Buscar

História e Evolução da Avaliação Educacional

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

PROGRAMA DE EXTENSÃO COM ACESSO A PEDAGOGIA NÚCLEO DE FORMAÇÃO CONTINUADA - NFC
APARECIDA DE OLIVEIRA BATISTA BORGES
ELIENE DA SILVA
FRANCINETE SANTOS SILVA
LUZIA HONÓRIO DA SILVA
HISTÓRIA E EVOLUÇÃO DA AVALIAÇÃO EDUCACIONAL
Luziânia
Outubro/2014
Origem da Avaliação
	Para falarmos de avaliação devemos primeiramente entender o significado desta palavra, uma palavra que vem do latim e que significa atribuir valor e mérito ao objeto em estudo. Durante décadas a humanidade obteve um conceito errôneo a respeito do que é avaliar, acreditando – se que para tal era necessário mensurar, onde na verdade, avaliar está além da mensuração de conhecimentos, da classificação, da punição. Trata-se de mediar o conhecimento e respeitar o tempo de cada um, analisando o erro como um degrau para o acerto, a avaliação requer uma postura coerente, racional, que é atribuída não apenas ao docente, mas aos educandos, a instituição, a família, enfim a todos os que estão envolvidos no processo ensino/aprendizagem. 
	Quando colocada em favor das aprendizagens, a avaliação torna-se uma estratégia pedagógica, uma ferramenta a favor da educação na luta contra o fracasso escolar, propondo-se a ser formativa, pois está a serviço do sucesso escolar.	
	Extremamente importante no processo ensino/aprendizagem, a avaliação nos leva a refletir,questionar e transformar suas ações, respeitando o limite de cada um.
Quando nos tornamos professores, estamos assumindo que somos dotados de um sentimento que é maior do que podemos descrevê-lo, que é a sensibilidade em ajudar, de concretizar, de formar cidadãos; e para que isso aconteça precisamos ser bons mediadores, possuir conhecimentos mais aprofundados que fará com que tenhamos uma melhor atuação em sala de aula, ter dinamismo, criatividade, irá colaborar com um sistema de avaliação justa e não irá excluir alunos neste processo, mas incluir como um ser crítico, ativo e participante deste processo de ensino/aprendizagem.
	Ela tem sido estudada desde o inicio do século XX, mas segundo Caro apud Goldberg & Souza (1982), desde 1897 existem registros dos relatos de J.M. Rice sobre uma pesquisa avaliativa utilizada para estabelecer a relação entre o tempo de treinamento e o rendimento em ortografia, revelando que uma grande ênfase em exercícios não levava necessariamente a um melhor rendimento.	
	Nessa época, as pesquisas avaliativas voltavam-se particularmente para a mensuração de mudanças do comportamento humano.	
	A avaliação da aprendizagem tem seus princípios e características no campo da Psicologia, sendo que as duas primeiras décadas do século XX foram marcadas pelo desenvolvimento de testes padronizados para medir as habilidades e aptidões dos alunos.	
	A avaliação descreve que conhecimentos, atitudes e aptidões que os alunos adquiram. Está informação é necessária ao professor para procurar meios e estratégias que possam ajudar os alunos a resolver essas dificuldades e é necessária aos alunos para se notarem delas e tentarem ultrapassá-las coma ajuda do professor e com o próprio esforço e por isso ela tem uma intenção formativa.	
	A avaliação a que o professor faz enquadra-se em três grandes tipos: avaliação diagnostica, formativa e somativa.
Evolução da Avaliação
	Apesar de ter atingido altos graus de complexidade, a avaliação é uma disciplina ainda nova e em constante desenvolvimento. Ainda que não seja possível fixar datas exatas para evidenciar os períodos da avaliação, podemos analisar sua evolução interpretando os marcos mais importantes de maneira aproximada. 
	No primeiro período (últimos anos do século XIX e as primeiras décadas do século XX), a avaliação constituía-se basicamente na quantificação dos rendimentos dos alunos. Não havia, nesse momento, a preocupação com o desenvolvimento curricular ou com a formulação de objetivos que pudessem ser alcançados por meio dessas técnicas avaliativas, ou seja, a avaliação prescindia de objetivos, era praticada sem intencionalidades. 
	Desse modo, a avaliação consistia na aplicação de testes de verificação que tinham por função principal, quantificar a aprendizagem dos educandos por meio de números ou formas de classificação semelhante. 
	A segunda geração da avaliação (1934-1945) centrou-se principalmente nos objetivos educacionais que eram previamente formulados. Tyler que é considerado o pai da avaliação educacional, foi o principal propagador da avaliação no setor educacional e determinou os primeiros objetivos educacionais referentes ao comportamento dos educandos. Para ele, os objetivos instrucionais e o processo avaliativo devem estar relacionados entre si. 
	Ainda no segundo período, houve um expressivo crescimento da tecnologia de elaboração de testes. Os estudiosos desse período acreditavam que por meio da aplicação desses testes, era possível definir com exatidão os rendimentos dos educandos no processo de ensino/aprendizagem. 
	No terceiro período da avaliação (1946-1957), que ficou caracterizado de era da inocência, os procedimentos avaliativos tiveram menos relevância que nos períodos anteriores, mas não deixaram de ser desenvolvidos, sendo que mais tarde, no quarto período (1958-1972), a avaliação passou a ser considerada como prática obrigatória no currículo escolar, por iniciativa do então Senador dos Estados Unidos, Robert Kennedy. 
	Sentiu-se no quarto período, a necessidade de avaliar a instituição como um todo: alunos, professores, conteúdos, metodologias, entre outras categorias. A avaliação passa do enfoque quantitativo para o qualitativo. A teoria mais consistente no âmbito educacional, no que concerne à avaliação, ocorreu no quinto período (1973) que foi denominado de período da profissionalização da avaliação. 
	A partir desse período, novos modelos de avaliação foram propostos e a produção teórica começou a se consolidar. A avaliação ganhou destaque nas instituições e tornou-se um importante objeto de estudo. 
	Ainda nessa fase, houve uma considerável melhora na comunicação, qualificação e titulação dos avaliadores. A avaliação toma como principal objetivo, desenvolver uma aprendizagem formativa, que acompanhe o processo enquanto ele se desenvolve, fazendo as modificações necessárias ao bom andamento do sistema. Entretanto, ainda permanece certa fiabilidade na aplicação de testes como forma de controle de qualidade e eficiência do processo.
	Na evolução da Avaliação Educacional destacamos que desde o início do século, a avaliação vem atravessando pelo menos quatro gerações, segundo Guba e Lincoln (1994):
1.ª fase: Nas décadas de vinte e trinta - associadas à mensuração não se distinguia avaliação e medida. A atenção estava concentrada na elaboração de instrumentos ou testes para verificação do rendimento escolar:
- papel do avaliador: técnico. Testes e exames eram indispensáveis.
2.ª fase: Nas décadas de trinta e quarenta, foi chamada de descritiva, pois era necessário descrever o que seria sucesso ou dificuldade com relação aos objetivos estabelecidos papel do avaliador: descrever padrões e critérios, embora técnicos em sua atuação;
- termo surgido: Avaliação Educacional (TYLER, citado por Ensaio da Avaliação e Políticas Públicas, 1994).
3.ª fase: As décadas de cinquenta a noventa caracterizaram-se pelo julgamento:
- termo: juízo e valor (STAKE e SCRIVEN, citados por Ensaio da Avaliação e Políticas Públicas, 1994);
- papel do avaliador: juiz.
4.ª fase: Década de noventa:
- característica principal: negociação; o consenso era buscado entre pessoas de valores diferentes, respeitando-se os dissensos;
- é um processo interativo que se fundamenta num Paradigma Construtivista (GUBA e LINCOLN, citados por Ensaio da Avaliação e Políticas Públicas, 1994).
Considerações Finais
	Nas últimas quatro décadas, a avaliação adquiriu grandes dimensões frente à política dos governos e principalmente no campo educacional.
	A avaliação deve contribuir de forma significativa para o processo de formação acadêmica, produzindo conhecimentos objetivos em tornode uma sociedade que exige dos profissionais uma formação de qualidade, que possibilite sua entrada e permanência no mercado de trabalho.
	Um dos grandes desafios da avaliação é lidar com a multiplicidade de possibilidades que circundam o setor educacional, fazendo suscitar questionamentos e reflexões em relação à responsabilidade de cada um dos sujeitos envolvidos no processo de ensino/aprendizagem, bem como da responsabilidade da instituição de ensino, enquanto construtora de novos sentidos, frente a uma sociedade marcada por fatos históricos e sociais que se constituem ao longo do tempo.
	A avaliação consiste na coleta de dados quantitativos e qualitativos e na interpretação desses dados com base em critérios previamente definidos .Portanto, não é suficiente testar e medir, pois os resultados obtidos por esses instrumentos devem ser interpretados sob a forma de avaliação. 
	Para que a avaliação subsidie a democratização do ensino, ela deve atuar com o propósito de diagnosticar o estágio de desenvolvimento cognitivo em que se encontra o educando, visando à tomada de decisões satisfatórias e coerentes para a melhoria da capacidade de assimilação do conhecimento necessário ao seu progresso no processo de ensino/aprendizagem.
Referências Bibliográficas
GUBA e LINCOLN, citados por Ensaio da Avaliação e Políticas Públicas, 1994.
HADJI, C. Avaliação desmistificada. Porto Alegre: Artes Médicas, 2001. 
HOFFMANN, Jussara. Avaliar para promover: as setas do caminho. Porto Alegre: Mediação, 2001 
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem Escolar. São Paulo: Cortez, 2002. 
PERRENOUD. P. Avaliação: da excelência à regulação das aprendizagens. Porto Alegre: Artmed, 1999. 
PRADO, C. Avaliação da aprendizagem. Campinas: Papirus, 1997
SAUL, A. M. Avaliação emancipatória: desafio à teoria e à prática da avaliação e reformulação de currículos. 2. ed. São Paulo: Cortez, 1988.
SOBRINHO, José Dias. Avaliação: políticas educacionais e reformas da educação superior. São Paulo: Cortez, 2003.
VIANNA, H. M. Avaliação educacional: teoria, planejamento, modelos. São Paulo: IBRASA, 2000.
 ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed. 1998.

Outros materiais