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Prévia do material em texto

1.
 transformar a realidade, servindo-se dela como modelo
nele predominar a função referencial da linguagem
Não ser subjetivo
ser composto de uma linguagem denotativa, que impede a 
plurissignificação
Impedir um diálogo com a realidade, já que não tem relação com ela
Gabarito Comentado
2.
O texto literário distingue-se notadamente pelo fato de:
Observe, no poema Procura da poesia, como o poeta Carlos Drummond de Andrade
descreve o escritor entrando no ¿reino das palavras¿. Procura da poesia Não faças 
versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante 
dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os 
aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse
excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de 
bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus 
sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas
e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto 
não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de
passagem; rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza
nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada 
significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não 
dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te 
aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, 
vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. 
Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho 
e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal 
não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam
ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na 
superfície inata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus 
poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência, se obscuros. Calma, se te provocam. 
Espera que cada um realize e consuma com seu poder de palavra e seu poder de 
silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o 
poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma 
definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada
uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela 
resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de 
melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e 
impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo. 
ANDRADE, Carlos Drurmmond de. Poesia completa & prosa. Rio de Janeiro:José 
Aguilar,1973. Após a sua leitura podemos afirmar que texto apresenta:
Subjetividade: expressão pessoal de experiências, emoções e sentimentos
Ficcionalidade: os textos não fazem, necessariamente, parte da realidade
Função estética: o artista procura representar a realidade a partir da sua visão
Referencialidade: o autor usa as palavras no sentido denotativo
 Plurissignificação: nos textos literários as palavras assumem diferentes significados
3.
É dotado de caráter objetivo
É composto por uma narrativa 
É isento de emotividade
É predominantemente referencial
 É composto por uma linguagem poética
Gabarito Comentado
4.
A estrofe abaixo foi retirada de um dos sonetos camonianos mais conhecidos. 
Leia com atenção e responda ao questionamento proposto.
Amor é fogo que arde sem se ver;
É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente;
É dor que desatina sem doer.
Podemos perceber que o texto acima é um texto literário, pois: 
 
A suave adaptação do índio após a colonização
 A dolorosa adaptação do branco ao modo de vida do índio
A incapacidade do índio de demonstrar as suas insatisfações
A silenciosa e pacificada tática de resistência aos brancos desenvolvida pelo índio
 A opressão e o abandono sofridos pelo índio.
Gabarito Comentado
5.
É fechado ao leitor, que necessita se interar das intenções do autor
 É construído na interação texto-sujeitos e não algo que preexista a essa interação
Deve ser interpretado pelo sentido atado ao significado das palavras
Segue sempre um plano preexistente determinado pelo autor
Tem sempre possibilidades de leitura limitadas
Gabarito Comentado
6.
Leia o poema abaixo, pensando na relação texto/ autor e responda.
 O último pajé 
Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o 
velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, 
disperso e profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape 
ensangüentado, Que outrora erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão 
valente, Errante, perseguida cruelmente, Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã 
mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho e a calva sobranceira Para
beijar a terra brasileira." 
Péthion de Villar.( A morte do pajé. 1978.) 
Com base na leitura de todo o poema, o sentido que a expressão "Na sua dor, 
tragicamente muda" refere-se a: 
23. Quanto ao sentido podemos dizer que um texto: 
 Processo histórico e ideológico de criação
Processo de universalização da literatura
Processo de autopromoção da figura do autor
Processo de desmonte do texto literário
Processo de manipulação das perspectivas do leitor 
7.
Aponta que o texto literário não deve ser utilizado com linguagem subjetiva, por não 
ser o espaço ideal para tal.
Identifica o processo de criação literária com o da redação de uma constituição.
Expõe a objetividade da criação literária.
 Revela a relação que existe entre ficção e realidade no processo criativo do autor e o seu efeito no leitor.
Isola autor e leitor em prol de uma obra independente de ambos.
Gabarito Comentado Gabarito Comentado
8.
Leia a declaração João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função 
de seus textos:
 "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; falo somente 
do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por quem falo: o 
homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo somente para 
quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da miséria no 
Nordeste."
 Marque a alternativa em que ocorra a identificação do processo também 
constituído pelo discurso literário, mencionado pelo autor:
Autopsicografia 
O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente. 
E os que lêem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm.
 
Nas duas estrofes extraídas do poema Autopsicografia, Fernando Pessoa: 
blablabla
A linguagem pode ser separada do tema, e o escritor deve ser o delator do fato social 
para todos os leitores
A linguagem do texto não deve ter relação com o tema, e o autor deve ser imparcial 
para que seu texto seja lido
O escritor deve saber separar a linguagem do tema e a perspectiva pessoal da 
perspectiva do leitor
 A linguagem do texto deve refletir o tema, e a fala do autor deve denunciar o fato socialpara determinados leitores
 1a Questão (Ref.: 201701360557) Acerto: 1,0 / 1,0
Como exemplo de texto literário temos:
o relatório
o ensaio político
a reportagem jornalística
 o romance
a crítica de arte
 Gabarito Comentado.
 2a Questão (Ref.: 201701359118) Acerto: 1,0 / 1,0
No processo de construção literária, o autor vale-se do exercício diferenciado com a linguagem. A linguagem 
literária - aquela que sustenta o exercício da Literatura - se diferencia das demais porque:
 É conotativa, abrindomuitas possibilidades de entendimentoe interpretação
É denotativa, permitindo varias interpretações
É denotativa e, ao mesmo tempo,conotativa
É conotativa, próxima à redação científica
É referencial como nos textos jornalísticos
 3a Questão (Ref.: 201701359120) Acerto: 1,0 / 1,0
Leia o que disse João Cabral de Melo Neto, poeta pernambucano, sobre a função 
de seus textos. "Falo somente com o que falo: a linguagem enxuta, contato denso; 
falo somente do que falo: a vida seca, áspera e clara do sertão; falo somente por 
quem falo: o homem sertanejo sobrevivendo na adversidade e na míngua. Falo 
somente para quem falo: para os que precisam ser alertados para a situação da 
miséria no Nordeste." Para João Cabral de Melo Neto, no texto literário:
É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura?
Sim, apesar do conceito de literatura anular o conceito de cultura
Não, pois não podemos avaliar essa questão tendo a literatura como parte do problema
Não, pois a literatura não tem nenhuma relação com a perspectiva cultural
Não, pois a literatura afasta-se da noção de cultura, pois a visão do autor é particular
 Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a existência daquela
 Gabarito Comentado.
 4a Questão (Ref.: 201701567519) Acerto: 1,0 / 1,0
"A literatura é um tipo de discurso que representa o real". Dentro do universo das representações temos conceitos 
básicos como a mímesis e catársis. Assinale a alternativa que representa o conceito básico de mímesis.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário, mas não filosófico que serve para explicar a 
arte.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário que serve para explicar a arte.
 Termo grego que significa imitação. Não é um conceito literário, mas filosófico que serve para explicar a 
arte.
Termo grego que significa imitação. É filosófico que não serve para explicar a arte.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário e filosófico que serve para explicar a arte.
 Gabarito Comentado.
 5a Questão (Ref.: 201701358938) Acerto: 1,0 / 1,0
Qual das afirmativas abaixo NÃO se aplica à epopéia?
A epopéia é a expressão narrativa de um universo aristocrático, cujo herói é eminente guerreiro. Sendo 
metonímico, este é espelho em que se projeta e se reconhece a identidade de um determinado grupo 
social.
Os temas são universais e procura-se exaltar, em tom solene e ânimo inalterável, os sentimentos coletivos, 
através dos atos heróicos individuais. Identifica-se no herói a bravura e o humanismo de uma raça
A epopéia é uma narrativa em versos longos eloquentes em que o narrador canta os grandes feitos de um 
indivíduo ou de um povo
 O humor é um elemento inquestionável na composição da epopéia
Há sempre um núcleo narrativo sustentando a estrutura da epopéia, concedendo-lhe princípio, meio e fim
 6a Questão (Ref.: 201701359141) Acerto: 1,0 / 1,0
Os heróis(...) jamais avançam sozinhos, são sempre conduzidos. Daí a profunda certeza de sua 
marcha:abandonados por todos, podem eles chorar de tristeza em ilhas desertas, podem cambalear até os portais 
do inferno no mais profundo descaminho da cegueira ¿ sempre os envolve essa atmosfera de segurança, do deus 
que traça os caminho do herói e toma-lhe a frente na caminhada¿. (LUKÁCS, G. A teoria do romance. Editora 34. 
2009. p.88). Ao lermos a citação mencionada, percebemos que o autor refere-se ao
Leitor dos romances
 Herói épico
Narrador das epopéias
Leitor da epopéia
Narrador dos romances
 7a Questão (Ref.: 201701358969) Acerto: 1,0 / 1,0
Há de notar que o romance tornou-se gênero preferencial a partir do Romantismo, por isso ficando o termo 
romance associado a este. Entretanto o Realismo teria no romance sua base fundamental, pois apenas este 
permitia a minúcia descritiva, que exporia os problemas sociais.
As afirmações acima chamam a atenção para o fato de o romance estar:
 em um processo constante de formação
à beira da extinção
sempre ligado à nobreza
em constante distanciamento da realidade
fadado ao esquecimento
 8a Questão (Ref.: 201701360558) Acerto: 1,0 / 1,0
Qual das características abaixo NÃO diz respeito ao romance.
O romance, enquanto discurso, enfoca o indivíduo nos seus mais variados aspectos
O tempo do romance é o presente.
O romance discute e contemporaneidade.
 O romance tem a sua temática baseada nas lendas e na memória do povo.
A fonte do romance é o tempo presente
 Gabarito Comentado.
 9a Questão (Ref.: 201701358973) Acerto: 1,0 / 1,0
Qual das afirmativas abaixo não se refere ao conto?
Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão
 Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à complexidade de seus temas
Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, personagens, ponto de vista e enredo
Cria um universo de seres e acontecimentos de ficção, de fantasia ou imaginação
O conto é uma obra de ficção, um texto ficcional
 Gabarito Comentado.
 10a Questão (Ref.: 201701893050) Acerto: 1,0 / 1,0
Sobre o estudo do conto feito em nossas aulas, qual a única das assertivas abaixo que atende ao que
foi apresentado sobre este tema?
 
 
 O conto precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade.
 
O conto tem características estruturais iguais às da novela e do romance.
O conto é a forma descritiva, em prosa, de menor extensão.
 
O conto de menor extensão deve parecer com a novela.
 
O conto versa sobre um único assunto e não é classificado por tipo.
1.
a escrita baseada na versificação
a narrativa no presente
a composição baseada em rima alternadas
 a libertação promovida pela criação artística
 a imitação da realidade no ambiente literário
2.
 Isso acontece pois a linguagem do texto literário é ambígua e sofre constante atualização
A afirmação é incorreta, pois para que uma obra literária sobreviva, é constituída por uma 
linguagem impenetrável
A afirmação é invalida, pois a linguagem do texto literário é incalculável
Isso acontece, pois o texto literário em relação à linguagem, mas não à leitura
 A afirmação é correta, pois para que uma obra literária sobreviva ela, é constituída por uma linguagem impenetrável
Podemos definir catharsis como:
O processo mimético é capaz de estabelecer diferentes interpretações do texto. Em relação 
ao que foi dito, podemos afirmar que:
 Gabarito Comentado
3.
 ironia
elogio
repulsa
desconfiança
desprezo
 Gabarito Comentado
4.
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion 
confirma a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion 
anula a realidade em que se baseia
Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion 
inverte a realidade em que se baseia
 Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion desfigura a realidade em que se baseia
 Mesmo situando seu conteúdo num plano imaginário, idealizado, simbólico, o poema de Péthion não desfigura a realidade em que se baseia
5.
adjetivação
observação
Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico, 
cuja acidez incide sobre a figura humana e a sociedade como um todo. O casamento do diabo 
Satan teve um dia a idéa De casar. Que original: Queria mulher não feia Virgem corpo, alma 
leal. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É 
mais fina do que tu. Cortou unhas, cortou rabo, Cortou as pontas, depois Sahio o nosso diabo, 
Como o heroe dos heroes. Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, 
como ser humano, É mais fina do que tu. Casar era a sua dita; Correo por terra e por mar,Encontrou mulher bonita E tratou de a sequestrar Toma um conselho de amigo Não te cases, 
Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Elle quis, ella queria Poseram 
mão sobre mão, E na melhor harmonia Verificou-se a união. Toma um conselho de amigo Não te
cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais fina do que tu. Passou-se um anno, e 
ao diabo Não se cresceram por fim, Nem as unhas, nem o rabo... Mas as pontas, essas sim... 
Toma um conselho de amigo Não te cases, Belzebú; Que a mulher, como ser humano, É mais 
fina do que tu. Machado de Assis Em O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o 
autor escreve em verso, Machado dialoga com a realidade sob a forma de:
O último pajé ¿Cheio de angústia e de rancor, calado, Solene e só, a fronte carrancuda, Morre o 
velho Pajé, crucificado Na sua dor, tragicamente muda. Vê-se-lhe aos pés, disperso e 
profanado, O troféu dos avós: a flecha aguda, O terrível tacape ensangüentado, Que outrora 
erguia aquela mão sanhuda. Vencida a sua raça tão valente, Errante, perseguida cruelmente, 
Ao estertor das matas derrubadas! 'Tupã mentiu!' e erguendo as mãos sagradas, Dobra o joelho
e a calva sobranceira Para beijar a terra brasileira." Péthion de Villar. A morte do pajé. 1978. 
Após a leitura do poema acima, podemos dizer que:
A Literatura e a vida real se confundem na medida em que fatos do dia a dia são reconhecíveis 
nas linhas dos romances e versos de poemas. Conflitos e tensões que atingem as pessoas são 
os mesmos que, através dos tempos, fazem parte da construção literária. O que foi dito, 
basicamente tem a ver com o conceito de:
pontuação
 catharsis
 mimeses
 Gabarito Comentado
6.
Não, pois a literatura afasta-se da noção de cultura, pois a visão do autor é particular
Sim, apesar do conceito de literatura anular o conceito de cultura
Não, pois não podemos avaliar essa questão tendo a literatura como parte do 
problema
Não, pois a literatura não tem nenhuma relação com a perspectiva cultural
 Sim, pois a matéria literária é a cultura, sendo essa o fator determinante para a existência daquela
 Gabarito Comentado
7.
Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos particulares a cada indivíduo 
isoladamente
 Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos e imagens validado na aceitação e adoção por parte de um grupo
Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos que procura aceitação por um 
grupo
Não se pode definir cultura, já que é um elemento de difícil percepção na sociedade 
humana
Trata-se de um conjunto de normas, símbolos e mitos impostos a um grupo por meio 
da validação da vontade de poucos
 Gabarito Comentado
8.
 Termo grego que significa imitação. Não é um conceito literário, mas filosófico que serve para explicar a arte.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário, mas não filosófico que serve para 
explicar a arte.
Termo grego que significa imitação. É filosófico que não serve para explicar a arte.
 Termo grego que significa imitação. É um conceito literário que serve para explicar a arte.
Termo grego que significa imitação. É um conceito literário e filosófico que serve para explicar a 
arte.
É possível dizer que existe uma relação viável entre literatura e cultura?
O que é cultura?
"A literatura é um tipo de discurso que representa o real". Dentro do universo das 
representações temos conceitos básicos como a mímesis e catársis. Assinale a alternativa que 
representa o conceito básico de mímesis.
1.
É uma narrativa de caráter heróico, grandioso
O texto épico é o espaço de representação da coletividade
 Neste universo narrativo, o homem só tem espaço como ser único, ou seja, como portador de uma individualidade
Expressa, sempre, o interesse nacional e social
Há, também, uma atmosfera maravilhosa onde o sobrenatural toma forma
 Gabarito Comentado
2.
As epopéias têm como temas recorrentes as guerras, viagens e aventuras.
O herói busca A superação dos limites humanos.
O herói representa e exalta sua nação.
 O herói questiona e critica os valores que exaltam a nação.
Há uma fusão entre o elemento histórico e o elemento maravilhoso.
 Gabarito Comentado
3.
 perpetuar, na memória, os valores da tradição, ou seja, aqueles valores que atravessam gerações
revelar que o autor é proveniente do povo
afirmar que não há o que aprender com a epopéia
mostrar que o autor dar relevo à historia da aristocracia e à história do povo
provar que a história das classes socialmente inferiores é mais importante da dos nobres
 Gabarito Comentado
4.
 herói
Quanto ao gênero épico, não podemos dizer que:
Sobre as marcas do gênero Épico clássico tradicional. É incorreto afirmar que:
Existe uma conexão mais profunda entre o narrador da epopéia e a classe social da qual ele 
provém. Em outras palavras, há uma intenção por trás do fato do narrador ter suas raízes na 
nobreza. Essa intenção é:
O ____________deve apresentar originalidade: Ele deve ser um modelo, suscitar a admiração 
ou o desgosto, o amor ou o ódio. É preciso provocar uma reação forte no íntimo do leitor(...). O
personagem deve ter certa proximidade com o leitor. Para que o leitor se identifique com o 
personagem, deve haver características comuns e gerais, próprias de todo ser humano (amor, 
sensibilidade, etc.).
Marque a alternativa que contenha o vocábulo que preencha corretamente a lacuna:
narrador
clímax
personagem
 enredo.
5.
épico, dramático e satírico
épico e lírico
narrativa, épico e lírico
 épico, dramático e lírico
dramático, lírico e poético
 Gabarito Comentado
6.
Um deus
Um camponês
 Um representante do povo
 Um representante da aristocracia
Um soldado
 Gabarito Comentado
7.
 Um total afastamento cronológico entre a ação e o a narração, já que não há como chegar a o passado heróico nacional de um povo.
Uma relação de crença no futuro já que é lá que a epopéia vai confirmar a sua 
veracidade
Que não há ligação entre a epopéia e o passado de um povo
 Uma essencial relação de simultaneidade, necessária a compreensão do enredo. Fatose narrativa acontecem ao mesmo tempo.
Que não há ligação entre a epopéia e a história de um povo, como elemento temporal
 Gabarito Comentado
8.
ação, personagens, maravilhoso, ironia
Os principais gêneros literários são:
Quem é o narrador da epopéia?
O tempo, como um dos elementos que forma a estrutura da epopéia, revela:
Marque a alternativa que apresente os elementos da epopéia:
ação, personagens, maravilhoso, pontuação
ação, métrica, maravilhoso, forma
 ação, personagens, maravilhoso, forma
drama, personagens, maravilhoso, forma
1.
O momento presente e a memória.
A representação do passado e o presente.
 O momento presente e os fatos atuais.
A representação do passado e os mitos e lendas.
O momento presente e os mitos e lendas.
 Gabarito Comentado
2.
 o romance pode ser visto com uma decorrência da epopéia em função do tempo, do espaço e do público
epopéia e romance são textos totalmente diferentes, não havendo entre eles qualquer relação
o romance deu origem à epopéia
epopéia e romance não diferem em nada. O que acontece é meramente uma mudança de nomes
 o romance assemelha-se à comédia em sua gravidade e profundidade
3.
 Ação , tempo, espaço, narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador.
Narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador.
Ação, foco narrativo ou ponto de vista do narrador, tempo e rima.
Ação , tempo, narração (narrador) e foco narrativo ou ponto de vista do narrador.
 Ação , tempo, espaço, e crítica social ou ponto de vista do narrador.
"Romance é o espaço em que se entrecruzam protótipos da vida real com toda a sua 
subjetividade.Trata-se de um tipo de discurso que revela o indivíduo em seus variados 
aspectos.". Podemos afirmar que o OBJETO e a FONTE do romance são :
Leia o texto abaixo:
O romance é a epopéia de uma era para a qual a totalidade extensiva da vida não é mais dada
de modo evidente, para a qual a imanência do sentido à vida tornou-se problemática, mas que
ainda assim tem por intenção a realidade. (LUKÁCS,G. A teoria do romance. Editora 34.2009)
 O trecho extraído da obra de Georg Lukács confirma-se quando percebemos que:
Qual é a estrutura básica do romance? Marque a alternativa que contenha os elementos 
dessa estrutura:
 
 Gabarito Comentado
4.
falta de aproximação entre a menina e a senhora, preocupada com as amigas
rejeição aos criados por parte da senhora, que preferia tratá-los com castigos
receptividade da senhora para com os padres, mas deselegante para com as beatas
 resistência da senhora em aceitar a liberdade dos negros, evidenciada no final do texto
ironia do padre a respeito da senhora, que era perversa com as crianças
 Gabarito Comentado
5.
o romance não tem apelo suficiente, pois é difícil de ser lido, afastando o ser humano em geral
o romance tende a perder a sua força, já que o distanciamento da realidade é a sua maior 
característica.
a força do romance varia de acordo com as palavras que o povoam.
 a força do romance está no fato de sua estrutura estar baseada no real e no modo como ele é visto e reproduzido pelo autor.
 a força do romance está no distanciamento que se materializa nas suas entrelinhas, devido ao autor realidade.
6.
Leia o fragmento abaixo de Monteiro Lobato.
Negrinha Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fosca, mulatinha escura, de 
cabelos ruços e olhos assustados.Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos 
vivera-os pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre 
escondida, que a patroa não gostava de crianças.Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona 
do mundo, amimada dos padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no 
céu. Entaladas as banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, 
recebia as amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em 
suma, dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral, dizia o reverendo. 
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva (...). A excelente Dona
Inácia era mestre na arte de judiar das crianças. Vinha da escravidão, fora senhora de escravos,
e daquelas ferozes, amigas de aquelas de ouvir cantar o bolo e fazer estalar o bacalhau. Nunca 
se afizera ao novo regime, essa indecência de negro igual.
A narrativa focaliza um momento histórico-social de valores contraditórios. Essa condição infere-
se no contexto, pela:
O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem 
modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto 
das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Nesse sentido, 
podemos dizer que
romance e crítica
 epopéia e romance
prosa e ficção
 prosa e poesia
realidade e ficção
 Gabarito Comentado
7.
é um gênero de desinformação constante, já que se baseia na fuga da realidade.
é um gênero sem identidade, pois não é possível defini-lo.
é um gênero em contradição constante, pois a realidade não o afeta
 é um gênero em formação constante, atualizando-se a cada experiência de redação e leitura.
é um gênero acessível para uma classe de leitores especificamente eruditos.
8.
Leia o texto abaixo:
O verso trágico é duro e cortante, isola e cria distâncias. Ele reveste os heróis com toda a 
profundidade de sua solidão oriunda da forma, não permite surgir entre eles outras relações 
que não as de luta e aniquilação; em sua lírica podem ressoar o desespero a e embriaguez do 
caminho e do fim (...) jamais irromperá como por vezes a prosa o permite um trato 
puramente humano e puramente psicológico entre os personagens, jamais o desespero se 
tornará elegia e a embriaguez, aspiração por suas próprias alturas (...) (Lukács, G. A teoria do 
romance. Editora 34. 2009)
No trecho acima citado, Lukács aponta para uma diferenciação entre:
O romance é uma mistura, um condensado de ficção e realidade. Estes dois critérios devem 
modelar-se e articular-se de maneira equilibrada. A coesão, a força do romance, provém tanto 
das qualidades de imaginação quanto da análise dos fatos reais do autor. Análise, pressupõe 
auto-análise, na qual se deve interrogar-se sobre seus próprios sentimentos, sua maneira de 
viver, de sentir as coisas. É necessário analisar sua relação pessoal com o mundo e com os 
outros (no passado, no presente e no futuro). Qual é a evolução individual dos personagens no 
que se refere a sexo, idade, sociedade, lugares onde vive, etc. Análise objetiva da existência: 
viver, amar, sofrer, morrer. Interrogar-se sobre o sentido da existência humana (fora de todo 
contexto de sexo ou idade). Analise dos fatos históricos, sociais, etc., segundo a época e o lugar
escolhido: é indispensável respeitar um mínimo de autenticidade (não hesitar na utilização de 
documentos caso necessário, os quais podem ser encontrados numa biblioteca ou em revistas 
especializadas).
A partir da leitura do texto acima, marque a alternativa que define corretamente romance:
possibilita vínculos pessoais duradouros e encontros casuais
promove o anonimato e a segregação social
 desperta sensações contraditórias e desejos de reconhecimento
favorece o cultivo da intimidade e a exposição dos dotes físicos
 propicia o sentido de comunidade e a exibição pessoal
1.
representações generalizadas acerca da vida de membros da sociedade por seus trabalhos e vida 
cotidiana
 apresentação da vida de uma personalidade, organizada sobretudo pela ordem tipológica da narração, com um estilo marcado por linguagem objetiva
questões controversas e fatos diversos da vida de personalidade histórica, ressaltando sua 
intimidade familiar em detrimento de seus feitos públicos
 explicações da vida de um renomado escritor, com estrutura argumentativa, destacando como tema seus principais feitos
fatos ficcionais relacionados a outros de caráter realista relativos à vida de um renomado escritor
2.
romance - conto
conto - resumo
TEXTO I
Eu amo a rua. Esse sentimento de natureza toda íntima não vos seria revelado por mim se não 
julgasse, e razões não tivesse para julgar, que este amor assim absoluto e assim exagerado é 
partilhado por todos vós. Nós somos irmãos, nós nos sentimos parecidos e iguais; nas cidades, 
nas aldeias, nos povoados, não porque soframos, com a dor e os desprazeres, a lei e a polícia, 
mas porque nos une, nivela e agremia o amor da rua. É este mesmo o sentimento 
imperturbável e indissolúvel, o único que, como a própria vida, resiste às idades e às épocas. 
RIO, J. A alma encantadora das ruas. São Paulo: Companhia das Letras, 2008 (fragmento)
TEXTO II
 A rua dava-lhe uma força de fisionomia, mais consciência dela. Como se sentia estar no seu 
reino, na região em que era rainha e imperatriz. O olhar cobiçoso dos homens e o de inveja das 
mulheres acabavam o sentimento de sua personalidade, exaltavam-no até. Dirigiu-se para a rua
do Catete com o seu passo miúdo e sólido. [...] No caminho trocou cumprimento com as 
raparigas pobres, ela continuou o seu caminho arrepanhando as saias que nem uma 
duquesaatravessando os seus domínios. BARRETO, L. Um e outro. In: Clara dos anjos. Rio de 
Janeiro: Ed Mérito(fragmento)
 A experiência urbana é um tema recorrente em crônicas, contos e romances do séculoXIX e do 
XX muitos dos quais elegem a rua para explorar essa experiência. Nos fragmentos I e II, a rua 
é vista, respectivamente,como lugar que:
Joaquim Machado de Assis, cronista, contista, dramaturgo, jornalista, poeta, novelista, 
romancista, crítico e ensaísta nasceu no Rio de Janeiro, em 21 de Junho de 1839. Filho de um 
operário mestiço de negro e português, Francisco José de Assis, aquele que viria a tornar-se o 
maior escritor do país e um mestre da língua, perde a mãe muito cedo e é criado pela 
madrasta, Maria Inês, também mulata, que se deica ao menino dedica ao menino e o matricula 
na escola pública, única que freqüentou o auto didata Machado de Assis. Considerando os seus 
conhecimentos sobre os gêneros textuais, o texto citado constitui-se de:
O ______ é a forma narrativa, em prosa, de menor extensão (no sentido estrito de tamanho). 
Entre suas principais características, estão a concisão, a precisão, a densidade, a unidade de 
efeito ou impressão total ¿ da qual falava Poe (1809-1849) e Tchekhov (1860-1904): o 
______precisa causar um efeito singular no leitor; muita excitação e emotividade. Os termos 
que melhor preencheriam os espaços acima são:
 conto - conto
romance - romance
romance - capítulo
 Gabarito Comentado
3.
 A descrição detalhada dos cenários onde a narrativa se desenrola
 O embate entre os personagens
A descrição do estado emocional dos personagens
O número de linhas que formam o conto
O narrador garante a unidade do Conto
 Gabarito Comentado
4.
 uma narrativa que, geralmente, trata de uma situação que se desenrola diretamente.Sem pausas
 uma narrativa de dimensões reduzidas, centrada na caracterização dos personagens
uma narrativa de dimensões variáveis, criada para informar o leitor
uma narrativa que não tem características que se liguem às noções de tempo e 
espaço
uma narrativa predominantemente lírica, montada em versos livres
 Gabarito Comentado
5.
O leitor gosta de narrativas longas
Neste tipo de narrativa o tempo passa arrastado
Nem se questiona o quesito tempo nesta narrativa
 Tudo, neste tipo de narrativa, se passa em um tempo curtíssimo. São, apenas, algumas horas ou dias
O autor do conto n.ao tem noção de tempo
"As unidades requeridas de ação, tempo, lugar e tom só podem estabelecer-se com poucas
personagens. Só não existe o conto com uma única personagem. Se uma só aparecer, outra
figura deve estar atuando para a formulação do conflito. Por fim, as personagens tendem a ser
estáticas, imóveis no tempo, no espaço e na personalidade. Figura-se uma tela em que se fixa
plasticamente o apogeu de uma situação humana." (Moisés, p.127). MOISÉS, Massaud. A
Criação Literária. São Paulo: Melhoramentos, 1973, p.127.
 O que garante ao conto uma unidade de ação?
O que é o conto?
Sabemos que o conto é uma narrativa que é elaborada a partir do trabalho peculiar em 
relação ao tempo, ao espaço e aos personagens. Assim sendo, como podemos definir a 
temporalidade trabalhada no conto?
 Gabarito Comentado
6.
O conto tem uma estrutura fechada, desenvolve uma história e tem apenas um 
clímax
 O conto tem uma estrutura que só se desenvolve satisfatoriamente num elevado número de páginas
O conto é mais curto que a novela ou o romance
O conto é conciso
Num romance, a trama desdobra-se em conflitos secundários, o que não acontece 
com o conto
 Gabarito Comentado
7.
Falsa. No conto, o que importa é a descrição pormenorizada do cenário
Falsa. O conto está diretamente ligado à etensão da Epopéia
Falsa. Esse tipo de questionamento não se aplica ao conto
 Correta. O conto é um momento textual sem muitas peripécias ou relações psicológicas mais profundas
Correta. O conto não se enquadra em qualquer regra ou padrão
 Gabarito Comentado
8.
Como todos os textos de ficcção, o conto é longo. Sua extensão deve-se à 
complexidade de seus temas
 Classicamente, diz-se que o conto se define pela sua pequena extensão
A total compreensão de um conto depende do acompanhamento das rimas internas
O conto é um relatório baseado na realidade
Como todos os textos de ficção, o conto apresenta um narrador, ponto de vista e 
enredo
 1a Questão (Ref.: 201701360488) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
Qual das características abaixo não diz respeito ao Conto?
O conto deve ser simples, sem grandes complicações ou jogos psicológicos profundos e 
complexos. Essa afirmativa é:
Qual das afirmativas abaixo se refere ao conto?
A relação entre a crônica e a realidade baseia-se em:
uma visão romântica da realidade que dá ao texto uma sentimentalidade profunda.
uma recuperação total e distanciada da realidade, aproximando a da reportagem.
uma seleção de fatos históricos que preservem a memória de um povo.
 um resgate do folclore popular para preservá-lo para as novas gerações
 c) uma captação de fatos do cotidiano que é revestido de fantasia e imaginação.
 2a Questão (Ref.: 201701950810) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
O Padeiro
Levanto cedo, faço minhas abluções, ponho a chaleira no fogo para fazer café e abro a porta do apartamento, mas
não encontro o pão costumeiro. No mesmo instante me lembro de ter lido alguma coisa nos jornais da véspera
sobre a "greve do pão dormido". De resto não é bem uma greve, é um lock-out, greve dos patrões, que
suspenderam o trabalho noturno; acham que obrigando o povo a tomar seu café da manhã com pão dormido
conseguirão não sei bem o quê do governo.
Está bem. Tomo o meu café com pão dormido, que não é tão ruim assim. E enquanto tomo café vou me lembrando
de um homem modesto que conheci antigamente. Quando vinha deixar o pão à porta do apartamento ele apertava
a campainha, mas, para não incomodar os moradores, avisava gritando:
 Não é ninguém, é o padeiro!
Interroguei-o uma vez: como tivera a ideia de gritar aquilo?
"Então você não é ninguém?"
http://pensador.uol.com.br/autor/rubem_braga/
O fragmento apresentado faz parte da crônica O Padeiro, de Rubem Braga. Quais são as informações dadas que 
possibilitam a classificação do texto como crônica?
 O descontentamento do povo que ficou sem o pão matinal.
A suspensão do trabalho noturno.
 Aspectos comuns do cotidiano como, por exemplo, colocar a chaleira no fogo.
A imaginária insignificância do padeiro.
 Informações sobre a greve dos patrões.
 
 Gabarito Comentado
 3a Questão (Ref.: 201701950743) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
A crônica é uma forma de narrar que utiliza o jornal como veículo de divulgação. No
entanto, por que não podemos considerá-la como um texto, exclusivamente, jornalístico?
 Porque apresenta o uso excessivo da formalidade da língua.
 
Porque se trata de um texto que seleciona os fatos do cotidiano e os reveste de
imaginação.
 Porque os fatos narrados estão, por séculos, distantes do tempo de narração.
Porque o leitor sempre duvida da veracidade dos fatos narrados.
Porque apresenta fatos distantes da realidade.
 
 Gabarito Comentado
 4a Questão (Ref.: 201701950719) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
 Qual das alternativas apresenta uma característica da crônica que a aproxima do gênero
lírico?
 A subjetividade
 
A objetividade
A ausência de narrador
 
 A brevidade da narrativa
A ausência de personagens
 Gabarito Comentado Gabarito Comentado Gabarito Comentado
 5a Questão (Ref.: 201701900719) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
Vamos Acabar Com Esta Folga
Stanislaw Ponte Preta
(Sérgio Porto)
O negócio aconteceu num café. Tinha uma porção de sujeitos, sentados nesse café, tomando 
umas e outras. Havia brasileiros, portugueses, franceses, argelinos, alemães, o diabo.
De repente, um alemão forte pra cachorro levantou e gritou que não via homem pra ele ali 
dentro. Houve a surpresa inicial, motivada pelaprovocação e logo um turco, tão forte como o 
alemão, levantou-se de lá e perguntou:
-Isso é comigo?
- Pode ser com você também - respondeu o alemão.
Aí então o turco avançou para o alemão e levou uma traulitada tão segura que caiu no chão. 
Vai daí o alemão repetiu que não havia homem ali dentro pra ele. Queimou-se então um 
português que era maior ainda do que o turco. Queimou-se e não conversou. Partiu para cima 
do alemão e não teve outra sorte. Levou um murro debaixo dos queixos e caiu sem sentidos.
O alemão limpou as mãos, deu mais um gole no chope e fez ver aos presentes que o que dizia 
era certo. Não havia homem para ele ali naquele café. Levantou-se então um inglês troncudo 
pra cachorro e também entrou bem. E depois do inglês foi a vez de um francês, depois de um 
norueguês etc. etc. Até que, lá do canto do café levantou-se um brasileiro magrinho, cheio de 
picardia para perguntar, como os outros:
- Isso é comigo?
O alemão voltou a dizer que podia ser. Então o brasileiro deu um sorriso cheio de bossa e veio 
vindo gingando assim pro lado do alemão. Parou perto, balançou o corpo e... pimba! O alemão 
deu-lhe uma porrada na cabeça com tanta força que quase desmonta o brasileiro.
Como, minha senhora? Qual é o fim da história? Pois a história termina aí, madame. Termina aí
que é pros brasileiros perderem essa mania de pisar macio e pensar que são mais malandros 
do que os outros.
 "O Melhor da Crônica Brasileira - 1", José Olympio Editora - Rio de Janeiro, 
1997.http://www.releituras.com/spontepreta_folga.asp 
Observe que, no texto apresentado, as personagens não têm nomes. Sabemos que se
trata de um alemão, de um turco, de um francês, de um inglês, de um norueguês e de um
brasileiro. Este fato não caracteriza uma regra, mas um aspecto recorrente na crônica.
Sendo assim, escolha a alternativa que indica o que isto significa.
 Não importa o nome das personagens, porque o importante é
identificar a nacionalidade de cada um.
 Não importa o nome das personagens, porque o foco de texto
é o uso da linguagem coloquial.
 Não importa o nome das personagens, porque o importante é
a caracterização psicológica de cada uma.
 Não importa o nome das personagens, pois o destaque do
texto é a trivialidade.
 Não importa o nome das personagens, porque o texto está
centrado no humor.
 Gabarito Comentado
 6a Questão (Ref.: 201701360486) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
A redação da crônica prioriza o texto simples e leve. Nela percebe-se a comicidade e a fantasia transformando o 
fato retirado, pelo autor, do vai e vem do cotidiano. Pensando no que foi dito, podemos dizer que a crônica é 
dirigida a
 qualquer tipo de leitores, já que o estilo da crônica não cria barreiras à leitura.
um público jovem, pois tem a ver com essa faixa etária.
um público que tem como objetivo a obtenção de informações precisas sobre a realidade.
 grupos profissionais específicos, já que o seu vocabulário é muito específico .
leitores eruditos, pois é preciso ter muita cultura para entender uma crônica.
 Gabarito Comentado
 7a Questão (Ref.: 201701950827) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
Dentre as alternativas abaixo, escolha aquela que NÃO apresenta uma informação que 
nos faz considerar a crônica um texto literário.
 O cronista apresenta o real como é. Está centrado, apenas, na referencialidade do
jornal.
 
 O cronista valoriza os aspectos mais comuns do cotidiano
 
 O cronista reveste o real de fantasia e imaginação.
 
 O cronista tem por objetivo conquistar qualquer leitor.
O cronista recria o real de acordo com o seu olhar.
 Gabarito Comentado
 8a Questão (Ref.: 201701900586) Fórum de Dúvidas (1) Saiba (0)
A OUTRA NOITE
"Outro dia fui a São Paulo e resolvi voltar à noite, uma noite de vento sul e chuva, tanto lá como aqui. 
Quando vinha para casa de táxi, encontrei um amigo e o trouxe até Copacabana; e contei a ele que lá 
em cima, além das nuvens, estava um luar lindo, de lua cheia; e que as nuvens feias que cobriam a 
cidade eram, vistas de cima, enluaradas, colchões de sonho, alvas, uma paisagem irreal.
Depois que o meu amigo desceu do carro, o chofer aproveitou o sinal fechado para voltar-se para mim:
-O senhor vai desculpar, eu estava aqui a ouvir sua conversa. Mas, tem mesmo luar lá em cima?
Confirmei: sim, acima da nossa noite preta e enlamaçada e torpe havia uma outra - pura, perfeita e 
linda.
-Mas, que coisa...
Ele chegou a pôr a cabeça fora do carro para olhar o céu fechado de chuva. Depois continuou guiando 
mais lentamente. Não sei se sonhava em ser aviador ou pensava em outra coisa.
-Ora, sim senhor...
E, quando saltei e paguei a corrida, ele me disse um "boa noite" e um "muito obrigado ao senhor" tão 
sinceros, tão veementes, como se eu lhe tivesse feito um presente de rei."
Rubem Bragahttp://pensador.uol.com.br/cronicas_de_rubem_braga/
Sabemos que a crônica é uma forma de narrar que apresenta, assim como o conto, uma
história curta. Qual das alternativas apresenta uma característica que, também, nos
possibilita conceituar o texto apresentado como crônica?
Apresenta como cenário Copacabana, o famoso bairro da cidade do Rio de
Janeiro.
O questionamento do chofer.
 A trivialidade é o destaque do texto, por isso as personagens sequer apresentam
nomes.
O uso da linguagem com certa polidez.
O diálogo entre duas personagens.
1.
 Trata-se de um herói que cede aos vícios pelas forças do destino. Tudo acontece contra sua vontade.
Trata-se do herói que revela fraquezas contra sua vontade.
 Trata-se daquele que, diante do riso, percebe seus limites.
Trata-se de um herói com nobreza de caráter.
Trata-se do herói que não tem consciência de seus erros.
Na comédia, o ridículo contribui para que a tensão seja desfeita. A partir dessa informação, 
escolha a altenativa que defina o homem cômico.
 Gabarito Comentado Gabarito Comentado
2.
A tragédia fundamenta-se com frequência sobre um destino que leva o herói, contra a sua vontade, 
em direção a uma infelicidade inelutável.
Existe na tragédia uma unidade de ação, ou seja, a convergência de todos os fatos e atos para uma 
intriga central.
 A verossimilhança da tragédia deve guiar o desenrolar cronológico dos acontecimentos e evitar as peripécias fantasiosas ou injustificadas.
 Em conformidade com a recomendação aristotélica, a tragédia tem a obrigação de pôr em cena personagens populares.
Há na tragédia uma unidade de tempo e de espaço.
 Gabarito Comentado Gabarito Comentado
3.
nó, desconhecimento, peripécia e clímax
nó, reconhecimento, peripécia e mimeses
 laço, reconhecimento, peripécia e apresentação
 nó, reconhecimento, peripécia e clímax
nó, reconhecimento, acrobacia e catharsis
 Gabarito Comentado
4.
Ausência e prazer
Alegria e prazer
 Dor e tristeza
Alegria e tristeza
 Dor e prazer
 Gabarito Comentado
Aristóteles, em sua Poética, afirma que "A tragédia é, portanto, a imitação de uma ação nobre 
levada até o final e tendo uma certa extensão, numa linguagem realçada por detalhes 
espirituosos dos quais cada espécie é utilizada separadamente de acordo com as partes da 
obra; é uma imitação feita por personagens em ação e não por meio de uma narração e que, 
por intermédio da piedade e do temor, realiza a purgação das emoções desses gênero". Assim 
sendo, algumas características se impõem à tragédia; marque a alternativa que não 
corresponde a essas características.
A ação trágica segue a seguinte seqüência:
Existem dois tipos de pathos, no gênero dramático e em suas formas, que são:
5.
Pathos e paixão
 
Pathos e esperança
 Pathos e prazer 
 Pathos e problema 
Pathos e dor
 
6.
Tragédia
 
Prazer
 
 PathosTensão
Comédia
7.
Quando o herói confronta Creonte sobre as maldições ocorridas em Tebas.
Quando o herói responde aos enigmas da Esfinge.
 Quando o oráculo revela ao herói sua identidade e seu futuro.
 Quando o herói cega os próprios olhos ao descobrir sua verdadeira identidade.
Quando Tirésias revela ao herói a verdade sobre sua identidade.
Sabemos que a "tensão" é a essência do dramático. Quais são as duas
características principais que as movem?
 
 
"Para expressá-lo, o autor dramático cria um tipo de linguagem comovente e 
arrebatada. Esta linguagem traduz a resistência da personagem diante dos embates 
gerados pelo mundo que a cerca. A fala patética é impetuosa e pressupõe um outro 
que a ouça e com ela se comova. É uma comoção espontânea." (Aula 7 - webaula)
Sobre o fragmento acima, podemos dizer que ele se refere ao conceito de:
 
Assinale o momento catártico da tragédia clássica Édipo rei, de Sófocles:
8.
Tensão
Clímax
 Problema
Catarse
 Pathos
1.
A expressão pessoal de uma razão demonstrada por vias rítmicas e musicais.
 A expressão pessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais.
 A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por vias rítmicas e musicais.
A expressão impessoal de uma emoção demonstrada por versos livres e brancos.
A expressão impessoal de uma razão demonstrada por versos livres e brancos.
 Gabarito Comentado
2.
 pessoal
indeterminado
trágico
 oculto
impessoal
 Gabarito Comentado
3.
Trata-se de um sentimento exacerbado. É a paixão. Para expressá-lo, o autor dramático cria
um tipo de linguagem comovente e arrebatada. Esta linguagem traduz a resistência da
personagem diante dos embates gerados pelo mundo que a cerca. A fala inpregnada
de profundo pesar é impetuosa e pressupõe um outro que a ouça e com ela se comova. É uma
comoção espontânea.
O texto acima se refere ao conceito:
Sobre o LIRISMO, podemos defini-lo como:
Concentre-se na leitura do poema de Augusto dos Anjos e responda. PSICOLOGIA DE UM 
VENCIDO Eu, filho do carbono e do amoníaco, Monstro de escuridão e rutilância, Sofro, desde a 
epigênese da infância, A influência má dos signos do zodíaco. Profundissimamente 
hipocondríaco, Este ambiente me causa repugnância... Sobe-me à boca uma ânsia análoga à 
ânsia Que se escapa da boca de um cardíaco. Já o verme ¿ este operário das ruínas ¿ Que o 
sangue podre das carnificinas Come, e à vida em geral declara guerra, Anda a espreitar meus 
olhos para roê-los, E há de deixar-me apenas os cabelos, Na frialdade inorgânica da terra! A 
partir da leitura do poema oferecido percebemos que esse eu lírico é:
Qual das conceitos abaixo apresentados melhor define a lírica pessoal?
 A lírica pessoal é aquela em que o poeta fala de si, dos seus sentimentos e de suas ideias. A expressão máxima de sua subjetividade está direcionada para ele mesmo.
 A lírica pessoal é aquela em que o poeta reproduz o cotidiano da sua cidade com um rigor detalhista.
A lírica pessoal é aquela em que o poeta não fala sobre sentimento algum, nem dele, nem dos outros
A lírica pessoal é aquela em que o poeta fala do sentimento do povo de seu país, enquanto relaciona 
esses sentimentos ao folclore
A lírica pessoal é aquela em que o que importa é a capacidade do poeta em construir uma narrativa 
compatível com a realidade
 Gabarito Comentado
4.
Écloga
 Fábula
Soneto
 Elegia
Ode
 Gabarito Comentado
5.
É aquele que tem um compromisso ideológico com o seu tempo.
x É aquele que não se envolve e trata dos assuntos superficialmente.
É aquele que personifica a sua nação para melhor explicá-la.
É aquele que escreve sobre as sua experiências pessoais.
É aquele que se envolve com cada momento da obra que povoa.
6.
Negação
 Unívoca
Complementação
Oposição
 Comparação
 Gabarito Comentado
Assinale a forma que não corresponde ao gênero lírico:
Qual é a melhor definição de eu-lírico impessoal?
O poema abaixo pertence ao Cancioneiro de Fernando Pessoa. "Ah, quanta vez, na hora suave 
Em que me esqueço, Vejo passar um vôo de ave E me entristeço! Por que é ligeiro, leve, certo 
No ar de amávio? Por que vai sob o céu aberto Sem um desvio? Por que ter asas simboliza A 
liberdade Que a vida nega e a alma precisa? Sei que me invade Um horror de me ter que cobre 
Como uma cheia Meu coração, e entorna sobre Minh'alma alheia Um desejo, não de ser ave, 
Mas de poder Ter não sei quê do vôo suave Dentro em meu ser." Fernando Pessoa. Obra 
poética. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1995. p. 138 Que relação o eu lírico estabelece entre a 
tristeza e a liberdade?
7.
É aquela em que o poeta se expressa, insentando-se.
É aquela em que o poeta se insenta de alguma coisa, mas expressa o sentimento da coletividade.
É aquela em que o poeta jamais se insenta de alguma coisa.
 É aquela em que o poeta fala de si, dos seus sentimentos e de suas ideias.
É aquela em que o poeta expressa os sentimentos da coletividade.
 Gabarito Comentado
8.
valorização do progresso econômico do país
 denúncia da situação social e política do país
 mobilização dos setores que apoiavam a Ditadura Militar
crítica à passividade dos setores populares
entretenimento para os grupos intelectuais
1.
Na antiguidade, se falava numa lírica pessoal e em outra impessoal. Qual das opções abaixo 
define, claramente, o que é lírica pessoal?
Opinião
 Podem me prender Podem me bater Podem até deixar-me sem comer Que eu não mudo de 
opinião. Aqui do morro eu não saio não Aqui do morro eu não saio não. Se não tem água Eu 
furo um poço Se não tem carne Eu compro um osso e ponho na sopa E deixa andar, deixa 
andar... Falem de mim Quem quiser falar Aqui eu não pago aluguel Se eu morrer amanhã seu 
doutor, Estou pertinho do céu. (Zé Ketti.Opinião)
 Essa música fez parte de um importante espetáculo teatral que estreou no ano de 1964, no 
Rio de Janeiro. O papel exercido pela Música Popular Brasileira (MPB) nesse contexto, 
evidenciado pela poesia na forma de letra de música citada, foi o de:
 A afirmativa I é falsa e a II é verdadeira.
 Ambas as afirmativas são falsas.
 As afirmativas I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
 
 As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a segunda não justifica a
primeira.
 A afirmativa I é verdadeira, mas a II é falsa.
 Gabarito Comentado
2.
"Mas eu ainda espero angariar as simpatias da opinião, e o primeiro remédio é fugir a um
prólogo explícito e longo. O melhor prólogo é o que contém menos coisas, ou o que as diz de um
jeito obscuro e truncado. Conseguintemente, evito contar o processo extraordinário que
empreguei na composição destas Memórias, trabalhadas cá no outro mundo. Seria curioso, mas
minimamente extenso, aliás desnecessário ao entendimento da obra. A obra em si mesma é tudo:
se te agradar, fino leitor, pago-me da tarefa; se te não agradar, pago-te com um piparote, e
adeus".
Brás Cubas
O texto apresentado é um fragmento do prólogo do romance Memórias Póstumas
de Brás Cubas, de Machado de Assis. Após a leitura do texto, faça uma reflexão sobre
as afirmativas apresentadas e escolha a alternativa CORRETA.
I- O narrador Brás Cubas ocupa uma posição privilegiada.
PORQUE
 
II- Ao narrar do além-túmulo tem a palavra franquiada, ou seja, pode dizer o
que quiser sem ter preocupação com a opinião pública.
 
 Trata-se de um narrador-observador que conta a história a partir de um prédio abandonado.
 
Trata-se de um narrador-personagem que apresenta total conhecimento de si mesmo e dos outros.
 
Trata-se de um narrador-personagem que conta a história a partir de um simulacro.
Trata-se de um narrador que não fazparte da história narrada.
 
Trata-se de um narrador-observador que fala sobre a casa construída no Engenho Novo.
 
 Gabarito Comentado
3.
 
Há aí, entre as cinco ou dez pessoas que me leem, há aí uma alma sensível, que está decerto um 
tanto agastada com o capítulo anterior, começa a tremer pela sorte de Eugênia, e talvez... sim, talvez 
lá no fundo de si mesma, me chame cínico. Eu cínico, alma sensível? (Capítulo XXXIV/ A uma alma 
sensível)
 Não podia acabar de crer nos meus olhos. Esfreguei-os uma e duas vezes, e reli a declaração inoportuna, insólita e enigmática. (Capítulo CXLVIII/ O problema insolúvel)
Virgília afastou-se e foi sentar-se no sofá. Eu fiquei algum tempo a olhar para os meus próprios pés. 
Devia sair ou ficar? (Capítulo XLI/ A alucinação)
Quem escapa a um perigo ama a vida com outra intensidade. Entrei a amar Virgília com muito mais 
ardor, depois que estive a pique de a perder, e a mesma coisa lhe aconteceu a ela. (Capítulo LXXXV/ O
cimo da montanha)
Não era esta certamente a Marcela de 1822; mas a beleza de outro tempo valia uma terça parte dos 
Leia o texto a seguir:
Vivo só, com um criado. A casa em que moro é própria; fi-la construir de propósito, levado de um desejo tão
particular que me vexa imprimi-lo, mas vá lá. Um dia. há bastantes anos, lembrou-me reproduzir no Engenho
Novo a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos, dando-lhe o mesmo aspecto e economia daquela
outra, que desapareceu. Construtor e pintor entenderam bem as indicações que lhes fiz: é o mesmo prédio
assobradado, três janelas de frente, varanda ao fundo, as mesmas alcovas e salas. Na principal destas, a
pintura do teto e das paredes é mais ou menos igual, umas grinaldas de flores miúdas e grandes pássaros que
as tomam nos blocos, de espaço a espaço. Nos quatro cantos do teto as figuras das estações, e ao centro das
paredes os medalhões de César, Augusto, Nero e Massinissa, com os nomes por baixo... Não alcanço a razão de
tais personagens. Quando fomos para a casa de Mata-cavalos, já ela estava assim decorada; vinha do decênio
anterior. 
(...)
O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não
consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me
faltassem os outros, vá um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mais falto eu mesmo, e
esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos
cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta.
http://fragmentosliterariospauloavila.blogspot.com.br/2011/11/fragmentos-da-obra-prima-de-machado-de.html
Sabemos que o narrador exerce um papel muito importante no romance. O texto apresentado é um fragmento 
do romance Dom Casmurro, de Machado de Assis. Após a leitura, identifique a posição assumida pelo narrador.
Em "Memórias póstumas de Brás Cubas", Machado de Assis se vale de procedimentos metaficcionais, como as 
muitas referências ao ato de escrever, à figura do escritor e de interpelações ao leitor. É um romance que 
chama a atenção para o seu próprio processo de construção. Em qual dos trechos é possível encontramos um 
procedimento metaficcional?
meus sacrifícios? Era o que eu buscava saber, interrogando o rosto de Marcela. (Capítulo XXXVIII/ A 
quarta edição)
 Gabarito Comentado
4.
 As afirmativas I e II são verdadeiras e a segunda justifica a primeira.
A afirmativa I é falsa e a II é verdadeira.
.
As afirmativas I e II são falsas
A afirmativa I é verdadeira e a II é falsa.
 As afirmativas I e II são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira. 
 Gabarito Comentado
5.
 O autor rompe com a verossimilhança ao dar poder de fala a umnarrador-personagem já morto.
 O autor rompe com a verossimilhança ao inverter a ordem da
narração.
O romance Memórias Póstumas de Brás Cubas apresenta certa distância entre os
fatos narrados e o tempo de narração. Sendo assim, leia os fragmentos abaixo e
responda.
 I-Os detalhes dos fatos narrados podem não ser, exatamente, como aconteceram.
 PORQUE
II- Os fatos narrados sofrem o desgaste do tempo. Estão sujeitos ao processo
seletivo da memória.
 
CAPÍTULO PRIMEIRO / ÓBITO DO AUTOR
 
"Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo
fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte.
Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me
levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou
propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa
foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais
novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no
cabo: diferença radical entre este livro e o
Pentateuco." http://www.literaturabrasileira.ufsc.br/documentos/?
action=download&id=28178
 
 O texto apresentado é um fragmento do romance Memórias Póstumas
de Brás Cubas, de Machado de Assis. Trata-se de uma narrativa de
memória que apresenta um defunto-autor. O que isto significa?
 O autor rompe com a verossimilhança porque apresenta uma
distância temporal entre o tempo de narração e a narrativa.
 
 O autor rompe com a verossimilhança ao comparar Brás Cubas com
Moisés.
 O autor não rompe com a verossimilhança em nenhum momento.
6.
Há, em toda a narrativa, um processo de construção e desconstrução.
O discurso do narrador-personagem relativiza conceitos e questões éticas.
Brás Cubas é um narrador nada confiável. Para cada afirmação que faz, apresenta uma negação.
 O fato do narrador afirmar e negar o tempo todo, atribui veracidade ao que está sendo contado.
Assegurando a relação entre o texto literário e a sociedade que o produziu, o romance faz alusões, 
por meio do narrador-personagem, à aristocracia, que, sem projeto, vive no vazio.
 Gabarito Comentado
7.
É importante identificar quem são os leitores, a que tempo está direcionada.
É importante identificar quem são os leitores, a que espaço está direcionada.
É importante identificar quem são os leitores, a que momento histórico está direcionada.
 É importante identificar quem são os leitores, a que público está direcionada.
É importante identificar quem são os leitores, a que geração está direcionada.
 Gabarito Comentado
8.
No romance, o resgate de fragmentos do passado, através da memória, permite-se viver de novo os fatos, mas
de forma organizada. A narrativa organiza tudo aquilo que, na vida, é bagunçado. Quando o narrador tenta 
fazer essa arrumação dos fatos da vida, dá maior nitidez aos acontecimentos, dá sentido àquilo que, na vida 
real, acontece de forma tão desordenada. São fatos selecionados pela memória e organizados pelo discurso, 
como exemplo, temos o romance Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis. Sobre esse 
romance, é incorreto afirmar:
Devemos lembrar que toda obra literária está inserida num processo de produção e consumo.Com base nesta
afirmação, assinale a alternativa que complementa corretamente o que foi apontado:
Denuncia o descaso do governo com relação à saúde e ao ensino, uma vez que, segundo Monteiro 
Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim"
 
 
Denuncia o descaso do governo na distribuição de terras, uma vez que, segundo Monteiro Lobato, 
"Jeca Tatu não é assim, ele está assim".
 
 
Denuncia o descaso do governo com relação às pessoas da zona rural, uma vez que, segundo 
Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim".
Denuncia a falta de educação uma vez que, segundo Monteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele 
está assim".
 
Denuncia o descaso do governo com relação às pessoas que produzem na zona rural, uma vez que, 
segundoMonteiro Lobato, "Jeca Tatu não é assim, ele está assim".
 1a Questão (Ref.: 201701893015) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Urupês
"Jeca Tatu é um piraquara do Paraíba, maravilhoso epítome de carne onde se resumem todas as 
características da espécie.
Hei-lo que vem falar ao patrão. Entrou, saudou. Seu primeiro movimento após prender entre os lábios a palha
de milho, sacar o rolete de fumo e disparar a cusparada d'esguicho, é sentar-se jeitosamente sobre os 
calcanhares. Só então destrava a língua e a inteligência.
- 'Não vê que'
De pé ou sentado as ideias se lhe entramam, a língua emperra e não há de dizer coisa com coisa.
De noite, na choça de palha, acocora-se em frente ao fogo para "aquentá-lo", imitado da mulher e da prole.
Para comer, negociar uma barganha, ingerir um café, tostas um cabo de foice, fazê-lo noutra posição será 
desastre infalível. Há de ser de cócoras.
Nos mercados, para onde leva a quitanda domingueira, é de cócoras, como um faquir do Bramaputra, que 
vigia os cachinhos de brejaúva ou o feixe de três palmitos.
Pobre Jeca Tatu! Como és bonito no romance e feio na realidade!
Jeca mercador, Jeca lavrador, Jeca filósofo..." . (Monteiro Lobato "Urupês " ed. Brasiliense, 2004. p. 166-170)
EXPLICAÇÃO NECESSÁRIA
"E aqui aproveito o lance para implorar perdão ao pobre Jeca. Eu ignorava que eras assim, meu Tatu, por 
motivo de doença. Hoje é com piedade infinita que te encara quem, naquele tempo, só via em ti um 
maparreiro de marca. Perdoas? " (Monteiro Lobato. Urupês. São Paulo: Monteiro Lobato & Cia. Editores, 
1923, p.VII.
Nos dois excertos da personagem 'Jeca Tatu', de Monteiro Lobato, como única opção correta, com base no 
segundo, pode-se dizer que o autor?
 
Leia o poema de Vinícius de Moraes:
A rosa de Hiroxima
Pensem nas crianças
Mudas telepáticas
Pensem nas meninas
Cegas inexatas
Pensem nas mulheres
Rotas alteradas
Pensem nas feridas
Como rosas cálidas
Mas, oh, não se esqueçam
Da rosa da rosa
Da rosa de Hiroshima
A rosa hereditária
A rosa radioativa
Estúpida e inválida
A rosa com cirrose
A anti-rosa atômica
Sem cor sem perfume
Sem rosa, sem nada
(Vinicius de Moraes. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1998, p.381.)
Com base no poema acima, assinale a única assertiva que poderia explicar o nome do poema e a comparação que é
feita?
 
 Compara todos os excluídos com uma rosa sem perfume.
Compara o álcool com a cirrose hepática.
Compara as crianças vítimas de abuso e o silêncio.
Compara meninas cegas com pessoas que não enxergam a realidade. 
 Compara o cogumelo da explosão atômica com uma rosa aberta.
 Gabarito Comentado
 2a Questão (Ref.: 201701900525) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Embora a letra de música não seja um gênero literário, é um gênero textual que dialoga,
estreitamente, com a literatura. Tanto quanto um poema, a letra de música pode exercer a
função de veículo de denúncias sociais. Sendo assim, após a leitura do texto apresentado,
marque a alternativa que revela o questionamento apresentado no refrão.
Não me convidaram
Pra esta festa pobre
Que os homens armaram
Pra me convencer
A pagar sem ver
Toda essa droga
Que já vem malhada
Antes de eu nascer
Não me ofereceram
Nem um cigarro
Fiquei na porta
Estacionando os carros
Não me elegeram
Chefe de nada
O meu cartão de crédito
É uma navalha
Brasil!
Mostra tua cara
Quero ver quem paga
Pra gente ficar assim
Brasil!
Qual é o teu negócio?
O nome do teu sócio?
Confia em mim
http://letras.mus.br/cazuza/7246/
 
O refrão apresenta, através da frase "Confia em mim", um sentimento
de confiança, de esperança de dias melhores.
O refrão revela, através de palavras como negócio e sócio, que se
trata de um país próspero e gerenciador de boas relações.
O refrão apresenta um conformismo do povo diante do cenário social
apresentado.
 O refrão apresenta a imagem de um país em evolução financeira,
pois gerencia muitos negócios.
 O refrão, através da frase "Brasil! Mostra tua cara", revela uma
tentativa de busca da identidade nacional.
 Gabarito Comentado
 3a Questão (Ref.: 201702094044) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Da relação de Machado de Assis com a realidade que o cercava resultou um fino espírito crítico, cuja acidez incide 
sobre a figura humana e a sociedade como um todo.
O casamento do diabo
Satã teve um dia a idéia
De casar. Que original!
Queria mulher não feia,
Virgem corpo, alma leal.
(...)
Casar era a sua dita;
Correu por terra e por mar,
Encontrou mulher bonita
E tratou de a requestar.
(...)
Ele quis, ela queria,
Puseram mão sobre mão,
E na melhor harmonia
Verificou-se a união.
(...)
Passou-se um ano, e ao diabo,
Não lhe cresceram por fim,
Nem as unhas, nem o rabo...
Mas as pontas, essas sim.
 
Toma um conselho de amigo,
Não te cases, Belzebu;
Que a mulher, com ser humana
É mais fina do que tu.
 Em O casamento do diabo, um dos raros momentos em que o autor escreve em verso, Machado dialoga 
com a realidade tendo como tema:
a religião
a riqueza e a pobreza
 a relação homem e mulher
a vida e a morte
a diferença social
 Gabarito Comentado
 4a Questão (Ref.: 201701584872) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
A partir da leitura da primeira estrofe de Poema de sete faces, de Carlos Drummond de
Andrade, identifique o significado que o eu lírico dá ao terceiro verso.
Quando nasci, um anjo torto 
desses que vivem na sombra 
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida. De Alguma
poesia (1930)http://www.horizonte.unam.mx/brasil/drumm1.html
 
 
O eu lírico revela o poeta como um desajustado social.
O eu lírico revela o poeta como um predestinado ao sucesso.
 O eu lírico afirma que ser poeta é estar no centro dos interesses sociais.
.
O eu lírico define a condição de poeta como algo promissor.
 O eu lírico define a profissão de poeta com algo diferente e sujeito à 
inquietações e a um caminho difícil de ser trilhado.
 Gabarito Comentado
 5a Questão (Ref.: 201701584875) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
A música e a literatura caminham de mãos dadas. A letra de música é um gênero
textual que apresenta lirismo. Assinale a alternativa que justifica essa afirmação.
 Na letra de música e no poema, existe um olhar singular, uma forma única de
sentir o mundo.
A letra de música, assim como o poema, revela o homem numa condição
distante da realidade.
A letra de música, assim como o poema, afasta o leitor da realidade.
 A letra de música, assim como o poema, revela sempre um
descontentamento com o mundo que nos cerca.
A letra de música, assim como o poema, gera o sonho, pois apresenta alto
grau de subjetividade.
 Gabarito Comentado
 6a Questão (Ref.: 201701593423) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Considere o poema de Gullar transcrito abaixo e marque a alternativa que não está em conformidade com o que diz o poema.
Meu povo, meu poema
 
Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova.
 
No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar.
 
No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro.
 
Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil.
 
Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta.
 A segunda e a terceira estrofes apresentam um movimento, em que o povo agora é o próprio espaço onde rebenta o
poema, é a própria terra nutriente que concebe e alimenta o broto.
Partindo da palavra povo, o poema se constituirá a fim de retornar ao seu ponto de origem.
No título se anuncia o ritmo inicial de cada uma das cinco estrofes do texto, em cujo primeiro verso surge sempre o
substantivopovo.
Na primeira das cinco estrofes, povo e poema possuem crescimento simultâneo; sua forma de crescer é igual à da árvore
que, em forma de semente, de vida potencial, repousa no interior do fruto.
 A intenção do autor é clara: colocar a palavra povo no início de cada estrofe, com a mesma função sintática, ou seja, objeto
indireto.
 Gabarito Comentado
 7a Questão (Ref.: 201701893010) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Leia, abaixo, o poema de Carlos Drummond de Andrade e assinale a única alternativa que reflete o
sentimento do Eu lírico.
Os Inocentes do Leblon
 
Os inocentes do Leblon
não viram o navio entrar.
Trouxe bailarinas?
trouxe imigrantes?
trouxe um grama de rádio?
Os inocentes, definitivamente inocentes, tudo ignoram,
mas a areia é quente, e há um óleo suave
que eles passam nas costas, e esquecem. (Carlos Drummond de Andrade
- http://drummond.memoriaviva.com.br/alguma-poesia/inocentes-do-leblon/)
 
 
 
Crítica ao tráfico
 
Crítica ao contrabando
 
 Crítica à elite
 
 Crítica ao tráfico de mulheres
Crítica à censura
 
 Gabarito Comentado
 8a Questão (Ref.: 201702099972) Fórum de Dúvidas (0) Saiba (0)
Os versos a seguir são do poeta, cronista e compositor Vinícius de Moraes e fazem parte do poema "A um 
passarinho". Vinícius pertenceu à geração de Carlos Drummond de Andrade, Cecília Meireles, Jorge de Lima e 
Murilo Mendes, todos de grande destaque na poesia brasileira a partir da década de 1930. Para que vieste/ Na 
minha janela/ Meter o nariz?/ Se foi por um verso/ Não sou mais poeta/ Ando tão feliz! Neste versos, o eu lírico 
encontra-se:
animado, disposto a criar versos, pois associa a inspiração poética ao estado de felicidade.
agressivo e irritado com o incômodo causado pelo canto feliz do passarinho, uma vez que o eu lírico 
está indeciso quanto a ser ou não ser poeta.
reflexivo e repleto de indagações existenciais que se dirigem à natureza, no caso, ao passarinho.
 interrogativo, com muitas dúvidas a respeito da felicidade e escolhe o passarinho como o seu 
interlocutor privilegiado.
 feliz e decidido, o eu lírico renuncia ao posto de poeta, visto que condiciona a atividade de escrever 
versos ao estado de tristeza.

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