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Tecnicas de Interpretacao

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MARIA HELENA ÜINIZ 
Compêndio de 
Introdução à 
Ciência do Direito 
1 — J H s a a a i v a : 
i ; k>go, deve h i v n u m i Imaprenc^o « um «eniido qtie preponderem, pon-
um rim prAiicü â cadcu das mut^plu pruabilKUdes i m e r p r e u i i v u . O cn-
i o p i r i ealender « esse f im priiicofc a dccidibiÍKlfldeH ou sc>a, a c - r t a ^ d e 
i d k d n para uma decis&o posskvd. AuLm sendo, a d ^ i a jurídica, ao ínier-
: u r normas, deve ler cm V Ú I B uma fiaalidadc prática, uro è. conhecer M 
lo t i tomuiivos, verificando as condições de rua aEdicabilidade, enquaoro 
Mbloe de componamenio obriiaiòno A bcmieDêuLjca jurídica deve crur 
odlcAca paia que o« eveniuaís connkos pouam ser solucionados com um 
•imo de perturbação social; para lamo deverá ducidar a nonru de modo 
e Oi probicmu paiecam raznavelmcnTe deckllveis- Esiabeiece. ponanio. aJ-
M Í « < ita rtiiÉlii p c n i v d pru nieH> de construções dogmáikas, neutrali-
adoa pnnfto F T T * ^ pelos problemas de distribuição de poder, de recursos 
L. O In i f r taau deve i i t icnoiar o teato Dormailuo, destacando ludo que nele 
e c v t t e •eao adequado à q v U flaaiídade prática, •jiuiamlo-o A arua] sjiua-
3 . t w A s M c wBa wnhtçào tckoJòfíca. ao dacrnunai ot fins e ob jo ivo i da 
rma. permhrTuio, assim, um coniroir da íwns k f ú c n a mteipieiaçfto. O 
ispretc procura apreender o lentldo do mxio nonnalivo, apresenlando vá-
a wkjçõca pouiveis. iicndeBdo pautas vakoraiivas vigentes numa wde-
dc, em certo momenro; com uso afosta-se de iua& prereríncias pesioas. de 
a opinião, de seu q u e m ou voniade. A tnierpretaçflc jurídica assume um 
cnpromLsso com a tomada de decrsAes ou com a loluçfto dt pos^iveu corlfli-
i. A ruoçao da dogmática j u c í d K i ê a umuiiçAo das condições do jvndica-
enie pos^vd, em lermos de decidíbilidadc, o u ic ja, a dmcrmmaçio das pot-
lOidadcideconMfiMojuklkmdacaKiaiuridia^ D i M O K i n f c r e q u e i i n -
H i m i . a i i . i l l i a i l i a u M w i t i í i r iHalfiirg tlifanlfriín 
3. TèeakSB faierpmalWaa 
Para orientar a tarefa do initipreie e do aplicador há vftrias Técnkas ou 
roccssos inierpiciaiivoí: gramatical ou Literal, lógico, sisicmâLico. histórico 
sooològicD ou tckoIófico-Tatt processos nada mais s lo do que rneiostècni-
j t . lògàcoaou cilo, uiiHndos para desvendar as várias posõbãlidades de a f ^ 
iÇáu da noiina, 
PeiafÃmreVfWiSdfiru^, lambèm chamatla l lLaal. semiótica ou ftJolági-
1, o hcrmencuta boK* o tavítki liLaal do leitú Donoaiívo. tendo por FNÍIDCÍ-
üi. - T L _ I [ " r i j • " - ^ ' - r ' ' - r • 
ÍM. 141. i49t m . 
7S< ^^ Degni, ^.'inifjprRdrwwdedff r c E f . ^ L t - . p - ^ r i M F ^ m . Trmtmo. ca . p TO^gi.; 
Saiatíta WKJ HKrrmy fmí*. IWI, p W»; Lamu. »4aoc]io*jfto, íit , r ü * * : 
n i o . £ v c n n w : U A v i f i « , » . p. A b A u d c T « i C , f i r r n r ^ i c n a n t k m f v . d .V 
3S6: Luiz E^tnvdp Cndlw. Lójcvm Jmíáta m amjvmifao * C , KID de J w t r o . Fomue. 
m. p. lacTS; L41U y I ^ K n t a z . n a — é â é w d i o . Cá , p.Mt. ROCAID J Vemento, l* 
ifppWaTÓrTAmVdrfaie>, CM , Í t V * - d o r m i r í r t M t i * f f l l ™ * f l , cH-, p *f*-A. 412cü7; 
hofltOLV, Aspffi^af 'te thvofy of syniojt, l«5 . CBTIDI S Mino, M V a te irirtKrwvfdf* ffT dte^ 
te.cLL.. p. 14-51 ; r v l « MjuuniluuiP, Wemifteuíiía, c i l . . p IJ8-35; CIIBIICTBrocher. Éliádrsuf 
3 pnmripa fffntrtux de rifiltrprttglMiá da toa. ifO.f* 21. 
n tarefa estabelecer uma def^nlclo, ante a indetérmlnaclo w n l n d e a d M HD-
càbukn normarlvos. que U o , em regra, vigos a u a m b í g u o s , quase nunca apre-
sentando um sentido univoco. A u i m , ao interpretar uma norma. iiucialiHviLe 
se a t ó m à coosuUncia onomauoLúgka — oaomaslologia i a teoria da desigru-
çfto nominal- E n i l o , o primcif o passo na intcrpretaçto seria veriricar o leatido 
dos vocábulos do texio, ou seja. tua correspondência com B realidade que eles 
designam. Logo, a defuiicdo jurídica oui j ía e n i r e o aspccio onomasioJógico da 
p a l a v r a (o uso cocirme do termo p a r a a designa^flo do falo) e o sema^Lologico 
(a sua tignjricaçfto normativa). Se a norma se refere, p. ea., a velcuto, 1 qurs-
t i o ó uber o que é velcu/o. qual o sentido do vocábulo no lexlo. A palavra ut i -
Uada na n o f i m opera como um insirumento do pa—mento. 
Por ena técnica, que se funda sobre as regras da gramáika c da lingOisõ-
CH, c u m i n a o aplicador ou o iniérpretc cada lermo do texio normativo, isola-
da ou aintaticamcnic. atendendo á poníuaç&o. u l o c a g l o doa vocábulos, or i -
gem nímoiófica etc O cientista procura os scntidM Bicnis pouJveis do ter-
mo, ou seja, 01 signiTcados que possa ler. marcando o limite da interproaçlo, 
e o aplicador opta nu decide por um do j^ diferentes sentidos admissivcit. 
Deve o bermeneuia icr sempft em visua^sesuioiesrcgris: I . ' ) M palavras 
podem ter uma significação LXKnum e uma itcnica. caso cm que d c i ^ K dar 
preferência ao sentido técnico; 2-) deve ser considerada a cokicãcâo cUaorau, 
p. ca., uma disposiclo, íoclulda ao capitulo sobre curateíi, etià indkando que 
w d e M b i a a r t i u l v c B s a forma de incapacidade; 3-'k havendo aMÍnooüattUCO 
Mntido franiaiicai c o log^-o, e t u deve prevakcei; ^r ios igoi f i cadodipMavia 
deve ser tomado em conexão com o da k i ; 55) o Lcmuj deve ser b i a p r c u i l o 
cm relaçAo u u demais; e 65) havendo pataviu com sentido díverio. c u n p n a o 
inierpirle f ixar - lhn o adequado ou o verdadeíjo-
No emprego do procasc fógk^\ o q u e se preicndc * desvendar o lemido 
c o alcance da norma. esludando-B por meio de radocínios l õ g K ú s . anaÜHndo 
períodos da lei e combinindo-os rnire si, com o escopo de aiingir perfeiia 
ctmLpaiibUldade. 
Os proctdiiHntos dcsu táoiica sio. na &çio de Térdo Sampaio F s m Jr.i 
15) Athude formal, que procura solucionar eventuais incotnpaiibilidides 
p d o esiabelecimenLo: a) de regras gerais aLinenLes á simiilfanddade dc aplica-
çáo de n o r m u , que iniroduiem os críierios de sucessividade tlei postcrÍDr re-
voga m l E L t e n o i l , dc npedalidadc f lci especial revoga a geral), de irrctroMivi-
dade ( lã posicnor náo pode icingir direito adquirido, ato jurídico perfeho e 
coisa julgada}, ou de reiroattvidade (íd posterior, em certos casos. Larnfere 
n rdaçOes já normadat. para dar-Dies wluçlo mais josia); b) de regru alusi-
ttodaSAnpteciFciiw Ji . Fiiitçiotoeia/,ãl..p iít.tA cifrttiBtJiníaeitii.ca .ti- 76ETT; POCF 
•HVOtbrvdiO-Tlw. Twe, fd . p 265^ 1 . RrisÚHSicrwi, t^i wnr/dcwAe.n -f» 3tte 
L < 2 T 7 e a . ; \jnj FffnBndti CocDv», I oficajwldKa. õ l . , p. 7a-HF, Catk^ U z i m i l u n o , f/erme-
>iairt(*.cli„p, 135 «r J46-Í: Moutiiri e ZuiriMutn B n u , /«rracÍMcnífl, m , p. Cw^beB 
Blacti, /iandhoot AH ike n/miníeiniii and anerptemriorf Ute hirs. p- 3Jt. 
ras ao problema da «peciolidode, lendo em vista a aplicaçfto de normas vftli-
las em terriiõrLOK diversos, oias que, por cenas razões, cruzam-se nos seus âm-
litos, que iniroduzem os critérios da tex íoci <H forma dos negócios jurídicos è 
I do local de sua celebração; o u u cumprimento obedece à lei do lugar de sua 
secuç&o; o direito real dbciplina-se pela lei do local em que a coisi esiA siiua-
i i ) ; da/erpfrço^ifleíasrelflcócí familiares, marrunoniais, regem-se pela I d d o 
lormcUro, também as quesrões dc « lado e capacidade das pessoas), 
2 f ) Atitude pr&iica, que vjui evitai incompatibilidades à medida que elas 
le forem apresentando, repensando as disposições normativas, atenda-se à si-
uação. P. ex-. as regras júrisptudcnciais, que vislumbram as situações confor-
nc oS (Titcrios d e justiça, buscando uma solução mais cqilitativa para os con-
í toSi rcinierpretando a norma conforme as exigências de uma decisão justa, 
í njesmo se diga das regras de iníerpreraçâo dos negócios jur id icm, p, ex,, as 
jue deteiminam se atenda mais A ;atenção dos comraianies do que A k i i a das 
lormas; que, em C&so de conflito,a incompatibilidade prejudique o outorgan-
s e nSo o outorgado; que ãs dAusUláfi duvidosas sejam interpretadas em favor 
le quem se obriga e não do que se obiiga-
3 ? ) Aiiiüde dipiomàiica. que recomenda ao initrprcie, tentando evitar in-
Timpalibüidade em Çerto momento e em deierminatUs drcunsiSncias, invente 
una saída que solucione, mesmo provisoriamente, apenas aquele conflilo- P. 
nt-, as ficçõcs interpietacivas, consislcnces num pado, admitido pelas partes, 
idas conveniências sociais, pela eqüidade, que permite raciocinar como se cer-
0 falo ocorrido nflo tivesse acontecido e vice-versa. É a hipótese do juiz que, 
yara fundamentar uma decisSo que reputa justa, adnúle como existente uma 
ieclaração voliiiva que não houve, reinierpretando. para o caso em icla, osen-
ido de um eJcmenio do conteúdo dc uma norma fcxigênda de declaração vol i -
iva para a validade coDtratual), 
Tais legros lógicas possibiNtim adotar um» solução mais p m d a ou justa. 
O processo sisíemático'** t o que considera o sistema em que se insere a 
lo ima, rcladonando-a com outros normas concernentes ao mesmo objeto. O 
listcma jurtdico nSo se compõe dc um único sistema normativo, mas de vários, 
)ue constituem um conjunto tiarmõnico e imerdcpcndenlEi cmbuia tada qual 
sieja Suado cm seu iugar propi», Poder-se-á ait dizer que se uam de uma 
èenica de apreumaçlo de aios normaLivoa, n n que o h e n o e D e u L a relacioaa 
unas normas B outras até vislumbrar-lhes o senado e o alcance. É preciso lera-
irar que uma das principais larcfia da ciência jurídica consiste exatamente em 
estabelecer as conexões sistemáticas existentes enirc as tiarmfls. Hoisi Banho-
omeyczik aconselha: na leitura da norma, uunca se deve ler o segundo paiá-
pafo &em anies ter lido o primeiro, nem deixar de ler o segundo depois de ler 
ido o primeiro; nunca se deve ler um só artigo, leia-se também o artigo vizi-
iho. Deve-sc. portamo. comparar o lexio normativo, em exame, com outros 
-üii Fcrnamlií C w l h u , Lógicajtiridioi. ciL., p. SO; HOT',I Biu-Hiolomfyzik. Kunsf der GerCT-, 
atstegurs. Frankfurt. 1971, p. 32; Oei-PictJii. ExpermciaijuHiiicas. í U . . p . ijmii^M^ 
oteteEltf. p, Zl^-eO: A. Toirí, tnlrvfimóif at dBB*o. at-. p. 35a-9. 
do m o m o dipkinia legal ou dc Ids djvmas. m u «ferentta ao 
pois par umas normas pock:-se desvendar o sentido de outras. Examinaikki u 
normas, conjuntamente, é possível veriricar o sentido dc cada uma d d A . 
A fécnlca imerpreíadva kisiòhca^^. oriunda de obras de Savigny e Puch-
to. cujas idéias foram compariilhadas por Espínola. Gabba. Hoidcr, Bier-
manu. CímbaJi, Wach. AJI |WÍ Silveira. Dcgní. Saleillcs, Cosak. SaJWoli, Ende-
mjuin. Bufnoir. Bckker elc-, ba>era-se na averiguação dos antecedentes da 
oorma. Refere-se ao histórico do processo legislativo, desde o f^o jao de Jd, 
n » jusiiRcaiiva ou exposição de motivos, emendas, aprovação c promulga-
ção, ou às circunaiflndas fàticas que a p r c c e d H ^ e que lhe deram origem, às 
causas ou necessidades que induziram o órgão a elaborã-la, oü scja, às Condi-
ções culturais ou psicológicas sob as quais o prccâio normativo surgiu {occa-
siofegis}. C o D w i maior pane da$ norinascoiisiitiú • continuidade ou modin-
cacão das disposições precedraies. èbasiamc util que oaplicatk^ investigue o 
desenvolvimento histórico das instituições jurídicas, a fun de captar o exato 
significado das normas, tendo sempre em vista a razAo delas (rafro iegis). ou 
seja, os resultados que visam atingir. EZssa bivesiigaçAo pode conduzir á desco-
berta do sentido e alcance da norma. 
O processo st>ck>iôgico ou releoíógicó^ objetiva, como quer Ihering, 
adaptar a rmalidade da nonoa ás novas exigências sodais- Adaptação cota pre-
vista peio a i t . 3? da L d de Introdução ao Código Civi l , A hilefrneísção, como 
nos diz Ferrara, não é pura arte dialérica, náo sedesenvotvç como método geo-
métrico num círculo de abstrações, mas perscruta as necessidades prãilt:as da 
vida c a realidade social. O aplicador. nas palavras de Hemi de Page, nfto de-
verá quedar-5e surdo ás exigências da vida, porque o fim da nonna n l o deve 
tet a imobüizacAo ou a cristalização da vida, t, úm, maitler coniaio Intimo 
com ela, segui-la em sua cvofiícaü c B da adaptar-se. Dat resulta, continua de, 
que a norma se de&ima a um fim soaal. de que o tna^suado deve paruapai , 
I O interpretar o preceito normativo. 
A técnica [eleològica procura o f im, a ^ f í o do preceito normativo, para a 
partir dele determinar o seu sentido, O sentido normailvo requer a captação 
doK irns para os quais se elaborou a norma, exigindo, paia tanto, a concepção 
do dirdco como um sistema, o apelo ás regras da técmca lógica válidas para sé 
543. SobM t cCcfllci úita-prdEidvH tiiuúrbca: D^pii. Ltnltrpteíatíov th^ ^ggr. tÜ.-. So-
vldiv. Sislema dei dSili Ia romano altuaie. v. I, p. 216, % 50; E^pincÜz. Tratodo de direiia avj bnat' 
áfro . Sôo Faulo-RiodE Jinràro, 1939, v. 3 r 4; Ahpn Silvara. Da irtieipieaçúin/iB Ms em face 
i/ú'ku resimei panticas. t9*L; A . Twré, Inlindirción ai demclia. d l , , p, 361 e 362, Cuios 
Mixnniljuio. /imrtfrtfuiica. cit., p. 149-62. Entemioa. Lehrbítclt dtt BUgeríMien Rtthij. v. I , 
»• 50; Luiz Feroudo CueJho, V^.Ó^Z' ' ' '^ !» , ci] , p B t l í X I ; A - B Alva SUvi^ fai/c^acío. 
d l - , p 21 • c 2iS: Ffn.-h-fi. fnlmtatçúo aoptnmvdo/mt/ico. o i , p. IJ7, 
5*6- L z i s u , AtefudoA?^. câ . . p. 26^70; J o n DehmlriiDia, £ « j e W w 
2(6 vZIT; TÍTCID Sampaio F m aí ]r., J4 dtncia do direito, dí..p 79, t FuntOa social, a., p, J52-
* Lvnonei França, PtmdiHos gerais de dlretio. l. rd.. Sio Paulo. RrvLHadcH rribunali, I97J; 
TVl Vfcchkl, L/aiftlncipiosgeneraleídeldérecfm. cil ; Cicnaro CarrA, Prlicipuísjuridioisy poji-
d'*ltmc jurídico, aurmn A i r s , 1970; EnoiKli. íiiroduçdo ao pensamrniu juridico. o i , , p. 108. 
m e 115-2Ó; Cui» MuimiEiam, / / « m e n h r J n , ãí.. p. 163 a 168. 
392 
ies deFmHÍas de casoi, e i p i - a e D ç a i k « r t o 9 jM^indpios que u aplicam para 
-ies indef inidu de casos, coino o da boa-fê, o da exigêndade jusiiça, o d o rc4-
>eÍTQ aos direiios da personalidade, o da igualdade pcranic a lei eic. ISIQ É as' 
ú.m porque se coordenam toda^ as técmcas interpre]ativas cm função da (eleo-
ogia que coruroLa o sistema jurídico, vieio que a percepção dos f ins exige, não 
] estado de cada nomia isoladamente, mas sua análise no ordaiaiiienJ.D jurídi-
•X) CDino um lodo-
Carlos Maxínuliano aponta alguiaas regras noneadoras do emprego tk> 
Hpcesso Leleològico: 15) os normas conformes no seu f im devem ter idêntica 
sVCiiçio. não podendo ser entendidas de modo que produzam dedsAes d i f ^ 
'entes sobre o mesmo objeto; 2') se o fun advèm de várias normas, cada uma 
JeUs deve ser çompiccodida dc nLandvraqur eorrespojida ao objeEivoresultan-
e do conjutUõ: 35) dcve-sc coarerir ao texto normativo um sentido que ifisulic 
uvcr a nonna regulailn a espéde a favor e não «m prejuízo de quon cJa visa 
i r o t ^ e r ; e 45) os tUukis.aa epígrafes, o preâmbulo e u exposições dcmotívoa 
U norma auAitiam a reconboccr o » u Hm, 
Convém lembrar, ainda, que as diversas técnku interpretativas n l o o p ^ 
a m isoladamente. nfto se excluem reciprocamente, antes *c comptetam. meg-
no porque não h i , H;:r^no aponta Zweígeri, na Eeoría jurídica In^erpr-riaiiva, 
una hierarquização segura das múltiplas técnicas de interpretação. Rcalmcn-
c. há impossibüidAde de se estabelecei uma hieraquia desses processos, devido 
rsua relação reciproca. Mão são, oa realidade, cinco técnicas de tnlerprelação, 
nas operações distintas que devan atuar conjuntamente, pois ujdas trazem 
fua contribuição para a descoberta do sentido e do alcance da norma. Aos fa-
ores verbais oLiam se lógicos e com os dois colaboram, pelo objetivo co-
num, o sistemático, o histórico e o sociológico ou leleoiogico. Eis porque se 
iiz que o alo interpretaiivc é complexo; há um siticrelismo de processos inter-
írciaiivüsconducente ã descoberta das varias possibilidades de aplKaçao da 
lomia, ao deicmiinar seu alcancee sentido. Todavia, com isso nflo sequer di-
;er tiue iodas as [écmcas devem ser empregadas sempre simuitaneamente. pois 
•ma pode dar mais resultado do que a outra em dado caso, condcnando-ce, ÍB-
o stm, a supremacia de uma sobie a outra- Todos 0 3 exageros são condenã-
'ds, nAr> se justificando qualqus exclusiviamo. Aintciprefação é una. não se 
VadofU. é, lão-somenre, exercida por vários processos ou técnicas que condu-
x m a um resultado final: a descoberta do alcance e sentido da disposição oor-
nativa" ' . 
A esse rcspdto, pondera Miguel Rcale, toda inierpreiação iuridica é de 
latureza l e J e o l õ g K s fundada na consistência voloraiiva do d j r d i o , operando-
547 ZwCiBCii, Siudiumgtnerole. 1954, p- 3SS; Lmz FcriuntkF Codha, LòtKajuridkü. cit., 
1. 71; t k i i i j v ItBiJbiuch. Filosofia áodiMio. cil-, odta IS4: JosAM- Ov\táo. Foimocido V aplkny 
U i t e r t e r F f M . p 120; MjgiKr Roíc . ziftei^vTJpHH^Bt, ck-.p- 288 Sobre u i^-nico^ dr m-
fiprcldçíii, V.: Cprlús ktaxiniiiiâDO, Htmttnéuda, H : I1 . , p. lZÓ-240; Binoa Mnnlenu, Curso de 
UrwUodid. V- i ,p- 35, Viccnie RAú. l> JJ^JD . cil -, v I , T. 2. p, 575 c s.; Ljiaonti Franca, F o m o r 
epRoKdo.as.. p. 46<i ; FranaiMoiuwo, Introéuçdo.cn., v- 2, p. r24«s . , - r7«ba Batrctn, Ui-
apcdaçlD d u Ms. RF. /V7(539]:4C-d, J44S; Feirara, InlnpvioiSo r apüaiíAi das Ms. Uwl. 
m L , l ->d- . p-37; De P H ^ Jyaité tí^neníaur. ãi . i. 1. cap. 1 » , p, J 9 6 e i , 
se numa estrutura de significações e não isDlodátnenic, de modo que cada pre-
ceito nonnalivo significa algo situado no todo do ordenarnenlo jurUJús. A 
norma, portanco, devera ser interpretada no conjunto d a ordenação jui idica, 
implicando a apredaçlo d c 4 fatos e valores que lhe deram origem, mas tam-
bém a dos sapervenientes. 
A o SC admitir essa visão inlcrpfetaljvae retrospectiva da norma, reconhe-
ce-se ao intérprete o papei de criação episiemològico, e aoBftikador, o de cria-
ção real no processo hermenêutico"^. 
b.4. E fã to i do i t o Inlerprrui lvn 
Franccsco Dcgni" ' ensina-not que a initrpreioçBo extensifo e a restritiva 
ou estrita expriman o efeiio obudo ou o resultado a que c h i a r á o hennencula 
empeníiado em desvendar u temido e o nlconcfl do t rx io normaiívo- È preciso 
esclarecei que nflo se tralfl dp defrho de expressão, por ser impossível concen-
trai numa fòrrmiJa pcifeita tudo que pode set enquadrodu num çouiandu nor-
maiivo; assim sendo, ás vezes, o alcance ou o sentido é mais estrito do que se 
deveria concluir do exame d » palavras, ouuas, vai maú longe do que elãa pa-
recem indicai'- A relação lógica entre o pensamento e a cxpreasão e os drcuna-
lãncios extrlnsecBS peimicirão verificai se a nonna contém BJgo de maü ou de 
menos do que paiecc exprimir, indicando M se deve restringir ou aqvUar o 
íeniido ou o alcance do preceito- Logo. na apUcação ampla ou n a r i t a d a a v -
ma deve-se considerar o fím por da colimado e oa va lora jurklíco^odaia que 
influiram em sua génoe c condicionam sua aplicabilidade^, 
H á h ipõion em que a jurisia. ou o ^Ucador. deve lançar mão da mter-
pretoçâo extensiva para compktor uma oorma., ao admitir q i ^ da abrange cer-
tos faios-ripos, impÍLcitamente- Com Í H O , ultrapassa o núdeo do senado nor-
maiivo, avançando acé o sentido liieTal possível da norma. A inierproação ex-
tensiva desenvolve-se em tomo de um preceito normativo, para nele com-
preender casos que não csião expressos em &ua letra» mas que nela se encon-
tram, viriuahnence, induidos, confenndc]. assnn. á norma o mau anqiJo raio 
de ação possível, todavia sempre dentro de seu sentido literal. Mão se aciescen-
la coisa alguma, mas se da ás palavras comidas nc< dispo^íiivu normadvoo seu 
significado, Conclul-sc lão-someule que o alcance da lei è mais amplo do que 
jjvbcani scusrennos- Aose intcrju^eiar. p. ex . a norma proprietário tem di-
reito de pedir o prédio para seu uso", constante da Lei do Inqutlinaio. deve-oe 
incluir o usufruluário enire os que podem pedir o prédio para uso próprio, 
porque a finalidade do preceito t beneficiar os que : é m sobre a coisa um direi-
to real- O falo J á esta comido na norma, mas as suas palavras não o alcança-
ram. É um meio de reintegração do sentido l i l o a l contido na norma, estabãe-
cendo apenas as legitimas fronteiras do texto normativo, que é distendido so-
mente para compreender a complexidade da ituiéria que lhe cabe regulamen-
Ma. M i j u d R u i c . fJftei/Nv/fnunúJ-er, c i l . . p.We 2S9. 
M9- L'iniffprHaõo»e dH/o Ifggr. M., p. 
350. Qukrt Moiiimilitnú,//(mifvi4i>l^,cir-,p. 2LI ;PisQuak Fiore.Dtíiednçosrvom, cit., 
r . 2, p. 965; Joiicn Bonnccue, L'ècíAe dt Vexeiéò et droli ctud. 1919, p. 82.

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