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TRABALHO EM GRUPO LETRAS 1˚ SEMESTRE 2015 UNIVERSIDADE PAULISTA EVERTON HENRIQUE MATOS NOVATZKI – R.A.: 1514191 GABRIELA FERNANDES ROSSI – R.A.: 1510025 MARIANA ZARATIN MURATA – R.A.: 1506837 TRABALHO EM GRUPO – TG TATUÍ 2015 TRABALHO EM GRUPO (TG) Segundo o notório estudioso Antônio Cândido, a literatura deveria constar nos direitos humanos, pois é um bem incompreensível e, como tal, se constitui em uma necessidade universal. Com base nessa proposta, em que a leitura de um texto literário contribui para o desenvolvimento humano? Primeiramente analisemos o conceito de desenvolvimento humano: Desenvolvimento humano é o processo de ampliação das liberdades das pessoas, com relação às suas capacidades e as oportunidades a seu dispor, para que elas possam escolher a vida que desejam ter. Sendo assim, ao analisarmos o conceito de desenvolvimento humano, percebemos que este não seria possível sem a leitura. A leitura como hábito diário, constrói um ser humano capaz de perceber os complexos da sociedade, forma uma pessoa mais culta, inteligente, com vocabulário rico, resumindo um ser evoluído na qualidade de informações. Quando falamos sobre textos literários, focamos apenas em textos de linguagem elaborada para causar emoções no leitor! Não tem a finalidade de informar, tem uma finalidade mais poética. O texto literário desenvolve a imaginação, a criatividade, o domínio da linguagem e auxilia o leitor a refletir sobre si e sobre o mundo. Faz com que o leitor tenha a capacidade de refletir, sentir, emocionar-se, apurar o seu senso crítico. Esse hábito de leitura literária deve começar já na infância da criança, pois a educação que inclui a leitura do texto literário proporciona, assim, uma sensibilidade ao indivíduo que possibilita o desenvolvimento contínuo de uma visão crítica. Desta forma, podemos imaginar o mundo sem a literatura como sendo pobre de palavra e rico de ignorância. Nesse sentido, Candido (2004) defende sua ideia da relação da literatura com os direitos humanos, pois a leitura do texto literário corresponderia a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo ela nos organiza, nos liberta do caos e, portanto, nos humaniza. "Negar a fruição da literatura é mutilar nossa humanidade” (CANDIDO, 2004, p.186). Além disso, a literatura nos possibilita não apenas uma visão mais ampla, mas visões múltiplas do mundo, o que é muito importante para a formação crítica humana. Assim sendo, fica atestada a importância de se rever o espaço da literatura na educação, temos que aliar a educação humanista à técnica, formando seres humanos completos, e não apenas partes de uma engrenagem. “Todos lemos a nós e ao mundo à nossa volta para vislumbrar o que somos e onde estamos. Lemos para compreender, ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, quase como respirar, é nossa função essencial" (MANGUEL, 2006). Referências CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: Vários escritos. 4ª ed. São Paulo/Rio de Janeiro: Duas Cidades/Ouro sobre Azul, 2004, p. 169-191.
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