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RESUMO PARA AV PPE III

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Gramsci e Marx: Permitir compreender a necessidade de se ter consciência crítica do momento histórico vivido pelo homem, em suas dimensões e em suas implicações, como também, se ele pode construir o seu próprio caminho, ou seja, ser responsável pelo seu próprio destino.
Os diferentes tipos de conhecimento são produtos históricos produzidos pelo homem como forma de compreensão da existência do mundo natural e do mundo humano. 
Fenomenologia é a noção de intencionalidade. Esta intencionalidade é da consciência que sempre está dirigida a um objeto. Isto nos leva a reconhecer o princípio de que não existe objeto sem sujeito. A fenomenologia tem como características o estudo das essências; a compreensão do mundo a partir de sua facticidade; uma filosofia transcendental que considera que o "mundo está sempre aí", como presença; tem como ideia fundamental a noção de intencionalidade, ou seja, a curiosidade orientada para um objeto; "é a doutrina universal das essências, em que se integra a ciência da essência do conhecimento". Compreende que a ciência consiste na compreensão dos fenômenos em suas diversas manifestações (variantes) através de uma estrutura cognitiva (invariante) ou na explicação dos pressupostos, das implicações e dos mecanismos ocultos (essência) nos quais se fundamentam os fenômenos.
Antonio Gramsci: O advento da escola unitária significa o início de novas relações entre trabalho intelectual e trabalho industrial não somente na escola, mas em toda vida social. O princípio unitário se refletirá, portanto, em todos os organismos de cultura, transformando-os e dando-lhes um novo conteúdo. Uma escola única de cultura geral, formativa, que equilibre o desenvolvimento da capacidade intelectual com a manual. 
Comte: Os fenômenos naturais são fatos observáveis passíveis de serem trabalhados através da observação e experimentação, o indivíduo seria capaz de prever os fenômenos naturais e agir sobre a realidade.
O sistema filosófico formulado por Augusto Comte valoriza o método empirista e quantitativo na busca do conhecimento. A fonte do conhecimento do ser humano é a experiência. 
O Racionalismo é uma corrente que defende que a origem do conhecimento é a razão.
Karl Popper: O critério da falseabilidade representa a capacidade que toda teoria científica deve ter de poder ser testada e contestada.
O método científico é composto pela caracterização, hipóteses, previsões e experimentos. 
Atualmente, duas ciências pertencem às ciências formais são a matemática e a lógica (são áreas ligadas à áreas de exatas). 
Para desenvolver sua compreensão da realidade, as ciências humanas ou sociais demonstram que os fenômenos humanos são dotados de sentido e significação, são históricos, possuem leis próprias, são diferentes dos fenômenos naturais.
O modo como Marx compreende as relações entre homem e sociedade permite afirmar que as leis que regem a produção modificam-se com o desenvolvimento das diferentes formas sociais, em um processo natural e histórico. 
Ciclo da Pesquisa: Tem como ponto de partida a formulação de um problema, uma questão a ser pesquisada, após a definição do problema, o pesquisador deve estabelecer o referencial teórico e metodológico de análise e, em seguida, coletar os dados. A coleta de dados pode combinar entrevistas, observações, levantamento de material documental e bibliográfico.
Entrevista como instrumento da pesquisa: adaptar a linguagem ao nível do entrevistado, evitar induzir respostas, elaborar um roteiro estruturado ou semiestruturado, buscando evitar questões longas, manter um referencial básico para a entrevista. 
Problema de pesquisa: É o recorte mais preciso do que se deseja estudar, o que se busca responder com a pesquisa.
Objetivos da pesquisa: É a explicitação do que se pretende com a pesquisa, que propósitos se almeja alcançar ao término da investigação.
Justificativa da pesquisa: É a explicitação do porquê a pesquisa deve ser realizada, considerando os motivos que a tornam uma pesquisa relevante.
Hipótese da pesquisa: É a resposta primeira, imediata, provisória da questão central da pesquisa.
Cronograma da pesquisa: É o planejamento do tempo necessário para a realização de cada uma das etapas da pesquisa
O Grupo Focal consiste em buscar informações não de um indivíduo, mas em um grupo já existente ou formado especificamente para um período destinado à coleta de dados, que se reúna em torno de um interesse relacionado ao tema da investigação. Os dados obtidos com o uso do Grupo Focal e da entrevista são ricos, pois possibilitam capturar expressões e formas de linguagem não apreensíveis por outras técnicas. A observação pode ser utilizada na pesquisa conjugada a outras técnicas ou de forma exclusiva. É necessário ao pesquisador ter acumulado conhecimento considerável sobre o tema em questão (seja através de revisão bibliográfica ou outros estudos), pois a coleta e a análise ocorrem ao mesmo tempo. Independente da técnica utilizada é importante que haja explicações iniciais sobre a seriedade da pesquisa, a relevância da colaboração dos sujeitos participantes.
Maria Cecília Minayo: A elaboração de um projeto científico envolve, ao mesmo tempo, pelo menos três dimensões interligadas. 
A dimensão ideológica: ao abranger as escolhas do pesquisador, evidencia que o conhecimento científico é sempre histórico e socialmente condicionado; 
A dimensão técnica: trata das regras reconhecidas como científicas para a construção do projeto de pesquisa, por exemplo, como escolher os instrumentos mais adequados para a investigação; 
A dimensão científica: articula as dimensões técnica e ideológica, visando a execução de uma pesquisa científica que supere o senso comum através do método científico.
Pode-se dizer que a ideia-chave do Positivismo de Comte era a Lei dos Três Estados, que afirmava que o homem passou e passa por três estágios em suas concepções: 
O primeiro estado é o Teológico, o estado natural, o mais primitivo no desenvolvimento do espírito, no qual os homens atribuem a produção dos fenômenos a entidades sobrenaturais, ou seja, a aquisição de conhecimentos sobre o mundo é mediada pelo sobrenatural, pelos dogmas da fé e por Deus. Deus seria a referência para a compreensão dos fenômenos humanos; 
O segundo estado é o Metafísico (ou Abstrato), uma modificação do primeiro, por substituir, na produção da explicação dos fenômenos, o concreto pelo abstrato e a imaginação pela argumentação. Os agentes sobrenaturais seriam substituídos por forças abstratas inerentes aos diferentes seres do mundo as explicações ainda se encontravam distante do homem, na Natureza. Este segundo estado era considerado por Comte como um estado de transição; 
O terceiro é o Positivo, dominado pelo Saber Científico adquirido pela via da observação e da experimentação e não mais da imaginação ou argumentação, o qual se caracterizaria pela previsibilidade. Assim, no estado Positivo, ou científico, o homem passa a ser o maestro da vida social. Por meio da razão e da observação, procura conhecer e compreender as coisas e suas leis. O espírito humano renuncia a busca das causas primárias e dos fins últimos, subordinando os fenômenos a leis naturais experimentalmente demonstradas. As causas absolutas (os porquês) e os fins (finalidades últimas) por serem inacessíveis ao exame científico, são substituídas pelo estudo e descobertas das Leis Naturais que explicam como os fenômenos ocorrem.
Comte afirma que a única fonte de conhecimento e critério de verdade é a experiência, ou seja, os fatos positivos ou dados sensíveis. Defende a evolução, considerada como elemento central dos fenômenos empíricos, isto é, de todos os fatos humanos e naturais, e diz que o espírito humano ao buscar explicar o universo passa por três estados: o teológico, o metafísico e o positivo. 
Augusto Comte acreditava ser possível entender as leis que regem nosso mundo social, ajudando-nos a compreender os processos sociais e dando-nos controle direto sobre os rumos que nossas sociedades tomariam, acreditando serpossível dessa forma prever e tratar os males sociais que nos afligiriam tal como trataríamos um corpo enfermo por meio da observação dos fenômenos em seu contexto físico, palpável, ao alcance dos nossos sentidos e submetidos à experiência.
A pesquisa científica deve partir da compreensão de que o conhecimento científico é neutro e objetivo, ou seja, não é intencional, datado e histórico.
A maneira predominante de se fazer pesquisa em educação entre os anos 1950 e 1980 corresponde mais ou menos ao que se convencionou chamar de paradigma positivista. Paradigma por indicar uma espécie de modelo, de esquema, de maneira de ver as coisas e de explicar o mundo. Positivista por ter sua origem remota no filósofo francês Augusto Comte, que lançou, no século 19, as bases de uma sociologia positivista, para a qual o método de estudo dos fenômenos sociais deveria aproximar-se daquele utilizado pelas ciências físicas e naturais.
No fim dos anos de 1840, uma Sociedade Positivista foi fundada e desde então a doutrina de Augusto Comte começou a ganhar adeptos. Sua obra é um reflexo dos acontecimentos históricos de sua época: Discurso sobre o espírito positivo, o discurso sobre conjunto do positivismo, o sistema de política positiva, catecismo positivista, o apelo aos conservadores, a síntese subjetiva.
O Positivismo, como forma de construção do conhecimento que se afirmou desde o séc. XIX na constituição do campo das ciências sociais, está presente até hoje, de diferentes formas. A sociedade é regida por leis naturais, invariáveis, que existem independentes da vontade dos homens, a sociedade pode e deve ser estudada pelos mesmos métodos e processos utilizados pelas ciências da natureza e todas as ciências devem se limitar a observar e explicar causal e objetivamente os fenômenos, devendo evitar todo o juízo de valor, toda a ideologia. A ideia de Ordem e Progresso é fundamental, pois só por meio da ordem é possível chegar ao progresso (bandeira do Brasil – ordem e progresso – influenciada pelo Positivismo). O amor por princípio, a ordem por base e o progresso por fim. Viver para o próximo. 
Sobre a natureza das Ciências Sociais e o pensador Augusto Comte: 
Definiu os princípios de uma Ciência Social e fez uma transposição dos princípios teórico-metodológicos das ciências naturais para fundamentar as ciências sociais;
Opôs-se ao idealismo da primeira metade do século XIX e exigiu um maior respeito para a experiência e os dados positivos;
Nega, através de sua Filosofia Positiva, que a explicação dos fenômenos naturais, bem como dos fenômenos sociais, tem sua origem em um só princípio;
Abandona a explicação das causas (Deus ou Natureza) dos fenômenos e preocupa-se em identificar as leis que regem os fenômenos sociais;
Propôs uma nova Ciência denominada de Física Social e, posteriormente, conhecida pelo nome de Sociologia.

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