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Patologia aula 7

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Raphael Simões Vieira – Medicina Veterinária 4º período
Alterações circulatórias (não cai na prova da semana que vem)
Essas alterações são mais visíveis; estão extremamente interligadas. Envolvem a circulação do sangue; ao contrário dos seres unicelulares, os pluricelulares, em especial os que tem uma circulação fechada; é composto pelo sangue, pelos vasos sanguíneos, e o coração, que faz o sangue circular;
Para o sistema funcionar, ele tem que estar trabalhando com uma pressão; o sangue circula dentro de um sistema fechado, é bombeado pelo coração; nos pulmões há a oxigenação, depois vai para a circulação sistêmica; as trocas entre os tecidos (células) e o sangue, ocorre na microcirculação; a microcirculação é mais permeável; as artérias favorecem a pressão, pois ao se dilatarem durante a sístole, o sangue é propagado pra frente, a artéria contrai novamente; na microcirculação: são vasos microscópicos, são os capilares sanguíneos; há capilares demais para sangue de menos; geralmente, em repouso, usa-se 10% dos capilares; o sangue ele é bombeado para os locais de interesse; as arteríolas que determinam; se está fazendo digestão, direciona o sangue para o sistema digestório; na microcirculação é onde há as trocas: de O2, de CO2 e de outros elementos, como glicose, etc; o capilar é tão delgado que às vezes passa só uma hemácia de cada vez; a cada minuto, todo o sangue do animal passa pelo coração (geralmente); essa mesma quantidade tem que passar pelos pulmões, para oxigenar; se juntar o diâmetro de todos os capilares, dá mais de 1000 vezes o diâmetro da aorta, por isso não usamos toda a microcirculação.
Vasos linfáticos: os líquidos saem da circulação pela microcirculação, o excesso é drenado pelos vasos linfáticos. 
Edema
Pode ser uma coisa banal, ou causar a morte do animal. Devemos distinguir edema celular de edema circulatório. O sistema circulatório é um sistema que funciona continuamente, dentro de um sistema fechado. Quando chega nos capilares, tem que ser permeável. Isso ocorre muitas vezes por difusão. O material tem que sair do vaso sanguíneo, e depois o excesso de líquido tem que voltar. Se voltar líquido demais para os vasos, vai ter a desidratação dos tecidos. Se um individuo está perdendo muito líquido (vomito, diarreia, não ingestão), ele perde líquido, o líquido do interstício vai passar para os vasos, resultando em uma desidratação do tecido. Por outro lado, o liquido pode sair pelos capilares, e não retornar na mesma quantidade, acumula líquido no tecido intersticial = edema = excesso de liquido que se acumula no tecido intersticial e em cavidades (abdominal, torácica, articulações). 
Esse acúmulo de líquidos nos tecidos pode acontecer em duas funções: alterações circulatórias (acumula líquido nos tecidos que é pobre em proteínas = transudato) e inflamação (esse líquido da inflamação é rico em proteínas = exsudato); o edema pode ter essas duas origens; nós iremos ver agora o edema por alterações circulatórias; geralmente a palavra edema leva a pensar em edema não inflamatório (transudato). Ambos têm uma conseqüência: inchaço, há aumento de volume. Interstício = tecido que fica entre as células = matriz extracelular;
Pego uma área de microcirculação isolada; é composta por arteríola, capilar e vênula; o sangue chega pela arteríola, passa pelos capilares (permeáveis) e sai pela vênula. O sangue é regido por várias forças, mas as duas especiais são: pressão hidrostática e pressão coloidosmótica; pressão hidrostática = pressão que o líquido exerce contra a parede dos vasos. A tendência é que haja uma pressão hidrostática maior a nível das arteríolas; a pressão hidrostática tende a jogar o líquido para fora; a pressão coloidosmótica é dada principalmente por proteínas, em especial a albumina. Essas proteínas exercem uma pressão osmótica, elas tendem a reter líquido dentro dos vasos sanguíneos. Quando chega o sangue arterial, a pressão hidrostática é maior que a pressão osmótica; assim que chega nos locais permeáveis (capilares), o líquido consegue sair, diminuindo o volume de líquido e conseqüente vai diminuindo a pressão hidrostática, o sangue vai ficando mais concentrado, aumentando a pressão osmótica; com a saída de muito líquido, há uma inversão das forças, há tendência de o líquido voltar; o excesso que sobra, vai para os vasos linfáticos, linfonodos regionais, desembocam nos grandes vasos como veia cava, voltando para a grande circulação. 
Por que no edema o líquido sai e não volta para o vaso? Pode haver saída de liquido a mais, quando a pressão hidrostática aumenta; pode haver uma obstrução na vênula, o sangue continua chegando, aumenta sua quantidade nos capilares, aumenta a pressão hidrostática, o líquido sai e se acumula nos tecidos. (65% do sangue está nas veias, devido a sua capacidade de dilatação). A vênula pode ser obstruída por trombos, êmbolos, mas pode ser também por uma neoplasia, que está obstruindo o vaso. Um deslocamento de órgãos, um órgão que torceu, em caso de prolapsos, pode haver edema. Insuficiências cardíacas podem levar a uma diminuição da circulação do sangue, e acúmulo de líquido nos vasos, causando edema. 
Para o sangue voltar para o coração, há alguns mecanismos, como movimento da musculatura esquelética, há válvulas nas veias que evitam o refluxo. Há também sucção cardíaca (na diástole do coração direito), e a pressão negativa da cavidade torácica ajuda a volta do sangue; se o coração direito está com necrose, a sucção vai ser menor, acumula sangue nos vasos, aumentando o edema. Se a insuficiência cardíaca for no coração esquerdo, o átrio esquerdo faz sucção do sangue do pulmão, há acúmulo de sangue no pulmão, há edema pulmonar, muito líquido acumula dentro dos alvéolos, impedindo as trocas pulmonares. 
O edema generalizado geralmente está associado a insuficiências cardíacas. Há outras situações, como no caso de fígado fibrosado, há represamento de sangue dentro dos vasos, causando edema generalizado. 
Outra possibilidade para que o líquido saia, é quando há uma diminuição da pressão osmótica, que é dada principalmente pela albumina. Se um animal tiver uma hipoproteinemia (pode ser causada por hipoalbuminemia). O resultado, é que o liquido sai nos capilares, mas tem pouca proteínas para “sugar” o líquido. Parasitose é uma causa importante de hipoproteinemia. Haemonchus: é um parasito de ovinos e caprinos, é hematófago, o animal tem hipoproteinemia, desenvolve edema. O edema nesses animais é muito visível na região submandibular. Desnutrição é outra causa de hipoproteinemia. Doença renal pode causar hipoproteinemias graves. Se o animal tem uma doença renal grave, deixa eliminar proteínas pela urina leva a uma hipoproteinemia. Em cirroses hepáticas, o indivíduo pode desenvolver edema abdominal; o fígado cirrótico, além de produzir pouca albumina, o fígado se torna pequeno, há uma obstrução, há aumento da pressão hidrostática. Doenças gastrointestinais, que dificultam a absorção de alimentos, podem levar à hipoproteinemia. 
Além da pressão hidrostática, e além da pressão osmótica há outra causa de edema: obstrução de vasos linfáticos, levando a um acúmulo de líquidos. A obstrução pode ser causada por neoplasias. Em caso de tumores de mama em cadelas, é usual retirar linfonodos, para evitar metástase. O PO é bem mais difícil, pois há acúmulo de líquidos, o tecido edemacia mais facilmente. 
Se o rim percebe uma queda de pressão sanguínea, o rim concentra urina, retém líquido para manter a volemia. Se o coração esquerdo não está funcionando, o sangue se acumula nos pulmões, chega pouco sangue aos rins, eles entendem como hipovolemia, retém líquidos, aumenta ainda mais o volume sanguíneo, o coração fica ainda mais sobrecarregado. 
Anasarca = edema generalizado, acúmulo de líquidos em várias partes do corpo. 
Ascite = hidroperitônico: é a barriga d’água, edema de cavidade abdominal.
Hidropericárdio: líquido acumulado no pericárdio.
Hidrotórax: líquido na cavidade torácica, geralmente a pressão negativa está diminuída.
Hidrartrose: articulação.Hidrocele: acúmulo de liquido no escroto.
Hidropsia: acumulo de liquido em anexos fetais.
Hidrocefalia: acumulo de liquido dentro dos ventrículos do encéfalo (geralmente o líquido acumulado é líquor).
O líquido presente nos edemas, é seroso, semelhante ao soro sanguíneo; ele é translúcido ou geralmente amarelado. Esse líquido se acumula, dá origem a um material gelatinoso. Onde há edema, teste de Godet: aperta, e fica a impressão, demora a voltar. No edema circulatório a região está fria (é diferente do edema inflamatório, que fica quente). 
Em edemas pulmonar, há espuma brancacenta, pois o líquido vai e volta, por causa da respiração, formando uma espuma.
No encéfalo: não há espaço para o cérebro espandir. Em função disso, os sulcos encefálicos diminuem, os giros se achatam contra a calota craniana, pode levar a uma compressão celular.
Geralmente, em microscopia, não se vê, pois ao fazer a lâmina, o líquido escorre. Geralmente, quando dá para ver, vê-se um líquido róseo claro. 
Hiperemia e congestão: se referem a um aumento da quantidade de sangue em vasos; na hiperemia, há um aumento de sangue arterial; na congestão: aumento venoso; na hiperemia, passa mais sangue arterial nos tecidos; na congestão, normalmente há um acúmulo, há uma estagnação de sangue venoso. (No caso de um indivíduo que vai nadar após uma alimentação pesada, precisa sangue para a musculatura, não há sangue para a digestão e para a musculatura, a pessoa tem uma queda de pressão, pode levar a morte); as pessoas falam congestão: se refere a grande quantidade de sangue na cavidade abdominal, está convergida para a digestão. 
No caso de hiperemia, há dois mecanismos que levam a maior passagem de sangue; um é quanto ao SNAS; há uma hiperemia em músculos em uma atividade física, é normal, fisiológico; quando está muito calor, há uma vasodilatação arterial para liberar calor, isso também está associado ao SNA, há uma hiperemia. Outra forma de hiperemia é aquele associado a mediadores químicos da inflamação. Uma área que está sofrendo uma inflamação, nessa área passa uma maior quantidade de sangue arterial. 
Na necropsia, abre-se o estômago, está bem vermelho; pode ser uma gastrite, ou inflamatória. Se o estomago estiver cheio, pode ser uma hiperemia normal, fisiológica.
Um tecido que está hiperêmico, tem coloração vermelho vivo, vermelho intenso. A função daquele órgão está aumentada. Hiperemia muscular é difícil de visualizar pois músculos já são normalmente avermelhados. 
Na microscopia se vê uma maior quantidade de hemácias em arteríolas e capilares. 
A congestão está associada a doenças. A congestão se refere ao acúmulo de sangue venoso. O sangue venoso se acumula temporariamente, ou por períodos mais elevados. A congestão acontece nas mesmas causas que levam a aumento da pressão hidrostática (obstruções intravasculares, parasitos, levam a uma congestão, impedem a progressão do sangue, ele se acumula); se o coração direto não funciona, há congestão no abdômen por exemplo. Se há insuficiência do coração esquerdo, há congestão nos pulmões. Congestão por pouco tempo não tem conseqüências graves. Contudo, se a congestão ocorrer por tempo mais prolongado, pode provocar danos. Os tecidos próximos ao vaso congesto, vão entrar em hipóxia, podendo ter degenerações, e em casos extremos, morte de célula com necrose. Congestões prolongadas podem levar a hipóxia, degeneração e necrose. Quando a necrose afeta células endoteliais, o sangue pode fluir pra fora, havendo hemorragias. 
Na macroscopia: o tecido vai ficar um vermelho escuro, pois sangue venoso está se acumulando. Se eu cortar o tecido, vai escorrer sangue vermelho escuro em abundância. Em algumas situações pode ficar azulado. 
Na microscopia: aumenta número de hemácias em veias, vênulas e nos capilares. 
É mais fácil ver a congestão do que a hiperemia, pois as veias são mais complacentes. 
No caso de uma congestão crônica: pegando como exemplo o fígado, que é um órgão que recebe muito sangue (por isso é vermelho vinhoso); boa parte do sangue vem pelo sistema porta; se tenho uma insuficiência do coração direito, o sangue se acumula no fígado. Quando há essa insuficiência cardíaca do coração direito, em um primeiro momento o fígado fica congesto, aumenta de volume, e ao cortar escorre mais sangue que o normal; fígado cardíaco: congestão hepática causada por insuficiência cardíaca. Se essa insuficiência continuar, vai começar a ter degeneração e necrose de hepatócitos, principalmente ao redor da veia centro-lobular; há formação de espaços, com sangue (as células morreram, por isso os espaços). Forma-se um padrão hepático com áreas avermelhadas no centro (morreram as células, foram preenchidas por hemácias), e amareladas ao redor (esteatose), fica um fígado chamado de padrão noz-moscada. Por fim, morreram muitas células, as células que morreram são substituídas por um tecido cicatricial (cirrose hepática). Induração cianótica = o fígado fica pequeno e duro; esse indivíduo pode ter ascite, hipoproteinemia, icterícia, etc. 
Outra característica de congestão prolongada: as hemácias sofrem hemólise in locu (causando hemosiderose), pois ficam acumuladas dentro do vaso ou no tecido. 
O baço, tem grande capacidade de armazenamento de sangue venoso. O baço aumentado, na maioria das vezes é por congestão. A congestão pode ser por uma torção: entra sangue no baço e não sai; outra causa: barbitúricos, anestésico (usado em eutanásia e cirurgias), faz relaxamento de músculo liso, o baço aumenta de tamanho. 
Halo hiperêmico = faz parte de processo inflamatório. 
Fígado em noz-moscada.

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