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Farmaco aula 18

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Continuação aula passada
Agonista alfa2: são usados no SNC. É usado como pré-anestésico e contenção química. Praticamente não tem afinidade pelo alfa2 pré-sináptico da periferia. Será melhor estudado em nervoso.
Antiadrenérgicos
Inibidores da MAO periférica, são sem uso veterinário. Os inibidores da MAO central são usados em animais. Há bloqueadores que bloqueiam todos os alfas, aqueles que só bloqueiam alfa1, alfa2, beta, beta1, alfa e beta. 
Bloqueador de receptor alfa1 e alfa2: não distingue. Não passa barreira hematoencefálica significantemente. Fenoxibenzamina. É uma ligação irreversível, apresenta um antagonismo irreversível. Usado no pré-operatório do feocromocitoma. É um tumor benigno de adrenal. Durante a cirurgia, para manipular o tumor, há enormes descargas de adrenalina no sangue. A fenoxibenzamina bloqueia os receptores. Usa-se também um beta bloqueador, para não dar arritmias cardíacas. É usada só nessa situação. 
Outra substancia classificada com antagonista alfa adrenérgico, mas que não é usado como antagonista: derivados do ergot. É um antagonista, entra no receptor e bloqueia. Mas essa droga tem um efeito direto no músculo liso. Ele se liga ao receptor alfa1, bloqueia alfa1, mas ele tem efeito direto na fibra muscular, fazendo contrair. Ao invés de relaxar, contrai. Tem ação direta no músculo liso. É antagonista de receptor sertoninérgico: efeito central. Contrai também músculo liso uterino. Em dose alta pode causar ergotismo. Se deixar o grão em ambiente próprio para crescimento do fungo, havia crescimento de fungos que tinham uma substância com ação sobre a serotonina. Na idade média as mulheres alucinadas eram chamadas de bruxas. Essa droga é usada como contrator uterino, é um derivado que não atravessa a barreira hematoencefálica. São derivados da toxina do fungo: ergotamina e diidroergotamina, são usados hoje na enxaqueca. Ergotoxina e diidroergotoxina: também em enxaqueca e promover contração uterina (usado em animais), se existe uma hemorragia uterina por falta de contração, posso usar. Metisergida, bromocriptina = reduz produção de prolactina. 
Antagonistas de alfa1 adrenérgico: há três drogas. Prazosina, doxazosina e terazosina. São usadas como hipotensor, baixa a pressão arterial. É um dos medicamentos usados para baixar a pressão arterial. Não são drogas de primeira escolha. A tansulosina é outra droga, que é específica para subtipo alfa1A e alfa1D. Bloqueia os receptores do trígono vesical, o esfíncter relaxa, o animal consegue urinar. É usado em machos velhos com hipertrofia prostática. É um facilitador da diurese. Atua exclusivamente na bexiga urinária, pois esses receptores só estão na bexiga. 
Antagonista alfa2 adrenérgico: ioimbina, já foi usada para impotência sexual. Quando se usa agonista alfa2 como anestésico, quero acelerar a volta do animal à condição normal, a iombina tira o agonista e ocupa o receptor bloqueando. Ela tem efeitos colaterais como: hipertensão, tremores, midríase e salivação, excitação do SNC, hipoglicemia e ereção. 
Antagonistas beta-adrenérgicos: pode bloquear beta1 e beta2, só beta1 (cardiosseletivos), bloqueia beta1 e agonista de beta2, antagonista de beta1, beta2 e alfa1, antagonista beta1 e induz a produção de NO. Podem ser classificados também como lipossolúveis ou hidrossolúveis. Tenho um animal asmático e com problema de coração, como arritmia: uso antagonista beta1 e agonista beta2. Bloqueador de beta1: usado para animais com entupimento de coronárias. Cirurgias não são comuns. Uso bloqueador de beta1, para que o coração pare de responder à excitação adrenérgica. Evita que o individuo cardiopata tenha infartos em uma situação de exercício físico ou estresse. Tem conseqüências como fadiga muscular, etc.
Bloqueador beta1 e beta2: foi um dos primeiros desenvolvidos, propranolol. Todos betas bloqueadores terminal com lol. Pode causar hipotireoidismo pois inibe a conversão da tiroxina para T3. Adrenalina, em receptores beta2 do fígado, provoca lipólise e gliconeogênese, é liberada em casos de hipoglicemia. Em um paciente diabético, eu aplico insulina. Passou da hora do animal comer, o proprietário já aplicou insulina. A glicemia continua a cair. Sinais clínicos de hipoglicemia: suor frio, tremor, taquicardia. Se o coração está bloqueado para dar taquicardia, beta2 do fígado estão bloqueados, esse paciente entra em coma e morre. Paciente que usa bloqueador beta1 e beta2 tinham que ficar sendo vigiados. Fizeram bloqueadores exclusivos de beta1, agora o diabético pode usar, não vai bloquear beta2. Pacientes asmáticos e diabéticos, cardiomiopatas, vão usar bloqueador beta1 exclusivo. 
Um exemplo que bloqueia só beta1 é atenolol. Aqueles que são agonistas parciais. Se houver o agonista parcial, ocupa receptores que o pleno iria ocupar. Funciona como um antagonista. Tem paciente que no momento de repouso, ele tem risco de parada cardíaca durante o repouso. Se eu bloqueio um coração, ele pode morrer de parada cardíaca. Quando tenho adrenalina em grande quantidade, ele bloqueia a adrenalina. Quando o paciente não está sob o efeito da adrenalina, ele funciona como agonista. Como exemplo tem o oxprenolol. Há redução discreta da freqüência cardíaca no repouso.
Liossolúveis: atuam no SNC. São metabolizados pelo fígado, têm meia-vida curta. Propanolol, metoprolol e pindolol.
Hidrossolúveis: atenolol, sotalol e nadolol. Não atravessam a barreira hematoencefálica.
Bloqueadores de todos os adrenérgicos: labetalol e carvedilol. É usado na hipertensão por feocromocitoma. Bloqueia todos os receptores para que o excesso de adrenalina não ativa os receptores. Quando injetado na veia, predomina o bloqueio beta. O bloqueio alfa não é característico. É usado para reverter arritmias. É perigoso na insuficiência cardíaca. O nebivolol, é o mais recente produzido, é usado para produção de NO, usado em hipertensão. 
Todos os beta bloqueadores são usados na hipertensão, o nebivolol é o mais eficiente.
Efeitos dos antagonistas beta adrenérgicos: depende do grau de atividade do paciente. Se uso beta bloqueador em um paciente em repouso: não observo nada, pois não há adrenalina naquele paciente, ele está em repouso. Quando há atividade adrenérgica, é bem evidente no sistema cardiovascular. Depende do subtipo do receptor bloqueado: se eu bloquear beta2, tem efeito em músculo liso. Todos essas drogas bloqueiam beta1. Impede que atividade física ou estresse aumente a freqüência cardíaca, debito cardíaco e pressão arterial. Ainda não se sabe como que os bloqueadores beta diminuem a pressão, já que beta em vaso causa dilatação, era pra causar hipertensão e não hipotensão. Ele não tem efeito hipotensor no normotenso, só tem efeito em hipertensos. Especula-se que não há hipertensão por causa da redução do debito cardíaco, da liberação de renina, da atividade simpática no SNC, e redução da exocitose de nor, que é o mais aceito. No neurônio pré-sináptico há receptores beta e alfa2. Quando a nor ativa alfa2, reduz exocitose de nor. Quando ativa beta, aumenta a exocitose de nor. Acredita-se que o mecanismo hipotensor se dá pelo bloqueio desse beta pré-sináptico, a exocitose de nor diminui, o vaso relaxa. A vasoconstrição reflexa é preservada: no caso de estarmos deitados, e levantarmos. Beta bloqueadores mais eficazes: carvedilol e nebivolol. Em cães o mais usado é propranolol, é mais barato. 
Uso clínico: profilaxia da enxaqueca, glaucoma de ângulo aberto (timolo, só tem esse em forma de colírio), cardiomiopatia hipertrófica (comum em gatos), antes de fazer tireoidectomia em gatos (impede a conversão de tiroxina em T3, ao manipular a glândula pode jogar concentrações muito grande de hormônios tiroidianos no sangue, essa droga evita o risco da arritmia), doença cardíaca isquêmica e angina (isquemia), hipertensão arterial, insuficiência cardíaca (ainda é discutido). Insuficiência cardíaca congestiva: o coração bate fraco, se uso beta bloqueador, vai bater ainda mais fraco. Por outro lado, a redução do débito
melhoria. Ainda é discutido. É usado também em pessoas humanas, que têm pânico de falar em público, diminui sudorese, taquicardia, mas não impede a pessoa de dar “branco”.
Efeitos colaterais: bradicardia, bronco espasmo em asmático, sedação, depressão, pesadelos ou insônia, impotência e redução da ejaculação, lesão ocular.
Contraindicações: asmáticos, diabéticos. São contraindicações relativas, posso usar bloqueador de beta1, de beta1 e beta2 não. NUNCA deve se interromper abruptamento o tratamento. Bloquear cronicamente receptores, leva a célula a produzir mais bloqueadores. Quando se interrompe abruptamente, causa hipertensão, taquicardia ou arritmia, infarto do miocárdio, o risco é muito grande. Deve alertar o proprietário quanto ao risco de parar o tratamento abruptamente. Essa super expressão de receptores acontece só com beta.

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