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Tuberculose: Transmissão e Primo-Infecção

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Tuberculose 
Fisioterapia Respiratória 
Introdução 
• Doença milenar, encontrados esqueletos com lesões 
ósseas compatíveis com tuberculose datados com 5000 
anos a.C. 
 
• Múmias incas com DNA do bacilo da tuberculose com 
idade de 1100 anos a.C. 
 
• Bacilo Mycobacterium tuberculosis descoberto em 1882 
por Robert Koch. 
 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 2 
Introdução 
• A partir de 1940 com a descoberta de drogas no 
combate da tuberculose, houve uma diminuição na 
incidência da doença a nível mundial. 
 
• Na década de 1980 porém, ocorreu novo aumento dos 
casos mundiais devido principalmente ao afrouxamento 
dos programas de controle, epidemia do HIV, 
crescimento de cepas resistentes às drogas e ao 
aumento da miséria. 
 
• Atualmente o Brasil e mais 22 países reunem 80% dos 
casos de TB notificados no mundo. 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 3 
Introdução 
• A tuberculose é mais comum nas áreas do mundo onde 
há muita pobreza, promiscuidade, desnutrição, má 
condição de higiene e uma saúde pública deficitária. 
 
• Atualmente o Brasil (16ºlugar) e mais 22 países (entre 
eles, Índia, China, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, 
Paquistão, Filipinas, Congo e Rússia) reunem 80% dos 
casos de TB notificados no mundo. 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 4 
Transmissão 
• De forma inter-humana por via aérea. 
 
• Tuberculoso expele pela tosse, fala e espirro entre 
outros, gotículas contaminadas com bacilos. 
 
• Estas gotículas podem disseminar, evaporar e depositar-
se no solo, móveis e ser inaladas por circulantes. 
 
• Quando ressecadas mantém bacilos vivos por alguns 
dias se não houver incidência de luz solar. Podendo ser 
espalhados pelo ar, ao varrer ou espanar e também ser 
inaladas. 
5 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Transmissão 
• Um paciente com lesões escavadas nos pulmões expele 
enorme quantidade de bacilos. 
 
• Uma lesão de 2cm pode conter 10 bilhões de germes. 
 
• O doente com escarro positivo é muito contagiante e os 
com escarro negativo, mesmo que com cultura positiva, 
são pouco contagiosos. 
6 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Transmissão 
• A pessoa sadia inala a micobactéria que aos alvéolos. 
 
• Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá 
na zona de implantação, o que chamamos de primo-
infecção. 
 
• A partir dos alvéolos, pode invadir a corrente linfática e 
alcançar os gânglios (linfonodos) espalhando e se 
alojando em vários locais do corpo. 
7 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Transmissão 
• Após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, 
quatro situações podem ocorrer: 
 
1. O sistema imunológico elimina o bacilo; 
 
2. A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença; 
 
3. A tuberculose se desenvolve, causando a doença – 
chamada de tuberculose primária; 
 
4. A ativação da doença vários anos depois – chamada de 
tuberculose pós-primária (por reativação endógena). 
 
8 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Primo-infecção 
• A primo-infecção seria o primeiro contato com o agente 
infeccioso. 
 
• É mais comum na infância e na adolescência, embora 
possa ocorrer em qualquer idade. 
 
• Ao alcançar o espaço alveolar, os bacilos da tuberculose 
são inicialmente fagocitados pelos macrófagos locais. 
 
9 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Primo-infecção 
• Quando os macrófagos são incapazes de destruir ou 
mesmo inativar o bacilo, eles se proliferam livremente no 
seu interior. 
 
 
 
 
 
• Ao acumular um grande número de bacilos, a célula se 
rompe e morre, liberando-os para infectar outros 
macrófagos. 
 
10 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Primo-infecção 
• Neste momento, novos fagócitos são atraídos para o 
local, desenvolvendo-se um pequeno foco pneumônico 
(imperceptível na radiografia), cujo número de bacilos 
pode ultrapassar 100 mil. 
 
• Os bacilos são drenados para os linfonodos hilares e 
mediastinais satélites, onde continuam se proliferando 
no interior de macrófagos atingindo a corrente 
sanguínea, sendo então semeados para diversos órgãos 
e sistemas, onde também começam a se proliferar. 
 
11 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
• Após 3-8 semanas do contato, a imunidade celular já se 
desenvolveu plenamente, permitindo haver um 
mecanismo eficaz de defesa contra o bacilo. 
 
• Os linfócitos T helper CD4+ específicos para os 
antígenos bacilares se proliferam ('memória 
imunológica') e tornam-se capazes de ativar os 
macrófagos, pela liberação de interleucinas (ex.: IL-2). 
 
• Os macrófagos aumentam o seu citoplasma, alguns 
ganhando um aspecto semelhante a uma célula epitelial 
('células epitelióides'), além de multiplicar a sua 
capacidade bactericida. 
 
Primo-infecção 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 12 
• Estas células então acumulam-se em volta do foco de 
infecção primária e nos focos de disseminação linfonodal 
satélite e hematogênica. 
 
• Em 95% dos casos, a infecção tuberculosa é 
efetivamente controlada em todos estes focos, o 
paciente permanecendo absolutamente assintomático. 
 
• A reunião de macrófagos ativados circundados por um 
infiltrado de linfócitos, compõe o granuloma - tipo 
especial de reação inflamatória. 
 
 
Primo-infecção 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 13 
• No caso específico da tuberculose, no centro da reação 
granulomatosa surge uma área de necrose tipo caseosa. 
(aspecto semelhante a queijo). 
 
• 95% dos casos onde a infecção é eficazmente 
controlada, os focos granulomatosos não causam lesão 
tecidual importante e são capazes de evitar a 
proliferação do bacilo contendo a infecção. 
 
• Um número muito pequeno de bacilos permanece em 
forma latente (inativos, mas viáveis) no interior desses 
granulomas,podendo ser reativados posteriormente, 
originando a tuberculose pós-primária. 
 
Primo-infecção 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 14 
• O foco granulomatoso pulmonar aonde tudo começou é 
chamado foco primário ou nódulo de Ghon, costuma ser 
único e a sua localização é normalmente no local onde o 
bacilo inalado começou a se multiplicar. 
 
• Na maioria dos pacientes, este foco é tão pequeno que 
não é visualizado na radiografia de tórax. 
 
• Contudo, algumas vezes, pode atingir dimensões acima 
de 8mm e aparecer na radiografia como um nódulo 
pulmonar solitário. 
Primo-infecção 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 15 
• É comum a calcificação homogenea do nódulo após a 
sua cicatrização. 
 
• O foco de granuloma caseoso nos linfonodos satélites 
também pode atingir maiores dimensões, levando à 
adenopatia hilar e/ou mediastinal ipsilateral. 
 
Primo-infecção 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 16 
• Nos casos em que a resposta imunológica não controla 
a proliferação bacilar formam-se grandes áreas de 
necrose caseosa. 
 
• Estas áreas podem liquefazer-se, por ação de enzimas 
líticas liberadas pelos macrófagos podendo causar 
erosão da parede brônquica, permitindo a entrada de ar 
na cavidade, formando-se a 'caverna tuberculosa‘. 
Primo-infecção 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 17 
• É a forma de doença que se desenvolve em pacientes 
infectados pela tuberculose há mais de 3 anos sendo 
predominante nos adolescentes e adultos. 
 
• Pode ocorrer por reativação de um foco latente ou 
reinfecção - inalação de um novo inoculo bacilar. 
 
• Como a 'memória imunológica' já está desenvolvida, a 
reação granulomatosa se instala rapidamente, formandoáreas de necrose caseosa, assumindo padrão cavitário 
('caverna tuberculosa') sendo uma forma altamente 
contagiosa de tuberculose. 
TB Pós-primária 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 18 
Diagnóstico 
• Histórico médico 
• Exame físico 
• Baciloscopia de escarro 
• Radiografia do tórax 
• Culturas microbiológicas 
• Prova tuberculínica (PPD – Derivado de Proteína 
Purificado) indicada para o diagnóstico da infecção 
latente, mas também auxilia no diagnóstico da doença 
em situações especiais, como no caso de crianças com 
suspeita de tuberculose. 
19 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Diagnóstico 
• Histórico médico 
 Tosse intensa e prolongada por três ou mais semanas; 
 Dor torácica, hemoptise e cansaço fácil; 
 Febres, calafrios e suor noturno; 
 Perda de apetite e peso; 
 Exposição anterior à tuberculose, na forma de infecção 
ou doença; 
 Tratamento anterior de TB; 
 Fatores de risco demográficos para a TB; 
 Condições médicas que aumentem o risco de infecção 
por tuberculoses, tais como a infecção por HIV. 
 
20 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Diagnóstico 
• Baciloscopia 
 Exame realizado com o escarro sendo necessárias duas 
amostras. Uma deve ser colhida no momento da 
identificação do sintoma respiratório e a outra na manhã 
do dia seguinte. 
 Encontra-se BAAR (Bacilo Álcool-Ácido Resistente – não 
ocorre descoloração do bacilo sendo visualizado após 
corante de azul de metileno ao fundo) 
21 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Diagnóstico 
• Radiografia torácica 
 Infiltrações ou consolidações e/ou cavidades com ou 
sem linfadenopatia mediastinal ou hilar. 
22 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Radiografia - TB Miliar 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 23 
Diagnóstico 
• Prova Tuberculínica 
 Tuberculina é uma substância produzida pelo M. 
Tuberculosis, sendo o PPD a substância purificada em 
laboratório. 
 
 Aplica-se a substância no tecido intradérmico na região 
anterior do antebraço. 
 
 No local forma-se um pápula, sendo feita a leitura após 
48 a 72h, medindo-se o diâmetro da enduração. 
24 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 25 
• Prova Tuberculina 
 Até 4mm = Não reator (não infectado pelo M. 
tuberculosis) 
 
 5 a 9mm = Reator fraco (infectado por micobactérias 
atípicas, vacinados com BCG ou infectados pelo M. 
tuberculosis) 
 
 + de 10mm = Reatores fortes (infectados pelo M. 
tuberculosis e vacinados com BCG) 
Diagnóstico 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 26 
Sinais e Sintomas 
 Tosse intensa e prolongada por três ou mais semanas 
com produção de escarro; 
 
 Dor torácica, 
 
 Cansaço fácil; 
 
 Febres, calafrios e suor noturno; 
 
 Perda de apetite e peso; 
 
 Hemoptise em casos avançados. 
27 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Tratamento 
• Combinação de três drogas diferentes: pirazinamida, 
isoniazida e rifamicina. Durante dois meses, o paciente 
toma os três medicamentos e, a partir do terceiro mês, 
toma só isoniazida e rifampicina até completar seis 
meses. 
 
• Já se tentou reduzir para quatro meses, mas a taxa de 
recidiva foi muito grande. 
 
• Para facilitar a adesão dos pacientes pode-se prescrever 
doses mais altas para serem tomadas apenas dois dias 
na semana. 
 
28 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Vacinação 
• BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), vacina anti-
tuberculosa preparada com uma subcepa derivada do 
Mycobacterium bovis, atenuada por repicagens 
sucessivas. 
• Vários estudos evidenciam que, em crianças, a 
aplicação da BCG diminui a incidência de formas graves 
de tuberculose (redução de 85%), como a meningite 
tuberculosa e a tuberculose miliar, formas que 
predominam nas crianças < 4 anos e nos 
imunodeprimidos. Entretanto, a utilização da vacina não 
acarreta numa redução do número total de casos de 
tuberculose. 
29 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Vacinação 
• A reação esperada ao BCG é a formação de uma lesão 
no local da aplicação. 
 
• Em torno da 2a semana, palpa-se uma zona endurecida 
medindo 3-9mm. Da 5a a 8a semana, o centro dessa 
lesão amolece, formando uma crosta. Quando essa 
crosta cai, deixa em seu local uma úlcera de cerca de 2-
6mm de diâmetro, que se cura lentamente, entre 8a e 
13a semana, deixando como resultado uma cicatriz 
plana, com diâmetro de 3-7mm. 
30 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 31 
• TB Pleural 
 Acomete a pleura, possui além dos sintomas já citados, 
a dor torácica unilateral e dispnéia, causado pelo 
aparecimento de derrame pleural. 
 
• TB Ganglionar 
 Manifestação comum nos pacientes soropositivos 
infectados pelo bacilo de Koch. O quadro típico é de 
aumento dos linfonodos na região do pescoço. No início, 
os gânglios têm crescimento lento e são indolores; 
depois, aumentam de volume e tendem a se agrupar, 
podendo criar fístulas cutâneas. 
 
Outros tipos de tuberculose 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 32 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 33 
• TB Óssea 
 Envolve a coluna vertebral, causando destruição das 
vértebras, também é chamada de "Mal de Pott". 
 
 A doença progride lentamente com sintomas de dor 
leve/moderada nas costas que piora progressivamente. 
 
 Conforme a vértebra vai sendo destruída, a medula 
pode ser acometida causando intensa dor e alterações 
neurológicas, incluindo até paralisia dos membros. 
 
 
 
Outros tipos de tuberculose 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 34 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 35 
• TB Urinária 
 Cursa com sintomas semelhantes à infecção urinária, 
porém sem resposta aos antibióticos e com urocultura 
negativa. 
 Se não tratada a tempo, pode levar a deformidades do 
sistema urinário e insuficiência renal terminal. 
 
• TB Cerebral 
 É a forma mais grave de TB, podendo evoluir como uma 
meningite tuberculosa ou com a formação de 
tuberculomas cerebrais, espécies de tumores no sistema 
nervoso. 
 
 
 
Outros tipos de tuberculose 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 36 
• Ainda existem a tuberculose ocular, intestinal, da pele, 
do coração, do peritônio, entre outros. 
 
 
 
 
 
 
Outros tipos de tuberculose 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 37 
Cuidados no atendimento 
• Utilizar máscara N-95 (“Bico de pato”) 
 
38 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
Cuidados no atendimento 
39 28 de março de 2016 Tema da Apresentação 
• Higiene brônquica 
 
• Reexpansão pulmonar 
Fisioterapia 
28 de março de 2016 Tema da Apresentação 40

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