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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ UNIDADE MACAÉ APOSTILA DE FÍSICA EXPERIMENTAL I PROF. ROBSON FLORENTINO robflorentino@gmail.com Aluno: _______________________________ Matrícula: _____________________ Turma: _______ Ano/Semestre: ___________ O conteúdo desta apostila destina-se gratuitamente às aulas de laboratório e seu conteúdo foi preparado e revisado pelo professor Robson Florentino e deverá somente ser usado em suas aulas. Qualquer aluno, matriculado nesta disciplina, poderá baixar e manter seu caderno e assume a responsabilidade pelo mesmo e se compromete a não comercializá-lo sem a prévia autorização do autor. O material possui informações, dados, declarações, recomendações e informações provenientes de pesquisas e experimentos previamente testados e analisados para os laboratórios e equipamentos da Estácio – Unidade Macaé, o que poderá ser aplicado e não ocorrer o funcionamento adequado se utilizados por outros usuários e/ou equipamentos. Conteúdo: O Caderno de Laboratório Exemplo de relatório 00_Construção de gráficos 01_atividade_experimental_I_Incertezas em medidas experimentais 02_Atividade_experimenta_II_Movimento retilíneo e uniforme 03_atividade_experiemntal_III_Encontro de dois móveis 04_Atividade_experimental_IV_Aceleração da gravidade 05_atividade_experimental_V_Colchão de ar linear 06_Atividade_experimental_VI_QuedaLivre 07_Atividade_experimental_VII_Mesa de forças 08_Atividade_experimental_VIII_COMPOSIÇÃO DE FORÇAS - PESO NO PLANO INCLINADO 09_Atividade_experimental_XI_Determinação do coeficiente de atrito 10_Atividade_experimental_X_COMPOSIÇÃO DE FORÇAS - PESO EM ROLDANAS FÍSICA EXPERIMENTAL Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com Caderno de Laboratório Cada estudante deverá manter um Caderno de Laboratório, no qual anotará os dados, procedimentos e demais informações relevantes à realização de cada experiência. Não se trata somente de um caderno de relatórios, este deverá ser montado e mantido como caderno da disciplina e será cobrado a qualquer momento das atividades experimentais. As anotações devem ser feitas durante a realização do experimento para garantir a objetividade e a fidelidade. Não é simples definir a priori o que é "relevante ao experimento". Uma maneira de avaliar a relevância de uma informação é imaginar que se você usar o Caderno daqui a alguns meses (isto vai acontecer realmente, nas provas, exames e demais experimentos) ou mesmo anos, a informação contida no Caderno deve lhe permitir repetir a experiência sem dificuldade, entendendo do anotado no Caderno o que foi feito e quais foram os resultados e as conclusões. Em algumas disciplinas o Caderno poderá ser consultado durante as provas, por isso é fundamental que a informação seja concisa e bem organizada. É expressamente proibido realizar cópia de dados do caderno de outros alunos. No caso de trabalhos em grupo, cada aluno é responsável pelo registro dos dados em seu Caderno. Ele poderá copiar figuras e tabelas de livros e apostilas indicando claramente a fonte. Se o aluno estiver ausente em algum dia, ele deverá realizar o experimento correspondente em outro dia (verifique o horário disponível do laboratório). É muito desejável que seja um caderno grande (formato A4) e que após cada experimento, o aluno deixe uma folha em branco reservada para cálculos e anotações relevantes. Todo aluno deve possuir um bloco de papel milimetrado para que possam ser realizados os gráficos. No mínimo, para cada experimento o Caderno de Laboratório, assim como os relatórios devem sempre conter: 1. Título do experimento, data de realização, disciplina, turma e colaboradores; 2. Objetivos do experimento; 3. Roteiro dos procedimentos experimentais; 4. Esquema do aparato utilizado; 5. Descrição dos principais instrumentos (com desenho e devidas referências); 6. Dados medidos; 7. Cálculos; 8. Tabelas e Gráficos; 9. Resultados e conclusões. O formato de apresentação destes 9 itens não é rígido. O mais indicado é usar um formato seqüencial, anotando-se à medida que o experimento evolui. No Caderno de Laboratório também se anotam as observações que podem ser úteis na continuação de um experimento, ou lembretes de coisas que você deve providenciar (do tipo: "passar na biblioteca para verificar uma referência", ou "lembrar de zerar o micrômetro antes de começar a medir" ou ainda: "perguntar ao professor porque a faísca falha às vezes", ...) Fonte: G.L. Squires, "Practical Physics" (Cambridge University Press, 1991), capítulo 10, pp. 139- 146; e D.W. Preston, "Experiments in Physics" (John W iley & Sons, 1985), pp. 2-3. Universidade Estácio de Sá Física Experimental I – Prof. Robson Florentino robflorentino@gmail.com Gráficos Para que serve um gráfico em Física? O gráfico serve para visualizar o comportamento das grandezas físicas envolvidas de uma maneira fácil e rápida. Através de um gráfico podemos verificar como varia uma grandeza (por exemplo, espaço) em função de outra (por exemplo, tempo). Vamos mostrar como construir e interpretar o gráfico espaço em função do tempo como exemplo. Para construir qualquer gráfico envolvendo grandezas físicas, deve-se observar as seguintes regras: Escolha a área do papel com tamanho adequado; Colocar título e comentários _ é conveniente que uma pessoa observando o gráfico, possa entender do que se trata este gráfico, sem recorrer ao texto.; Escolha escalas adequadas para colocar os valores nos eixos. Os eixos devem ser desenhados claramente. A variável dependente geralmente estará no eixo vertical, eixo y, e a variável independente no eixo horizontal, eixo x; Coloque, de forma clara, as grandezas a serem representadas nos eixos com as suas respectivas unidades; Coloque os valores das grandezas apenas com os números necessários à leitura; não coloque valores especiais; Marque nos eixos as escalas, escolhendo divisões que resultem em fácil leitura de valores intermediários (por exemplo, divida de 2 em 2 e não de 7,7 em 7,7). Se possível, cada um dos eixos deve começar em zero; Procure traçar a melhor reta ou curva, devendo recorrer a métodos matemáticos quando os valores encontrados não estão adequados. Construção de gráficos Exemplo: Força (N) 4 9 20 26 32 Distância (cm) 2,0 4,5 10,0 13,0 16,0 Exercícios: Construa um gráfico de S = f(t), espaço em função do tempo, dada as tabelas abaixo. s(cm) 0,00 2,10 7,95 12,15 17,70 20,20 21,90 28,25 31,70 33,85 40,15 t(s) 0 1 4 6 9 10 11 14 16 17 20 FÍSICA I Atividade experimental I– Incertezas em medidas experimentais Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de: - Usar o paquímetro para medir o comprimento de objetos; - Usar uma balança para medir a massa de objetos; - Compreender que existe uma incerteza em toda medida experimental; - Estimar a incerteza de uma medida. 2 - Material necessário: - Esferas metálicas; - Paquímetro (detalhes na última página); - Balança digital. 3 – Introdução teórica: Toda medição está sujeita a incertezas que podem ser devidas ao processo de medição, aos equipamentos utilizados, à influencia de variáveis que não estão sendo medidas e, também, ao operador. Portanto, é importante expressar o resultado de uma medição de forma que outras pessoas entendam e saibam com que confiança o resultado foi obtido. Toda vez que um experimentador realiza uma medida, o resultado que ele obtém não é apenas um número. Essa medidapossui unidades, e possui também o que chamamos de incerteza da medida, ou erro da medida. Uma medida experimental determina da melhor maneira possível uma faixa de valores dentro da qual é provável que o valor exato da grandeza física se encontre. Porém, o valor exato é sempre desconhecido. A expressão que é fornecida para o resultado da medida deve indicar esse fato, e isso é feito através da determinação da incerteza experimental. A incerteza em uma medida representa, entre outras coisas, a impossibilidade de construção de equipamentos absolutamente precisos e de observadores absolutamente exatos. Um exemplo está representado na “régua” mostrada na figura abaixo: Régua Objeto de medida A régua está dividida em unidades, e o objeto está mostrado. Imaginemos, inicialmente que nosso método de medida seja absolutamente correto. Isso significa que somos excelentes medidores e - nesse caso - não nos enganamos na definição do que é o zero da medida, e que as unidades fornecidas pelo fabricante são precisas. Sendo assim, qual é, em unidades da régua, o comprimento deste objeto? Podemos afirmar “com certeza” que o valor medido está entre 4 e 5 unidades. Mais provavelmente entre 4,3 e 4,7 unidades. Isso significa que não é correto afirmar que o resultado vale 4,5 unidades. Mas podemos dizer que o resultado está entre 4,0 e 5,0 unidades e expressá-lo como 4,5±0,5 unidades. Ou talvez algo como 4,5±0,2 se tivermos muita confiança em nós mesmos e na régua apresentada. Para trabalhar essas idéias, determinaremos a densidade de um objeto medindo diretamente sua massa e seu diâmetro e usando a relação ρ = m/V (eq.1), onde: ρ = densidade de um objeto; m = massa do objeto; V = volume do objeto; A incerteza dessa densidade será determinada através da relação: δρ = m/v (δm/m)2 + (δv/v)2 (eq. 2) 4 - Procedimento experimental: - Usando o paquímetro meça o diâmetro da esfera e determine sua incerteza. Anote os valores obtidos na tabela abaixo; - Usando a balança meça a massa da esfera e determine sua incerteza. Anote os valores obtidos na tabela abaixo; - Calcule o raio da esfera; - Usando seus conhecimentos de geometria espacial e a eq.1, calcule a densidade da esfera. Anote o valor obtido na tabela abaixo; - Usando a eq. 2 calcule a incerteza da densidade e, finalmente, anote o valor obtido na tabela abaixo. Tabela Diâmetro (cm) Incerteza do diâmetro (cm) Massa(g) Incerteza da massa (g) Raio(cm) Incerteza do raio (cm) Densidade (g/cm 3 ) Incerteza da densidade (g/cm 3 ) 01 02 ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental II– Movimento retilíneo e uniforme Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de: - Caracterizar um movimento retilíneo e uniforme (MRU); - Calcular a velocidade de um móvel em MRU; - Prever a posição futura a ser ocupada por um móvel que se desloca em MRU; - Construir os gráfico da posição versus tempo e da velocidade versus tempo de um móvel em MRU. 2 - Material necessário: - Plano inclinado; - Um imã; - Cronômetro. 3 – Introdução teórica: Movimento retilíneo e uniforme é aquele em que o móvel percorre uma trajetória retilínea a sua velocidade escalar instantânea é constante e diferente de zero, de modo que o móvel sofre iguais variações de espaço em iguais intervalos de tempo. A grandeza física que indica a rapidez com que o móvel se desloca denomina-se velocidade média (vm) e é calculada pela expressão: vm = Δx/Δt em que Δx representa a variação do espaço e Δt o intervalo de tempo durante o qual Δx ocorre. Para o movimento uniforme define-se uma função horária do espaço que é expressa por: x(t)=x0+vt, em que x e x0 representam a posição final e inicial ocupadas pelo móvel, respectivamente. 4 - Procedimento experimental: - Eleve o plano 15° acima da horizontal; - Com o auxílio do ímã, posicione a esfera na marca x0 = 0 mm; - Libere a esfera, ligue o cronômetro e pare-o quando a esfera passar pela marca x1 = 100 mm. Anote na tabela 1 a posição ocupada pelo móvel e o tempo transcorrido e suas respectivas incertezas experimentais. - Repita esta operação para x2 = 200 mm, x3 = 300 mm e x4 = 400 mm, respectivamente. - Calcule a velocidade média em cada um dos percursos e complete a tabela 1. - Utilizando os valores de x e Δt da tabela 1 construa em uma folha de papel milimetrado o gráfico x versus Δt. - Utilizando os valores de v e t da tabela 1 construa em uma folha de papel milimetrado o gráfico de v versus Δt. 5 – Responda as questões seguintes: 5.1 – Qual o significado físico da inclinação da reta no gráfico x versus Δt? 5.2 - Qual o significado físico da inclinação da reta no gráfico v versus Δt? 5.3 - Qual o significado físico da área sob o gráfico de v versus Δt? 5.4 – A função horária de um MRU é: x = x0 + vt. Usando os dados da tabela 1, calcule a velocidade média da esfera e escreva a função horária do movimento que ela efetua. 5.5 – Usando a função horária obtida no item anterior, calcule a posição que irá ocupar a esfera após 10 s de movimento. 5.6 – Arraste a esfera até a posição 0mm, libere-a e, simultaneamente, ligue o cronômetro. Meça a posição da esfera em t = 10 s. Esta posição coincide, dentro das incertezas experimentais, com o valor calculado? Represente os intervalos da medida experimental e da previsão teórica sobre um seguimento de reta. Tabela 1 Posição ocupada (mm) Incerteza da posição (mm) Deslocamento (mm) Incerteza no deslocamento (mm) Intervalo de tempo (s) Incerteza no intervalo de tempo (s) Velocidade média (mm/s) Incerteza da velocidade média (mm/s) x0 = 0 δxn Δxn δΔxn Δtn δΔtn vn= Δxn / Δtn δ vn x1 = δx1= Δx1=x1-x0= δΔx1= Δt1= δΔt1= v1= δv1= x2 = δx2= Δx2=x2-x0= δΔx2= Δt1= δΔt1= v2= δv2= x3 = δx3= Δx3=x3-x0= δΔx3= Δt3= δΔt3= v3= δv3= x4 = δx4= Δx4=x4-x0= δΔx4= Δt4= δΔt4= v4= δv4= ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental III– Encontro de dois móveis em movimento retilíneo uniforme (MRU) Professor: Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de: 1.1- Calcular a velocidade de um móvel em MRU; 1.2- Escrever a função horária de um móvel em MRU; 1.3- Estabelecer um sistema de equações para o encontro de dois móveis que partem simultaneamente um de encontro ao outro, na mesma trajetória; 1.4- Resolver o sistema de equações que determina o instante e a posição de encontro de dois móveis que se cruzam na mesma trajetória; 1.5- Traçar, em um mesmo par de eixos, o gráfico da posição versus tempo para dois móveis que se cruzam; 1.6- Determinar gráfica e numericamente o instante e a posição em que se cruzam dois móveis em MRU na mesma trajetória; 2 - Material necessário: 2.1- Plano inclinado; 2.2- Um imã; 2.3- Cronômetro. 3 – Introdução teórica: Uma questão relativamente freqüente é a que solicita a determinação do local de encontro de dois móveis. O encontro ocorre quando os dois móveis estiverem na mesma posição do referencial, no mesmo instante de tempo. Em termos matemáticos isso nos leva a criar um sistema de equações com as funções horárias dos móveis. A solução deste sistema linear fornece a posição e o instante do encontro dosdois móveis. Em um gráfico posição versus tempo, as coordenadas do ponto de cruzamento das retas que representam as funções horárias dos movimentos identificam a posição e o instante em que os móveis se encontram. 4 - Procedimento experimental: 4.1- Eleve o plano 15° acima da horizontal; 4.2- Com o auxílio do ímã, posicione a esfera na marca x0 = 0 mm; 4.3- Libere a esfera, ligue o cronômetro e pare-o quando a esfera passar pela marca x = 400 mm. Anote na tabela 1 a posição ocupada pelo móvel, o tempo transcorrido e suas respectivas incertezas experimentais. (meça 5 vezes e tire a média para cada experimento para poder minimizar o erro experimental) 4.4- Calcule a velocidade média da esfera no percurso entre 0mm e 400mm. 4.5- Prepare o cronômetro e incline o conjunto (plano inclinado), fazendo com que a bolha de ar vá para a posição 400mm. Torne a apoiar o conjunto na mesa, cronometre e acompanhe o movimento da bolha até a posição 0mm. Anote os dados na tabela 1; 4.6- Para o movimento uniforme define-se uma função horária (função movimento) expressa por: x(t)=x0+vt, onde está implícito que t0=0s. Identifique os parâmetros dos movimentos da esfera e da bolha e escreva suas funções movimento; 4.7- Usando as funções movimento da esfera e da bolha calcule o instante de tempo e a posição em que elas irão se encontrar; 4.8- Utilizando os dados da tabela 1, trace em um mesmo par de eixos, em um papel milimetrado, o gráfico das funções horárias da esfera e da bolha (identifique-as). 5 – Responda as questões seguintes: 5.1 – Qual o significado físico das coordenadas do cruzamento das duas retas representativa dos movimentos? 5.2 – Sua observação experimental coincide com resultado previsto utilizando as funções movimento? Represente (no gráfico) o resultado obtido experimentalmente e a previsão obtida através das funções movimento em um mesmo segmento de reta. Compare os valores teórico com o experimental. Tabela 1 Móvel Posição ocupada x0 (mm) Incerteza da posição δxn (mm) Posição final x (mm) Incerteza na posição final δx (mm) Deslocamento Δx (mm) Incerteza no deslocamento δΔx (mm) Intervalo de tempo Δt (s) Incerteza no intervalo de tempo δΔt (s) Velocidade média v=Δx/Δt (mm/s) Incerteza da velocidade média δv (mm/s) Esfera Bolha ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental IV – Aceleração da gravidade Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Determinar experimentalmente a aceleração da gravidade usando o pêndulo simples. 2 - Material necessário: Kit de pêndulo simples Cronômetro digital Régua 3 – Introdução teórica: A aceleração da gravidade foi calculada pela primeira vez por Galileu Galilei, no século XVI. Galileu foi um grande físico italiano, o pai da física experimental, por que foi o pioneiro a usar o método experimental nos estudos dos fenômenos da natureza. Antes de Galileu, os fenômenos físicos eram apenas teóricos e se baseava apenas na experiência dos grandes filósofos, como Aristóteles. Por exemplo, Aristóteles achava que os corpos mais pesados caíam primeiro em relação aos corpos mais leves, quando ambos fossem abandonados juntos. Essa idéia durou mais de dois mil anos sem ser questionado, inclusive foi adotado com verdades universais Pela Igreja Católica. Galileu em sua famosa experiência na Torre de Pisa, mostrou que desprezando a resistência do ar, os corpos de diferentes massas caem juntos, com mesma aceleração da gravidade. A força peso P, cuja expressão é dada por: P = m.g (1) Onde m é a massa do corpo e g é a aceleração da gravidade. Na superfície da Terra esse valor corresponde a g = 9,81 m/s2. O objetivo deste experimento é encontrar este valor, usando o pêndulo simples, considerando pequenas oscilações, usando a seguinte expressão: g l T 2 (2) Onde T é o período de oscilação, l é o comprimento do barbante e ...1415,3 4 - Procedimento experimental: A- Libere o fio por cerca de 12 cm. B- Faz-se um ângulo de aproximadamente de 30º a 45º e, solta-se e ao mesmo tempo aciona-se o cronômetro. C- A cada dez oscilações, anota-se o tempo marcado pelo cronômetro. D- Repita o item anterior cinco vezes e depois registre na tabela abaixo: L=_______cm .t1 .t2 .t3 .t4 .t5 .tmédio Onde tmédio = t1+t2+t3+t4+t5/5 E- Calcule o período, fazendo T = tmédio/10; F- Na equação (2), com auxílio de ferramentas algébricas, isole “g”; G- Calcule na eq. (2) o valor para aceleração da gravidade no local; H- Compare o valor encontrado com o tabelado: g = 9,81m/s2, através do erro relativo; %10 t ext g gg g Onde gt é o valor de g teórico e gex é o valor de g obtido pelo experimento. Lembrando que só será aceito o erro nessa margem de erro, 10%. O aluno deverá justificar as principais fontes de erro neste experimento, o qual levou a encontrar este valor experimental I- Repita os itens C até H com o outro barbante, anotando na tabela abaixo: Repita todo o procedimento para um fio com cerca de 25cm e compare os resultados dos dois procedimentos. ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental V– Colchão de ar linear Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de utilizar o colchão de ar linear para determinar a aceleração média e a velocidade final do carro. 2 - Material necessário: Conjunto de colchão de ar linear: Gerador de fluxo de ar Mangueira de conexão Trilho de ar Carro Sensores fotoelétricos Cronômetro digital Bobina de travamento 3 - Procedimento experimental: 1º Monte todo o equipamento como demonstrado pelo professor. 2º Nivele o trilho para um ângulo de 5º; 3º Anexe ao carro a cerca ativadora; 4º Configure os sensores e trave o carro na bobina; Como acessar as funções e seus comandos. Trave a bobina; Escolha a função; Escolha para 2 sensores; Escolher não inserir distância; Ao aparecer (Inicie experimento) pode liberar a bobina; Escolha (ver experimento); Realize o experimento para 4 distâncias diferentes (realize 3 vezes cada para certificar-se). 5º Libere a bobina e registre os dados na tabela; Espaço (m) S0 = S1 = S2 = S3 = S4 = Tempo (s) t0 = t1 = t2 = t3 = t4 = Velocidade (m/s) v0 = v1 = v2 = v3 = v4 = 6º Utilizando a equação do espaço no M.R.U.V, calcule a aceleração do sistema para um ∆S = S4 – S0; Este valor será usado em todos os cálculos. 7º Calcule as velocidades (V1, V2, V3 e V4) com base na aceleração encontrada e nos tempos obtidos; 8º Construa os gráficos (em papel milimetrado) do espaço e da velocidade em relação ao tempo; 9º Calcule a área do gráfico “velocidade X tempo” e compare o resultado com o ponto escolhido no plano. 10º Utilizando a equação da velocidade no M.R.U.V, calcule a velocidade final do sistema para um tempo previsto de 10s; ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental VI – Queda LivreProfessor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Caracterizar o MRUV; Comparar o MRUV com o movimento de queda livre; Determinar o valor aproximado da aceleração gravitacional no local experimentado. 2 - Material necessário: Kit de queda livre Painel vertical Tripé universal Bobina Esfera Aparador Sensores fotoelétricos Cronômetro digital Prumo 3 - Procedimento experimental: 1º Monte todo o equipamento como demonstrado pelo professor, verificando seu nivelamento. 2º Nivele a posição correta dos sensores e marque o Si e Sf; 3º Configure os sensores e trave o carro na bobina; Como acessar as funções e seus comandos. Trave a bobina; Escolha a função; Escolha para 2 sensores; Escolher não inserir distância; Ao aparecer (Inicie experimento) pode liberar a bobina; Escolha (ver experimento); Realize o experimento para 6 distâncias diferentes (3 vezes para certificar-se) e anote dos dados na tabela. 4º Libere a bobina e registre os dados na tabela; Espaço (m) S0 = S1= S2= S3= S4= Sf = Tempo (s) t0 = t1 = t2 = t3 = t4 = tf = Velocidade (m/s) v0 = v1 = v2 = v3 = v4 = vf = 5º Utilizando a equação do espaço no M.R.U.V, calcule a aceleração do sistema; Use uma velocidade inicial previamente calculada pelo professor; O valor utilizado na aceleração será usado em todo o procedimento. 7º Calcule as velocidades (V1, V2, V3, V4 e Vf) com base na aceleração encontrada e nos tempos obtidos; 7º Construa os gráficos (em papel milimetrado) do espaço e da velocidade em relação ao tempo; 8º Calcule a área do gráfico “velocidade X tempo” e compare o resultado com o ponto escolhido no plano. 9º Compare o resultado da aceleração obtida com o valor tabelado (g=9,81 m/s2). Calcule sua incerteza. ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental VII – Mesa de forças Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de: - Reconhecer que força é uma grandeza vetorial; - Decompor um vetor em suas componentes; - Realizar a soma de dois ou mais vetores; 2 - Material necessário: - Painel multiuso; - Papel milimetrado; - Fita adesiva; - Linhas interligadas por uma arruela; - 3 dinamômetros; - Transferidor; 3 – Introdução teórica: A idéia de força é bastante relacionada com a experiência diária de qualquer pessoa. Sempre que puxamos ou empurramos um objeto, dizemos que estamos fazendo uma força sobre ele. Força é uma interação entre dois ou mais corpos. A força é uma grandeza vetorial, sendo assim, para defini-la de maneira inequívoca é necessário fornecer as seguintes informações a seu respeito: - Intensidade ou módulo da força. - Direção da força, isto é, a reta ao longo da qual a força atua, por exemplo: vertical, horizontal, etc. - Sentido da força, por exemplo: de baixo para cima, da direita para esquerda, do norte para o sul, etc. No Sistema Internacional de Unidades a grandeza física força é medida em newton (N). Para representar uma grandeza vetorial, como a força, usa-se um seguimento de reta orientado denominado vetor. O tamanho do vetor representa a intensidade ou módulo da força, direção da reta que passa pelo vetor indica a direção da força e a orientação da seta indica o sentido da força. Para se somar duas ou mais forças usam-se as regras da soma de vetores. 4 - Procedimento experimental: - Usando a fita adesiva fixe o papel milimetrado sobre a bancada; - Construa um plano cartesiano na folha de papel milimetrado. A origem do plano deve ficar no centro da folha; - Trace uma reta a partir da origem do plano, formando um ângulo de 30º com o eixo x. Essa reta será chamada de reta 1; - Trace uma segunda reta a partir da origem do plano, formando um ângulo de 120º com o eixo x. Essa reta será chamada de reta 2; - Trace uma terceira reta a partir da origem do plano, formando um ângulo de 250º com o eixo x. Essa reta será chamada de reta 3; - Calibre o dinamômetro; - Prenda as linhas interligadas pela arruela aos dinamômetros. Puxe cada um dos dinamômetros sobre uma das retas 1, 2 e 3, de modo que o centro da arruela coincida com a origem do plano cartesiano. O dinamômetro posicionado sobre a reta 1, mede a força 1 (F1), o dinamômetro posicionado sobre a reta 2, mede a força 2 (F2) e o dinamômetro posicionado sobre a reta 3, mede a força 3 (F3); - Faça a leitura dos dinamômetros e anote na tabela; - Calcule o valor das componentes x e y de cada uma das forças; - Calcule o somatório das componentes das forças que atuam na direção x, assim como a incerteza desse somatório. Anote os resultados na tabela; - Calcule o somatório das componentes das forças que atuam na direção y, assim como a incerteza desse somatório. Anote os resultados na tabela; - Enuncie a Primeira Lei de Newton e diga se o resultado que você obteve experimentalmente está de acordo com essa Lei. - Represente no papel milimetrado os vetores força que atuaram na arruela durante o experimento. ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental VIII – COMPOSIÇÃO DE FORÇAS - PESO NO PLANO INCLINADO Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com OBJETIVOS Mostrar a decomposição do peso em duas forças, uma paralela e a outra normal a um plano inclinado; Estabelecer as equações que fornecem as componentes do peso no plano inclinado paralela e normal a ele. Evidenciar aplicações do plano inclinado. MATERIAL Conjunto de plano inclinado; Carrinho de provas; Massas diversas; Dinamômetro. PROBLEMATIZAÇÃO Se a força peso atua sempre na direção vertical como explicar o fato de objetos escorregarem rampa abaixo? DESENVOLVIMENTO A) Prenda o dinamômetro no suporte do plano inclinado à 30º; Acople o carrinho ao dinamômetro e zere o sistema; Acrescente as massas ao carrinho e desenhe, num plano cartesiano, os vetores de forças encontradas, anotando seus valores. Discuta a questão da problematização a partir do que foi visto em A. Calcule as forças P, Py e N a partir dos dados obtidos. B) Repita os procedimentos em “A” para os ângulos de 15º e 45º. Comente as variações que ocorreram com Px e N à medida que o ângulo (α) de inclinação da rampa aumenta. Quais são os valores limites de Px e N e em que ângulos ocorrem? ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental IX– Determinação do coeficiente de atrito Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com 1 - Objetivos gerais Ao término desta atividade o aluno deverá ser capaz de utilizar o plano inclinado para: - determinar o coeficiente de atrito estático; - determinar o coeficiente de atrito cinético; - determinar as forças de atrito estático e cinético; 2 - Material necessário: - Plano inclinado; - Corpo de prova; - Dinamômetro. 3 - Procedimento experimental: 3.1 - Usando o dinamômetro determine o módulo do peso (P) do corpo de prova de madeira; 3.2 – Coloque o corpo de prova de madeira sobre o plano inclinado. A parte esponjosa do corpo de prova deve ficar voltada para baixo. Gire o manípulo do fuso de elevação contínua, inclinando o plano articulável até o ângulo de 15°; 3.3 – Faça o diagrama de forças atuantes sobre o corpo de prova; 3.4 – Justifique o motivo pelo qual o corpo de prova não desce a rampasob a ação da componente x da força peso (Px). 3.5 – Com o corpo de prova com a esponja para baixo, recoloque o plano à 0º e determine o módulo da força de atrito estático (fe) que atua no corpo de prova de madeira. 3.6 - Mantendo o corpo de prova com a esponja para baixo, eleve a rampa continuamente (sempre dando leves batidas com o dedo sobre a mesma) até começar o deslizamento. Em seguida, diminua levemente a inclinação até obter um movimento bastante vagaroso do móvel. Determine experimentalmente o ângulo (θ) em que o corpo de prova desliza com velocidade aproximadamente constante. Caso haja mais de um ângulo, determine o ângulo médio (θmédio); 3.7 - Faça um novo diagrama de forças que atuam sobre o corpo de prova durante seu deslizamento. Caso tenha obtido mais de um ângulo no item anterior, utilize o ângulo médio (θmédio); 3.8 – Usando as informações contidas no diagrama de forças construído no item 3.7, demonstre matematicamente que μc = tang (θ) ou μc = tang (θmédio). 3.9 – Calcule μc. Repita o procedimento com a parte lisa voltada para baixo. ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS FÍSICA I Atividade experimental X – COMPOSIÇÃO DE FORÇAS - PESO EM ROLDANAS Professor Robson Florentino de Lima robflorentino@gmail.com OBJETIVOS Mostrar a decomposição do peso em duas ou mais forças com auxílio de roldanas fixas e móveis. Estabelecer as equações que fornecem as componentes do peso ao serem acoplados nas roldanas. Evidenciar aplicações de roldanas. MATERIAL Conjunto de roldanas Suporte com fixador 8 massas de 50g 2 dinamômetros 1 cordão com 50cm 2 cordões com 20cm 4 roldanas com alça 1 painel de fixação ou conjunto arete II PROBLEMATIZAÇÃO Se a força peso atua sempre na direção vertical para baixo, como aplicar sua transferência num sentido oposto sem alterar a resultante inicial e como se apropriar de conceitos de divisão de forças para elevar-se maior carga com a mesma força. DESENVOLVIMENTO A) Prenda o dinamômetro no painel de fixação e pesos nele e anote o resultado; B) Com o auxílio de uma roldana fixa na parte superior do painel, inverta o sentido da força aplicada e compare o resultado; C) Com o auxílio de uma roldana móvel, meça o peso, anote e justifique o resultado; D) Agora, aumente aos poucos a quantidade de roldanas móveis, anotando os resultados e comparando com a equação de acoplamento de roldanas. E) Em cada caso, observou-se que quanto menor a força aplicada, maior será a quantidade de cordões a serem puxados. Com a equação do trabalho (W = F.d), justifique o fato. F) Use roldanas “moitão” para conseguir o mesmo efeito e discuta o resultado. ESPAÇO RESERVADO PARA CÁLCULOS
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