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Parasito aula 26

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Classe insecta
Subclasse Acari
Sarnas e carrapatos são ácaros. Dentro das sarnas, que fazem parte da classe aracnida, sub classe acari, há diferentes ordens. Consideramos que todos aqueles que têm aparelho respiratório, eles são chamados de Astigmatas. A maioria das sarnas estão dentro da forma astigmata. Gamasida = alguns ácaros que fazem parte inclusive das alergias, como o Dermanyssidae, Macronyssidae. Actinedida: Demodecidae (Demodex canis), Cheyletidae (não é tão frequente aqui no Brasil) e Trombiculidae. 
Os ácaros não são somente os ácaros que conhecemos, que produzem alergia. Os ácaros têm corpo dividido. Gnatossoma = cabeça, é a parte anterior, podossoma parte do meio, opistossoma é a parte posterior. No opistossoma há um par de patas, e tem uma estrutura que em cada carrapato é diferente. É possível fazer a identificação. No caso do par de patas, há um pedículo que é importante na manutenção do individuo no corpo do hospedeiro. Essas características ajudam o ácaro a manter no meio, e nos ajudam a reconhecer o ácaro no meio. 
Na região ventral e dorsal existem os escudos, principalmente naqueles que tem quitina mais forte, como no caso dos carrapatos. Esses escudos muitas vezes são ornamentados, desenhados, sendo possível identificar os diferentes ácaros. Peritrema: alguns dizem que é a sustentação do espiráculo, nas espécies onde o espiráculo é posterior e não anterior. Está presente no último par de patas. 
O conjunto das partes da cabeça = capítulo. Há as quelíceras, que são “tesouras”, no caso da sarna, corta a pele para formar túneis, ou para escavar o folículo piloso ou glândula sebácea. Cada um vai utilizar a quelícera para sua sobrevivência no hospedeiro. Um carrapato, por exemplo, corta a pele pela quelícera, e se prende pelo palpo. Os palpos ficam na ponta das patas, com função de fixação. 
Três famílias: Sarcoptidae, são considerados ácaros escavadores, assim como a família Knemidokoptidae. Escavadores = eles escavam como se fosse um túnel, entre a derme e a subderme, lá ele ovipõe, cresce, copula. Em relação à Sarcoptidae, os principais gêneros: Sarcoptes (acomete a maioria dos mamíferos, com exceção de gatos, coelhos e ratos) e Notoedres (gatos, coelhos e ratos). Sarcoptes e Notoedres são semelhantes, a ponto de alguns autores questionarem a existência de dois gêneros. 
A Sarcoptes, espécie: S. scabiei, isso para todos os hospedeiros. Apesar de ser uma única espécie, a variedade dela é específica. A S. scabiei, variedade canis, é especifica do homem. S. scabiei, variedade suis, é específica do suíno. Contudo, pode ter uma infestação em outra espécie, só que essa infestação não vai pra frente. Eu tenho um cão com sarna. Provavelmente, daqui uns dias, terei pintas na barriga, no braço. Se a pessoa agüentasse o prurido, no máximo em 1 semana, estaria resolvido, é auto limitante, se resolve sozinho. Se, da mesma forma, eu tivesse sarna, eu passaria para o animal, mas dentro de no máximo uma semana o animal estaria curado. Contudo, se eu ficar em contato com outra pessoa que tem sarna, eu vou pegar, porque a pessoa tem a variedade específica. 
Knemidokoptidae: também são ácaros escavadores. Há como gênero, knemidokoptes, os hospedeiros vertebrados são galinhas, perus e faisões. 
Psoroptidae: são ácaros superficiais. Há três gêneros: psoroptes (muito comum em equinos, acomete também equinos, coelhos, bovinos e ovinos). Chorioptes: ruminantes, equinos e coelhos. Otodectes: acomete carnívoros, causa cerume no pavilhão auditivo do animal, ao olhar em lupa dá pra ver o cerume andando. Noedres é na orelha, não no pavilhão auditivo. 
Sarcoptes, Chorioptes, Psoroptes, têm uma pata com pedicelo, é como se fosse um desentupidor de pia. Presença de uma ventosa ao final. Chorioptes tem pata bem curtinha, com ventosa grande. No psoroptes, tem pedicelo grande, e ventosa pequena. 
Família Sarcoptidae
Essas sarnas são escavadoras. Possuem pernas curtas e grossas, o corpo tem aspecto globoso. Normalmente têm quatro pares de pernas. A sarcoptes tem muito mais “espinhos”, setas, que a Notoedres.
Sarcoptes scabiei
É cheia de setas ao longo do corpo. Essa sarna inteira é altamente antigênica. Evoca reação de hipersensibilidade. Além das setas, possui estrias nas patas, possui um pedicelo não segmentado, com ventosa que tem função essencial. Normalmente são sarnas associadas a mamíferos, a maioria, exceto gatos e coelhos. Na face dorsal há as cerdas. Escabiose é o nome da patologia, conhecida como sarna vermelho: o animal fica com prurido, eritema. Há auto-mutilação, escoriações. A formação de crostas, é benéfica para o parasito. Não adianta tratar da sarna em cima das crostas. A primeira coisa que deve fazer é retirar as crostas formadas. 
As fêmeas escavam túneis na epiderme, cortam com auxílio das quelíceras. Esses túneis têm até 1cm. Pode-se encontrar todas as formas evolutivas.
A transmissão geralmente é por contato direto. Por fômites, como vasilhames, cama, também pode transmitir. A transmissão ocorre pela forma evolutiva de ninfa. As ninfas começam a chegar na pele, se tornando adultas, escavam, machos e fêmeas fazem a cópula nos túneis, a fêmea ovipõe nos túneis, o macho morre, os ovos eclodem, larvas, ninfas, em um novo contado ocorre transmissão, se não houver contato, as ninfas procuram outros locais para cavarem seus túneis. É por isso que a sarna alastra. O ciclo ocorre de 17 a 21 dias.
Não há infestações cruzadas. Durante um determinado momento, um individuo fica com a sarna de outra espécie. É transitória, dermatite transitória. As variações que vão indicar a especificidade daquele parasito, a espécie é uma só.
A sarna gosta de regiões não pilosas. Em nós, humanos, ocorre principalmente na parte interna do braço, rosto (principalmente mulheres), barriga. São áreas glabras = regiões sem pelos. Nos animais: orelhas (principalmente pontas), focinho, cabeça, pescoço, jarrete, cotovelo. 
Como esse ectoparasito faz escavações, evoca reações inflamatórias. como é altamente antigênico, leva a prurido. Reações inflamatórias vai levar à produção de exsudato (pus), que juntamente com poeira e resquícios de pele = crosta. A pele fica espessada, às vezes enegrecida. As regiões ficam sem pelos (alopecia). O prurido é intenso, principalmente noturno. Não se sabe porque. No homem com sarna, não pode tomar banho muito quente, isso parece aumentar a ação do ectoparasito. 10-15 ácaros, contados na lâmina, é considerado uma escabiose branda. 
Pra fazer diagnóstico, primeiro se faz um raspado. O raspado deve ser profundo = até sair sangue. O animal, ao coçar muito, expõe os túneis, as sarnas não conseguem sobreviver. É raríssimo conseguir ver a sarna, a não ser que se faça muitos raspados de pele. A visualização do parasito é difícil. Se der negativo, não quer dizer que não tenha.
Os pastores, border collie, não pode dar ivermectina, atravessa barreira hematoencefálica. Usa-se shampoo emoliente, ceratolítico ou queratostático = auxilia na redução da seborréia. O primeiro banho deve ser dado na clínica. Ensaboar o animal, preferencialmente com água fria. Vai retirando as crostas, retirar o máximo de crostas possível. Depois disso, passar a medicação, e acompanhar o animal para ver se houve melhora ou não. Onde esse animal fica, deve ser jogado tudo fora, camas, vasilhas, cobertores, tudo. Enquanto ele tiver fazendo tratamento, não dar panos, usar jornais, papelão. Em animais peludos, recomenda-se a tosa total. A recomendação geralmente é de 4, 5 banhos, 1 por semana. 
Aqui, o diagnóstico empírico é interessante.
Controle: animais acometidos devem ficar mais isolados. Cuidado com animais que foram em férias e exposições. Separar os animais infestados. É altamente contagiosa para outro animal, principalmente da mesma espécie. 
Notoedres cati
O gato não tem sarcoptes, tem notoedres. Produz a mesma coisa no gato, cabeça e orelha são mais acometidas. Leva também à dermatite transitória no homem.
Família Knemidokoptidae
Ocorre emaves, principalmente galinhas criadas a solta. Granja tecnificada não pode ter problemas com sarna. Também é um parasito escavador. Em periquitos australianos, há um processo de hiperqueratose principalmente no bico e nas unhas, o bico cresce. Depois do tratamento tem até que cerrar. 
Família Psoroptidae
Não é escavadora, é superficial. Há a Psoroptes, e Otodectes (mais comum em pequenos). Otodectes: sarna do conduto auditivo de cães e gatos. 
Psoroptes: é de equinos, mas também acomete bovinos e coelhos. Tem pernas mais longas e mais finas que as outras. Algumas vezes ocorre a regressão espontânea. 
Chorioptes: não é tão comum em bovinos. A Sarcoptes é a mais comum em bovinos. Leva a uma alopecia bem grande, não leva a tanta vermelhidão.
Otodectes: conduto auditivo. Tomar cuidado na limpeza, para não empurrar o cerume para o ouvido interno. O cerúmen “anda”. Deve ser feita a limpeza. 
Litrosphoridae: não é muito comum, há relatos no RJ. É um ácaro de pelo, de roedores e felídeos. Lynxacarus radovsky: três relatos em gatos persas, no RJ. Produz prurido, se apresenta como uma caspa. Fica salpicado de pontos brancos e pretos.
Gêreno Cheyletiella
É um ácaro de coelhos, cães e gatos. Aqui no Brasil, principalmente MG, é raro. Parece uma caspa, localizada no pelo do animal, dermatite descamante. Causando prurido também. Considerado uma zoonose, passa do animal para o homem sim.
Gênero Demodex
O homem também apresenta este parasito, dando acnes postulosas. Nem toda acne tem demodex, geralmente dando na puberdade. Há várias espécies. São específicas. Não existe uma dermatite transitória. Demodex bovis, D. ovis, etc. D. pholiculorum e brvi no homem. Ficam em folículo piloso e glândula sebácea. Têm formato comprido, para se adequarem ao local onde sobrevivem. Medem de 100 a 140mm.
É uma sarna considerada profunda. O modo como vamos fazer o raspado, é mais ou menos igual o da Sarcoptes. Mas além de escarificar a pele, tem que espremer também. A Demodex é de fácil diagnóstico, mas é de difícil tratamento. É uma doença associada à imunidade. Acomete mais filhotes, fêmeas prenhes (nesse caso pode passar para os filhotes). Toda cadela com demodicose deve ser castrada, para que não perpetue essa condição para a prole. Mesmo as mulheres não deveriam ter filho. Essa transmissão ocorre talvez por alguma predisposição genética. Não que necessariamente a mãe passe através do contato, e sim por causa de uma deficiência genética. 
Faz parte da flora normal, acontece um desequilíbrio. Está muito relacionada com baixas imunidades sistêmicas ou locais. 
Causa menos prurido que a sarcoptes. O prurido vem muito mais da produção de sebo, do que da sarna propriamente dita. Todas as vezes que há demodex, há estafilococos associados, causando dermatite úmida. 
O tratamento é demorado. O cão deve ser sempre observado. Amitraz é usado no banho. Para as infecções secundárias, dar antibióticos tópicos, oral se necessário. Shampoo de clorexidina, é um bom antibiótico local. Pode acrescentar uma nutrição rica em zinco, vitamina E, selênio. 
Exame microscópico: se encontra até 5 Demodex, não é considerada sarna demodécica, pois faz parte da microbiota normal. 
Diagnóstico: raspado de pele.
Ornithonyssus sp. E Dermanyssus sp.
Acomete aves, principalmente galinhas e pombos. São sarnas muito ágeis. No caso de galinheiros, deve matar o plantel, e queimar tanto as aves mortas quanto o galinheiro.

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