Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1. transformar a realidade, servindo-se dela como modelo nele predominar a função referencial da linguagem Não ser subjetivo ser composto de uma linguagem denotativa, que impede a plurissignificação Impedir um diálogo com a realidade, já que não tem relação com ela Gabarito Comentado 2. O texto literário distingue-se notadamente pelo fato de: Observe, no poema Procura da poesia, como o poeta Carlos Drummond de Andrade descreve o escritor entrando no ¿reino das palavras¿. Procura da poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem; rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície inata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo. ANDRADE, Carlos Drurmmond de. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro:José Aguilar,1973. Após a sua leitura podemos afirmar que texto apresenta: Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão Referencialidade: o autor usa as palavras no sentido denotativo Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados 3. É dotado de caráter objetivo É composto por uma narrativa É isento de emotividade É predominantemente referencial É composto por uma linguagem poética Gabarito Comentado 4. A estrofe abaixo foi retirada de um dos sonetos camonianos mais conhecidos. Leia com atenção e responda ao questionamento proposto. Amor é fogo que arde sem se ver; É ferida que dói e não se sente; É um contentamento descontente; É dor que desatina sem doer. Podemos perceber que o texto acima é um texto literário, pois: A suave adaptação do índio após a colonização A dolorosa adaptação do branco ao modo de vida do índio A incapacidade do índio de demonstrar as suas insatisfações A silenciosa e pacificada tática de resistência aos brancos desenvolvida pelo índio A opressão e o abandono sofridos pelo índio. Gabarito Comentado 5. É fechado ao leitor, que necessita se interar das intenções do autor É construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação Deve ser interpretado pelo sentido atado ao significado das palavras Segue sempre um plano preexistente determinado pelo autor Tem sempre possibilidades de leitura limitadas Gabarito Comentado 6. Leia o poema abaixo, pensando na relação texto/ autor e responda. O último pajé Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar.( A morte do pajé. 1978.) Com base na leitura de todo o poema, o sentido que a expressão "Na sua dor, tragicamente muda" refere-se a: 23. Quanto ao sentido podemos dizer que um texto: Processo histórico e ideológico de criação Processo de universalização da literatura Processo de autopromoção da figura do autor Processo de desmonte do texto literário Processo de manipulação das perspectivas do leitor 7. Aponta que o texto literário não deve ser utilizado com linguagem subjetiva, por não ser o espaço ideal para tal. Identifica o processo de criação literária com o da redação de uma constituição. Expõe a objetividade da criação literária. Revela a relação que existe entre ficção e realidade no processo criativo do autor e o seu efeito no leitor. Isola autor e leitor em prol de uma obra independente de ambos. Gabarito Comentado Gabarito Comentado 8. Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos: "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Marque a alternativa em que ocorra a identificação do processo também constituído pelo discurso literário, mencionado pelo autor: Autopsicografia O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. Nas duas estrofes extraídas do poema Autopsicografia, Fernando Pessoa: blablabla A linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social para todos os leitores A linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial para que seu texto seja lido O escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da perspectiva do leitor A linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato socialpara determinados leitores 1a Questão (Ref.: 201701360557) Acerto: 1,0 / 1,0 Como exemplo de texto literário temos: o relatório o ensaio político a reportagem jornalística o romance a crítica de arte Gabarito Comentado. 2a Questão (Ref.: 201701359118) Acerto: 1,0 / 1,0 No processo de construção literária, o autor vale-se do exercício diferenciado com a linguagem. A linguagem literária - aquela que sustenta o exercício da Literatura - se diferencia das demais porque: É conotativa, abrindomuitas possibilidades de entendimentoe interpretação É denotativa, permitindo varias interpretações É denotativa e, ao mesmo tempo,conotativa É conotativa, próxima à redação científica É referencial como nos textos jornalísticos 3a Questão (Ref.: 201701359120) Acerto: 1,0 / 1,0 Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função de seus textos. "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário: É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura? Sim, apesar do conceito de literatura anular o conceito de cultura Não, pois não podemos avaliar essa questão tendo a literatura como parte do problema Não, pois a literatura não tem nenhuma relação com a perspectiva cultural Não, pois a literatura afasta-se da noção de cultura, pois a visão do autor é particular Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a existência daquela Gabarito Comentado. 4a Questão (Ref.: 201701567519) Acerto: 1,0 / 1,0 "A literatura é um tipo de discurso que representa o real". Dentro do universo das representações temos conceitos básicos como a mímesis e catársis. Assinale a alternativa que representa o conceito básico de mímesis. Termo grego que significa imitação. É um conceito literário, mas não filosófico que serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. É um conceito literário que serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. Não é um conceito literário, mas filosófico que serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. É filosófico que não serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. É um conceito literário e filosófico que serve para explicar a arte. Gabarito Comentado. 5a Questão (Ref.: 201701358938) Acerto: 1,0 / 1,0 Qual das afirmativas abaixo NÃO se aplica à epopéia? A epopéia é a expressão narrativa de um universo aristocrático, cujo herói é eminente guerreiro. Sendo metonímico, este é espelho em que se projeta e se reconhece a identidade de um determinado grupo social. Os temas são universais e procura-se exaltar, em tom solene e ânimo inalterável, os sentimentos coletivos, através dos atos heróicos individuais. Identifica-se no herói a bravura e o humanismo de uma raça A epopéia é uma narrativa em versos longos eloquentes em que o narrador canta os grandes feitos de um indivíduo ou de um povo O humor é um elemento inquestionável na composição da epopéia Há sempre um núcleo narrativo sustentando a estrutura da epopéia, concedendo-lhe princípio, meio e fim 6a Questão (Ref.: 201701359141) Acerto: 1,0 / 1,0 Os heróis(...) jamais avançam sozinhos, são sempre conduzidos. Daí a profunda certeza de sua marcha:abandonados por todos, podem eles chorar de tristeza em ilhas desertas, podem cambalear até os portais do inferno no mais profundo descaminho da cegueira ¿ sempre os envolve essa atmosfera de segurança, do deus que traça os caminho do herói e toma-lhe a frente na caminhada¿. (LUKÁCS, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009. p.88). Ao lermos a citação mencionada, percebemos que o autor refere-se ao Leitor dos romances Herói épico Narrador das epopéias Leitor da epopéia Narrador dos romances 7a Questão (Ref.: 201701358969) Acerto: 1,0 / 1,0 Há de notar que o romance tornou-se gênero preferencial a partir do Romantismo, por isso ficando o termo romance associado a este. Entretanto o Realismo teria no romance sua base fundamental, pois apenas este permitia a minúcia descritiva, que exporia os problemas sociais. As afirmações acima chamam a atenção para o fato de o romance estar: em um processo constante de formação à beira da extinção sempre ligado à nobreza em constante distanciamento da realidade fadado ao esquecimento 8a Questão (Ref.: 201701360558) Acerto: 1,0 / 1,0 Qual das características abaixo NÃO diz respeito ao romance. O romance, enquanto discurso, enfoca o indivíduo nos seus mais variados aspectos O tempo do romance é o presente. O romance discute e contemporaneidade. O romance tem a sua temática baseada nas lendas e na memória do povo. A fonte do romance é o tempo presente Gabarito Comentado. 9a Questão (Ref.: 201701358973) Acerto: 1,0 / 1,0 Qual das afirmativas abaixo não se refere ao conto? Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à complexidade de seus temas Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional Gabarito Comentado. 10a Questão (Ref.: 201701893050) Acerto: 1,0 / 1,0 Sobre o estudo do conto feito em nossas aulas, qual a única das assertivas abaixo que atende ao que foi apresentado sobre este tema? O conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. O conto tem características estruturais iguais às da novela e do romance. O conto é a forma descritiva, em prosa, de menor extensão. O conto de menor extensão deve parecer com a novela. O conto versa sobre um único assunto e não é classificado por tipo. 1. a escrita baseada na versificação a narrativa no presente a composição baseada em rima alternadas a libertação promovida pela criação artística a imitação da realidade no ambiente literário 2. Isso acontece pois a linguagem do texto literário é ambígua e sofre constante atualização A afirmação é incorreta, pois para que uma obra literária sobreviva, é constituída por uma linguagem impenetrável A afirmação é invalida, pois a linguagem do texto literário é incalculável Isso acontece, pois o texto literário em relação à linguagem, mas não à leitura A afirmação é correta, pois para que uma obra literária sobreviva ela, é constituída por uma linguagem impenetrável Podemos definir catharsis como: O processo mimético é capaz de estabelecer diferentes interpretações do texto. Em relação ao que foi dito, podemos afirmar que: Gabarito Comentado 3. ironia elogio repulsa desconfiança desprezo Gabarito Comentado 4. Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion confirma a realidade em que se baseia Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion anula a realidade em que se baseia Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion inverte a realidade em que se baseia Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion desfigura a realidade em que se baseia Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion não desfigura a realidade em que se baseia 5. adjetivação observação Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico, cuja acidez incide sobre a figura humana e a sociedade como um todo. O casamento do diabo Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar,Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Machado de Assis Em O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, Machado dialoga com a realidade sob a forma de: O último pajé ¿Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978. Após a leitura do poema acima, podemos dizer que: A Literatura e a vida real se confundem na medida em que fatos do dia a dia são reconhecíveis nas linhas dos romances e versos de poemas. Conflitos e tensões que atingem as pessoas são os mesmos que, através dos tempos, fazem parte da construção literária. O que foi dito, basicamente tem a ver com o conceito de: pontuação catharsis mimeses Gabarito Comentado 6. Não, pois a literatura afasta-se da noção de cultura, pois a visão do autor é particular Sim, apesar do conceito de literatura anular o conceito de cultura Não, pois não podemos avaliar essa questão tendo a literatura como parte do problema Não, pois a literatura não tem nenhuma relação com a perspectiva cultural Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a existência daquela Gabarito Comentado 7. Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos particulares a cada indivíduo isoladamente Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos e imagens validado na aceitação e adoção por parte de um grupo Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos que procura aceitação por um grupo Não se pode definir cultura, já que é um elemento de difícil percepção na sociedade humana Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos impostos a um grupo por meio da validação da vontade de poucos Gabarito Comentado 8. Termo grego que significa imitação. Não é um conceito literário, mas filosófico que serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. É um conceito literário, mas não filosófico que serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. É filosófico que não serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. É um conceito literário que serve para explicar a arte. Termo grego que significa imitação. É um conceito literário e filosófico que serve para explicar a arte. É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura? O que é cultura? "A literatura é um tipo de discurso que representa o real". Dentro do universo das representações temos conceitos básicos como a mímesis e catársis. Assinale a alternativa que representa o conceito básico de mímesis. 1. É uma narrativa de caráter heróico, grandioso O texto épico é o espaço de representação da coletividade Neste universo narrativo, o homem só tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade Expressa, sempre, o interesse nacional e social Há, também, uma atmosfera maravilhosa onde o sobrenatural toma forma Gabarito Comentado 2. As epopéias têm como temas recorrentes as guerras, viagens e aventuras. O herói busca A superação dos limites humanos. O herói representa e exalta sua nação. O herói questiona e critica os valores que exaltam a nação. Há uma fusão entre o elemento histórico e o elemento maravilhoso. Gabarito Comentado 3. perpetuar, na memória, os valores da tradição, ou seja, aqueles valores que atravessam gerações revelar que o autor é proveniente do povo afirmar que não há o que aprender com a epopéia mostrar que o autor dar relevo à historia da aristocracia e à história do povo provar que a história das classes socialmente inferiores é mais importante da dos nobres Gabarito Comentado 4. herói Quanto ao gênero épico, não podemos dizer que: Sobre as marcas do gênero Épico clássico tradicional. É incorreto afirmar que: Existe uma conexão mais profunda entre o narrador da epopéia e a classe social da qual ele provém. Em outras palavras, há uma intenção por trás do fato do narrador ter suas raízes na nobreza. Essa intenção é: O ____________deve apresentar originalidade: Ele deve ser um modelo, suscitar a admiração ou o desgosto, o amor ou o ódio. É preciso provocar uma reação forte no íntimo do leitor(...). O personagem deve ter certa proximidade com o leitor. Para que o leitor se identifique com o personagem, deve haver características comuns e gerais, próprias de todo ser humano (amor, sensibilidade, etc.). Marque a alternativa que contenha o vocábulo que preencha corretamente a lacuna: narrador clímax personagem enredo. 5. épico, dramático e satírico épico e lírico narrativa, épico e lírico épico, dramático e lírico dramático, lírico e poético Gabarito Comentado 6. Um deus Um camponês Um representante do povo Um representante da aristocracia Um soldado Gabarito Comentado 7. Um total afastamento cronológico entre a ação e o a narração, já que não há como chegar a o passado heróico nacional de um povo. Uma relação de crença no futuro já que é lá que a epopéia vai confirmar a sua veracidade Que não há ligação entre a epopéia e o passado de um povo Uma essencial relação de simultaneidade, necessária a compreensão do enredo. Fatose narrativa acontecem ao mesmo tempo. Que não há ligação entre a epopéia e a história de um povo, como elemento temporal Gabarito Comentado 8. ação, personagens, maravilhoso, ironia Os principais gêneros literários são: Quem é o narrador da epopéia? O tempo, como um dos elementos que forma a estrutura da epopéia, revela: Marque a alternativa que apresente os elementos da epopéia: ação, personagens, maravilhoso, pontuação ação, métrica, maravilhoso, forma ação, personagens, maravilhoso, forma drama, personagens, maravilhoso, forma 1. O momento presente e a memória. A representação do passado e o presente. O momento presente e os fatos atuais. A representação do passado e os mitos e lendas. O momento presente e os mitos e lendas. Gabarito Comentado 2. o romance pode ser visto com uma decorrência da epopéia em função do tempo, do espaço e do público epopéia e romance são textos totalmente diferentes, não havendo entre eles qualquer relação o romance deu origem à epopéia epopéia e romance não diferem em nada. O que acontece é meramente uma mudança de nomes o romance assemelha-se à comédia em sua gravidade e profundidade 3. Ação , tempo, espaço, narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador. Narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador. Ação, foco narrativo ou ponto de vista do narrador, tempo e rima. Ação , tempo, narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador. Ação , tempo, espaço, e crítica social ou ponto de vista do narrador. "Romance é o espaço em que se entrecruzam protótipos da vida real com toda a sua subjetividade.Trata-se de um tipo de discurso que revela o indivíduo em seus variados aspectos.". Podemos afirmar que o OBJETO e a FONTE do romance são : Leia o texto abaixo: O romance é a epopéia de uma era para a qual a totalidade extensiva da vida não é mais dada de modo evidente, para a qual a imanência do sentido à vida tornou-se problemática, mas que ainda assim tem por intenção a realidade. (LUKÁCS,G. A teoria do romance. Editora 34.2009) O trecho extraído da obra de Georg Lukács confirma-se quando percebemos que: Qual é a estrutura básica do romance? Marque a alternativa que contenha os elementos dessa estrutura: Gabarito Comentado 4. falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças Gabarito Comentado 5. o romance não tem apelo suficiente, pois é difícil de ser lido, afastando o ser humano em geral o romance tende a perder a sua força, já que o distanciamento da realidade é a sua maior característica. a força do romance varia de acordo com as palavras que o povoam. a força do romance está no fato de sua estrutura estar baseada no real e no modo como ele é visto e reproduzido pelo autor. a força do romance está no distanciamento que se materializa nas suas entrelinhas, devido ao autor realidade. 6. Leia o fragmento abaixo de Monteiro Lobato. Negrinha Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fosca, mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre escondida, que a patroa não gostava de crianças.Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em suma, dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral, dizia o reverendo. Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva (...). A excelente Dona Inácia era mestre na arte de judiar das crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos, e daquelas ferozes, amigas de aquelas de ouvir cantar o bolo e fazer estalar o bacalhau. Nunca se afizera ao novo regime, essa indecência de negro igual. A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa condição infere- se no contexto, pela: O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Nesse sentido, podemos dizer que romance e crítica epopéia e romance prosa e ficção prosa e poesia realidade e ficção Gabarito Comentado 7. é um gênero de desinformação constante, já que se baseia na fuga da realidade. é um gênero sem identidade, pois não é possível defini-lo. é um gênero em contradição constante, pois a realidade não o afeta é um gênero em formação constante, atualizando-se a cada experiência de redação e leitura. é um gênero acessível para uma classe de leitores especificamente eruditos. 8. Leia o texto abaixo: O verso trágico é duro e cortante, isola e cria distâncias. Ele reveste os heróis com toda a profundidade de sua solidão oriunda da forma, não permite surgir entre eles outras relações que não as de luta e aniquilação; em sua lírica podem ressoar o desespero a e embriaguez do caminho e do fim (...) jamais irromperá como por vezes a prosa o permite um trato puramente humano e puramente psicológico entre os personagens, jamais o desespero se tornará elegia e a embriaguez, aspiração por suas próprias alturas (...) (Lukács, G. A teoria do romance. Editora 34. 2009) No trecho acima citado, Lukács aponta para uma diferenciação entre: O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Análise, pressupõe auto-análise, na qual se deve interrogar-se sobre seus próprios sentimentos, sua maneira de viver, de sentir as coisas. É necessário analisar sua relação pessoal com o mundo e com os outros (no passado, no presente e no futuro). Qual é a evolução individual dos personagens no que se refere a sexo, idade, sociedade, lugares onde vive, etc. Análise objetiva da existência: viver, amar, sofrer, morrer. Interrogar-se sobre o sentido da existência humana (fora de todo contexto de sexo ou idade). Analise dos fatos históricos, sociais, etc., segundo a época e o lugar escolhido: é indispensável respeitar um mínimo de autenticidade (não hesitar na utilização de documentos caso necessário, os quais podem ser encontrados numa biblioteca ou em revistas especializadas). A partir da leitura do texto acima, marque a alternativa que define corretamente romance: possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros casuais promove o anonimato e a segregação social desperta sensações contraditórias e desejos de reconhecimento favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos dotes físicos propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal 1. representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida cotidiana apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos fatos ficcionais relacionados a outros de caráter realista relativos à vida de um renomado escritor 2. romance - conto conto - resumo TEXTO I Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. RIO, J. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento) TEXTO II A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como se sentia estar no seu reino, na região em que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens e o de inveja das mulheres acabavam o sentimento de sua personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a rua do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou cumprimento com as raparigas pobres, ela continuou o seu caminho arrepanhando as saias que nem uma duquesaatravessando os seus domínios. BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de Janeiro: Ed Mérito(fragmento) A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e romances do séculoXIX e do XX muitos dos quais elegem a rua para explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua é vista, respectivamente,como lugar que: Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-se o maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela madrasta, Maria Inês, também mulata, que se deica ao menino dedica ao menino e o matricula na escola pública, única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando os seus conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de: O ______ é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de efeito ou impressão total ¿ da qual falava Poe (1809-1849) e Tchekhov (1860-1904): o ______precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Os termos que melhor preencheriam os espaços acima são: conto - conto romance - romance romance - capítulo Gabarito Comentado 3. A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola O embate entre os personagens A descrição do estado emocional dos personagens O número de linhas que formam o conto O narrador garante a unidade do Conto Gabarito Comentado 4. uma narrativa que, geralmente, trata de uma situação que se desenrola diretamente.Sem pausas uma narrativa de dimensões reduzidas, centrada na caracterização dos personagens uma narrativa de dimensões variáveis, criada para informar o leitor uma narrativa que não tem características que se liguem às noções de tempo e espaço uma narrativa predominantemente lírica, montada em versos livres Gabarito Comentado 5. O leitor gosta de narrativas longas Neste tipo de narrativa o tempo passa arrastado Nem se questiona o quesito tempo nesta narrativa Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas horas ou dias O autor do conto n.ao tem noção de tempo "As unidades requeridas de ação, tempo, lugar e tom só podem estabelecer-se com poucas personagens. Só não existe o conto com uma única personagem. Se uma só aparecer, outra figura deve estar atuando para a formulação do conflito. Por fim, as personagens tendem a ser estáticas, imóveis no tempo, no espaço e na personalidade. Figura-se uma tela em que se fixa plasticamente o apogeu de uma situação humana." (Moisés, p.127). MOISÉS, Massaud. A Criação Literária. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.127. O que garante ao conto uma unidade de ação? O que é o conto? Sabemos que o conto é uma narrativa que é elaborada a partir do trabalho peculiar em relação ao tempo, ao espaço e aos personagens. Assim sendo, como podemos definir a temporalidade trabalhada no conto? Gabarito Comentado 6. O conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um clímax O conto tem uma estrutura que só se desenvolve satisfatoriamente num elevado número de páginas O conto é mais curto que a novela ou o romance O conto é conciso Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece com o conto Gabarito Comentado 7. Falsa. No conto, o que importa é a descrição pormenorizada do cenário Falsa. O conto está diretamente ligado à etensão da Epopéia Falsa. Esse tipo de questionamento não se aplica ao conto Correta. O conto é um momento textual sem muitas peripécias ou relações psicológicas mais profundas Correta. O conto não se enquadra em qualquer regra ou padrão Gabarito Comentado 8. Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à complexidade de seus temas Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão A total compreensão de um conto depende do acompanhamento das rimas internas O conto é um relatório baseado na realidade Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, ponto de vista e enredo 1a Questão (Ref.: 201701360488) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) Qual das características abaixo não diz respeito ao Conto? O conto deve ser simples, sem grandes complicações ou jogos psicológicos profundos e complexos. Essa afirmativa é: Qual das afirmativas abaixo se refere ao conto? A relação entre a crônica e a realidade baseia-se em: uma visão romântica da realidade que dá ao texto uma sentimentalidade profunda. uma recuperação total e distanciada da realidade, aproximando a da reportagem. uma seleção de fatos históricos que preservem a memória de um povo. um resgate do folclore popular para preservá-lo para as novas gerações c) uma captação de fatos do cotidiano que é revestido de fantasia e imaginação. 2a Questão (Ref.: 201701950810) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) O Padeiro Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento, mas não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera sobre a "greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido conseguirão não sei bem o quê do governo. Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando: Não é ninguém, é o padeiro! Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo? "Então você não é ninguém?" http://pensador.uol.com.br/autor/rubem_braga/ O fragmento apresentado faz parte da crônica O Padeiro, de Rubem Braga. Quais são as informações dadas que possibilitam a classificação do texto como crônica? O descontentamento do povo que ficou sem o pão matinal. A suspensão do trabalho noturno. Aspectos comuns do cotidiano como, por exemplo, colocar a chaleira no fogo. A imaginária insignificância do padeiro. Informações sobre a greve dos patrões. Gabarito Comentado 3a Questão (Ref.: 201701950743) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) A crônica é uma forma de narrar que utiliza o jornal como veículo de divulgação. No entanto, por que não podemos considerá-la como um texto, exclusivamente, jornalístico? Porque apresenta o uso excessivo da formalidade da língua. Porque se trata de um texto que seleciona os fatos do cotidiano e os reveste de imaginação. Porque os fatos narrados estão, por séculos, distantes do tempo de narração. Porque o leitor sempre duvida da veracidade dos fatos narrados. Porque apresenta fatos distantes da realidade. Gabarito Comentado 4a Questão (Ref.: 201701950719) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) Qual das alternativas apresenta uma característica da crônica que a aproxima do gênero lírico? A subjetividade A objetividade A ausência de narrador A brevidade da narrativa A ausência de personagens Gabarito Comentado Gabarito Comentado Gabarito Comentado 5a Questão (Ref.: 201701900719) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) Vamos Acabar Com Esta Folga Stanislaw Ponte Preta (Sérgio Porto) O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo. De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pelaprovocação e logo um turco, tão forte como o alemão, levantou-se de lá e perguntou: -Isso é comigo? - Pode ser com você também - respondeu o alemão. Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos. O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que dizia era certo. Não havia homem para ele ali naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um norueguês etc. etc. Até que, lá do canto do café levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de picardia para perguntar, como os outros: - Isso é comigo? O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e... pimba! O alemão deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro. Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros do que os outros. "O Melhor da Crônica Brasileira - 1", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 1997.http://www.releituras.com/spontepreta_folga.asp Observe que, no texto apresentado, as personagens não têm nomes. Sabemos que se trata de um alemão, de um turco, de um francês, de um inglês, de um norueguês e de um brasileiro. Este fato não caracteriza uma regra, mas um aspecto recorrente na crônica. Sendo assim, escolha a alternativa que indica o que isto significa. Não importa o nome das personagens, porque o importante é identificar a nacionalidade de cada um. Não importa o nome das personagens, porque o foco de texto é o uso da linguagem coloquial. Não importa o nome das personagens, porque o importante é a caracterização psicológica de cada uma. Não importa o nome das personagens, pois o destaque do texto é a trivialidade. Não importa o nome das personagens, porque o texto está centrado no humor. Gabarito Comentado 6a Questão (Ref.: 201701360486) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) A redação da crônica prioriza o texto simples e leve. Nela percebe-se a comicidade e a fantasia transformando o fato retirado, pelo autor, do vai e vem do cotidiano. Pensando no que foi dito, podemos dizer que a crônica é dirigida a qualquer tipo de leitores, já que o estilo da crônica não cria barreiras à leitura. um público jovem, pois tem a ver com essa faixa etária. um público que tem como objetivo a obtenção de informações precisas sobre a realidade. grupos profissionais específicos, já que o seu vocabulário é muito específico . leitores eruditos, pois é preciso ter muita cultura para entender uma crônica. Gabarito Comentado 7a Questão (Ref.: 201701950827) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) Dentre as alternativas abaixo, escolha aquela que NÃO apresenta uma informação que nos faz considerar a crônica um texto literário. O cronista apresenta o real como é. Está centrado, apenas, na referencialidade do jornal. O cronista valoriza os aspectos mais comuns do cotidiano O cronista reveste o real de fantasia e imaginação. O cronista tem por objetivo conquistar qualquer leitor. O cronista recria o real de acordo com o seu olhar. Gabarito Comentado 8a Questão (Ref.: 201701900586) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0) A OUTRA NOITE "Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal. Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim: -O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima? Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e linda. -Mas, que coisa... Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa. -Ora, sim senhor... E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei." Rubem Bragahttp://pensador.uol.com.br/cronicas_de_rubem_braga/ Sabemos que a crônica é uma forma de narrar que apresenta, assim como o conto, uma história curta. Qual das alternativas apresenta uma característica que, também, nos possibilita conceituar o texto apresentado como crônica? Apresenta como cenário Copacabana, o famoso bairro da cidade do Rio de Janeiro. O questionamento do chofer. A trivialidade é o destaque do texto, por isso as personagens sequer apresentam nomes. O uso da linguagem com certa polidez. O diálogo entre duas personagens. 1. Trata-se de um herói que cede aos vícios pelas forças do destino. Tudo acontece contra sua vontade. Trata-se do herói que revela fraquezas contra sua vontade. Trata-se daquele que, diante do riso, percebe seus limites. Trata-se de um herói com nobreza de caráter. Trata-se do herói que não tem consciência de seus erros. Na comédia, o ridículo contribui para que a tensão seja desfeita. A partir dessa informação, escolha a altenativa que defina o homem cômico. Gabarito Comentado Gabarito Comentado 2. A tragédia fundamenta-se com frequência sobre um destino que leva o herói, contra a sua vontade, em direção a uma infelicidade inelutável. Existe na tragédia uma unidade de ação, ou seja, a convergência de todos os fatos e atos para uma intriga central. A verossimilhança da tragédia deve guiar o desenrolar cronológico dos acontecimentos e evitar as peripécias fantasiosas ou injustificadas. Em conformidade com a recomendação aristotélica, a tragédia tem a obrigação de pôr em cena personagens populares. Há na tragédia uma unidade de tempo e de espaço. Gabarito Comentado Gabarito Comentado 3. nó, desconhecimento, peripécia e clímax nó, reconhecimento, peripécia e mimeses laço, reconhecimento, peripécia e apresentação nó, reconhecimento, peripécia e clímax nó, reconhecimento, acrobacia e catharsis Gabarito Comentado 4. Ausência e prazer Alegria e prazer Dor e tristeza Alegria e tristeza Dor e prazer Gabarito Comentado Aristóteles, em sua Poética, afirma que "A tragédia é, portanto, a imitação de uma ação nobre levada até o final e tendo uma certa extensão, numa linguagem realçada por detalhes espirituosos dos quais cada espécie é utilizada separadamente de acordo com as partes da obra; é uma imitação feita por personagens em ação e não por meio de uma narração e que, por intermédio da piedade e do temor, realiza a purgação das emoções desses gênero". Assim sendo, algumas características se impõem à tragédia; marque a alternativa que não corresponde a essas características. A ação trágica segue a seguinte seqüência: Existem dois tipos de pathos, no gênero dramático e em suas formas, que são: 5. Pathos e paixão Pathos e esperança Pathos e prazer Pathos e problema Pathos e dor 6. Tragédia Prazer PathosTensão Comédia 7. Quando o herói confronta Creonte sobre as maldições ocorridas em Tebas. Quando o herói responde aos enigmas da Esfinge. Quando o oráculo revela ao herói sua identidade e seu futuro. Quando o herói cega os próprios olhos ao descobrir sua verdadeira identidade. Quando Tirésias revela ao herói a verdade sobre sua identidade. Sabemos que a "tensão" é a essência do dramático. Quais são as duas características principais que as movem? "Para expressá-lo, o autor dramático cria um tipo de linguagem comovente e arrebatada. Esta linguagem traduz a resistência da personagem diante dos embates gerados pelo mundo que a cerca. A fala patética é impetuosa e pressupõe um outro que a ouça e com ela se comova. É uma comoção espontânea." (Aula 7 - webaula) Sobre o fragmento acima, podemos dizer que ele se refere ao conceito de: Assinale o momento catártico da tragédia clássica Édipo rei, de Sófocles: 8. Tensão Clímax Problema Catarse Pathos 1. A expressão pessoal de uma razão demonstrada por vias rítmicas e musicais. A expressão pessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais. A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais. A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por versos livres e brancos. A expressão impessoal de uma razão demonstrada por versos livres e brancos. Gabarito Comentado 2. pessoal indeterminado trágico oculto impessoal Gabarito Comentado 3. Trata-se de um sentimento exacerbado. É a paixão. Para expressá-lo, o autor dramático cria um tipo de linguagem comovente e arrebatada. Esta linguagem traduz a resistência da personagem diante dos embates gerados pelo mundo que a cerca. A fala inpregnada de profundo pesar é impetuosa e pressupõe um outro que a ouça e com ela se comova. É uma comoção espontânea. O texto acima se refere ao conceito: Sobre o LIRISMO, podemos defini-lo como: Concentre-se na leitura do poema de Augusto dos Anjos e responda. PSICOLOGIA DE UM VENCIDO Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme ¿ este operário das ruínas ¿ Que o sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! A partir da leitura do poema oferecido percebemos que esse eu lírico é: Qual das conceitos abaixo apresentados melhor define a lírica pessoal? A lírica pessoal é aquela em que o poeta fala de si, dos seus sentimentos e de suas ideias. A expressão máxima de sua subjetividade está direcionada para ele mesmo. A lírica pessoal é aquela em que o poeta reproduz o cotidiano da sua cidade com um rigor detalhista. A lírica pessoal é aquela em que o poeta não fala sobre sentimento algum, nem dele, nem dos outros A lírica pessoal é aquela em que o poeta fala do sentimento do povo de seu país, enquanto relaciona esses sentimentos ao folclore A lírica pessoal é aquela em que o que importa é a capacidade do poeta em construir uma narrativa compatível com a realidade Gabarito Comentado 4. Écloga Fábula Soneto Elegia Ode Gabarito Comentado 5. É aquele que tem um compromisso ideológico com o seu tempo. x É aquele que não se envolve e trata dos assuntos superficialmente. É aquele que personifica a sua nação para melhor explicá-la. É aquele que escreve sobre as sua experiências pessoais. É aquele que se envolve com cada momento da obra que povoa. 6. Negação Unívoca Complementação Oposição Comparação Gabarito Comentado Assinale a forma que não corresponde ao gênero lírico: Qual é a melhor definição de eu-lírico impessoal? O poema abaixo pertence ao Cancioneiro de Fernando Pessoa. "Ah, quanta vez, na hora suave Em que me esqueço, Vejo passar um vôo de ave E me entristeço! Por que é ligeiro, leve, certo No ar de amávio? Por que vai sob o céu aberto Sem um desvio? Por que ter asas simboliza A liberdade Que a vida nega e a alma precisa? Sei que me invade Um horror de me ter que cobre Como uma cheia Meu coração, e entorna sobre Minh'alma alheia Um desejo, não de ser ave, Mas de poder Ter não sei quê do vôo suave Dentro em meu ser." Fernando Pessoa. Obra poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 138 Que relação o eu lírico estabelece entre a tristeza e a liberdade? 7. É aquela em que o poeta se expressa, insentando-se. É aquela em que o poeta se insenta de alguma coisa, mas expressa o sentimento da coletividade. É aquela em que o poeta jamais se insenta de alguma coisa. É aquela em que o poeta fala de si, dos seus sentimentos e de suas ideias. É aquela em que o poeta expressa os sentimentos da coletividade. Gabarito Comentado 8. valorização do progresso econômico do país denúncia da situação social e política do país mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar crítica à passividade dos setores populares entretenimento para os grupos intelectuais 1. Na antiguidade, se falava numa lírica pessoal e em outra impessoal. Qual das opções abaixo define, claramente, o que é lírica pessoal? Opinião Podem me prender Podem me bater Podem até deixar-me sem comer Que eu não mudo de opinião. Aqui do morro eu não saio não Aqui do morro eu não saio não. Se não tem água Eu furo um poço Se não tem carne Eu compro um osso e ponho na sopa E deixa andar, deixa andar... Falem de mim Quem quiser falar Aqui eu não pago aluguel Se eu morrer amanhã seu doutor, Estou pertinho do céu. (Zé Ketti.Opinião) Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de 1964, no Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, evidenciado pela poesia na forma de letra de música citada, foi o de: A afirmativa I é falsa e a II é verdadeira. Ambas as afirmativas são falsas. As afirmativas I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. A afirmativa I é verdadeira, mas a II é falsa. Gabarito Comentado 2. "Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas minimamente extenso, aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo: se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e adeus". Brás Cubas O texto apresentado é um fragmento do prólogo do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Após a leitura do texto, faça uma reflexão sobre as afirmativas apresentadas e escolha a alternativa CORRETA. I- O narrador Brás Cubas ocupa uma posição privilegiada. PORQUE II- Ao narrar do além-túmulo tem a palavra franquiada, ou seja, pode dizer o que quiser sem ter preocupação com a opinião pública. Trata-se de um narrador-observador que conta a história a partir de um prédio abandonado. Trata-se de um narrador-personagem que apresenta total conhecimento de si mesmo e dos outros. Trata-se de um narrador-personagem que conta a história a partir de um simulacro. Trata-se de um narrador que não fazparte da história narrada. Trata-se de um narrador-observador que fala sobre a casa construída no Engenho Novo. Gabarito Comentado 3. Há aí, entre as cinco ou dez pessoas que me leem, há aí uma alma sensível, que está decerto um tanto agastada com o capítulo anterior, começa a tremer pela sorte de Eugênia, e talvez... sim, talvez lá no fundo de si mesma, me chame cínico. Eu cínico, alma sensível? (Capítulo XXXIV/ A uma alma sensível) Não podia acabar de crer nos meus olhos. Esfreguei-os uma e duas vezes, e reli a declaração inoportuna, insólita e enigmática. (Capítulo CXLVIII/ O problema insolúvel) Virgília afastou-se e foi sentar-se no sofá. Eu fiquei algum tempo a olhar para os meus próprios pés. Devia sair ou ficar? (Capítulo XLI/ A alucinação) Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília com muito mais ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. (Capítulo LXXXV/ O cimo da montanha) Não era esta certamente a Marcela de 1822; mas a beleza de outro tempo valia uma terça parte dos Leia o texto a seguir: Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá. Um dia. há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho Novo a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela outra, que desapareceu. Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e salas. Na principal destas, a pintura do teto e das paredes é mais ou menos igual, umas grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que as tomam nos blocos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do teto as figuras das estações, e ao centro das paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes por baixo... Não alcanço a razão de tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim decorada; vinha do decênio anterior. (...) O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta. http://fragmentosliterariospauloavila.blogspot.com.br/2011/11/fragmentos-da-obra-prima-de-machado-de.html Sabemos que o narrador exerce um papel muito importante no romance. O texto apresentado é um fragmento do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Após a leitura, identifique a posição assumida pelo narrador. Em "Memórias póstumas de Brás Cubas", Machado de Assis se vale de procedimentos metaficcionais, como as muitas referências ao ato de escrever, à figura do escritor e de interpelações ao leitor. É um romance que chama a atenção para o seu próprio processo de construção. Em qual dos trechos é possível encontramos um procedimento metaficcional? meus sacrifícios? Era o que eu buscava saber, interrogando o rosto de Marcela. (Capítulo XXXVIII/ A quarta edição) Gabarito Comentado 4. As afirmativas I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira. A afirmativa I é falsa e a II é verdadeira. . As afirmativas I e II são falsas A afirmativa I é verdadeira e a II é falsa. As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. Gabarito Comentado 5. O autor rompe com a verossimilhança ao dar poder de fala a umnarrador-personagem já morto. O autor rompe com a verossimilhança ao inverter a ordem da narração. O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas apresenta certa distância entre os fatos narrados e o tempo de narração. Sendo assim, leia os fragmentos abaixo e responda. I-Os detalhes dos fatos narrados podem não ser, exatamente, como aconteceram. PORQUE II- Os fatos narrados sofrem o desgaste do tempo. Estão sujeitos ao processo seletivo da memória. CAPÍTULO PRIMEIRO / ÓBITO DO AUTOR "Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco." http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/? action=download&id=28178 O texto apresentado é um fragmento do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Trata-se de uma narrativa de memória que apresenta um defunto-autor. O que isto significa? O autor rompe com a verossimilhança porque apresenta uma distância temporal entre o tempo de narração e a narrativa. O autor rompe com a verossimilhança ao comparar Brás Cubas com Moisés. O autor não rompe com a verossimilhança em nenhum momento. 6. Há, em toda a narrativa, um processo de construção e desconstrução. O discurso do narrador-personagem relativiza conceitos e questões éticas. Brás Cubas é um narrador nada confiável. Para cada afirmação que faz, apresenta uma negação. O fato do narrador afirmar e negar o tempo todo, atribui veracidade ao que está sendo contado. Assegurando a relação entre o texto literário e a sociedade que o produziu, o romance faz alusões, por meio do narrador-personagem, à aristocracia, que, sem projeto, vive no vazio. Gabarito Comentado 7. É importante identificar quem são os leitores, a que tempo está direcionada. É importante identificar quem são os leitores, a que espaço está direcionada. É importante identificar quem são os leitores, a que momento histórico está direcionada. É importante identificar quem são os leitores, a que público está direcionada. É importante identificar quem são os leitores, a que geração está direcionada. Gabarito Comentado 8. No romance, o resgate de fragmentos do passado, através da memória, permite-se viver de novo os fatos, mas de forma organizada. A narrativa organiza tudo aquilo que, na vida, é bagunçado. Quando o narrador tenta fazer essa arrumação dos fatos da vida, dá maior nitidez aos acontecimentos, dá sentido àquilo que, na vida real, acontece de forma tão desordenada. São fatos selecionados pela memória e organizados pelo discurso, como exemplo, temos o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Sobre esse romance, é incorreto afirmar: Devemos lembrar que toda obra literária está inserida num processo de produção e consumo.Com base nesta afirmação, assinale a alternativa que complementa corretamente o que foi apontado: Denuncia o descaso do governo com relação à saúde e ao ensino, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim" Denuncia o descaso do governo na distribuição de terras, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim". Denuncia o descaso do governo com relação às pessoas da zona rural, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim". Denuncia a falta de educação uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim". Denuncia o descaso do governo com relação às pessoas que produzem na zona rural, uma vez que, segundoMonteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim". 1a Questão (Ref.: 201701893015) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) Urupês "Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, maravilhoso epítome de carne onde se resumem todas as características da espécie. Hei-lo que vem falar ao patrão. Entrou, saudou. Seu primeiro movimento após prender entre os lábios a palha de milho, sacar o rolete de fumo e disparar a cusparada d'esguicho, é sentar-se jeitosamente sobre os calcanhares. Só então destrava a língua e a inteligência. - 'Não vê que' De pé ou sentado as ideias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa. De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para "aquentá-lo", imitado da mulher e da prole. Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostas um cabo de foice, fazê-lo noutra posição será desastre infalível. Há de ser de cócoras. Nos mercados, para onde leva a quitanda domingueira, é de cócoras, como um faquir do Bramaputra, que vigia os cachinhos de brejaúva ou o feixe de três palmitos. Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade! Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo..." . (Monteiro Lobato "Urupês " ed. Brasiliense, 2004. p. 166-170) EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA "E aqui aproveito o lance para implorar perdão ao pobre Jeca. Eu ignorava que eras assim, meu Tatu, por motivo de doença. Hoje é com piedade infinita que te encara quem, naquele tempo, só via em ti um maparreiro de marca. Perdoas? " (Monteiro Lobato. Urupês. São Paulo: Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923, p.VII. Nos dois excertos da personagem 'Jeca Tatu', de Monteiro Lobato, como única opção correta, com base no segundo, pode-se dizer que o autor? Leia o poema de Vinícius de Moraes: A rosa de Hiroxima Pensem nas crianças Mudas telepáticas Pensem nas meninas Cegas inexatas Pensem nas mulheres Rotas alteradas Pensem nas feridas Como rosas cálidas Mas, oh, não se esqueçam Da rosa da rosa Da rosa de Hiroshima A rosa hereditária A rosa radioativa Estúpida e inválida A rosa com cirrose A anti-rosa atômica Sem cor sem perfume Sem rosa, sem nada (Vinicius de Moraes. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998, p.381.) Com base no poema acima, assinale a única assertiva que poderia explicar o nome do poema e a comparação que é feita? Compara todos os excluídos com uma rosa sem perfume. Compara o álcool com a cirrose hepática. Compara as crianças vítimas de abuso e o silêncio. Compara meninas cegas com pessoas que não enxergam a realidade. Compara o cogumelo da explosão atômica com uma rosa aberta. Gabarito Comentado 2a Questão (Ref.: 201701900525) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) Embora a letra de música não seja um gênero literário, é um gênero textual que dialoga, estreitamente, com a literatura. Tanto quanto um poema, a letra de música pode exercer a função de veículo de denúncias sociais. Sendo assim, após a leitura do texto apresentado, marque a alternativa que revela o questionamento apresentado no refrão. Não me convidaram Pra esta festa pobre Que os homens armaram Pra me convencer A pagar sem ver Toda essa droga Que já vem malhada Antes de eu nascer Não me ofereceram Nem um cigarro Fiquei na porta Estacionando os carros Não me elegeram Chefe de nada O meu cartão de crédito É uma navalha Brasil! Mostra tua cara Quero ver quem paga Pra gente ficar assim Brasil! Qual é o teu negócio? O nome do teu sócio? Confia em mim http://letras.mus.br/cazuza/7246/ O refrão apresenta, através da frase "Confia em mim", um sentimento de confiança, de esperança de dias melhores. O refrão revela, através de palavras como negócio e sócio, que se trata de um país próspero e gerenciador de boas relações. O refrão apresenta um conformismo do povo diante do cenário social apresentado. O refrão apresenta a imagem de um país em evolução financeira, pois gerencia muitos negócios. O refrão, através da frase "Brasil! Mostra tua cara", revela uma tentativa de busca da identidade nacional. Gabarito Comentado 3a Questão (Ref.: 201702094044) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico, cuja acidez incide sobre a figura humana e a sociedade como um todo. O casamento do diabo Satã teve um dia a idéia De casar. Que original! Queria mulher não feia, Virgem corpo, alma leal. (...) Casar era a sua dita; Correu por terra e por mar, Encontrou mulher bonita E tratou de a requestar. (...) Ele quis, ela queria, Puseram mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. (...) Passou-se um ano, e ao diabo, Não lhe cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim. Toma um conselho de amigo, Não te cases, Belzebu; Que a mulher, com ser humana É mais fina do que tu. Em O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, Machado dialoga com a realidade tendo como tema: a religião a riqueza e a pobreza a relação homem e mulher a vida e a morte a diferença social Gabarito Comentado 4a Questão (Ref.: 201701584872) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) A partir da leitura da primeira estrofe de Poema de sete faces, de Carlos Drummond de Andrade, identifique o significado que o eu lírico dá ao terceiro verso. Quando nasci, um anjo torto desses que vivem na sombra disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. De Alguma poesia (1930)http://www.horizonte.unam.mx/brasil/drumm1.html O eu lírico revela o poeta como um desajustado social. O eu lírico revela o poeta como um predestinado ao sucesso. O eu lírico afirma que ser poeta é estar no centro dos interesses sociais. . O eu lírico define a condição de poeta como algo promissor. O eu lírico define a profissão de poeta com algo diferente e sujeito à inquietações e a um caminho difícil de ser trilhado. Gabarito Comentado 5a Questão (Ref.: 201701584875) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) A música e a literatura caminham de mãos dadas. A letra de música é um gênero textual que apresenta lirismo. Assinale a alternativa que justifica essa afirmação. Na letra de música e no poema, existe um olhar singular, uma forma única de sentir o mundo. A letra de música, assim como o poema, revela o homem numa condição distante da realidade. A letra de música, assim como o poema, afasta o leitor da realidade. A letra de música, assim como o poema, revela sempre um descontentamento com o mundo que nos cerca. A letra de música, assim como o poema, gera o sonho, pois apresenta alto grau de subjetividade. Gabarito Comentado 6a Questão (Ref.: 201701593423) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) Considere o poema de Gullar transcrito abaixo e marque a alternativa que não está em conformidade com o que diz o poema. Meu povo, meu poema Meu povo e meu poema crescem juntos como cresce no fruto a árvore nova. No povo meu poema vai nascendo como no canavial nasce verde o açúcar. No povo meu poema está maduro como o sol na garganta do futuro. Meu povo em meu poema se reflete como a espiga se funde em terra fértil. Ao povo seu poema aqui devolvo menos como quem canta do que planta. A segunda e a terceira estrofes apresentam um movimento, em que o povo agora é o próprio espaço onde rebenta o poema, é a própria terra nutriente que concebe e alimenta o broto. Partindo da palavra povo, o poema se constituirá a fim de retornar ao seu ponto de origem. No título se anuncia o ritmo inicial de cada uma das cinco estrofes do texto, em cujo primeiro verso surge sempre o substantivopovo. Na primeira das cinco estrofes, povo e poema possuem crescimento simultâneo; sua forma de crescer é igual à da árvore que, em forma de semente, de vida potencial, repousa no interior do fruto. A intenção do autor é clara: colocar a palavra povo no início de cada estrofe, com a mesma função sintática, ou seja, objeto indireto. Gabarito Comentado 7a Questão (Ref.: 201701893010) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) Leia, abaixo, o poema de Carlos Drummond de Andrade e assinale a única alternativa que reflete o sentimento do Eu lírico. Os Inocentes do Leblon Os inocentes do Leblon não viram o navio entrar. Trouxe bailarinas? trouxe imigrantes? trouxe um grama de rádio? Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram, mas a areia é quente, e há um óleo suave que eles passam nas costas, e esquecem. (Carlos Drummond de Andrade - http://drummond.memoriaviva.com.br/alguma-poesia/inocentes-do-leblon/) Crítica ao tráfico Crítica ao contrabando Crítica à elite Crítica ao tráfico de mulheres Crítica à censura Gabarito Comentado 8a Questão (Ref.: 201702099972) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0) Os versos a seguir são do poeta, cronista e compositor Vinícius de Moraes e fazem parte do poema "A um passarinho". Vinícius pertenceu à geração de Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Jorge de Lima e Murilo Mendes, todos de grande destaque na poesia brasileira a partir da década de 1930. Para que vieste/ Na minha janela/ Meter o nariz?/ Se foi por um verso/ Não sou mais poeta/ Ando tão feliz! Neste versos, o eu lírico encontra-se: animado, disposto a criar versos, pois associa a inspiração poética ao estado de felicidade. agressivo e irritado com o incômodo causado pelo canto feliz do passarinho, uma vez que o eu lírico está indeciso quanto a ser ou não ser poeta. reflexivo e repleto de indagações existenciais que se dirigem à natureza, no caso, ao passarinho. interrogativo, com muitas dúvidas a respeito da felicidade e escolhe o passarinho como o seu interlocutor privilegiado. feliz e decidido, o eu lírico renuncia ao posto de poeta, visto que condiciona a atividade de escrever versos ao estado de tristeza.
Compartilhar