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(20170313144255)REVISÃO CRIMINAL ALUNO 2017

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UNIVERSIDADE DE CUIABÁ – FACULDADE DE DIREITO - PROCESSO PENAL II - 6º TERMO
Prof. Jorge Godoy
REVISÃO CRIMINAL
PREVISÃO LEGAL: Art. 621/631 do CPP.
FINALIDADE: corrigir uma injustiça causada por um erro do judiciário.
PRESSUPOSTOS: A) Existência de uma sentença condenatória, B) trânsito em julgado da decisão.
PRAZO: não existe em qualquer tempo ela é cabível (em tese). Antes ou depois do cumprimento da pena. Também é possível interpor depois da morte do sujeito.
HIPÓTESE: elencadas no artigo 621 do CPP. O autor da Revisão tem que afirmar na inicial uma das hipóteses legais de cabimento, sob pena de carência de ação. (teoria da afirmação ou assenção).
ENDEREÇAMENTO: Ao Presidente do Tribunal competente. (Jamais a um Juiz de 1º grau. Quanto aos juizados há polêmica sobre o tema, visto que a sentença que impõem pena alternativa não é condenatória).
NÃO CABE REVISÃO CRIMINAL:
1) para simples reexame de provas;
2) para alterar o fundamento da condenação.
COMPETÊNCIA PARA JULGAR: São originais dos Tribunais.
QUEM JULGA: É um grupo de Câmaras.
LEGITIMIDADE: O réu (pessoalmente), procurador (com poderes especiais), MP (polêmico), mas pode ingressar, pois age como custos legis. A vítima não pode habilitar-se. Em se tratando de réu morto, o cônjuge, companheiro (a), ascendente, descendente ou irmão. O MP funciona na revisão criminal como custos legis.
DECISÕES POSSÍVEIS: A) desclassificação da infração e imposição de pena menor. B) absolvição do réu (todos os seus direitos são restabelecidos automaticamente). C) modificação da pena para melhor. D) anulação do processo.
ASPECTOS PROCEDIMENTAIS:
Réu solto não precisa se recolher à prisão para ingressar com revisão criminal (súmula 393 STF).
Cabe o réu provar mediante certidão o trânsito em julgado da sentença.
O autor tem que provar o que alegou.
A revisão não tem efeito suspensivo.
Não há reformatio in pejus em hipótese alguma.
Pode ser deferido em favor do réu decisão favorável indistintamente do pedido feito pelo réu na revisão.
Quando o réu é condenado por erro judiciário, tem direito a uma indenização civil. Pode interpor uma ação autônoma ou pode pedir na própria petição da revisão (art. 630, CPP). O Tribunal reconhecendo o direito à indenização não fixa o quantum, cabendo ao réu antes de executar a decisão, liquidá-la.
Mesmo sendo ação penal de natureza privada, se constatado erro judiciário, cabe indenização. (§ 2º do art. 630, CPP foi revogada pela CF/88 art. 5º, inciso LXXV).
Se o réu concorreu para a sentença injusta (ex: fez auto-acusação), não terá direito à indenização.
A indenização não ofende coisa julgada (porque a revisão criminal a desfaz).
A revisão criminal não ofende a soberania do júri.
Sentença estrangeira, depois de homologada pelo STJ (EC nº. 45/2004) não admite revisão criminal.
Havendo várias condenações, deverá ter vários pedidos.
Com relação ao abolitio criminis e anistia, não cabe revisão, pois ela apaga os efeitos penais.
Cabe efeito extensivo (art. 580, CPP) da decisão para auxiliar corréu desde que a motivação não seja pessoal (prescrição de menoridade).
Havendo empate na decisão da revisão criminal, prevalece a mais favorável ao réu. (art. 615, § 1º do CPP).
OBS.: 
1) Se o pedido for indeferido liminarmente, pelo presidente ou pelo relator, cabe Agravo Inominado (art. 625, § 3º do CPP).
2) Se o mérito for julgado improcedente, cabe Recurso Especial ou Extraordinário.
“Ele (DEUS) ama a justiça e o juízo” (Sal. 33:05).

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