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UNIVERSIDADE DE SANTA CRUZ DO SUL CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA DISCIPLINA DE MÁQUINAS AGRÍCOLAS I Prof. Me. Cristian Josué Franck Tratores Agrícolas: Dispositivos de engate e sistema hidráulico A direção, Pneus agrícolas e seus usos Lastramento 07 de outubro de 2014. 2 Dispositivos de engate Os implementos agrícolas podem, basicamente, ser acoplados aos tratores de 3 formas: • Na barra de tração , 1 ponto (arrasto); • Nos braços do sistema hidráulico, 2 pontos (semi- montados); • Nos três pontos do sistema hidráulico (montados); 3 Arrasto: O implemento é acoplado na barra de tração, sendo todo o seu peso apoiado sobre o solo ou sobre suas próprias rodas. Com isso, o implemento tem uma certa independência em relação ao trator. O acoplamento na BT permite executar grandes forças de tração e tem como uma de suas vantagens a facilidade de acoplamento. 4 Arrasto: 5 Arrasto: A barra de tração tem dimensões padronizadas, definidas pela norma ISO 6489/3 distribuídas em 6 categorias de acordo com a potência do trator. Categoria Potência (kW) 0 < 28 1 < 48 2 < 115 3 < 185 4 < 300 5 < 500 6 Arrasto: Fonte: Marques, 2012. 7 Arrasto: Fonte: Marques, 2012. 8 Arrasto: Dimensões (mm) Categorias 0 1 2 3 4 5 Espessura (B) Máx. 20 36 52 57 64 80 Orifício (C) +0,8/ - 0,25 20 33 33 41 52,5 72,5 Pino Min. 18 30 30 38 50 70 F Máx. 30 40 45 38 50 70 G Min. 140 210 210 210 210 210 Altura (H) Min. 50 70 70 90 90 100 Profundidade (J) Min. 50 70 80 80 90 110 Altura (S) Mín. 220 330 330 380 380 400 Dist. Vertical (U) Min. 220 220 250 260 280 310 T Recolhida 250 250 350 350 350 350 Normal 400 400 500 500 500 500 Alargada 550 550 650 650 650 650 Fonte: Marques, 2012. 9 Semi-montados: São implementos acoplados ao trator pelos dois braços inferiores do sistema hidráulico. Esse tipo de acoplamento é pouco utilizado e permite, através do sistema hidráulico realizar a ativação ou desativação da ação do implemento bem como auxiliar nas suas regulagens de profundidade de trabalho. 10 Semi-montados: 11 Montados: Os implementos são acoplados nos três pontos do trator. Com isso, o implemento fica completamente integrado ao trator, permitindo a transmissão de forças em qualquer sentido e direção. A grande desvantagem é a dificuldade da realização do acoplamento. 12 Montados: 13 Montados: 14 Montados: O sistema hidráulico dos tratores tem como funções: • Levantar implementos; • Abaixar implementos; • Controle de profundidade de máquinas de solo; • Controle de profundidade de máquinas de superfície; 15 Montados: A utilização de implementos nos 3 pontos acarreta na alteração da distribuição do peso do trator. 16 Montados: É importante que a transferência de peso do eixo dianteiro para o eixo traseiro não seja elevada a ponto de o eixo dianteiro ficar com menos de 15% do peso do trator. É importante ressaltar ainda que não devem ser acoplados implementos com peso maior que a capacidade de levante do sistema hidráulico. 17 Montados: Exemplos: Massey Ferguson 4275, 75cv, 2500 kgf. John Deere 5075E, 75cv, 2670 kgf. New Holland TL 75E, 78cv, 3690 kgf. 18 Montados: Assim como para a BT, as dimensões dos engates de três pontos são padronizados. A norma que as estabelece é a ISO 730. Os engates padronizados em 8 categorias, de acordo com a potência dos tratores. Categoria Potência (kW) 1N Até 35 1 Até 48 2N / 2 30 a 92 3N / 3 60 a 185 4N / 4 110 a 350 Fonte: Marques, 2012. 19 Montados: Fonte: Marques, 2012. 20 Montados: Fonte: Marques, 2012. 21 Montados: Categoria 1N 1 2N 2 3N 3 4N 4 Distância lateral l1 218 359 364 435 435 505 505 612 Deslocamento lateral (min) l2 50 100 100 125 125 125 125 130 Distância do extremo da TDP L 300 500 550 550 575 575 575 610 Fonte: Marques, 2012. 22 Direção • Necessidade de permitir o direcionamento do trator; • Sistema robusto; • Segurança. 23 Direção A modificação da direção dos tratores agrícolas pode ser realizada de duas formas: • Eixo dianteiro direcional; • Articulação da parte frontal em relação a traseira. 24 Eixo dianteiro direcional Pode, apenas exercer a modificação da direção das rodas. 25 Eixo dianteiro direcional Ou podem tanto as rodas quanto o eixo apresentarem articulações. Fonte: Marques, 2012. 26 Rodados agrícolas São os elementos que realizam a transferência de potência do trator para o solo. O rodado é composto por: • Cubo de roda; • Aro, e; • Pneumático. 27 Rodados agrícolas Pneumáticos: 28 Rodados agrícolas Pneumáticos: • Lonas – suportam as cargas e a pressão interna; • Talões – São cabos de aço revestidos com cobre que tem a função de “amarar” o pneu ao aro; • Parede lateral (flanco)– Vai da rodagem ao talão; • Liner – Revestimento protetor da parte interna do pneu; • Rodagem – é a parte do pneu que faz sua aderência com o solo. Deve proporcionar frenagem e tração, com grande resistência a abrasão e ruptura. 29 Pneus: Podem ser divididos em pneus de: Tração - 30 Pneus: Podem ser divididos em pneus de: Direcional - 31 Pneus: Podem ser divididos em pneus de: Transporte - 32 Pneus: Podem ser divididos em pneus de: Motoculvidores - 33 Pneus de tração: De acordo com a construção da carcaça, os pneus podem ser classificados em radial e diagonal. • As lonas vão de talão a talão, dispostas diagonalmente ao plano médio da banda de rodagem. • Favorece a rigidez dos flancos e da banda de rodagem. 34 Pneus: Radial • As lonas vão de talão a talão formando ângulos de 90º com o plano médio da banda de rodagem. • Os flancos e a banda de rodagem são mais flexíveis. 35 36 Pneu Radial X Diagonal • Maior coeficiente de tração; • Superfície de contato 15 a 20% maior; • Menor resistência ao rolamento; • Possibilidade de utilização com menores pressões internas; • Flancos mais flexíveis, banda de rodagem se molda as irregularidades da superfície do solo; • Preço mais elevado. 37 Além disso os pneus agrícolas são classificados de acordo com seu uso. R - 1 Classificação: Tração Pneu para rodas motrizes de tratores e colhedoras. Indicado para solos com boas características de tração. É o mais utilizado. 38 R - 2 Classificação: Tração Pneu para rodas motrizes de tratores e colhedoras. Indicado para solos inconsistentes, moles e excessivamente úmidos. É o mais utilizado em lavouras de arroz irrigado. 39 R - 4 Classificação: Tração Pneu para rodas motrizes de tratores industriais e outras máquinas florestais e para movimentação de terra. 40 F – 1 Classificação: Direcional Pneu para eixos direcionais não tracionados de tratores e colhedoras. Apresenta ressaltos (raios) ao longo de seu plano médio. 41 I – 1 Classificação: Transporte Pneu para uso em implementos e carretas. 42 G – 1 Classificação: Tração/Moto cultivadores. Pneus especialmente desenvolvidos para rodas motrizes de moto cultivadores e micro tratores. O desenho de sua banda de rodagem se assemelha ao dos pneus R – 1. 43 Dimensões dos pneus: Polegadas Pneu 18.4 R30 R-1 18.4 – Largura do pneu em polegadas R – Quando existir, indica carcaça radial. Para carcaça diagonal é omitido. 30 – Diâmetro interno do pneu em polegadas. R – 1 – Classificação de uso do pneu. 44 Dimensões dos pneus: Sistema métrico Pneu 650/65 R38 8PR 650 – Largura do pneu em mm 65 – Relação de forma (Altura = 65% da largura) R – Indica construção radial da carcaça 38 –Diâmetro interno em polegadas 8PR – Capacidade de carga. Nesse caso 8 lonas. 45 Pressão de insuflagem = Pressão interna 46 Lastramento Consiste na adição/remoção de massa ao trator. Isso pode ser feito através de adição de lastro metálico e ou líquido. 47 Lastramento Funções: - Adequar a distribuição de peso entre os eixos; - Adequar o patinamento do trator; - Aumentar a potência disponível na barra de tração; 48 Lastramento EXCESSIVO • Aumenta o consumo de combustível; • Danos à estrutura do solo; • Aumenta o desgaste dos componentes mecânicos da transmissão. 49 FALTA de lastro • Danos a estrutura do solo por excesso de patinamento; • Desgaste prematuro dos pneus; • Aumento do consumo de combustível. 50 Lastro metálico É a realizado através da colocação de contrapesos metálicos nas rodas e parte frontal do trator. 51 Lastro líquido É a realizado através da colocação de água nos pneus. * O lastro líquido não pode ser superior a 75% do volume dos pneus. 52 Lastro líquido Fonte: Monteiro et al., s.d. 53 Lastro líquido Fonte: Monteiro et al., s.d. 54 Lastro líquido Fonte: Monteiro et al., s.d. 55 Lastro líquido Fonte: Monteiro et al., s.d. 56 Lastro líquido Fonte: Monteiro et al., s.d. 57 Lastramento Adequação do lastro permite aumentos da força de tração da ordem de 11% e redução no consumo horário de combustível da ordem de 20%. Fonte: Monteiro et al., s.d. Disponível em: http://www.nempa.com.br/skin/default/arquivos/artigos/24/ADEQUAO_DE_CONJUNTOS.pdf Prof. Cristian J. Franck cristianjfranck@gmail.com
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