DA OCITOCINA Atua ANTES ou DURANTE a mamada para fazer o leite DESCER 3/3 * Preocupação Stress Dor Dúvidas Pensar no bebê com carinho. Olhar o bebê. CONFIANÇA REFLEXO DA OCITOCINA Estes AJUDAM o reflexo Estes INIBEM o reflexo 3/4 * Auto-regulação da produção lática (Peptídeos supressores da lactação) Ingurgitamento mamário Mastite Stress materno * APTIDÕES Mãe aprende a posicionar o bebê Bebê aprende a abocanhar o seio Reflexo de busca e apreensão Quando algo toca o lábio, o bebê abre a boca, põe a língua para baixo e para fora Reflexo de sucção Quando alguma coisa toca o palato o bebê suga Reflexo de deglutição Quando a boca está cheia de leite, o bebê engole 3/12 RELEXOS DO BEBÊ * Busca Apreensão Sucção * Bebê de frente para a mama e bem próximo a ela Abocanha maior parte da aréola; Os seios lactíferos estão sendo comprimidos; Estira o tecido da mama formando um longo bico; O bêbe suga parte da aréola não só o mamilo. Existe um movimento de ondulação da língua do bebê de diante para trás. A língua pressiona o mamilo contra o palato – o leite sai dos seios lactíferos e é deglutido. Pega adequada facilita a ejeção do leite! * 3/6 * 1 * O queixo do bebê toca a mama; Sua boca esta bem aberta; Seu lábio inferior está virado para o lado de fora; Pode-se ver mais da aréola acima do que embaixo da sua boca. * O queixo do bebê não toca o seio; Sua boca não está bem aberta; Seu lábio inferior está para dentro; Pode-se notar a mesma quantidade de aréola para cima e abaixo. Dor ao amamentar * O bebê pode provocar dor e machucar o mamilo; O bebe não remove o leite materno com eficiência; Ingurgitamento mamário; Choro,fome,mamadas freqüentes, mamadas longas, recusa em mamar, ganho de peso insuficiente, diminuição da produção lática. * Uso de mamadeiras e chupetas; Mães inexperientes; Dificuldades funcionais: Bebê muito pequeno, Mamilos plano e invertido; Seios ingurgitados. Falta de apoio * * * Considera-se como infecção puerperal aquela originada no aparelho genital, após parto recente. É um quadro grave podendo levar a paciente à morte, pois a infecção pode propagar-se por todo o organismo. Existem fatores que favorecem o aparecimento da infecção puerperal. São eles: Hemorragia antes do parto Parto prolongado Traumatismo do parto * O estreptocóco é o microorganismo que mais freqüentemente ocasiona infecção do aparelho genital. Outros germes piogênico existentes no ambiente podem também causar esse tipo de infecção. A puérpera apresenta: Febre acima de 38ºC após o 1º dia do puerpério; Calafrios; Mal-estar geral; Dor localizada; * O fundamental para que uma infecção puerperal seja evitada, são os cuidados a serem tomados desde o pré-natal até o puerpério. São eles: Suprimir os focos de infecção da gestante; Uso de técnicas assépticas durante o parto e o puerpério; Cultura dos lóquios da puérpera com hipertemia após as primeiras 24 horas de parto; Isolamento das puérperas febris para evitar contaminação de outras pacientes; * A mulher perde cerca de 300 ml de sangue durante o parto normal. Esse valor é acrescido em 100 ml se a mesma fez episiotomia. É considerado hemorragia pós parto o sangramento, que ocorre em excesso logo após o parto. As causas principais de hemorragia são: atonia uterina, lacerações do colo ou vagina e retenção de restos placentários. * * * Inflamação da glândula mamária que pode ou não estar associada a infecção O abscesso é complicação da mastite Normalmente acontece graças ao ingurgitamento mamário ou infecção proveniente de pequenas fissuras mamilares Acompanha dor, febre e mal-estar Abscesso contra-indica a amamentação
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