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TRATADOS Celebração dos tratados se constitui em exercício de soberania. Mas, além do reconhecimento de sua soberania, o Estado ao celebrar tratados, reconhece e se compromete a uma fonte de limitação de suas competências. Comprometimento do Estado por meio de tratados internacionais implica em: a) manifestação do atributo de soberania; b) instrumento de limitação do poder soberano. TRATADOS- CONVENÇÃO DE VIENA Tratados: como espécie, utilizado para tratados solenes Convenção: cria normas gerais sobre relações internacionais (mar territorial) Declaração: cria princípios jurídicos ou afirmam uma atitude política, não gera compromissos Ato: quando estabelece regra de direito Pacto: expressão utilizada pela liga das Nações Unidas - ONU preferiu Carta- Tratados solenes, define atributos, composição, objetivos, tratados importantes que estabelecem direitos e deveres para as partes Estatuto: normas gerais, critérios de funcionamento para organizações internacionais Concordatas: assuntos religiosos entre Estados ou entre Estados e Santa Sé Compromisso: submissão à arbitragem Convênio: matéria cultural ou esportiva Contrato: Estado se submete à lei de outro em determinado assunto FASES DE UM TRATADO- negociação Negociação Realizada por autoridades nacionais designadas pela ordem constitucional do Estado, muitas vezes acompanhadas de especialistas no assunto sob discussão; Texto dos tratados é composto: preâmbulo e dispositivo Segundo o art. 9º, da Convenção de Viena “a adoção do texto de um tratado numa conferência internacional efetua-se pela maioria de dois terços dos Estados presentes e votantes, salvo se esses Estados, pela mesma maioria decidem aplicar regras diversas”. FASES DE UM TRATADO-Manifestação do Consentimento (assinatura) O art. 11, da Convenção de Viena, “O consentimento de um Estado em obrigar-se por um tratado pode manifestar-se pela assinatura, troca dos instrumentos constitutivos do tratado, ratificação, aceitação, aprovação ou adesão, ou por quaisquer outros meios, se assim for acordado”. RESERVA Assinatura COMPETÊNCIA PARA ASSINAR: CHEFE DO EXECUTIVO ART 84, VII, CF/88 MINISTRO RE CHEFE DE MISSÃO DIPLOMÁTICA DE ONDE ESTÁ SENDO DISCUTIDO O TRATADO OUTROS: CARTA DE PLENOS PODERES: PLENIPOTENCIÁRIOS Durante o período compreendido entre a adoção do texto e a manifestação do consentimento, o tratado não obriga os Estados-partes. art. 18 da Convenção de Viena determina: Estado deve se abster da prática de atos que frustrem o objeto e a finalidade do tratado É por meio da manifestação de consentimento que o tratado atinge sua eficácia jurídica. Normas constitucionais dos países que determinam o procedimento interno que resultará no consentimento do Estado. RATIFICAÇÃO Considerada a fase mais importante do processo de conclusão dos tratados, pois confirma a assinatura e dá validade a ele. s tratados passaram a ser somente obrigatórios depois de ratificados, mesmo quando a ratificação não esteja prevista expressamente (artigo 5° da Convenção Pan- Americana sobre Tratados de 1928). Este princípio foi consagrado na jurisprudência internacional. Frise-se que a ratificação torna o tratado obrigatório no âmbito internacional, mas no direito interno de todos os países deve-se observar o trâmite para a integração no ordenamento jurídico interno. NO BRASIL- DUALISMO TEMPERADO CONGRESSO REFERENDA- Art. 49 – É da competência do Congresso Nacional: I – resolver definitivamente sobre tratados, acordos ou ato internacionais que acarretem encargos ou compromissos gravosos ao patrimônio nacional”. CASA CIVIL ENVIA MENSAGEM AO CONGRESSO NACIONAL CONGRESSO APROVA OU REJEITA SE APROVA : PRESIDENTE DO SENADO – DECRETO LEGISLATIVO DECRETO LEGISLATIVO- PRESIDENCIA DA REPÚBLICA PROMULGA DECRETO PRESIDENCIAL Uma vez publicado o Decreto Legislativo, encontra- se encerrada a etapa de apreciação e de aprovação do ato. Procede-se então a sua ratificação ou confirmação, junto à(s) outra(s) Parte(s) Contratante(s), do desejo brasileiro de obrigar-se por aquele documento. PROMULGAÇÃO É o ato jurídico, de natureza interna, pelo qual o governo de um Estado afirma ou atesta a existência de um tratado por ele celebrado e o preenchimento das formalidades exigidas para sua conclusão, e, além disto, ordena sua execução dentro dos limites aos quais se estende a competência estatal. Os efeitos da promulgação consistem em: a) tornar o tratado executório no plano interno b) "constatar a regularidade do processo legislativo", isto é, o Executivo constata a existência de uma norma obrigatória (tratado) para o Estado. PUBLICAÇÃO Essencial para o tratado ser aplicado no âmbito interno. É condição necessária para que o tratado seja aplicado na ordem interna do Estado. Publica-se no Diário Oficial da União o texto do tratado e o Decreto Presidencial. REGISTRO O registro é um requisito estabelecido pela Carta da ONU e tem como escopo fazer com que o Estado que celebrou o tratado internacional possa invocar para si, junto à organização, os benefícios do acordo celebrado. O registro deve ser requerido ao secretário-geral da ONU, que fornece, a cada Estado, um certificado redigido em inglês e Francês. VALIDADE, VIGÊNCIA, EXECUÇÃO DOS TRATADOS Para que um tratado internacional seja válido é necessária a reunião de três elementos: I) Capacidade das partes que ratificaram o tratado II) Consentimento manifestado regularmente: vícios de consentimento (erro essencial, dolo, corrupção, coação sobre o representante ou sobre o Estado) III) Objeto lícito: a ilicitude será analisada com base nas normas cogentes de direito internacional geral e não em normas internas de determinado Estado. VIGÊNCIA (I) ilimitada: o tratado exige o ato de denúncia; (II) por prazo fixo: o tratado se extingue por decurso do prazo, podendo ser, normalmente, renovável por acordo das partes; (III) por prazo determinado: prorroga-se automaticamente por iguais períodos, possibilitando-se a denuncia às partes que não desejem a sua renovação. Extinção dos tratados: Execução integral: fim com sucesso Consentimento mútuo: art. 54 e 57 da Convenção de Viena Termo final: vigência pré determinada Superveniência de condição resolutória Renúncia do beneficiário Caducidade: prática abandonada pelas partes Conflitos armados: inter arma silent leges (dh – art. 63 CV) Impossibilidade de execução: força maior Ruptura das relações diplomáticas Inexecução por uma das partes Denúncia unilateral Indenunciáveis: DH, limites territoriais, paz, DIMar Mudança de circunstâncias: fatos imprevistos art. 64 CV Norma superior de jus cogens
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