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TRIANGULOS NA MIDIA

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TRIÂNGULOS NA MÍDIA 
Escola Municipal Vasco da Gama-Recife-PE 
Educação Matemática e Tecnologias de Ensino 
 
Adegundes Maciel1 
E-mail: admaciel1@terra.com.br 
 
Débora Cézar2 
E-mail: debora-belhinha@hotmail.com 
 
 
Resumo 
Investigamos a importância do video-didático – Por que triângulos? – antes da aula 
tradicional “Triângulos: seus elementos e sua classificação” no rendimento dos alunos. 
O vídeo mostra lugares estratégicos onde os triângulos devem estar presentes no dia-
a-dia, proporcionando segurança às estruturas que exijam a Propriedade de Rigidez 
deste polígono, assim como: cobertas e pilares de aeroporto, brinquedos de parques 
de diversões, torres de alta tensão, passarelas metálicas, entre outros... Este trabalho 
foi realizado com 80 alunos dos anos finais do Ensino Fundamental percebido a 
viabilidade desse vídeo como ferramenta motivadora da aprendizagem, através de um 
instrumento de 38 questões, no qual, quem assistiu ao vídeo antes da aula tradicional 
obteve um rendimento médio, superior de 28% para quem não o assistiu. 
 
Palavras – chave: Vídeo didático. Vídeo motivador. Triângulos. 
 
Introdução 
Com o advento das Novas Tecnologias à educação, a sala de aula ganhou muitas 
ferramentas capazes de ajudar o professor no seu exercício didático. Os 
computadores, por exemplo, possibilitaram várias alternativas auxiliares no campo 
digital da informação. Várias mídias foram concebidas como o disquete, o CD-ROM e 
o DVD-ROM, com isto, melhorando de forma crescente a armazenagem de dados e a 
qualidade do produto, destacando o som e a imagem nas mídias de comunicação. O 
antigo vídeo VHS pôde se transformar em vídeo digital DV e ser assistido através de 
computadores. Percebemos, portanto, uma boa perspectiva de trabalhar com o vídeo 
didático e de forma mais refinada no trato das imagens, armazenagem e edição. 
A chegada dos microcomputadores e laboratórios de Informática nas Unidades 
Escolares concretizou a Telemática,3 a possibilidade da pesquisa à distância e com 
 
1
 Mestre em Ensino das Ciências pela UFRPE, Especialista em Expressão Gráfica pela UFPE, Professor 
de Matemática e Ciências da Rede Municipal de Ensino do Recife e de Informática Aplicada à Educação 
pela Fundação de Ensino Superior de Olinda. Professor de Matemática do CEE-Recife; 
2
 Graduando Pedagogia pela Fundação de Ensino Superior de Olinda; 
3
 Telemática é a junção da Informática + telecomunicação (linha telefônica) auxiliada por um 
transcodificador chamado de “modem”. 
2 
 
velocidade. Nesta dimensão, Porque não resgatarmos a confecção do vídeo didático, 
agora uma realidade digitalizável possível de ser um grande aliado da Informática na 
construção de novas ferramentas motivadoras da aprendizagem, e a tornar-se um 
grande instrumento de trabalho – parceiro do professor? 
Nosso aluno tem acompanhado essa evolução e já se tornou cúmplice deste novo 
tempo e, por conta disso, vem esperando do professor uma mudança de postura, de 
alternativas motivadoras à aquisição do conhecimento. 
Para acreditar em projetos com inclusão do Vídeo Digital Interativo na escola, tem que 
objetivar o desenvolvimento de práticas pedagógicas que visem à aproximação dessa 
escola com a TV e a Internet. Para isto, devemos partir da seguinte hipótese: apesar 
de ser a televisão o fenômeno cultural mais impressionante da história da 
humanidade, é a prática para qual menos se prepara os cidadãos. Assim, devemos 
contextualizar uma pedagogia da comunicação que reconheça a realidade atual do 
sistema educativo, profundamente marcado pelas novas tecnologias. Uma pedagogia 
da comunicação que difunda e oriente produções audiovisuais realizadas pelos 
próprios alunos; abordem a linguagem audiovisual a partir de análises dos gêneros 
televisivos; facilitem o acesso de alunos e professores ao ciberespaço, estimulando e 
despertando o interesse e a atenção dos alunos. Pedagogia essa, capaz de 
desencadear ações em educadores interessados em formar alunos críticos e ativos 
para os novos meios. 
Diante disso, podemos perceber que as novas competências e habilidades para que 
sejam desenvolvidas na produção do vídeo digital interativo deve ser integrado às 
técnicas de fotografia e vídeo digital na prática docente, produzir e editar material 
audiovisual utilizando programas simples, com curta duração e de fácil acesso, 
conhecer as etapas e procedimentos de desenho e elaboração de material 
audiovisual, desenvolver projetos em multimídia baseados na aprendizagem interativa 
e cooperativa. 
Diante dessa perspectiva, o vídeo didático que trata de conteúdos matemáticos tem 
atravessado décadas de dificuldades na sua exposição em sala de aula. Segundo 
comentários, em debates nas aulas de pós-graduação de Metodologia do Ensino 
Superior na UFRPE em Recife: “falta capacitação profissional para executar 
metodologias desta natureza, principalmente no Ensino Fundamental”. “Assim como 
afirma Sonia Sette (1998) ‘software é software, educativo somos nós’” (Apud MAGALI; 
MAGALI, 2000), na mesma direção podemos afirmar que não existiria vídeo-didático, 
mas aquele com matéria significativa, objetivos bem definidos e mediador preparado 
em condições favoráveis para poder torná-lo didático ou educativo. 
3 
 
Apresentamos, nesta oportunidade, novas investigações experimentais, continuidade 
de um trabalho iniciado com alunos do PROJOVEM (Programa Nacional de Inclusão 
de Jovens), no qual aplicamos o vídeo “Por que Triângulos?”, como ferramenta 
motivadora na aprendizagem da Geometria (MACIEL, 2007). Nosso objetivo, 
experimental, desta vez, é verificar como se comporta relativamente o rendimento dos 
alunos do Ensino Fundamental no 3º e 4º Ciclos com a prática de assistir o mesmo 
vídeo motivador antes da aula tradicional de Triângulos – seus elementos e sua 
classificação–, para aqueles que não o assistirão antes da aula expositiva. A 
experiência que apresentamos como estudo de caso, em vídeo-motivador para 
introduzir o conteúdo de Triângulos no Ensino Fundamental, tem a intenção de 
mostrar a importância da propriedade de rigidez, particular, apenas em polígonos de 
três lados. 
Como hipótese, estimamos um rendimento próximo dos 30% a mais, em relação 
àqueles que só assistirão à aula tradicional. 
Este trabalho é destinado aos alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do 
EJA. 
Objeto do vídeo 
Com duração de 25 minutos, tem matéria produzida entre as cidades Recife e Olinda 
com a participação de alunos da Escola Vasco da Gama. Pontos estratégicos foram 
registrados como: cobertas do Aeroporto Internacional do Recife; Centro de 
Convenções de Pernambuco; Parque de diversões – Mirabilândia; outdoor; 
passarelas; torres de alta tensão; hipermercado, enfatizando as estruturas metálicas 
de pilares e vigas em treliças articulares. Em laboratório da Escola, acima citada, foi 
demonstrado o efeito da propriedade de rigidez dos triângulos. Para tanto, foram 
observados o octógono, o hexágono, o quadrado e o triângulo, nos quais aferimos, 
após uma força aplicada a um de seus lados ou vértices destes polígonos, o destaque 
do triângulo como o único polígono a “resistir a essa força relativa” sem deformá-lo. 
Objetivo Geral do vídeo 
Motivar o aluno a estudar triângulos – por que estudar triângulos? 
Objetivos específicos do vídeo 
Destacar a propriedade de rigidez dos triângulos como fonte motivacional dos estudos 
em relação aos outros polígonos; identificar situações práticas aplicadas na 
Engenharia Civil à presença dos triângulos como fonte de segurança ou estabilidade 
em estruturas metálicas. 
 
4 
 
Metodologia do experimento 
Sujeito 
O estudo de caso foi explorado pela exposição do vídeo a alunos do 3º e 4º Ciclos do 
Ensino Fundamental, da Rede Municipal de Ensino do Recife. 
Aseqüência do ensaio esteve dividida em dois grupos paralelos: 
1º grupo – Assistiu ao vídeo (25’) + a aula tradicional (10’) + respondeu ao teste (<30’) 
Vinte alunos de cada ano do 3º Ciclo (1º e 2º anos – tarde) e 4º Ciclo (1º e 2º anos – 
tarde). Por sorteio. 
Todo vídeo didático deve prevalecer à relação professor/exposição/aluno (SERNA, 
2000). O vídeo – didático – Por que Triângulos? – foi mostrado com pausas oportunas 
ou convenientes, quando solicitados pelo aluno ou professor a curtos debates; além 
disso, esta mídia possui duas paradas (pausas) internas obrigatórias para reflexões; a 
propriedade de rigidez dos triângulos, tratada no vídeo, foi enfatizada no debate e até 
mesmo testada em sala de aula ao final da exposição. O metro do pedreiro (escala) 
esteve como um objeto oportuno nos ensaios para a confecção de alguns dos 
polígonos. 
2º grupo – assistiu à aula tradicional (10’) + respondeu ao teste (<30’) 
Vinte alunos de cada ano do 3º Ciclo (1º e 2º anos – tarde) e 4º Ciclo (1º e 2º anos – 
tarde). Por sorteio, que não assistiram ao vídeo, executaram essa seqüência. 
Estratégias e recursos 
Após a exposição do clipe e o debate, o professor deu continuidade à aula expositiva – 
Elementos e Classificação dos Triângulos – como parte integrante obrigatória da aula 
(estimada em 9 minutos). Nesta aula, como estratégias do ensaio, não foram 
permitidas que os alunos copiassem o conteúdo exposto na lousa, pois a “absorção” 
do conhecimento deveria ser processada apenas pela percepção visual e auditiva, ou 
seja, o registro escrito, comumente processado pelo aluno em conteúdos expostos 
pelo professor na lousa, neste ensaio foi aqui abolido. 
Desenvolvimento 
O objeto do vídeo, como já descrito, possui três capítulos, ou seja, duas pausas entre 
estes, para reflexões, indagações, comentários, ou outros, favoráveis à interação com 
o alunado. Durante o ensaio, no 1º capítulo, foi possível observar o reconhecimento da 
coberta do Aeroporto Internacional dos Guararapes-Gilberto Freire do Recife, como 
uma estrutura de muita beleza, complexa, exótica, mas segura e arquitetada com 
5 
 
pilares e vigas sob a forma de treliças em alumínio, na qual a presença de triângulos é 
enfática – nesta passagem, já foi informada a presença da Propriedade de Rigidez dos 
triângulos para que tudo aquilo fosse possível–. Na parte externa do edifício, uma torre 
de transmissão de sinais foi avistada e percebida a presença de muitos triângulos em 
sua composição. Logo após, visitamos algumas torres de alta tensão na BR-101 Norte 
e mostramos que seria importante a presença de triângulos em sua estrutura. Nenhum 
aluno hesitou perguntas neste capítulo. A concentração e apenas comentários foram 
notados. 
Nesta primeira pausa – intervalo –, interagimos com os alunos a importância dos 
triângulos no dia-a-dia. Muitos colocaram que não percebiam a presença enfática 
deste polígono para manter a segurança dessas estruturas. Que os lugares e as 
músicas de Chico Science apresentados na matéria “eram lindos”. 
No 2º capítulo do vídeo, visitamos o Centro de Convenções de Pernambuco em 
Olinda. Sua coberta também foi a referência, pois a presença de grandes vãos entre 
pilares necessitaram de estruturas “em treliças” – que comportassem triângulos! 
Prosseguindo, mostramos uma passarela da Avenida Agamenon Magalhães-Recife, 
um aut-door que impunha triângulos em sua base de sustentação (para evitar 
tombamento lateral), outra coberta de um supermercado de região urbana do Recife, 
um guindaste em alto de um edifício que servia de transporte de material de 
construção e, finalizando, entramos no “Parque de Diversão Mirabilândia” mostramos 
a importante da segurança dos brinquedos confeccionados com polígonos de três 
lados. As crianças vibraram, com as imagens do Kamikaze e roda-giratória, com as 
músicas do CIA do Calypso e o som ambiente do parque. Neste capítulo, uma das 
meninas do 3º Ciclo perguntou se “quando um dos ângulos do triângulo fosse muito 
aberto, se essa propriedade de rigidez ainda seria válida?” – o que afirmamos sem 
dúvidas para a aluna. Neste momento, o controle remoto foi acionado e sem 
problemas respondemos a todos. 
Na segunda pausa – intervalo – do vídeo, pudemos perceber que os alunos já se 
encontravam muito mais convencidos com a importância dos triângulos em suas vidas. 
Nas construções civis, os guindastes marcaram sua importância, mas em seus braços 
metálicos deveriam estar presentes os triângulos. Os brinquedos que os levavam ao 
parque de diversão necessitavam de segurança para que pudessem proporcionar 
alegria, mas também a certeza de evitar acidentes nos momentos de lazer. Os 
triângulos foram marcantes e incansáveis para que tudo e todos estivessem seguros a 
acidentes. 
6 
 
No terceiro capítulo, com a participação de quatro alunos da mesma escola, fizemos 
uma demonstração sucinta e simples da propriedade de rigidez dos triângulos. 
Ensaiamos com a ajuda do “metro escala do pedreiro” na formação dos polígonos: 
octógono, hexágono, quadrado e triângulo para que fosse aplicada uma força lateral e 
percebesse que o único polígono que não se deformou foi o de três lados, fato 
singular, diferentemente dos demais. Quando finalizamos os procedimentos dizendo: 
“a Geometria sempre foi importante para a humanidade e os triângulos puderam 
colaborar para tanto. Agora, podemos dar prosseguimento a nossa aula de triângulos 
– seus elementos e sua classificação...” 
Complementando, aplicamos a aula tradicional (9’). Na lousa, foram esquematizados 
triângulos e seus elementos: vértices, ângulos internos e externos, lados e suas 
representações simbólicas; classificações dos triângulos quanto aos ângulos e quanto 
aos lados. Não foram permitidos anotações ou esquemas em cadernos, pelos alunos. 
Logo após, foi aplicado um instrumento composto de 38 questões, os quais dariam 
relativamente uma informação com seus respectivos acertos, do rendimento 
proporcionado pelas atividades impostas pelo estudo de caso. 
Resultados 
Nenhum aluno declarou ter assistido a um vídeo de matemática, logo, a novidade 
proporcionou um momento muito significativo para o 1º grupo. Os alunos do 3º Ciclo 
(1º e 2º anos) obtiveram um rendimento a mais para os que não assistiram ao vídeo 
de 29,45% e 29,04% respectivamente. 
 Figura 1. Rendimento (%) a mais dos alunos em relação 
àqueles que não assistiram ao vídeo antes da aula 
tradicional. 
 
Para os alunos do 4º Ciclo (1º e 2º anos) foram de 20% e 26,65% os rendimentos a 
mais respectivamente. Ainda devemos recordar que o rendimento a mais, 
7 
 
proporcionado pelo vídeo aos alunos do PROJOVEM, no ano anterior, foi de 27,32%, 
percentual bem próximo da média geral obtidas por estas turmas (26,29%). Imagens 
como do parque de diversão, mostrando a presença incansável de triângulos a favor 
da segurança, impressionou várias crianças, pois nunca imaginavam como a 
geometria era importante no funcionamento daqueles brinquedos. O último capítulo do 
vídeo mostrou os efeitos da propriedade de rigidez no triângulo e muitos sentiram que 
precisavam testar com a prática também. 
Avaliação 
A avaliação proposta na prática de sala da aula deverá ser do tipo “contínua”, 
principalmente observando a participação do aluno nos debates e seqüência dos 
trabalhos – aula expositiva–. Entretanto, para a verificação do desempenho dos alunos 
em nossa experiência, propomos os resultados observados no instrumento referente 
às informações expositivas pelo professor na aula tradicional. 
Conclusões 
O tradicional já perdeu espaço para a construção do saber. Trabalhar com projetos é 
caminho favorável de encontro às Novas Tecnologias. O Vídeo-Didático deve ser 
tratado com a mesma importância – impõe planejamento–, interatividade entre 
aluno/exposição/professor (SERNA, 2000), aplicá-lo à educação, aumentaainda mais 
a responsabilidade do mediador, pois este sem experiência pode torná-lo inadequado 
em qualquer circunstância. Acrescente-se ainda, como dizia Gadotti (1994, p.46): 
"a educação sendo essencialmente a transmissão de valores, necessita do 
testemunho de valores em presença. Por isso, os meios de comunicação e a 
tecnologia não podem substituir o professor". 
Diante disso, não devemos pensar que o vídeo didático, por mais poderoso que seja, 
substituirá o professor em sala de aula. Servirá como ferramenta importante no 
processo de ensino, acrescentará aos recursos didáticos no processo da 
aprendizagem do aluno. Desencadeará alternativas audiovisuais motivadoras para a 
atenção e a concentração no conteúdo, acelerará o processo cognitivo, nesta 
concentração, evoluindo a uma aprendizagem significativa (AUSUBEL, 1978). 
O vídeo “Por que triângulos?” contextualizou o ensino da Geometria, mas também 
impressionou pela sua característica de mostrar várias aplicações do cotidiano, 
inclusive a de lazer das crianças – os triângulos impondo segurança aos movimentos 
da “Roda-gigante” ou “Kamikaze” no parque de diversões. A adição de músicas e de 
lugares bem atrativos pôde torná-lo motivador, capaz de fazer aumentar o rendimento 
dos alunos, pela atenção dispensada, na aula tradicional. Dos resultados, pudemos 
8 
 
concluir que no instrumento de 38 questões, quem assistiu ao vídeo acertou, em 
média, 10 questões a mais em relação a quem não o assistiu. Logo, percebemos que 
este material, deva ser aproveitado em atividades da Geometria como ferramenta 
estimulante da aprendizagem. Sim, Vídeo-Didático não existe, nós professores é quem 
o faremos ou não! Experimente a motivação e o contexto em sua sala de aula. 
Referências Bibliograficas 
AUSUBEL, David P.; NOVAK, Joseph, D. & HANESIAN, Helen. Educational 
psychology: a cognitive view. 2a ed. New York: Holt, Rinehart and Winston. 1978, 
733p. 
SERNA, Manuel C.; RÍOS, J.M. (Coords.) Nuevas Tecnologías aplicadas a las 
Didácticas especiales. Madrid: Pirámide. 2000, 175p. 
GADOTTI, M. A escola e a pluralidade dos meios. Revista Escola & Comunicação, 
Rio de Janeiro, FRM, n.6, 1994. 
MACIEL, A. (2007). Vídeo – Por que Triângulos? Disponível em 
<http://www.servicos.sbpcnet.org.br/sbpc/59ra/senior/livroeletronico/resumos/R1086-
1.html. Acesso em 31 jul. 2008. 
MAGALY, F. S. V. (2000). Avaliação de Software Educativo: Reflexões para uma 
Análise Criteriosa. Disponível em 
<http://edutec.net/Textos/Alia/MISC/edmagali2.htm. Acesso em 31. jul. 2008.

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