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SENTENÇA Processo nº: 0059949-95.2009.8.06.0001 Classe: Indenização Assunto: Indenização por Danos Morais e Materiais Requerente: Glaucia Silva Representantes: Amadeu Silva e Maria Silva Requerido: Ademar, representado por Francisco Luis e a Escola Ensinando e Aprendendo Vistos etc. I – RELATÓRIO AMADEU SILVA E MARIA SILVA, casados e já devidamente qualificada nos autos por advogado representado propôs perante este juízo esta AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS E MATERIAIS contra ADEMAR, representado por FRANCISCO LUIS E A ESCOLA ENSINANDO E APRENDENDO SAMPAIO, argumentando, resumidamente o seguinte: A menor filha mais nova dos autores, é estudante da Escola ensinando e aprendendo, situado em Fortaleza – CE. Mudando de uma escola pequena para o referido colégio. Acontece que os pais da garota notaram o desânimo da filha e que a mesma andava triste, sem vontade de comer e demonstrando receio de ir a escola. Após uma conversa por parte dos pais, a filha do casal confessou que era perseguida por seus colegas de classe e que a importunavam todos os dias sob a liderança de Ademar, menor impúbere. Ocorre que em virtude da difícil situação em que a garota se encontrava diariamente, os requerentes procuraram a diretora do colégio, a professora Silvia, afirmou que nada poderia fazer, pois se tratava de brincadeira de criança. Devido a esta situação o genitor da garota procurou também o pai do menor, Ademar para conversar sobre oque vinha ocorrendo. Este informou que seu filho por ser órfão de mãe, sempre apresentou mal comportamento, no entanto, reafirmou também não passar de brincadeira de crianças. A mãe da menor foi surpreendida com a mesma tentando o suicídio após descobrir um blog na internet com imagens suas e os mesmos insultos realizados por Ademar o blog havia sido amplamente divulgado entre os colegas em outras redes sociais. Os autores por meio da petição Inicial ingressaram com um processo contra a Escola Ensinando e aprendendo por meio de ação de Indenização por danos Morais e Materiais. A parte requerida ao processo por sua vez por meio de Contestação alegaram que a Escola não compactua com a prática de bullying e até mesmo realiza campanhas e seminários contra a prática. O colégio também elegou ter oferecido acompanhamento de um psicólogo e os autores recusaram. E a outra parte requerida, o pai do menor, informou que o mesmo já tem um acompanhamento psicológico e que fica isolado por maior parte do tempo sem ter sequer acesso a internet. II – FUNDAMENTAÇÃO Compulsando os autos, observa-se que é ausente, neste caso, um dos elementos da ação, qual seja o valor da causa. Não obstante à boa redação empregada na exordial, pelo defeito apresentado e prezando pelo princípio da primazia da decisão de mérito, o requerente esta sendo devidamente intimado para promover a emenda, o que, caso não ocorra. Deste modo, não há nada a fazer senão extinguir o processo por inépcia da petição inicial. III – DISPOSITIVO Ante o exposto, e caso não ocorra a emenda da peça, INDEFIRO a petição inicial e, em consequência EXTINGO o processo, sem resolução do mérito, com fundamento no art. 485, I, do CPC. Sobre as custas processuais, honorários advocatícios, concessão de benefícios da Justiça Gratuita (art. 98 do CPC), ficarão isentos. Publique-se, registre-se, intime-se. Notifique-se o Ministério Público. (Art. 178 do CPC) Transitado em julgado e não havendo pendências, arquivem-se os autos com as devidas anotações e baixa na estatística. Fortaleza (CE), 19 de setembro de 2017. Jessé dos Santos Leonardo Juiz de Direito
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