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7 Emergências Psiquiátricas


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Emergências Psiquiátricas e Neurológicas
Prof: Daniel Fernandes Correia Júnior
 Enfermeiro graduado em Enfermagem pelo Centro Universitário Anápolis (2007). Especialista em Psiquiatria pela PUC-GO. Atualmente é Professor - Estácio de Sá Goiás, gerente de Enfermagem - Clinica Bom Jesus, supervisor de estágios da Faculdade Padrão e professor da Faculdade Unida de Campinas. Tem experiência na área de Enfermagem, com ênfase em Psiquiatria e Ensino Superior.
Conceito:
 Qualquer situação de natureza psiquiátrica em que existe um risco significativo (vida ou injúria grave) para o paciente ou para outros, necessitando de uma intervenção terapêutica imediata. (OMS)
Conceito:
 Distúrbio dos pensamentos, sentimentos ou ações que envolvem risco de vida ou risco social grave, necessitando de intervenções imediatas e inadiáveis (tempo medido em minutos ou horas). (Meleiros)
Conceito:
 Toda alteração psíquica que obriga uma intervenção terapêutica imediata e imprescindível, com a finalidade de evitar sua evolução danosa, tanto individual como socialmente. (Ministério da Saúde)
Atendimentos mais comuns:
Confusão mental
Tentativa ou risco de suicídio
Transtorno de Ansiedade
Transtorno Depressivo/Mania
Intoxicação de drogas psicoativas
Transtorno psicótico
Violência Doméstica 
Mulher, criança e idoso
Regra Geral:
 Sinais ou sintomas psiquiátricos podem ser a primeira manifestação de:
problemas clínicos
problemas neurológicos
uso ou abstinência de substâncias
transtornos psiquiátricos
tentativas de suicídio
Objetivos de um Atendimento de Emergências Psiquiátricas
Estabilizar o quadro
Estabelecer uma hipótese diagnóstica
Excluir uma causa orgânica
Compreensão
Qual o problema? (sintoma alvo)
Avaliar a evolução do paciente
Ação
História do paciente
Exame físico
Exame do estado mental
 Local de atendimento:
1 – Procurar o local com maior privacidade possível.
2 – Certificar-se de que o local é seguro.
3 – Facilitar o acesso de outros profissionais de saúde e de segurança ao local de atendimento se o paciente estiver ou torna-se violento.
4 – Medicação para quadros de agitação psicomotora.
5 – Material para contenção mecânica.
6 – Pessoal de segurança treinado para o atendimento.
7 – Ter acesso a serviços de diagnósticos e contar com auxilio de outros especialistas. 
Avaliação Psiquiátrica de Emergência
Entrevista centrada no motivo da consulta
Exame físico
Exame do estado mental
Exames laboratoriais e radiológicos, se necessário
Exame do suporte familiar
Exame do Estado Mental
Hierarquia
nível de consciência
atenção
orientação e memória
aparência e comportamento
pensamento
afeto
sensopercepção
UMA AVALIAÇÃO PSIQUIÁTRICA DEVE RESPONDER AS SEGUINTES QUESTÕES:
é seguro para o paciente permanecer no local onde está?
o problema é orgânico, funcional ou uma combinação dos dois?
o paciente está psicótico?
o paciente é um suicida ou homicida em potencial?
qual é a capacidade de autocuidado do paciente?
Conhecer os comportamentos esperados e 
inesperados frente a uma situação de
 “crise” 
 ou 
 “doença”
Como abordar uma pessoa em uma emergência psiquiátrica frente a vários comportamentos? 
Tipos de Comportamento
PASSIVO , ANSIOSO 
ARROGANTE, CHOROSO
IRRITADO, INQUIETO
AGRESSIVO 
Paciente Violento: Introdução
O comportamento agressivo pode ser definido como aquele que inflige dano físico a pessoas (auto ou heteroagressão) ou a objetos.
Quadros Psiquiátricos que mais comumente apresentam agressividade:
transtornos psicóticos: esquizofrenia (paranóide ou catatônica)
transtornos afetivo bipolar (fase maníaca)
transtornos delirantes paranóides
psicose pós-parto
Paciente Violento
transtornos mentais orgânicos (delirium e intoxicação / abstinência de drogas)
transtornos de personalidade (anti-social e paranóide)
transtornos cerebrais (epilepsia do lobo temporal e frontal)
Os comportamentos agressivos de pessoas portadoras de transtorno mental tem uma contribuição insignificante no comportamento violento na sociedade como um todo.
Relação estatisticamente significativa entre entre transtorno mental e violência
comportamento agressivo
11% das pessoas com transtorno mental
			(Steinwachs et al, 1992)
24% nos 4 meses após a alta hospitalar
				(Monahan, 1990)
Paciente Violento
Fatores de Riscos Psicológicos
Baixa tolerância a frustrações
Baixa auto-estima
Baixa tolerância a relações próximas
Redução dos Riscos de Violência
Treinamento da equipe
Disponibilidade de equipe de segurança
Organização do espaço físico
Sistema de alarme
Checar o porte de armas
Afastar pessoas que possam ser desestabilizadoras para o paciente
Ser observado por outros membros da equipe
Evitar fazer anotações
 Atenção ao comportamento do paciente ( Situações de risco)
fala provocativa e ameaçadora
tensão muscular
hiperatividade
impaciência
desconfiança
Técnica de Entrevista
Não fazer movimentos bruscos
Olhar diretamente para o paciente
Manter uma certa distância física
Flexibilidade na condução da entrevista
Definição clara dos papéis
Empatia
Perguntas claras e diretas; fala pausada
Colocar limites de maneira clara
Sem ameaças ou humilhações
Não confrontar
Estimular o paciente a expressar os seus sentimentos em palavras
Assegurar ao paciente que você pretende ajudá-lo a controlar seus impulsos
Avaliação
Diagnóstico diferencial
delírios paranóides
alucinações de comando
ideação suicida/homicida
intoxicação ou abstinência
delirium
saber se o terapeuta ou membros da equipe foram envolvidos no delírio
História passada de violência
bom predito (dito, citado anteriormente)
circunstâncias
freqüência
intensidade
problemas legais
Características Demográficas
sexo masculino
15 - 24 anos
baixo nível sócio-econômico
baixa escolaridade
pobreza
ausência de vínculos
Manejo da Situação de Risco
Expressão dos sentimentos em palavras
Reforçar a capacidade de auto-controle
Pedir respeito aos limites
Oferecer medicações
Esclarecer as condições que exigirão restrição física
Contenção Química
Recomendações
Tranquilização rápida é uma intervenção de manejo e não é considerada como abordagem primária de tratamento do paciente com agitação psicomotora
Deve ser usada apenas quando a atenuação ou outras estratégias não obtiveram sucesso 
Objetivos
Acalmar o paciente suficientemente 
Minimizar os riscos para consigo mesmo e para com outras pessoas
Identificar e tratar prontamente a etiologia da agitação 
Principais causas
Álcool/Drogas/Fármacos
Abuso, abstinência e intoxicação
Transtornos Psicóticos
Transtornos de Humor
Transtornos Ansiosos
Principais causas
Transtornos de Personalidade
Transtornos Mentais na Infância
Autismo, TDAH, retardo mental, transtornos de conduta.
Tratamento Combinado
 			Via Oral
Aceitação do paciente
Abordagem verbal satisfatória
Sinais indiretos de tensão ou inquietação
Risco mínimo de agitação
Emergências Psiquiátricas 
Psicose
Agitação leve
Sem Psicose
 Haloperidol + Lorazepam
 Olanzapina (zydis)
 Risperidona (comb. c/BZD?)
 Outras medicações
 Lorazepam
 Clonazepam
 Diazepam
Tratamento Combinado
 Via Intramuscular
Administração VO recusada ou falhou
Comportamento nitidamente agitado
Necessidade de resposta em minutos
Emergências Psiquiátricas 
Psicose
Agitação moderada
 Haloperidol + BZD (Midazolam)
 Haloperidol + Prometazina
 Zuclopentixol (acetato)
 Olanzapina IM*(1h se BZD)
 Ziprazidona IM
 Midazolam 
 Prometazina 
 Haloperidol
Sem Psicose
Não usar Olanzapina e BZDs IM 
se intoxicação por àlcool
Condições Especiais
Idosos
Intoxições (álcool e sedativos)
Comoridades clínicas
Politerapia
Complicações
 Acatisia
Parkinsonismo
Rebaixamento do nível de consciência
Arritmias
Depressão respiratória
Morte súbita
Após Tranquilização Rápida
Monitorar sinais vitais 
Registrar PA, FC, temperatura, FR e hidratação 
Recomendável dispor de oxímetros de leito ungueal 
Atenção os efeitos adversos
Referências
Handbook of General Hospital Psychiatry, Mass. Gen. Hospital, 5ªed., 2004.
Battaglia, J. Pharmacological Management of Acute Agitation. Drugs, 65(9):1207-1222, 2005.
Allen, MH; et al. Treatment of behavioral emergencies. The expert consensus guidelines series, APA, 2001.

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