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Princípios de Mecânica e Resistência dos materiais Prof. Marcus Oliveira Filho Aula 4 CONVERSA INICIAL Olá, caro aluno! Seja bem-vindo à quarta aula de Princípios de Mecânica e Resistência dos Materiais. Nesta aula veremos quais são as forças internas desenvolvidas em membros estruturais, além de conhecermos quais são os métodos empregados para determiná-las. Estudaremos vigas mais a fundo e aprenderemos a calcular os esforços cortantes e momentos fletores que agem sobre elas. Por fim, conheceremos os diagramas de esforço cortante e de momento fletor e como podemos construí-los. Antes de começar, assista à introdução do professor Marcus Oliveira Filho sobre este tema no vídeo disponível no material on-line! CONTEXTUALIZANDO Vigas são elementos estruturais extensivamente utilizados na construção civil. Essas estruturas, que são capazes de suportar cargas elevadas em direções perpendiculares a seus eixos, devem ser dimensionadas corretamente para que ofereçam condições de segurança. Historicamente, projetos subdimensionados já provocaram acidentes catastróficos, acarretando em perdas de vidas humanas e prejuízos financeiros. Por outro lado, as vigas não devem ser superdimensionadas, pois isso eleva os custos desnecessariamente. É necessário um conhecimento preciso das cargas atuantes e dos esforços internos desenvolvidos nestas estruturas para poder projetá-las de forma segura e inteligente. Você sabe os métodos que os engenheiros usam para determinar as forças internas que atuam nas vigas? PESQUISE Forças internas desenvolvidas em membros estruturais Para projetar um membro estrutural ou mecânico, é preciso conhecer a carga que atua dentro do membro, a fim de garantir que o material possa resistir a essa carga. Para tal, utilizamos o método das seções, que consiste em passar uma seção imaginária pelo elemento, expondo as cargas internas como se fossem externas no diagrama de corpo livre. Considere o seguinte exemplo: Após o corte na seção transversal 𝑎-𝑎, temos os seguintes DCL: A componente de força 𝑁𝐵, que atua perpendicular à seção transversal é chamada de força normal. A componente da força 𝑉𝐵 que é tangente à seção transversal é chamada de esforço cortante, e o momento de binário 𝑀𝐵 é conhecido como momento fletor. As componentes de força impedem a translação relativa entre os dois segmentos, e o momento de binário impede a rotação relativa. Essas cargas podem ser determinadas aplicando as equações de equilíbrio ao DCL de qualquer um dos segmentos. Devemos optar pelo segmento que tenha um menor número de incógnitas para facilitar os cálculos. No caso anterior, por exemplo, o segmento da direita seria mais apropriado, pois não envolve as reações de apoio incógnitas em 𝐴. Convenção de sinal Os engenheiros geralmente usam uma convenção de sinal para informar as três cargas internas 𝑁, 𝑉 e 𝑀. Embora essa convenção de sinal possa ser atribuída arbitrariamente, utilizaremos a mais aceita: 1. Força normal É considerada positiva se criar tração: 2. Esforço cortante Será positivo quando faz com que o segmento da viga sobre o qual atua gire no sentido horário: 3. Momento fletor É positivo quando tende a curvar o segmento no qual atua de uma maneira côncava para cima: As cargas opostas a esta são consideradas negativas. Procedimento para análise O método das seções pode ser usado para determinar as cargas internas sobre a seção transversal de um membro usando o procedimento a seguir: Reações de suporte Antes que o membro seja seccionado, pode ser preciso determinar suas reações de apoio. Diagrama de corpo livre Mantenha todas as cargas distribuídas e os momentos de binário e forças que atuam sobre o membro em seus locais exatos. Depois, faça uma seção imaginária pelo membro, perpendicular ao seu eixo, no ponto onde as cargas internas devem ser determinadas. Depois que a secção for feita, desenhe um DCL do segmento que tem o menor número de cargas sobre ele e indique as componentes das resultantes da força e do momento de binário na seção transversal que atua em suas direções positivas, conforme a convenção de sinal estabelecida. Equações de equilíbrio Os momentos devem ser somados na seção. Desse modo, as forças normal e cortante são eliminadas, e podemos obter uma solução direta para o momento. Se a solução das equações de equilíbrio gerar um escalar negativo, o sentido da quantidade é oposto ao que é mostrado no DCL. Vamos assistir à videoaula para que os conceitos fiquem mais claros! Acesse o material on-line. Exemplos resolvidos de forças internas Nesta seção, veremos dois exemplos resolvidos sobre o cálculo de forças internas desenvolvidas em membros estruturais: Exemplo 1: Determine a força normal, o esforço cortante e o momento fletor que atuam no ponto 𝐵 da estrutura de dois membros, como mostrado na imagem: 1ª etapa – Reações de apoio: um DCL de cada membro é mostrado na figura: Como 𝐶𝐷 é um membro com duas forças, as equações de equilíbrio precisam ser aplicadas apenas ao membro 𝐴𝐶: ∑𝑀𝐴 = 0; −50(8)(4) + 3 5 𝐹𝐷𝐶(8) = 0 𝐹𝐷𝐶 = 333,3 𝑘𝑁 ∑𝐹𝑥 = 0; −𝐴𝑥 + 4 5 (333,3) = 0 𝐴𝑥 = 266,7 𝑘𝑁 ∑𝐹𝑦 = 0; 𝐴𝑦 − 400 + 3 5 (333,3) = 0 𝐴𝑦 = 200 𝑘𝑁 2ª etapa – Diagramas de corpo livre: passando um corte imaginário perpendicular ao eixo do membro 𝐴𝐶 através do ponto 𝐵, geram-se os DCL dos segmentos 𝐴𝐵 e 𝐵𝐶. Ao construir esses diagramas, é importante manter a carga distribuída onde ela se encontra até depois que o corte for feito. Somente depois ela poderá ser substituída por uma única força resultante. 3ª etapa – Equações de equilíbrio: aplicando as equações de equilíbrio ao segmento 𝐴𝐵, temos: ∑𝐹𝑥 = 0; 𝑁𝐵 − 266,7 = 0 𝑁𝐵 = 266,7 𝑘𝑁 ∑𝐹𝑦 = 0; 200 − 200 − 𝑉𝐵 = 0 𝑉𝐵 = 0 ∑𝑀𝐵 = 0; 𝑀𝐵 − 200(4) + 200(2) = 0 𝑴𝑩 = 𝟒𝟎𝟎 𝒌𝑵. 𝒎 Exemplo 2: Determine a força normal, o esforço cortante e o momento fletor que atuam no ponto 𝐸 da estrutura carregada: 1ª etapa – Reações de apoio: Por inspeção, os membros 𝐴𝐶 e 𝐶𝐷 são membros de duas forças: Para obter 𝑅, precisamos analisar o equilíbrio do pino em 𝐶: ∑𝐹𝑦 = 0; 𝑅 𝑠𝑒𝑛 45 𝑜 − 600 = 0 𝑅 = 848,5 𝑁 2ª etapa – Diagrama de corpo livre: constrói-se o DCL do segmento 𝐶𝐸: 3ª etapa – Equações de equilíbrio: ∑𝐹𝑥 = 0; 848,5 cos 45 𝑜 − 𝑉𝐸 = 0 𝑉𝐸 = 600 𝑁 ∑𝐹𝑦 = 0; −848,5 𝑠𝑒𝑛 45 𝑜 + 𝑁𝐸 = 0 𝑁𝐸 = 600 𝑁 ∑𝑀𝐸 = 0; 848,5 cos 45 𝑜(0,5) − 𝑀𝐸 = 0 𝑀𝐸 = 300 𝑁. 𝑚 Vamos assistir à videoaula com o professor Marcus Oliveira Filho para compreendermos a resolução de mais um problema! Acesse o material on- line! Equações e diagramas de esforço cortante e momento fletor Vigas são membros estruturais projetados para suportar cargas aplicadas perpendiculares aos seus eixos. Em geral, elas são longas e retas, possuindo uma área da seção transversal constante. O projeto real de uma viga requer um conhecimento detalhado da variação do esforço cortante 𝑉 e do momento fletor 𝑀 interno atuando em cada ponto ao longo do eixo da viga. Normalmente, a força normal interna não é considerada por dois motivos: 1. Normalmente,as cargas aplicadas a uma viga atuam perpendicularmente ao eixo da viga (produzem apenas esforço cortante e momento fletor). 1. Para fins de projeto, a resistência da viga ao cisalhamento e flexão é mais importante do que sua capacidade de resistir a uma força normal. As variações de 𝑉 e 𝑀 ao longo do eixo da viga podem ser obtidas usando o método das seções apresentado no início desta aula. Para isso, é necessário seccionar a viga a uma distância arbitrária 𝑥 a partir de uma extremidade e depois aplicar as equações de equilíbrio ao segmento, tendo o comprimento 𝑥. Assim, obtemos 𝑉 e 𝑀 como funções de 𝑥. Em geral, as funções de esforço cortante e momento fletor interno são descontínuas, ou suas inclinações serão descontínuas, em pontos onde uma carga distribuída varia ou onde forças ou momentos de binário concentrados são aplicados. Por causa disso, essas funções precisam ser determinadas para cada segmento da viga localizado entre duas descontinuidades de carga quaisquer. Considere a viga abaixo: Os segmentos com comprimentos 𝑥1, 𝑥2 e 𝑥3 terão que ser usados para descrever a variação de 𝑉 e 𝑀 ao longo do comprimento da viga. Essas funções serão válidas apenas dentro das regiões: De 𝑂 até 𝑎, para 𝑥1. De 𝑎 até 𝑏, para 𝑥2. De 𝑏 até 𝐿, para 𝑥3. Se as funções resultantes de 𝑥 forem desenhadas, os gráficos serão chamados de diagrama de esforço cortante e diagrama de momento fletor, conforme as figuras abaixo: O uso destes diagramas é conveniente porque possibilita a rápida visualização de toda a informação de forças internas às quais as vigas estão sujeitas. O projetista pode, assim, saber quais são os pontos mais críticos da viga e dimensioná-la de forma a atender às condições de uso seguro. Procedimento para análise Os diagramas de esforço cortante e momento fletor para uma viga podem ser construídos usando o procedimento a seguir: Reações de apoio Determine todas as forças e momentos de binário reativos que atuam sobre a viga e decomponha todas as forças em componentes que atuam perpendicular e paralelamente ao eixo da viga (eixos 𝑥 e 𝑦). Funções de esforço cortante e momento Especifique coordenadas separadas 𝑥 tendo uma origem na extremidade esquerda da viga e estendendo-se para regiões da viga entre forças e/ou momentos de binário concentrados, ou onde a carga distribuída é contínua; Seccione a viga a cada distância 𝑥 e desenhe o DCL de um dos segmentos. Certifique-se que 𝑉 e 𝑀 apareçam atuando em seu sentido positivo, de acordo com a convenção de sinal vista nos temas anteriores; O esforço cortante 𝑉 é obtido somando-se as forças perpendiculares ao eixo da viga; O momento fletor 𝑀 é obtido somando-se os momentos em relação à extremidade seccionada do segmento. Diagramas de esforço cortante e momento fletor Construa o gráfico do diagrama do esforço cortante (𝑉 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥) e o diagrama de momento fletor (𝑀 𝑣𝑒𝑟𝑠𝑢𝑠 𝑥). Se os valores calculados das funções descrevendo 𝑉 e 𝑀 forem positivos, os valores são desenhados acima do eixo 𝑥, enquanto os valores negativos são desenhados abaixo do eixo 𝑥; Geralmente, é conveniente fazer os gráficos dos diagramas de esforço cortante e momento fletor diretamente abaixo do DCL da viga. Vamos conferir mais exemplos? Acesse o material on-line! Relações entre carga distribuída, esforço cortante e momento fletor Se uma viga está sujeita a várias forças concentradas, momentos de binário e cargas distribuídas, o método de construção dos diagramas de esforço cortante e momento fletor apresentado no tema anterior não se mostram convenientes. Apresentaremos um método mais simples para construir esses diagramas, baseado nas relações diferenciais que existem entre a carga, o esforço cortante e o momento fletor. Considere a viga 𝐴𝐷: Na discussão a seguir, a carga distribuída será considerada positiva quando a carga age para cima, conforme mostrado. Um DCL para um pequeno segmento da viga tendo um comprimento ∆𝑥 é escolhido em um ponto 𝑥 ao longo da viga, que não está sujeito a uma força ou momento de binário concentrado: Observe que tanto a força cortante como o momento fletor que atuam sobre a face direita precisam ser aumentados por uma pequena quantidade finita a fim de manter o segmento em equilíbrio. A carga distribuída foi substituída por uma força resultante ∆𝐹 = 𝑤(𝑥)∆𝑥, que atua a uma distância fracionária 𝑘(∆𝑥) a partir da extremidade direita (𝑘 varia entre 0 e 1). Relação entre a carga distribuída e o esforço cortante Aplicando a equação de equilíbrio no eixo 𝑦 a este segmento de viga, encontramos: ∆𝑉 = 𝑤(𝑥)∆𝑥 Dividindo por ∆𝑥 e fazendo ∆𝑥 → 0, obtemos: 𝑑𝑉 𝑑𝑥 = 𝑤(𝑥) ∆𝑉 = ∫ 𝑤(𝑥) 𝑑𝑥 Ou seja, a variação no esforço cortante é igual à área sob a curva de carregamento. Relação entre o esforço cortante e o momento De forma análoga à dedução anterior, se aplicarmos a equação de equilíbrio de momentos em relação ao ponto 𝑂 do DCL do segmento da viga, encontramos: 𝑑𝑀 𝑑𝑥 = 𝑉 ∆𝑀 = ∫ 𝑉 𝑑𝑥 Ou seja, a variação no momento fletor é igual à área sob o diagrama de esforço cortante. Como dissemos anteriormente, as equações que vimos não se aplicam em pontos onde atuam uma força ou momento de binário concentrados. Essas duas situações especiais criam descontinuidades nos diagramas de esforço cortante e momento fletor, conforme demonstraremos adiante. Força concentrada Um DCL de um segmento pequeno da viga, tomado sob a uma das forças, é mostrado na figura: Pelo equilíbrio de forças em 𝑦, obtemos: ∆𝑉 = 𝐹 Como a variação no esforço cortante é positiva, o diagrama de esforço cortante saltará para cima quando 𝐹 atuar para cima na viga. De modo semelhante, o salto no esforço cortante (∆𝑉) é para baixo quando 𝐹 atua para baixo. Momento de binário concentrado Selecionando-se um segmento de viga que está localizado no momento de binário 𝑀𝑜: E fazendo ∆𝑥 → 0, o equilíbrio de momento requer: ∆𝑀 = 𝑀𝑜 Portanto, a variação no momento é positiva, ou o diagrama do momento saltará para cima se 𝑀𝑜 estiver no sentido horário. De modo semelhante, o salto ∆𝑀 é para baixo quando 𝑀𝑜 está em sentido anti-horário. Eis alguns tópicos que você deve sempre lembrar: A inclinação do diagrama de esforço cortante em um ponto é igual à intensidade da carga distribuída, onde a carga distribuída positiva é para cima, ou seja, 𝑑𝑉 𝑑𝑥 = 𝑤(𝑥)⁄ . Se uma força concentrada atua para cima na viga, o esforço cortante saltará para cima com a mesma quantidade. A variação no esforço cortante ∆𝑉 entre dois pontos é igual à área sob a curva de carga distribuída entre os pontos. A inclinação do diagrama de momento fletor em um ponto é igual ao esforço cortante, ou seja, 𝑑𝑀 𝑑𝑥⁄ = 𝑉. A variação no momento ∆𝑀 entre dois pontos é igual à área sob o diagrama de esforço cortante entre os dois pontos. Se um momento de binário no sentido horário atuar sobre a viga, o esforço cortante não será afetado; porém, o diagrama de momento fletor saltará para cima com a mesma quantidade. Os pontos de esforço cortante zero representam os pontos de momento fletor máximo ou mínimo, pois 𝑑𝑀 𝑑𝑥⁄ = 0. Se a curva de carga 𝑤 = 𝑤(𝑥) for um polinômio de grau 𝑛, 𝑉 = 𝑉(𝑥) será uma curva de grau 𝑛 + 1 e 𝑀 = 𝑀(𝑥) será uma curva de grau 𝑛 + 2, pois duas integrações de 𝑤 = 𝑤(𝑥) estão envolvidas. Confira mais alguns exemplosque o professor Marcus Oliveira Filho nos apresentará no material on-line! NA PRÁTICA O fabricante de um trampolim estabelece que a massa máxima suportada pelo trampolim é de 150 𝑘𝑔 – pessoas mais pesadas do que isto não podem utilizar a prancha por motivos de segurança. Sabendo que a prancha tem 2,5 𝑚 de comprimento, construa os diagramas de esforço cortante e momento fletor para a situação crítica e determine qual é o momento fletor máximo suportado pela prancha. Caso o limite máximo de peso não seja respeitado, em qual ponto a prancha irá quebrar? Para resolver este problema, é necessário criar um modelo bidimensional, considerando a prancha uma viga com uma extremidade livre e a outra extremidade fixa (também chamada de viga em balanço). O peso da pessoa deve ser representado como um vetor de força para baixo, e a situação crítica ocorre quando este vetor está posicionado na extremidade livre da prancha. Com o modelo construído, você deve fazer um DCL da prancha e determinar as reações de apoio. Estando em posse dessas informações, utilize um dos dois métodos apresentados nesta aula para construir os diagramas de esforço cortante e momento fletor da prancha. O ponto que tiver o maior momento fletor é o ponto da prancha que tem a maior chance de quebrar. Não esqueça de considerar a aceleração da gravidade para encontrar o peso da pessoa! Não importa a orientação dos eixos utilizada pelo projetista, a resolução correta do problema leva às mesmas conclusões! Se você resolveu o problema com o trampolim fixo do lado esquerdo e a pessoa do lado direito ou vice-versa, não há problema, pois os valores (em módulo) deverão ser os mesmos. Já fez os cálculos? Confira, a seguir, a resolução do exercício! Primeiramente, criamos um modelo bidimensional do problema: Sabemos que a massa da pessoa é de 150 𝑘𝑔. Portanto, seu peso é 𝑃 = 𝑚. 𝑔 = 150(9,81) = 1471,5 𝑁. Em seguida, construímos o DCL da prancha: Aplicamos as equações de equilíbrio: ∑𝑀𝐵 = 0; 1471,5(2,5) − 𝑀𝑏 = 0 𝑀𝑏 = 3678,75 𝑁. 𝑚 ∑𝐹𝑦 = 0; −1471,5 + 𝑅𝑏 = 0 𝑅𝑏 = 1471,5 𝑁 Como não há cargas distribuídas, o diagrama de esforço cortante é construído diretamente: Construímos o diagrama de momento fletor pela da integração da função do esforço cortante. Para 0 ≤ 𝑥 ≤ 2,5: 𝑀(𝑥) = ∫ 𝑉(𝑥)𝑑𝑥 = ∫ −1471,5 𝑑𝑥 𝑀(𝑥) = −1471,5𝑥 O valor máximo do momento fletor (em módulo) é atingido quando 𝑥 = 2,5: 𝑀(2,5) = −1471,5(2,5) = −3678,75 𝑁. 𝑚 O diagrama de momento fletor é, portanto: Pelo diagrama, o momento fletor máximo suportado pela prancha é de 𝑀 = −3678,75 𝑁. 𝑚. Caso esse limite não seja suportado, a prancha irá quebrar no local de máximo momento fletor, isto é, a extremidade fixa (𝑥 = 2,5 𝑚). SÍNTESE Nesta aula, aprendemos quais são as forças internas desenvolvidas em membros estruturais. Estudamos o que são vigas e qual a sua importância, além de termos conhecido dois métodos diferentes para construir os diagramas de esforço cortante e momento fletor. Esperamos que, agora, você esteja apto a compreender, modelar, calcular e resolver problemas reais de engenharia que envolvam estes conceitos. Para adquirir confiança e corrigir eventuais equívocos, é necessária a prática extensiva através de exercícios do livro texto, o “Estática – Mecânica para Engenharia”! Para acessá-lo, entre no portal ÚNICO! Até a próxima aula! Referências HIBBELER, R. C. Estática – Mecânica para engenharia. 12. ed. Pearson, 2011. MERIAM, J. L.; KRAIGE, L. G. Mecânica – Estática. 5. ed. Rio de Janeiro: LTC, 2004.
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