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Aula 1 – Trauma Distribuição da morte 50% em segundos a minutos (apnéia, trauma cardíaco, aórtico) 30% - em até 1 dias (tórax, TCE, abdome, pelve) 20% - mais de 24 horas (após tto, já na UTI, por sepse, TEP) ABCDE A – colar + prancha + VA (procurar fonação) + 0² 12L/min Via artificial Quando Apnéia, proteção de VA (evita broncoaspiração), incapacidade de saturação, TCE com ECG <= 8 Tipo Definitiva: com balonete Temporária: sem balonete *IOT: usar etomidato + succinilcolina Avaliação da intubação orotraqueal: visualização, ausculta, capnografia, Rx de Tórax. Não. Se cça < 12 anos ou “no desespero”, fazer crico por punção – ela aguenta 30 a 45 minutos antes de fazer valores elevados de hipercapnia. Única indicação de traqueostomia de emergência: fratura de laringe. B – oferecer 12L/min de O², exame respiratório e oximetria C – 2 vias periféricas (14 ou 16). Se não conseguir, central, flebotomia, punção intra-óssea Reposição com cristalóide (SF 0,9% ou RL) aquecido 1 a 2 litros ou 20 ml/kg na cça Avaliar respostas pelos sinais vitais e/ou diurese Rápida: significa perda inferior a 20% Transitória: entre 20 e 40% Mínima ou ausente: perda superior a 40% - pensar em repor hemoderivados. Diurese normal Adulto: 0,5ml/kg/h Cça: 1ml/kg/h Menor de 1 ano: 2ml/kg/h Sondagem Vesical: CI em sangue no meato urinário, hematoma perineal, terenção urinária, Fx de pelve, deslocamento cefálico da próstata. Nesses casos, investigar com uretrocistografia retrógrada *Fx de pelve: 90% é sangramento venoso, o que permite terapêutica eficaz com fixação externa ou fechamento com lençol (compressão) D – ECGlascow, reflexo pupilar e movimento de extremidades. E – Exposição + controle do ambienta para prevenir hipotermia Pneumotórax Hipertensivo (“lesão em saco de papel”) Maior causa é ventilação mecânica Dx é Clínico MV abolido + timpanismo + desvio da traquéia + jugulares ingurgitadas + hipotensão Cd Toracocentese de alívio (2º EIC na linha hemiclavicular) + toracostomia com Dreno de Tórax Fechado Na ausência de resposta pensar em: lesão de brônquio fonte; trocar o dreno; IOT seletiva. Dx da primeira é por broncoscopia. Tto: toracotomia. Pneumotórax Aberto (lesão > 2/3 do diâmetro da traquéia) Curativo em três pontas Toracostomia com DTF Pneumotórax Simples < 20 a 30%: não drenar. Contudo, se o pcte for para VM ou transporte aéreo, drenar. Tórax Instável (Fx em 2 ou + arcos costais consecutivos em pelo menos 2 locais diferentes + contusão pulmonar) Dor e respiração paradoxal Cd: acompanhamento + analgesia (se Sat < 90%a.a ou PaO² < 65 mmHg, fazer IOT Hemotórax (lesão de vaso intercostal/auto-limitado) MV abolido, macicez, desvio da traquéia, jugulares ingurgitadas e hipotensão (esses três últimos se maciço) DTF em selo d’água. Toracotomia se: saída imediata de > 1.500 ml; drenagem > 200 ml/h por 3 a 4 horas; necessidade persistente de transfusão. *toracotomia de reanimação: em pcte com lesão penetrante + AESP + sinais de vida recentes. Contusão Miocárdica Normalmente em VD Clínica Insuf. De VD, arritmia, bloqueio de ramo D Dx EcoCardio + monitorização por 24 horas (dobutamina se insuf. De VD) Tamponamento Cardíaco Tríade de Beck: jugulares ingurgitadas, hipotensão, bulhas abafadas + pulso paradoxal (PAS diminui mais de 10mmHg na inspiração) e sinal de Kussmaul (aumento da turgência jugular na inspiração) Pericardiocentese (10 a 20 ml) + toracotomia Lesão de Aorta (“tudo ou nada”) 20% não morre imediatamente, pois há formação de hematoma grande a ponto de ocluir a lesão da aorta (estável por cerca de 24 horas) Clínica: pulsos normais em MmSs e diminuídos em MmIi. Dx: alargamento (> 8 cm) de mediastino; desvio da traqueia para a direita; TC (exame + utilizado) e aortografia (golden-standard) Cd: tratar outras lesões antes. Dps, dentro de 24 horas ainda, terapia endovascular por toracotomia. Aula 2 – Continuação Trauma Trauma Abdominal O trauma contuso mais comum é debaço enquando o penetrante, de fígado se por arma branca ou delgado se FAF. Na pergunta genérica, responder fígado. Sinal do cinto de segurança é bastante relacionado com lesão de intestino delgado. Exames: TC (melhor exame): avalia lesões específicas e é a única que avalia retroperitôneo. Só pode fazer em pcte estável. LPD – mais sensíve para detectar sangue. Positivo se a aspiração inicial >= 10 ml de sangue ou conteúdo do TGI. Pós-lavagem, se gram +, hemácias > 100.000/mm³, leucócitos > 500/mm³, fibras e/ou bile. Focused Assessment Sonography in Trauma – procura líquido livre em: Saco pericárdico Espaço hepatorrenal Espaço esplenorrenal Pelve/fundo de saco Quando indicar laparô? Quando houver abdome cirúrgico: Trauma penetrante: choque, peritonite, evisceração, FAF Trauma fechado: peritonite FAB Se não for abdome cirurgico exploração digital da ferida avaliar se violou peritoneo. Não violou, alta. Violou ou dúvida: Observar por 24 horas, coletando VG/Hb a cada 8 horas e exame físico seriado. Sem alterações, alta. Se virar abdome cirúrgico, leucocitose ou Hb cair mais de 3 g/dL, laparô (há quem indique TC antes) Trauma Fechado Estável: TC com contraste e avaliar o grau da lesão Instavel: Politrauma FAST ou LPD laparô se positivo Não politrauma laparô Baço (“Sinal de Kehr: dor subescapular esquerda”) Tto clínico: estabilidade clínica e até grau III Tto Cx: instabilidade ou Graus IV (desvascularização > 25%) ou V. Esplenorrafia, esplenê parcial ou esolenê total (a mais conservadora possível) Vacinar: pneumococo, meningococo e haemophilus Fígado (se estável, cd clínica) Tto cx se pcte instável ou G VI (avulsão hepática – tem 36 horas para transplante) Manobra de Pringle: camplear ligamento hepatoduodenal – veia porta, colédoco e artéria hepática. Se sgto não cessar, provavelmente é retro-hepático ou de veias hepáticas. Fazer cx de controle de danos ou SHUNT atrio-cava. Pâncreas (sempre cx) Se lesão de corpo/cauda, pancreatectomia corpo-caudal Se lesão de cabeça, whipple Duodeno 75% é penetrante faz retropneumoperitôneo (dor lombar que irradia para escroto e grandes lábios e crepitação ao toque retal). Rx ou TC – vê-se o delineamento renal. Tto cx! Se contuso (bater barriga no guidão) – hematoma de parede, fazendo obstrução intestinal alta. Dx por Rx com constrate: “miolo em espiral ou empilhamento de moedas”. Tto: NPT ou jejunostomia. Intestino Delgado (avaliar o grau) Menor que 50% do diâmetro, rafia primária Maior que 50% do diâmetro, enterê com anastomose primária Cólon e Reto (transverso é o mais acometido Menor que 50% do diâmetro, tentar rafia primária se cx dentro de 4 a 6 horas, pcte estável e vascularização intestinal preservada e menos de 6 CH transfundidos. Se não der, ressecção com anastomose primária. Se pcte instável, contudo, colectomia a Hartmann ou cx de controle de danos. Se reto distal (extraperitôneo): anastomose + colostomia de proteção (em alça) + drenagem pré-sacra. Hematoma Retroperitoneal Zona 1 (aorta e VCI) – se contuso, explorar Zona 2 (rim e adrenal) – se contuso, não explorar num primeiro momento, apenas se expandir. Zona 3 (pelve) – se contuso, não explorar num primeiro momento, apenas se expandir. Se penetrante, explorar Cx de Controle de Danos Previnir a tríade letal: hipotermia, coagulopatia e acidose Cx inicial breve Reanimação na UTI Reoperação planejada Síndrome Compartimental Aguda A pressão intra-abdominal normal é de 5 a 7 mmHg Hipertensão intra-abdominal: >= 12 mmHg Classificação da HIA GI – 12 a 15 mmHg GII – 16 a 20 mmHg GIII – 21 a 25 mmHg – pode fazer SCA GIV – mais de 25 mmHg – pode fazer SCA SCA: GIII ou IV + lesão de órgãos (IRA, Insuf. Resp. Hipotensão, HIC. Tto SCA + HIA GIII: conservador (SNG, drenagens, posição supina; na refratariedade, peritoneostomia) SCA + HIA GIV ou GIII com HIC: peritoneostomia + medidas clínicas. Fratura de Base de Crânio Hemotímpano, otorréia e rinorréia. Hematomas: Sinal de Battle (retroauricular) e Sinal deGuaxinim (orbital) Neurotrauma Choque neurogênico: lesão medular acima de T3. Perda do simpático cardiovascular. Vasodilatação e choque. Hipotensão, BRADICARDIA – Pcte quente e vermelho. Choque Medular: lesão medular (pancada medular). Perda transitória da função da região medular que sofreu o trauma. TCE Leve: ECG > 12 Moderado: ECG entre 9 e 12 Grave: ECG =< 8 Lesões Cerebrais Difusas: Concussão (nocaute): perda súbita da consciência (por até 6 horas – mas na realidade costuma dorar poucos segundos. Cd é apenas observar. Lesão Axional Difusa (desaceleração + rotação): cisalhamento dos axiônios; perda súbita da consciência por > horas. Pensar em LAD em pcte rebaixado com TC inocente. Lesões Cerebrais Focais (hematomas) Epidural (a.a. meníngeas méddias) – mais raro. Demanda um trauma de alta energia na região temporal. Intervalo Lúcido. Na TC, lesão biconvexa. Subdural (veias ponte) – mais comum. Prevalente em idosos e etilistas, pela atrofia do córtex. Na TC, imagem C crescente. *Tratamento cirúrgico quando houver desvio da linha média => 5 mm. Aula 3 – Hérnias da Parede Abdominal Umbilicais Cça (congênitas). Operar se: Concomitante a hérnia inguinal; > 2 cm; Se Derivação Ventrículo Peritoneal; Se não fechar em até 4 – 6 anos. Adulto (adquirido). Operar se: Sintomático; Ascite volumosa. Epigástrica Hérnia na linha alba entre o xifóide e a CU Incisional Hérnia em topografia de incisão cirúrgica Spiegel (ou Semi-lunar) Entre a borda lateral do M. Reto Abdominal e a linha semi-lunar de Spiegel Lombar Superior – abaixo da 12º costela – Grynfelt Inferior – acima da crista ilíaca – Petit (no trígono homônimo) REGIÃO INGUINO-FEMORAL Anatomia Parede posterior do canal inguinal: fascia transversalis + mm transverso e oblíquo interno Parede anterior: aponeurose do m. Oblíquo Externo Anel Inguinal Interno (abertura na F. transversalis): é o ínicio do canal inguinal Anel Inguinal Externo: final do canal inguinal Canal femoral: sempre abaixo do ligamento inguinal, é a outra abertura fisiológica da F. transversalis Ligamento Inguinal (ou de Poupart): é um reforço ligamentar da aponeurose do m. oblíquo externo que vai da crista ilíaca ântero-superior à pube Canal inguinal Homem: funículo espermático (m. cremaster; vv deferentes, plexo pampiniforme, conduto peritôneo vaginal obliterado, que nada mais é do que o peritôneo que desceu junto com os testículos e fechou) Mulher: ligamento redondo Hernia Inguinal Indireta - lateral aos vv epigástricos inferiores A mais comum – seja em homem, mulher, adulto, idoso, criança Se anuncia pelo anel inguinal interno Comparada com a Direta, esta encarcera mais fácil Causa: patência do conduto peritôneo-vaginal Se a patência for grande, pode haver hérnia inguino-escrotal É um defeito congênito; por isso, é a hérnia da infancia Hernia Inguinal Direta – medial aos vv epigástricos inferiores Se anuncia pela região do trígono de Hasselbach (lig. Inguinal; vv epigástricos inferiores; m. reto abdominal) Causa: enfraquecimento da parede posterior (adquirido, normalmente) Hérnia Crural/Femoral Abaixo do ligamento inguinal Mais comum em mulheres e à direita. A mais fácil de encarcerar Classificação de NYHUS Hérnia indireta com anel interno normal < 2cm Hernia indireta com anel interno dilatado, mas parede posterior preservada Defeito na parede posterior Hernia direta Hernia indireta Hernia crural Recidivadas Direta Indireta Crural Mista Tto da Hérnia Inguino-femoral Redutível – eletiva Encarcerada – tentar reduzir se não houver isquemia ou sinais de obstrução Estrangulada – cx de emergência devido à isquemia Inguinotomia. Contudo, se houver redução com a indução anestésica (pelo relaxamento muscular intenso), fazer laparotomia Tipos de cx Abordagem anterior + reforço posterior. Lichtenstein (usa tela); é a técnica de escolha. McVay é boa para hérnia crural; usa o ligamento de cooper. Shouldice: herniorrafia anterior e reforço posterior; é feita a rafia da musculatura, levando à maior dor no P.O. Abordagem posterior (vídeo cirugia) Hérnias bilaterais ou recidivadas Técnica de Stoppa – tela pré-peritoneal gigante. Hernia inguinal na cça Indireta – cx sempre e precoce pelo risco de encarceramento. Não se faz reforço posterior. Há chance considerável de ser bilateral. Há quem preconize o tto em ambos lados. Complicações das cirurgias Dor crônica por entrapment de algum nervo Orquite isquêmica *Hérnia de Richter: pinça a borda antimesentérica. Há isquemia sem obstrução. Perigosa! Mais comum na hérnia femoral. Tem de ir pra faca. *Hérnia de Littré – o conteúdo herniário é um divertículo de Meckel Aula 4 – Pré-operatório Para controlar fatores com impacto na evolução cirúrgica: Avaliação de risco Exames pré-op Medicação de uso crônico Profilaxia ATB Avaliação de Risco Avalia-se o pcte e a agressividade da cirurgia Temos de ver risco CV, pulmonar, renal e hepático. Mas o CV é o mais abordado Avaliação CardioVascular Não operar se arritmia grave, SCA, ICC descompensada, valvulopatia sintomática ÍNDICE CARDÍACO REVISADO 1) coronariopatia grave 2) ICC 3) DRC (Cr > 2) 4) DM com insulinoterapia 5) AVC ou AIT 6) Cx torácica, abdominal ou vascular suprainguinal Menos de 2, operar 2 ou mais, avaliar capacidade funcional. Se >= 4 METS (que é a demanda duma cirurgia), liberar >4 METS: subir lance de escada diariamente, anda rápido, tarefas domésticas pesadas Menos de 4 METS Fazer teste de stress farmacológico (ecocardio com dobutamina). Normal, operar; alterado, tratar MINIMIZAÇÃO Beta-Block se DRC com Cr >3. Iniciar, preferencialmente, com 7 dias de antecedêndia Estatinas se cx vascular ASA Hígido Dça sistêmica sem limitação. HAS controlada, tabagista, etilista social, obesidade Dça sistêmica com limitação, mas sem incapacidade. HAS e DM não controladas, adictos, obesos mórbidos. Limita e incapacite: ICC, sepse – ameaça constante à vida Moribundo (Erasto): vai morrer dentro de 24 horas Morte encefálica: transplante Exames Pré-Op Dependem do pcte e do tipo de cx Com relação ao paciente sem comorbidades < 45 anos NADA 45 – 54 anos ECG para homens 55 – 70 anps ECG + HMG > 70 anos ECG + HMG + RIM + Eletrólitos + Glicemia de Jejum Com relação a cirurgia Coagulograma se perda de sg estimada > 2 litros, neurocirurgia, cirurgica carcíada ou torácica Rx de tórax se cx cardíaca ou torácica Medicaçõs de uso contínuo Manter (inclusive no dia): Anti-hipertensivos (suspender o diurético no dia) CTC (usar hidrocortisona EV por 24/48 horas para mimetizar a resposta adrenal ao trauma que está ocorrendo) Insulina (NPH: dois terços da dose noturna e meio da dose matinal) Suspender Anti-agregante (7 a 10 dias) – se coronariopata, manter AAS Warfarin (4 a 5 dias) – operar se RNI <= 1,5. Substituir por heparina. Se não fracionada, suspender 6 horas antes; se de baixo peso, 24 horas. AINE (1 a 3 dias) Anti-diabético oral (no dia) Ginkobiloba – 48 horas antes devido a sua ação antiplaquetária Profilaxia Antibiótica Evitar infecção de F.O. (S. aureus) Limpa (não penetra nenhum trato contaminado). Não fazer ATB a não ser que haja corpo estranho ou cx cardíaca ou neurocx Limpa-contaminada (penetra de forma controlada). Em geral, cafazolina; cx colorretal, p. ex., cipro + metronidazol. Contaminada (penetra em trato com inflamação, extravazamento). Em geral, cafazolina; cx colorretal, p. ex., cipro + metronidazol. Infectada (“ite” abdominal supurada, contaminação fecal). ATB terapia. *Fazer 30 minutos antes da primeira incisão Complicações Febre Per-operatória Infecção pré-existente Reação à droga ou à transfusão Hipertermia maligna Sd Muscular Hereditária Fármaco-Induzida Anestésico inalatório, succinilcolina Entrada de cálcio na célula muscular (hipermetabolismo muscular) Hipertermia (>41º em meia hora), hipercapnia (com acidose), rabdomiólise Tto: cessar exposição, refriamento ativo HCO3, DANTROLENE (antídoto) 24-72 horasAtelectasia Infecção necrosante da ferida (S. pyogenes ou C. perfrigens) > 72 horas Infecção F.O., ITU, PNM Parotidite supurativa (s. aureaus) TVP Da Ferida Operatória Seroma: coleção de linfa no SC. Prevenção: dreno. Tto: compressão ou aspiração Hematoma: coleção de sangue e coágulo. Risco: infecção, hérnia. Tto: reabrir se volumoso. Deiscência Aponeurótica: defeito músculo-aponeurótico. Tto: reoperar Infecção da F.O. Até 30 dias após o procedimento ou 1 ano se prótese (S. aureaus) Superficial (até subcutâneo): dor, febre, glogose, drenagem. Tto: retirar pontos, drenar e lavar Profunda (fáscia emuscular): idem + crepitação – cirurgião tem de avaliar. Tto: idem + ATB De orgão e cavidade: febre + distensão + toxemia. Tto: ATB + drenagem. Aula 5 – “Fisiologia do trauma” Cicatrização “O capricho é sacrificado em favor da velocidade” Três fases perceptíveis ao olho nu: 1) inflamação Exsudato na ferida Início da hemostasia Aumento da permeabilidade vascular para trazer os elementos figurados do sangue (via histamina e serotonina) Neutrófilos fazem a limpeza local inicial (24 a 48 horas) Depois, o macrófago (“o maestro”): quimiotaxia e ativação de células, entre elas Linf. T No quinto dia, os Linf. T liberam IFN-gama, que estimula fibroblastos, que iniciam a fase de: 2) Proliferação Tecido de granulação Fibroplasia – nada mais é do que deposição de colágeno (inicialmente, tipo III) + angiogênese + epitelização. 3) Maturação Tecidos nas bordas contraindo. Fibroblastos, modificados pelos macrófagos, passam a ser chamados de miofibroblastos, contraem-se (do 5º dia até a 4ª semana) Troca de colágeno para o tipo I, de maior força tênsil O que prejudica a cicatrização Idade avançada Infecção (causa mais comum) Se > 105 bactérias/g ou S. beta-hemolíticos, NÃO VAI FECHAR. Debridar + ATB! Hipóxia: dça vascular, tabagismo, VG < 15% Diabetes: prejudica todas fases Hipoalbuminemia (< 2g/dL) Doenças da cicatrização QUELÓIDE CICATRIZ HIPERTRÓFICA LIMITES Não respeita os limites da cicatriz Respeita os limites TEMPO Aparecimento mais tardio (> 3 meses) Aparecimento precoce LOCALIZAÇÃO Acima das clavículas (orelha e dorso) e em negros Área de tensão/superfícies flexoras. CLÍNICA Dor e prurido (histamina) Dor e prurido menos significativos PROGNÓSTICO Regressão rara; refratária ao tto Regressão lenta. Melhores custo/benefícios: injeção intra-lesional de CTC e placa compressiva) Resposta Endócrino Metabólica Imunológca ao Trauma (REMIT) *O que precisamos para sobreviver: glicose, água e oxigênio Metabolismo intermediário (entre anabolismo e catabolismo) Período pós-prandial Aumento da glicemia de insulinemia. Excesso de glicose, através da ação da insulina (anabólica), leva a: 1) Glicogenogênese – Glicogênio 2) Lipogênese – Gordura No jejum ou trauma Diminuição da glicose/insulina, com aparecimento de hormônios cotnra-insulínicos – catabólicos: 1) glicogenólise (mantém a glicemia por 12 a 24 horas) – o grande queimado é depletado em glicogênio em 2 horas 2) gliconeogênese Músculo é degradado em proteína, que é quebrada em glutamina e alanina (aminoácidos) Gordura é quebrada em lipídeo, que é quebrado em glicerol e ácidos graxos Lactato *Todos, à exceção dos ácidos graxos, são transformados em glicose *Alanina glicose (ciclo de Felig) *Lactato glicose (ciclo de Cori) *Ác. Graxos corpos cetônicos *Demanda de 24 horas 400Kcal 100g de Glicose 2.000 ml de SG 5% Principal Deflagrador: dor + lesão Hipotálamo hipófise: ADH – levando à oligúria mesmo pcte estando hidratado e normovolêmico GH – que explica a lipólise Hipotálamo hipófise Adrenal: Aldosterona Retém Na e H2O, que ajuda a explicar a oligúria Depleta K e H, levando a alcalose mista (a fração respiratória vem da hiperventilação) Cortisol Gliconeogênese Permite ação das catecolaminas: catabolismo, broncodilatação, aumento da FC, vasoconstrição, atonia intestinal (esse explica o íleo adinâmico) Resposta Imunológica IL – 1, IL – 2 e TNF-alfa Aumento da temperatura (para otimizar coagulação e hemostasia) Anorexia para não precisar do TGI Como Modular o REMIT Bloqueio regionais (diminui a resposta endócrina) Cx laparoscópica (diminui resposta imune) Grande Queimado Aumento da histamina e serotonina aumento da permabilidade vascular CHOQUE DO GRANDE QUEIMADO (evitar colóide nas primeiras 24 horas!!) Hipercatabolismo (200% do normal) lipólise e proteólise absurdamente intensas REMIT absurdamente exarcebada! Como diminuir a REMIT? Propanolol (diminui as ações da catecolaminas) Oxandrolona (anabólico) Predispõe a: Pseudomonas, Staphylococcus, Enterobacter, Candida, Aspergilus Principal causa de morte tardia: infecção. Focos cutâneo e pulmonar Primeiro Atendimento Pré-hospitalar: Retirar roupa e jóias. Jogar água em temperatura ambiente até dentro de 15 minutos. Envolver o pcte num lençol ou cobertor úmido Hospitalar – pcte queimado é pcte vítima de trauma = ABCDE A: fornecer O² B: complicações respiratórias Recinto fechado, com queimaduras em face ou pescoço: 1) Lesão térmica de VAS (não queima pulmão) Hiperemia de orofaringe, rouquidão, estridor, Insuf. Respiratória Imediata (por obstrução) Dx: clínico Tto: IOT precoce 2) Lesão Pulmonar por Inalação (“sujeira pro pulmão”) Sibilos, escarros carbonáceos (insuf. Respiratória dentro de 24 horas) Dx: broncoscopia ou cintilografia com Xe¹³³ Tto: broncodilatadores, nebulização com heparina, lavagem broncoalveolar (Nikki Lauda) Recinto fechado, sem queimaduras em face e pescoço 3) Intoxicação do Monóxido de Carbono (cefaléia, nâusea, vômito, diminuição da consciência) PaO² e SatO² não adiantam para o diagnóstico. Pedir carboxihemoglobina Tto: aumentar FiO² - hiperbárica! 4) Intoxicação por Cianeto – Santa Maria (diminuição da consciência + acidose lática) Tto com hidroxicobalamina + tiosulfato de sódio Indicações de IOT no queimado Pao² < 60 PaCO² Aguda > 50 PaO²/FiO² < 200 C: fórmula de Parkland 4mLx Peso (Kg) x Superfícia Corporal Queimada. Metade do volme em 8 horas; a outra metade em 16. Reavaliar – pela diurese – sempre! D e E: e fazer analgesia com opióide EV e anti-tetânica! Quantificação da área queimada (regra dos 9 ou de Wallace) Cabeça e cada MS: 9% Cada MI: 18% Tronco: 18% + 18% Pênis: 1% Classificação 1º Grau (solar) Epiderme; hiperemia Dolorosa, “arde, doutor” Não entra no cálculo de SCQ Sem sequela estética 2º Grau (bolha) Superficial Derme (papilas dérmicas) Bolhas (vermelho) + doloroso (desnudou a terminação nervosa – “até o ar dá dor”) Ao comprimir, empalidece e dps volta ao vermelho usual Resultado estético bom 2º Grau (bolha) Profundo Derme (reticular) Bolhas (rosa) Menos dolorosa Ao comprimir não empalidece Resutlado estético ruim 3º Grau Até gordura subcutânea Marrom Dolorosa em volta, mas não na lesão em si Resultado estético péssimo Retração da pele dura = escara ESCAROTOMIA 4º Grau (elétrica) De dentro para fora – queima músculos Rabdomiólise (manter diurese > 2ml/kg/hora via manitol + alcalinizar a urina com NAHCO³) Sd compartimental (dor ao estiramento passivo do músculo) Fasciotomia Tto 2º e 3º graus: limpar e debridar. Tirar a bolha para fazer curativo compressivo com ATB tópico – diminui a dor 2º grau superficial: curativo oclusivo + ATB tópico (sulfadiazina de prata) 2º grau profuna e 3º grau enxertia precoce Queimadura Química Lavar ou por 15 a 20 litros ou por 30 minutos. Dps, checar pH da pele (normal é entre 7 e 7,5). Se: pH < 7 manter irrigação até acertar o pH pH > 7,5 manter irrigação, mas a segunda checagem será “interna”, pois a substãncia alcalina penetra pelo tecido do paciente. *Pó de cimento: limpar a lesão com oxigênio antes de jogar água, pois os dois em contato queimam Complicações das Queimaduras HDA por úlcera de Curling Neoplasia Cutânea Maligna – CEC de Marjolin AULA 6 – VASCULAR, COLOPROCTO E OBESIDADE Aneurismas Aumento do diâmetro do vasoacima de 50% do normal – se menor, ectasia Aorta abdominal normal fica entre 10 e 24 mm Aneurisma de Aorta Abdominal > 3 cm no homem e 2,6 cm na mulher *Se toda a artéria dilatar, arteriomegalia Definições Verdadeiros as três camadas (íntimia, média e adventícia) Falsos apenas as camadas mais externas (pseudoaneurisma pós-punção, por exemplo) Fusiformes dilatação circuferencial Sacular dilatação localizada Anatomia Infrarrenal apresenta colo entre as artérias infrarrenais e o início do saco aneurismático Associações 40% aneurismas de ilíacas 12% aneurismas em tórax 4% em MmIi Justarrenal Pararrenal Etiologia Degenerativas – 90% Inflamatórias – pancreatite aguda faz aneurisma de artéria esplênica, por exemplo) Fragilidade intrínseca, como Marfan, Klinefelter Pós-dissecção (“aneurisma dissecante de aorta” é uma terminologia equivocada) Infecciosas Micóticos (endocardite por coco gram positivo) Infeccioso (sepse por salmonella) Aortite sifilítica Traumáticas (pseudo-aneurismas) Epidemiologia 3 a 10% da população acima de 50 anos 2 a 6x mais comum em homens 3x mais comum em caucasianos Incidência atrasada em mulheres (acomete velhinhas) Fatores de risco 1º Tabagismo 2º HMF + E vários outros ligados a aterosclerose e afins DM não é FR!! Na verdade, pela calcificação da artéria, é fator de protetor Clínica 80% é assintomática Massa pulsátil, sintomas compressivos, dor lombar (sinal de mau prognóstico), embolia distal Complicações Tombose de aneurisma Ruptura Fístula aorta-TGI (3ª porção do duodeno HDA – hematêmese, melena, enterorragia Diagnóstico Sensibilidade de detecção pelo exame físico 3 a 3,9 cm 30% 4 a 4,9 cm 50% > 5,0 cm 75% Manobra de Rutherford, se positiva, indica que é aneurisma infrarrenal. Tenta-se palpar o espaço entre o gradil costal e o início do aneurisma Lembrar da massa pulsátil tridimensionalmente USG – melhor custo benefício Sensibilidade de 95% e especificidade que beira os100% AngioTomo Define a anatomia e faz planejamento cirúrgico Arteriografia é contraindicado, porque os trmbos murais podem gerar falsos negativos Screening Homem HMF + de AAA fazer antes dos 55 anos HMF negativa entre 65 e 75 anos para todos os tabagistas ou ex-tabagistas Acompanhamento Quanto maior o aneurisma, menor o intervalo entre exames Tto clínico Cessar tabagismo, atividade física de 20 a 30 minutos/dia por 3 a 5 dias, beta-block, iECAs, estatinas Tto cirúrgico Se risco de ruptura alto: Diâmeto > 5,5cm no homem e 5,0 cm na mulher Crecimento maior que 1cm/ano ou 0,5 cm/6 meses Sintomático (dor lombar ou abdominal) Complicações: embolizações Tipo Aberto resolve definitivamente, poucas complicações tardias, mas aumenta morbimortalidade imediata. Fio de prolene. Fechado menor morbimortalidade imediata, mas demanda acompanhamento regular e tem possibilidade de leak Como escolher? Pesar risco da cirurgia e expectativa devida. Quanto maior for o primeiro e menor o segundo, peferir endovascular Complicações Pós-operatórias IAM (3 a 16%) – principal causa de mortalidade IRA (6%) – tanto pelo campleamento da aorta supra renal quanto pelo contraste da TC Colite isquêmica (0,6 a 2%) – HDB Fístula aorto-entérica – HDA Infecção de enxerto Cd: bypass axilo-bifemoral (à direita e pelo subcutâneo), retirada de enxerto e ATB Ruptura de Aneurisma de Aorta Tríade clássica (em menos de 30%): dor abdominal súbita + massa pulsátil + hipotensão Cd: Medir PA Hipotenso = choque hipovolêmico cirugia Normotenso = aneurisma roto contido ou em expansão AngioTC Cx ou endovascular Principal complicações pós cirurgia de emergência colite isquêmica (30%) Aneurismas Periféricos Artéria poplítea (a mais comum entre as periféricas) 40% é assintomática Nas sintomáticas, trombose com embolização distal promovendo dor Dx: EcoDoppler Cd: investigar o outro lado e o abdome!! 50% bilateral 30% tem AAA Tto: aberto ou endovascular Doença Arterial Obstrutiva Periférica *femoral profunda irriga as regiões latero-posterior da coxa (House teve a sua obstruída) *Artéria ilíaca interna ou hipogástrica Etiologia Aterosclerose (90%) Aprisionamento – homens jovens com claudicação durante atividade física, artéria poplítea fica aprisionada entre as cabeças dos gastrocnêmios Degeneração cística (mulher jovens) Epidemiologia Sexta e sétimas décadas de vida 80-90% artérias femorais e poplítea DM 40 a 50% dos aneurismas são nas tibias ou fibulares (abaixo do joelho) Tabagistas pesados 30% dos aneurismas são na aorta ou ilíacas Sintomas Claudicação intermitente De panturrilha oclusão femoro-poplítea De panturrilha e coxas oclusão de femoral comum Síndrome de Leriche (obstrução aorto-ilíaca bilateral) 1) Claudicação intermitente em nádegas, coxa e perna 2) mpotência 3) Pulsos femorais ausentes ou reduzidos Cãibras Diminuição da amplitude dos pulsos Evoluem para isquemia crítica: Dor isquêmica em repouso – edema (decorre da posição antiálgica de deixar a perna em posição pendular) Lesão trófica Sinais Palidez, diminuição da temperatura, da pilificação Pele fina e frágil Onicogrifose Lesão trófica (úlcera arterial) Profunda, dolorosa, pálida, pouco tecido de granulação, seca e bem delimitada Necrose “Seca” ou não infectada “Úmida” ou infectada Avaliação Teste de Burguer – elevação de ombro até 45º 1º) Palidez 2º) Dor – após dorsiflexão 3º) Hiperemia reativa – após paciente ficar em ortostase ITB > 1 normal 0,5 a 0,7 claudicação < 0,4 isquemia crítica *No DM, pela calcificação da artéria, muito falso negativo Diagnóstico É clínico!! Avaliação complementar apenas se houver indicação cirúrgica (dor em repouso e lesão trófica) Exame Complementar EcoDoppler AngioTC planejamento cirúrgico Arteriografia “armada” (possivelmente terapêutica) Tratamento clínico Retardar evolução (tabagismo, comorbidades) Melhorar fluxo (atividade física, proteção contro o frio e medicamentos) Vasodilatador periférico – cilostazol Hemorreológico – pentoxifilina Antiagregantes plaquetários – AAS Evitar complicações locais e CV Higiene, hidratação e proteção ao trauma Tratamento cirúrgico Indicação absoluta isquemia crítica de membro Indicações relativas claudicação limítrofe, doença aorto-ilíaca refratária Endovascular x Aberta usar a mesma lógica do tto da AAA Oclusão Arterial Aguda Sinais e Sintomas 6 Ps: Pain, palidez, pulseless, parestesia, poiquilotermia, paresia/paralisia Etiologia Embolia (coração) 40% embolizam na bifurcação femoral comum 15% na bifurcação das ilíacas 10 a 15% na bifurcação aorto-ilíacas Trombótica (aterosclerose pré-existente; sintomas menos intensos) Trombose da femoral superficial Trombose de aneurisma de poplítea Dx e Avaliação Dx é clínico! Na dúvida, EcoDoppler ou AngioTC ou Arteriografia Avaliar viabilidade do Membro I – bacana, sem ameaça imediata IIa – urgência operar hoje IIb – emergência operar agora III – irreversível contratura muscular mantida Tratamento Embolia Hepariização/aquecimento/proclive Localizar o ponto de embolização porEF ou arteriografia Dissecção arterial ou embolectomia (Fogarty) Trombose Hepariização/aquecimento/proclive Localizar o ponto de embolização porEF ou arteriografia Bypass ou trombolítico Generalidades de Proctologia Anatomia Junção retossigmóide – 15 cm de esfíncter anal Canal anal tem epitélio escamaso; reto tem epitélio colunar Linha pectínea divisão entre o canal anal e o reto distal Criptas anais com as glândulas de Chiari, “cuja função é ter abscesso” Canal anal cirúrgico canal anatômico + 2 a 3 centímetros do reto distal Plexo hemorroidário interno: está no reto distal (ainda no canal anal cirúrgico) Plexo hemorroidário externo Exame proctológico 1) Inspeção Estática 2) Inspeção Dinâmica 3) Toque Retal a) Tônus esfincteriano b) Massas, protusões c) sangue muco ou pus Anuscopia um especular-like Hemorróidas Internas amais frequente prolapso e sangramento Externas trombose do botão Internas FR: construção e fezes endurecidas Classificação e tratamento 1º grau: apenas sangramento indolor Recomendação dietética (RD) e higiene local 2º grau: prolapso com redução espontânea e sangramento RD e ligadura elástica (CI em imunossuprimidos) 3º grau: redução manual + sangramento RD e ligadura elástica (se apenas 1 mamilo) ou hemorroidectomia 4º grau: irredutível + sangramento RD e hemorroidectomia Técnicas De Milligan Morgan excisão do hemorróida + cicatrização por 2ª intenção Hemorroidopexia por gampreador (PPH) indicada para 4º grau com multiplos mamilos hemorroidários Externas Normalmente assintomática. As vezes discreto prurido. Orientar a não usar papel higiênico Trombose hemorroidária: dor latejante, progressiva, com sensação de plenitude anal. Cd: Até 48/72 horas excisão e cicatrização por 2ª intenção > 72 horas tto conservador (banho de assento com água morna, emoliantes fecais, AINES e anestésicos locais) Fissura anal Úlceras lineares da margem anal até a linha pectínea Localização 90% linha média posterior (mulher; no homem, 99%) 10% linha média anterior Se fora da linha média, é secundária: TB, sífilis, Crohn Fisiopato Hipertonia do esfíncter anal interno Clínica Dor à evacuação (“lâmina cortante”) e sangramento vivo Tto < 6 semanas (aguda) RD, banho de assento, emoliantes fecais, pomadas anestésicas > 6 semanas (crônica*) diltiazem ou isordil tópicos. Na refratariedade, Esfincterotomia Lateral Interna (ELI) após manometria do esfíncter anal confirmando hipertonia *Fisiopatologia da fissura anal crônica: a hipertonia leva à fissura, que pela dor aumenta a hipertonia, diminuindo a vascularização e dificultando a cicatrização Abscessos anorretais Fisiopatologia Criptite abscedação abscessos dissecam a pelve e formam coleções em diferentes topografias 1) perianal (40/50%) + comum TR doloroso, febre, secreção purulenta 2) Interesfincteriano mimetiza fissura anal devido à dor para evacuar TR sem tanta dor; pode ser até assintomático 3) Isquio-retal enduracação das nádegas pode ser bilateral (abscesso em ferradura) 4) Submucoso o menos frequente 5) Pelverretal ou supraelevador estes decorrem de processos infecciosos abdominais (diverticulite, apendicite) Clínica Febre, dor, adinam, TR doloroso – mas podem ser oligo/assintomáticos *Dra Maria Cristina diz que se tem clínica condizente, mas EF negativo, fazer RNM Tratamento Dx de abscesso anarretal é igual drenagem (não esperar flutuar!!). Pode ser ambulatorial. Quando levar para o CC Febre alta – sinal de doença sistêmica Abscesso de difícil abordagem Imunidade baixa, DM, celulite intensa ATB só se for pro CC Fístula anorretais (aqui, anorretal e perirretal são sinônimos) Fisiopato Criptite abscesso anorretal não tratado fístula anorretal A cripta de origem da infecção é o orifício interno; tem-se o trajeto e o orifício externo, por onde drena a secreção Clínica Drenagem de secreção seropurulenta pela região perianal de odor muito fétido Classificação 1) interesfincteriana – 45% (exterioriza-se entre os esfínteres interno e externo) 2) Transesfincteriana – 30% (atravessa o esfíncter externo antes de se exteriorizar) 3) Supraesfincteriana – 20% (“dá a volta no esfíncter externo”) 4) Extraesfincteriana – 5% Regrade Goodsall-Salmon Olhar por detrás o paciente em 6 apoios Fistulas de drenagem anterior tem origem em criptas anteriores; posterior, criptas posteriores. A exceção fica por conta da fístula anterior longa Tratamento Fistulotomia abertura e curetagem + ressecção da cripta A passagem do fio de Seton (sedenho ou vessel-loop) estimula granulação e fechamento do trajeto da fístula CEC de Canal Anal HPV, promiscuidade, Ca de vulva e vagina, tabagismo, HIV Patologia: lesão ulcerada de origem no epitélio de transição Progressao: LFN inguinais (25%); meta para fígado (6%) Clínica: prurido, sensação de nódulo, dor, sangramento Tto: Esquema Nigro QT de 5-fluoracil + Metomicina e RxT 30 Gy (15 frações) Obesidade *Pickwick Syndrome – Síndrome da Obesidade-Hipoventilação Alveolar Causas de Obesidade Síndrome de Prader-Willi retardo mental, face sindrômica e polifagia Sabiston não operar!! Pediatria controverso Doenças Endócrinas Hipotireoidismo Cushing Obesidade comum – fisiopato: Ingesta calórica excessiva Sedentarismo Em alguns superobesos, encontra-se: Não redução de grelina pós-refeição Resistência de Leptina (gene MC4R defeituoso) *Vc teve uma aula de endócrino sobre obesidade monogenética Classificação IMC entre 25 – 29,9 sobrepeso 30 – 34,9 obesidade grau I 35 – 39,9 obesidade grau II 40 – 49,9 obesidade mórbida 50 – 59,9 superobesidade > 60 super-superobesidade Por que operar? Porque o tratamento clínico é eficaz em cerca de 3% apenas Porque melhoram as comorbidades Porque aumenta a sobrevida Quem operar? IMC > 40 ou IMC > 35 com comorbidades (DM, HAS, Osteoartrite) IMC entre 30 e 35 + comorbidade grave comprovada por especialista da área + falência de tratamento clínico por endocrinologista Cirurgias Restritivas puras Bastante restritivas e um pouco diabsortiva Bastante diabsortiva e um pouco restritiva Banda Gástrica Ajustável Não reduz grelina Pouco utilizada como terapia isolada Pode ser o primeiro tempo em pacientes superobesos Gastrectomia em Manga (Sleeve; Vertical) Reduz grelina Indicação para os que comem bastante Lembrar da aula da LiAAD, em que o cirurgião praticamente fazia apenas Sleeve em homens; “porque comem como caminhoneiros” Fobi-Capella (Bypass gástrico em Y de Roux) Exclusão do trânsito intestinal: boa parte do estômago, duodeno inteiro e cerca de 40 cm do jejuno proximal Reduz grelina A mais usada – HC é só Fobi-Capella (não que seja parâmetro) Muitíssima usada Lembrar da aula da LiAAD, em que o cirurgião praticamente fazia apenas Capella em mulheres; “porque são safadas e atacam a mesa de doces no casamento” Derivação biliopancreática (Duodenal Switch) 1º tempo sleeve 2º tempo exclusão de 2ª, 3ª e 4ª porções do duodeno e todo jejuno e e anastomoses duodenoileal e jejunoileal Evacuações e flatus extremamente fétidas – lembrar do seu Tio Fazer Colecistectomia, porqe a perda de peso rápida faz colelitíase por colesterol e a bariátrica impede CPRE Reduz grelina Indicação para IMC > 50 Complicações do Capella Deiscência de anastomose Se drenar pela F.O., fala-se fístula orientada Hérnia de Peterson obstrução de delgado por entrapment dentro dos buracos iatrogênicos do mesentério Def. de ferro e B12 – anemias ferropriva e megaloblástica Deficiência de tiamina – Wernicke Complicações da Duodenal Switch Desnutrição protéica Def de vitaminas lipossolúveis (ADEK) Def. de ferro e cálcio (lembrar que a absorção é duodenal e início do jejuno) A baixa absorção de cálcio ativa o PTH, fazendo doença óssea – lembrar da sua prima
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