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Centro Universitário Estácio de Sá
Desenvolvimento Infantil
 Professora Patricia Carraro
 Aluna Danielle P. da C. Dal Bem 
 
 Ribeirão Preto –SP
 De acordo com Piaget, o indivíduo (a criança) aprende construindo e reconstruindo o seu pensamento, através da assimilação e acomodação das suas estruturas. Esta construção do pensamento, Piaget chamou de estágios: Estágio sensório – motor, Estágio Simbólico e Estágio Conceptual.
 Segundo Piaget no Estágio sensório-motor, que vai do zero até os 2 anos de idade, é onde se inicia o desenvolvimento das coordenações motoras, a criança aprende a diferenciar os objetos do próprio corpo e os pensamentos das crianças está vinculado ao concreto.
 Já no Estágio simbólico, que é dos 2 até por volta dos 7 anos, o pensamento da criança está centrado nela mesma, é um pensamento egocêntrico. E é nesta fase que se apresenta a linguagem, como socialização da criança, que se dá através da fala, dos desenhos e das dramatizações.
 No Estágio Conceptual, que é dos 7 até por volta dos 11, a criança continua bastante egocêntrica, ainda tem dificuldade de se colocar no lugar do outro. E a predominância do pensamento está vinculado mais acomodações do que as assimilações.
 No último Estágio que é o das Operações Formais que vai por volta dos 11 anos até a vida adulta, é uma fase de transição, de criar ideias e hipóteses do pensamento. A linguagem tem um papel fundamental para se comunicar.
 Os trabalhos de Freud, no início do século XX, são um ponto de partida para o estudo científico da sexualidade humana. É o começo de um caminho teórico e científico na busca da compreensão e da apreensão da sexualidade humana. É uma contribuição importante a constatação, de Freud, da existência da sexualidade infantil. 
 Ao estudar o desenvolvimento sexual infantil, Freud (1905) mostrou grande interesse nos genitais e em sua atividade. Dividiu o desenvolvimento infantil em fases, nas quais observava a supremacia de uma zona erógena (região do corpo que sob determinados tipos de estimulação provoca uma sensação prazerosa). 
 As fases pré-genitais são três: fase oral, na qual a atividade sexual está ligada diretamente à nutrição. Ocorre do nascimento até aproximadamente um ano e meio. Ao nascer, a criança reconhece a boca como o órgão mais sensorial, é através dela que o bebê começará a reconhecer o mundo. O seu primeiro objeto de ligação afetiva é o seio. A zona de erotização é a boca. A fase anal ocorre por volta do segundo ano de vida. É a etapa de maturação do controle muscular da criança, aqui ela começa a desenvolver sua organização psicomotora. Ou seja, falar, andar e o controle esfincteriano. A zona de erotização é o ânus. Sua ligação afetiva se dá com o produto, com o valor simbólico das fezes, promovendo mecanismos psicológicos ligados à projeção e ao controle. A fase fálica ocorre por volta dos três anos. É quando se dá a descoberta e preocupação na diferença entre meninos e meninas. Aqui a zona de erotização são os genitais. Esta fase promoverá as organizações psicológicas de masculino e feminino e organizam-se, também, os modelos relacionais entre homens e mulheres. É a fase que ocorre o Complexo de Édipo e o Complexo de Castração (Freud, 1923). 
 Após a resolução destes complexos, temos o período de latência, que é o período de sublimação, ou seja, da canalização da libido para o desenvolvimento social. Sendo seguida pela fase genital, na qual a zona sexual principal do homem é o pênis (falo), e na mulher duas zonas sexuais principais, a vagina e o clitóris. A mulher atinge sua maturidade quando direciona sua genitalidade exclusivamente para a vagina. Neste período, o indivíduo atinge o pleno desenvolvimento do adulto normal, pois já ocorreram as adaptações biológicas e psicológicas, já houve discriminação do papel sexual e o desenvolvimento intelectual e social. 
 Freud, então, deu ênfase nos seis primeiros anos de vida da pessoa por acreditar que os adultos são determinados pelas experiências da infância. E o evento mais importante é o com plexo de Édipo, que ocorre na fase fálica. 
 O Complexo de Édipo é fator básico da personalidade humana, pois promove a estruturação da identidade sexual. É um conflito que envolve três personagens, o pai, a mãe e a criança. No menino, seu primeiro objeto de amor é a mãe, que cuida e ama, e continua sendo o objeto de luta pelo amor em rivalidade com o pai. Neste conflito há um superinvestimento da posse do pênis e a angústia da castração. O fim do Complexo de Édipo no menino se dá pela ideia de castração, pois a ausência de pênis no outro, na mulher, se dá por algo errado que se fez. Na menina, seu primeiro objeto de amor é, também, a mãe, mas ela tem de fazer a troca da mãe pelo pai, tem de desligar-se da mãe. A percepção de não ter um pênis dá início ao Complexo de Édipo feminino. A vagina é ignorada, sendo atividade sexual (masturbação) clitoridiana; ou seja, estimulação do pênis diminuído. A angústia de castração da menina se dá pela inveja do pênis, aquele que foi perdido. Assim, o desenvolvimento da menina é marcado pela descoberta de ser castrada. Neste caso, o complexo de castração é preparador para o complexo de Édipo feminino. Sendo a mãe a agente da perda, a menina busca pelo pai enquanto objeto de amor, substituindo o desejo de ter um pênis pelo desejo de ser mãe. Segundo Freud, a mulher se dá conta da superioridade masculina e de sua própria inferioridade, quando na menina ocorre a descoberta da possibilidade de castração, o complexo de castração (Freud, 1924a). 
 Ao continuar seus estudos, Freud, em seu texto Dissolução do Complexo de Édipo (1924b), nos relata que o complexo de Édipo oferece à criança a possibilidade de satisfação ativa ou de satisfação passiva. Em outras palavras, a criança pode se portar à maneira masculina ou feminina. Porém, com o complexo de castração, a mulher fica predefinida à condição feminina, de maneira a preparar a menina para seus papéis posteriores de mãe e esposa, os desejos de ter um pênis e posteriormente um filho ajudam, também, nesta preparação de menina para mulher. 
 Dessa forma, na leitura dos textos de Freud sobre sexualidade, é observado que ele parte do desenvolvimento da sexualidade infantil, acabando por repensar a sexualidade feminina a partir da masculina, chegando ao pensamento da mulher e suas especificidades. Sabe-se, então, que ao se deparar com uma pessoa, a primeira distinção simplista que fazemos é se é homem ou mulher, a anatomia é o primeiro referencial. Porém, a masculinidade e a feminilidade vão além da questão anatômica. A pessoa, sendo homem ou mulher, pode se comportar em variadas situações de modo mais masculino e/ou mais feminino.
 Baseado na psicologia freudiana, Erik Erikson desenvolveu um estudo sobre o desenvolvimento humano. Erikson foi além da puberdade, pois acreditava que as experiências da idade adulta também determinam a personalidade. Para Erikson, o foco do desenvolvimento do ego é mais do que o resultado de desejos intrapsíquicos, é também uma questão de regulagem mútua entre a criança em crescimento, a cultura e as tradições da sociedade.
 Sendo assim, a mais importante contribuição de Erikson é ter formado uma teoria do desenvolvimento que cobre todo o ciclo vital desde a primeira infância até a velhice e senescência (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997). Descreveu os seguintes estágios do desenvolvimento humano:
Estágio 1: “Confiança Básica versus Desconfiança Básica” (do nascimento até cerca de 1 ano).
 Coincide com o desenvolvimento oral em Freud, no qual a boca é a zona mais sensível do corpo. O bebê procura preencher suas necessidades, localizando omamilo, sugando-o e ingerindo outros alimentos. A mãe induz confiança atendendo assiduamente a essas necessidades, deste modo prepara o terreno para futuras expectativas acerca do mundo. Esta interação permite ao bebê desenvolver um sentimento de confiança de que suas necessidades serão satisfeitas ou, se a mãe não foi atenta e carinhosa, de que não irá obter o que precisa, tornando-se desconfiado. Entretanto, se a confiança básica é forte, a criança desenvolve a virtude esperança solucionando sua primeira crise (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Estágio 2: “Autonomia versus Vergonha e Dúvida” (de 1 a 3 anos, aproximadamente).
 Neste estágio, os bebês adquirem um sentimento de que são separados dos outros. A autonomia permite o domínio sobre si mesmo e sobre seus impulsos. Coincidindo com o estágio anal em Freud, a criança tem a opção de reter ou liberar as fezes, ambos os comportamentos têm um efeito sobre a mãe. Ao permitir que a criança funcione com alguma autonomia, sem superprotegê-la, ela adquire autoconfiança e sente que consegue controlar a si mesma e ao mundo ao seu redor. Porém, se a criança é punida por ser autônoma ou é excessivamente controlada, sente-se irada e envergonhada. Ao equilibrar esta crise, a criança desenvolve a virtude da vontade (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Estágio 3: “Iniciativa versus culpa” (dos 3 aos 5 anos). Este estágio corresponde à fase fálico-edípica de Freud.
 O reforço à iniciativa depende de quanta liberdade física as crianças recebem e do quanto sua curiosidade intelectual é satisfeita. Conflitos sobre a iniciativa podem impedir que as crianças em desenvolvimento experimentem todo o seu potencial e podem interferir em seu senso de ambição, que se desenvolve neste estágio. Ao final deste estágio, a consciência (superego) da criança é estabelecida. 
 A criança aprende não apenas que existem limites para seu repertório de comportamentos, mas também que os impulsos agressivos podem ser expressos de formas construtivas, tais como na competição saudável, em jogos e no uso de brinquedos. Punições excessivas podem restringir a imaginação e iniciativa da criança. Se bem resolvida esta fase, desenvolve as virtudes responsabilidade, confiabilidade e autodisciplina (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Estágio 4: “Indústria versus Inferioridade” (6 ao 11 anos).
 Equivale ao período de latência em Freud. É também o período da idade escolar, quando a criança começa a participar de um programa organizado de aprendizagem. O principal ponto deste estágio é a indústria ou capacidade de trabalhar e adquirir habilidades adultas. A criança aprende que é capaz de fazer coisas, de dominar e realizar uma tarefa. 
Em contrapartida há um senso de inadequação e inferioridade, o potencial negativo deste estágio, que pode advir de pais e professores que não encorajam as crianças a valorizarem sua produtividade e perseverarem em um empreendimento difícil. Como valorizava as situações sociais, Erikson acreditava que um ambiente escolar que deprecia ou desencoraja a criança, pode diminuir sua autoestima mesmo que os pais em casa recompensem sua produtividade. Superando esta crise, a criança desenvolve a virtude da habilidade (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Estágio 5: “Identidade versus Difusão de papéis” (dos 11 ao final da adolescência).
 A principal tarefa deste período é desenvolver o senso de identidade, no entanto, esta fase coincide com a puberdade e a adolescência. As características que estabelecem quem é o indivíduo e para onde está indo, definem a identidade. Sendo que a identidade saudável é construída a partir da passagem bem-sucedida pelos estágios anteriores. O adolescente pode fazer vários “falsos começos” onde seus valores podem mudar, porém, um sistema ético é por fim consolidado em uma moldura organizacional coerente. Ao final deste estágio é desenvolvida a virtude da fidelidade (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Estágio 6: “Identidade versus autoabsorção ou isolamento” (dos 21 aos 40 anos).
 Neste estágio, o adulto procura intimidade, que é o transcender a exclusividade das dependências anteriores e estabelecer uma reciprocidade por meio de relacionamentos sexuais, amizades e todas as associações profundas, consequentemente desenvolve a virtude do amor se tiver com sua crise de identidade resolvida. Sem uma companhia, o indivíduo pode se tornar muito pensativo sobre seus próprios problemas, deixando crescer em si um senso de isolamento que pode atingir proporções perigosas (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
Estágio 7: “Geratividade versus estagnação” (dos 40 aos 65 anos).
 Geratividade não é somente o gerar filhos, mas também envolve o fato de criar e orientar as gerações seguintes, desenvolvendo assim a virtude do cuidado. Para isso, é necessário que os pais tenham adquirido identidades próprias e bem-sucedidas. Do contrário, são adultos que não possuem interesse em guiar as gerações seguintes e optam pelo estado estéril, estagnando-se pela incapacidade de transcender e falta de criatividade (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997). 
 É comum verificarmos, na prática clínica, alguns “falsos adolescentes” de 40 ou 50 anos, que ainda dependem econômica e afetivamente de seus pais.
Estágio 8: “Integridade versus desespero” (terceira idade).
 Este estágio é descrito como o conflito entre a integridade e o desespero, sendo o primeiro um senso de satisfação ao se refletir sobre uma vida produtivamente vivida, e possibilitando ao idoso aceitar a própria vida, permitindo aceitação da morte e desenvolvendo, assim, a virtude da sabedoria. O seguinte refere-se ao senso de que a vida teve pouco valor, recaindo o desespero e o desgosto pela incapacidade de revivê-la (KAPLAN, SADOCK & GREBB, 1997).
 Uma grande contribuição de Erikson é podermos compreender o desenvolvimento do ser humano em todos os ciclos de sua vida. Compreendendo o que, teoricamente, seria normal, o que facilitaria o reconhecimento do anormal e do patológico. Este último envolveria os fatores prejudiciais à pessoa e/ou a outrem, nos aspectos físicos, psicológicos, sociais, ambientais, culturais, históricos e/ou espirituais.
Referências Bibliográficas: 
Meylan L. e Bovet P.. Educar para o Futuro. Trad. Rui B. Dias. Rio de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, 1974. 110 p.
Piaget. J. A Vida e o Pensamento do Ponto de Vista da Psicologia Experimental e da Epistemologia Genética. In.: Piaget. Rio de Janeiro: Forense Universitária.
Piaget. J. A Epistemologia Genética. Trad. Nathanael C. Caixeira. Petrópolis: Vozes, 1971. 110p
Kupfer, M.C. (1989). Freud e a Educação: o Mestre do Impossível. São Paulo: Scipione.
Enderle, C. Psicologia do desenvolvimento. O processo evolutivo da criança. Porto Alegre: Artes Médicas, 2a , 1987.

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