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Estruturalismo na Antropologia de Lévi-Strauss

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ANTROPOLOGIA 
Claude Levi-Strauss 
SÉC 20: Estruturalismo 
• apogeu nos anos 50/60: 
consciência crítica 
• domínio do conhecimento 
clássico ocidental tradicional 
(Soborne): contestação e 
constracultura = acesso ao 
conhecimento inacessível a 
outros campos de 
conhecimento. 
• Aversão no sentindo manifesto 
– busca de conhecimento na 
matriz- configuração política. 
• ÊNFASE: renovação 
metodológica (olhar ampliado 
sobre a sociedade); avanço nas 
investigações das ciências 
humanas; propõe pluralidade 
nas abordagem (socialização 
das CS). 
CARACTERÍSTICAS: busca das 
regras estruturantes das culturas 
presentes na mente humana, por meio 
de partes de oposição e códigos 
binárias. Teoria do parentesco/lógica 
do mito/classificação primitiva. 
Distinção natureza x cultura. 
ESTRUTURALISMO 
• Estrutura: termo utilizado desde 
anos antes de Cristo, com 
variados significados com ideia 
de construção dos edifícios (no 
sentido arquitetônico). 
Século 17: 
• Na biologia para explicar o 
corpo humano = dependência 
mútua entre as partes 
• CONCEITO: conjunto de 
elementos formando relação de 
solidariedade entre si e 
dependência mútua 
• TOTALIDADE: relações 
internas existentes entre as 
partes resultando relações 
necessárias e funcionais. 
• NA LINGUAGEM: distribuição 
das palavras na oração 
possibilitando expressões de 
ideias. Explica o conjunto de 
palavras para dar sentido ao 
discurso. Relação das partes 
com o conjunto. 
Século 19: nas ciências sociais: 
conjunto de relações ou leis para 
explicar fenômenos representando por 
um modelo. 
• NA MATEMÁTICA: sistema de 
relações de leis que descreve o 
funcionamento de um fenômeno 
• P/ CIÊNCIAS EXATAS: 
estrutura é o sistema de 
operações abstratas que na sua 
combinação cria modelos 
concretos. É uma forma vazia, 
cuja matéria é variável de 
acordo com as particularidades. 
- Explicado pela linguística como ideia 
do sistema. Os termos são solidários e 
o valor dos temas gera outros. O valor 
de um termo resulta na presença 
simultânea do outro. As partes são 
coordenadas na solidariedade 
sincrônica: no tempo e não na história. 
O estudo das linguagens é 
compreensão do sistema de signos. 
- Estudar estruturalismo é compreender 
os componentes e a função que esses 
cumprem dentro do todo. Existe uma 
diferença entre a língua, signos 
independentes e a fala articulada pelos 
atores. 
- O método estrutural na linguística tem 
como objetivo a construção de modelos 
abstratos capazes de dar explicação a 
todos os fenômenos da linguagem. A 
linguagem: sistema de relações, onde o 
conhecimento do sistema permitiria o 
reconhecimento de todos os 
elementos. 
Século 20: 
-Conceito de estrutura adaptado p/ os 
estudos na antropologia com Lévi 
Strauss: 
• criado em um período que a 
divisão do trabalho intelectual 
estava fragmentada (linguística, 
história, filosofia, ciências 
exatas...) 
• sua proposta era o equilíbrio 
entre o sensível (política e 
natureza) e o inteligível (real) 
• seu estoque de conhecimento: 
Marx, Durkheim, Mali, etc. 
• des-biologiza as relações 
consanguíneas e morais, dando 
um caráter de transação e 
comunicação e reprodução 
social. O casamento é um fato 
social. Rompe com o 
naturalismo e instaura a cultura. 
A produção do incesto é a 
passagem da natureza para a 
cultura/aliança/ordem social, por 
meio de códigos normativos de 
cada sociedade, deixando o 
caráter universal da natureza. 
• ele emancipa a antropologia 
das ciências da natureza para o 
terreno da cultura por meio da 
linguagem simbólica. A aliança 
no casamento se da pela 
circulação das mulheres na 
economia, dos bens e da 
língua. 
ESTRUTURA PRA LÉVI STRAUSS: 4 
CONDIÇÕES BÁSICAS 
1) modelo deve oferecer caráter 
de sistema: a modificação de 
um acarreta modificações em 
todos. Assim, entende que o 
empirismo é uma leitura e 
revelada pela sensibilidade e 
experiências, fatos isolados. 
2) todo modelo deve permanecer a 
um grupo de transformações e 
cada grupo cria modelo da 
mesma família = conjunto de 
transformações constitui um 
grupo de modelos. 
3) as propriedades exigidas (1 e 2) 
devem permitir prever o modo 
de reação do modelo em caso 
de modificação de um dos 
elementos. 
4) o modelo deve ser construído 
para permitir que seu 
funcionamento explique os fatos 
observados. 
- Para Lévi Strauss: 
• um fato isolado não tem 
significado. 
• uma estrutura se constrói com 
base na oposição binária. 
Pertinente dizer: 
a) cada unidade de estrutura é 
uma simples relação, 
insignificante em si mesma. 
b) a descrição das unidades deve 
cobrir a totalidade dos 
fenômenos. 
c) os elementos não pertinente 
devem ser eliminados. 
d) a estrutura deve ser construídas 
a partir de menores unidades 
significativas. 
-Estruturas: sistema de relações que dá 
origem aos modelos que organiza a 
sociedade: parentesco, comunicação, 
linguística, trocas econômicas, arte, 
mito. 
-Os modelos: conscientes ou 
inconscientes e essa condição não 
afeta sua natureza. 
• OS MODELOS 
INCONSCIENTES: fornecedor 
de um caráter comum dos fatos 
sociais e implica 
necessariamente o significante 
e o significado. O código prece 
a mensagem que é submetida à 
lei do significante. “A definição 
de um código é ser traduzível 
num outro código: a essa 
propriedade que o define dá-se 
o nome de estrutura” Esse 
modelos são de difícil acesso p/ 
o pesquisador. 
• MODELO CONSCIENTE: são 
normas. Não expõe causas, 
serve para manter as crenças e 
os usos. 
o IMPASSE: quanto mais 
nítido a norma mais 
difícil analisar a estrutura 
profunda. 
Os modelos conscientes são 
deformados – dificulta a aproximação 
do objetivo (inconsciente). A distância 
facilita a objetividade científica e a pré-
concepção do pesquisador. 
- Se a distância entre o pesquisador e o 
objetivo é muito grande, o objeto pode 
se fechar e impossibilitar à pesquisa – 
a objetividade. 
- Conclui que a investigação 
antropológica recusa a contradição 
entre princípio e lei. 
-Entende o FATO SOCIAL: é 
totalizante em um único movimento 
entre as propriedades subjetivas e 
objetivas. NÃO é importante a 
compreensão do objeto dado, mas do 
real que é entendido como totalidade 
das manifestações empíricas visíveis e 
as razões invisíveis, teoricamente 
estabelecidas. É importante a 
compreensão das duas numa pesquisa 
antropológica. Ex: análise dos mitos: 
não como os homens pensam, mas 
como os mitos se pensam nos homens. 
Reconhece que os mitos pensam entre 
si. 
*o que define os homens no 
estruturalismo é o sistema social 
HERMENEUTICA 1 interpretação que o 
homem dá para o que vê, vive, etc. O que define os 
homens são as interpretações 
Clifford James Geertz 
- Fundador da Antropologia 
Hermenêutica ou Interpretativa: ponto 
inicial “quem as pessoas de 
determinada formação cultural acham 
que são o que elas fazem e por que 
razões elas creem que fazem o que 
fazem”. 
-Define essa linha teórica: 
• é a leitura das sociedades 
enquanto textos ou como 
análogas a textos. É crucial a 
leitura da leitura dos “nativos” 
fazem de sua própria cultura. 
• analisa a cultura como 
hierarquia de significados, 
pretendendo que a etnografia 
que seja uma “descrição 
densa”: daí a necessidade de 
uma hermenêutica, pois há uma 
neutralidade possível ou um 
objeto cujas leisdevam ser 
decifradas. 
• Geertz afirmou que o problema 
humano no estudo 
antropológico não é de 
estranhar, mas de estranhar a si 
mesmo, e ele aconselhava os 
estudiosos a se conhecerem 
melhor antes de analisarem 
outras sociedades. 
• Assim a antropologia consiste 
nesta dupla vocação: por um 
lado a capacidade retórica e 
imaginativa de seus atores, e 
por outro a experiência destes 
no trabalho de campo. 
-A ciência interpretativa diz respeito a 
uma análise social de cunho 
“relativizante” e ás inovações 
metodológicas no que se refere ao 
método de pesquisa qualitativa. 
-Geertz compartilha com a ideia da 
ausência de fundamentos sólidos para 
julgamentos cognitivos, estéticos ou 
morais, que implica na ausência de 
critérios universais, ele não se declara 
exatamente como um relativista. Critica 
o medo do relativismo cultural e suas 
consequentes críticas pouco 
criteriosas. Ele não pretende defender 
o relativismo, mas combater seus 
críticos inescrupulosos. 
- Para Geertz não crer em critérios 
universais seria ver-se acusado pelos 
anti-relativistas de duvidas da 
existência de um mundo físico, de não 
ter qualquer posição política ou de ver 
em Hitler apenas um cara com gostos 
não convencionais. Os anti-relativistas 
seriam partidários da ideia de que 
quem não concorda com uma opinião 
defende o ponto de vista contrário, ou 
seja, “se você não acredita no meu 
Deus deve acreditar no meu demônio”. 
Geertz argumenta que as acusações 
anti-relativistas são falsas e não 
procedem. 
- A interpretação do antropólogo 
consiste em enfrentar a multiciplicidade 
de estruturas conceituais, complexas, 
estranhas, irregulares e inexplícitas, 
buscando aprendê-las de alguma forma 
para depois apresentá-las no seu texto. 
Fazer etnografia para Geertz seria 
como tentar ler um manuscrito 
estranho, desbotado cheio de 
incoerências, emendas suspeitas e 
comentários tendenciosos. Este ofício 
seria análogo ao do crítico literário e 
não ao do autor de ficção. 
-Para Geertz o homem encontraria 
sentido nos acontecimentos através 
dos quais ele vive por intermédio de 
padrões culturais, que seriam 
amontoados ordenados de símbolos 
significativos. O homem é um animal 
amarrado a teias de significados que 
ele mesmo teceu, sendo a cultura estas 
teias. Os indivíduos sentem, percebem, 
raciocinam, julgam e agem sob a 
direção destes símbolos. A experiência 
humana é assim uma sensação 
significativa, interpretada e aprendida. 
Cabe ao antropólogo compreender 
estes meios semióticos através dos 
quais as pessoas se definem no 
interem de sua cultura. Este conceito 
semióticos (sinais: 
palavras/pragmático; significados: 
sintaxe disposição das palavras nas 
frases e significado: semântica – 
sentido da palavra) e não mentalista de 
cultura é fundamental na construção do 
interpretativismo. Pode-se dizer que 
Geertz percebe a questão da 
compreensão dos padrões culturais, 
organizados através de símbolos 
sociais, que se manifestam nos 
comportamentos individuais como uma 
questão fundamental para a 
antropologia. 
- A análise não deve se elaborada 
como ciência experimental em busca 
de leis, mas como uma ciência 
interpretativa em busca de significados. 
Para se compreender esta análise 
antropológica deve-se compreender o 
que os antropólogos fazem: a 
etnografia. Praticar etnografia é 
estabelecer relações, selecionar 
informantes, transcrever textos, 
levantar genealogias, mapear campos, 
manter um diário, dentre outras 
atividades. Estas atividades requerem 
um esforço intelectual específico que 
consiste na descrição densa. 
-A cultura é um contexto dentro do qual 
os acontecimentos sociais, as 
instituições e os comportamentos 
podem ser escritos com densidade. Ela 
consiste em estruturas de significados 
socialmente estabelecidos, ou seja, em 
sistemas entrelaçados de signos 
interpretáveis. A cultura á assim pública 
porque o significado o é. 
-Assim, os dados antropológicos são 
construções dos nativos sobre suas 
práticas coletivas. O antropólogo 
constrói descrições densas orientadas 
e fictícias. Estas criações, conforme 
dito anteriormente, não são falsas ou 
não-fatuais, pois partem ....... 
FOCO 
ESTRUTURALISMO: 
- deve-se entender os modelos 
estruturantes (política, religião, saúde, 
economia, etc – modelos macro) da 
sociedade (parte de modelos para 
chegar a essa leitura, para entender a 
estrutura social); 
HERMENÊUTICA: 
- tem a mesma estrutura social 
diferente do estruturalismo. A diferença 
é interpretação; 
- é por meio da interpretação que se 
entende a estrutura social de 
determinada sociedade. 
 
 
 
ESTRUTURALISMO x HERMENÊUTICA 
 
 MODELOS INTERPRETAÇÃO

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