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AULA 05 – BALANÇO SOCIAL
TÓPICOS ESPECIAIS EM CONTABILIDADE
Fortaleza, 2016.
HISTÓRICO
Com o desenvolvimento da economia mundial surgiram novos anseios da sociedade em geral, que passou a exigir certos padrões de qualidade e responsabilidade social e ambiental, fazendo com que as empresas implementassem alternativas para atender a essas demandas. 
Esses dados, até então consideradas irrelevantes, passam a contribuir para o desenvolvimento sustentável, utilizando como instrumento para divulgar essas informações o Balanço Social (BS), 
HISTÓRICO
Em decorrência de inúmeros movimentos sociais em favor da sustentabilidade, questões relacionadas à responsabilidade social e ambiental ganharam destaque neste último século, promovendo inúmeros estudos por parte das mais diversas áreas do conhecimento. 
Nesse aspecto, observa-se o envolvimento de toda a sociedade na busca por caminhos que desenvolvam e indiquem soluções nesse processo.
HISTÓRICO
Dessa forma, o Balanço Social (BS) surgiu como um instrumento de medida da responsabilidade social e de comunicação das informações não necessariamente econômicas, mas principalmente sociais e ambientais.
No BS, é possível apurar as relações da entidade com os seus colaboradores, com a comunidade e com o meio ambiente.
HISTÓRICO
No Brasil, verifica-se, pelos relatos da pesquisa, que o tema vem sendo discutido no País desde a década de 1960, recebendo maior projeção apenas nos anos 1990, por meio de leis, projetos de leis e ampla discussão nos meios político, social e empresarial. 
DEFINIÇÕES
De acordo com Oliveira (2004), o Balanço Social é o demonstrativo pelo qual a empresa apresenta:
informações que permitam identificar seu perfil da atuação social durante um período; 
a qualidade de suas relações com os empregados; 
o cumprimento das cláusulas sociais; 
a participação dos seus colaboradores nos resultados econômicos da organização, e;
as possibilidades de desenvolvimento pessoal, bem como a forma de sua interação com a comunidade e sua relação com o meio ambiente
DEFINIÇÕES
O BS é utilizado pela Contabilidade no intuito de fornecer aos seus usuários informações mais úteis, fidedignas e equitativas, de natureza social, que revelam a responsabilidade das organizações perante a sociedade e permitem avaliar os efeitos das atividades empresariais sobre o meio ambiente onde atuam. 
DEFINIÇÕES
O BS complementa o sistema de informação contábil, permite aos stakeholders conhecer a atuação social da entidade, seu posicionamento perante a comunidade e o meio ambiente, bem como o seu relacionamento com os empregados. 
Pode-se definir o Balanço Social como um conjunto de informações de base contábil, gerencial, econômica e social capaz de proporcionar uma visão sobre o desempenho econômico e financeiro das empresas e sua atuação em benefício da sociedade.
O BS NO BRASIL
A discussão sobre BS no Brasil deslanchou em 1997, quando o sociólogo, Herbert de Souza, o Betinho, então presidente do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase) lançou uma campanha pela divulgação voluntária do BS e propôs um modelo simplificado de autoavaliação das práticas das organizações.
O Ibase foi a primeira organização não-governamental a publicar o próprio balanço.
O BS NO BRASIL
O BS não é obrigatório no Brasil, 
O BS NO BRASIL
O BS não é obrigatório no Brasil, mas é vital para qualquer instituição que queira se firmar num mundo competitivo dos negócios, por se tratar de um instrumento ético e responsável, além de agregar valor ao divulgar a marca da empresa juntamente com esses conceitos.
A publicação do BS por parte das organizações, sem a sua obrigatoriedade, torna-se uma ação de responsabilidade social, bem como uma maior predisposição de participação dos envolvidos. 
O BS NO BRASIL
As empresas brasileiras se utilizam de três modelos de Balanço Social para divulgar seus investimentos sociais: 
O modelo do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (IBASE);
O modelo do Instituto Ethos, e;
O Global Reporting Initiative (GRI).
MODELO IBASE
Lançado em 1997, pelo Ibase, inspira-se no formato dos balanços financeiros.
Expõe de maneira detalhada, os números associados à responsabilidade social da organização.
Em forma de planilha, reúne informações sobre folha de pagamento, os gastos com encargos sociais de funcionários, a participação nos lucros.
Também detalha despesas com controle ambiental e os investimentos sociais externos nas diversas áreas (educação, saúde, cultura, etc.)
MODELO IBASE
MODELO IBASE
MODELO IBASE
MODELO IBASE
MODELO IBASE
MODELO IBASE
MODELO ETHOS
Baseado num relato detalhado dos princípios e das ações da organização, incorpora a planilha proposta pelo Ibase e sugere um detalhamento maior do contexto da tomada de decisões, dos problemas encontrados e dos resultados obtidos.
MODELO ETHOS
MODELO ETHOS
MODELO ETHOS
Em relação aos indicadores propostos (Parte 3), alguns são descritivos, representando resultados e práticas de gestão que representam indicadores de desempenho em responsabilidade social, outros são quantitativos, representando resultados mensuráveis e monitorados apresentados em números, e outros referem-se a informações referentes a indicadores, tanto descritivos como quantitativos.
MODELO ETHOS
1. Indicadores de Desempenho Econômico: 
Aspectos descritivos: impactos por meio da geração e distribuição de riqueza; resultados oriundos da produtividade; e procedimentos, critérios e retornos de investimentos realizados na própria empresa e na comunidade. 
Indicadores quantitativos: geração e distribuição de riqueza; produtividade; e investimentos. 
MODELO ETHOS
2. Indicadores de Desempenho Social: 
I - Público Interno: 
 Diálogo e participação: relação com sindicatos; gestão participativa; e relações com trabalhadores terceirizados. 
 Respeito ao indivíduo: trabalho infantil; trabalho forçado ou análogo ao escravo; e diversidade.
 Trabalho decente: cuidados com saúde, segurança e condições de trabalho; compromisso com o desenvolvimento profissional e a empregabilidade; comportamento frente a demissões; e preparação para aposentadoria. 
MODELO ETHOS
II - Meio Ambiente 
Responsabilidade frente às gerações futuras: comprometimento da empresa com a melhoria da qualidade ambiental; e educação e conscientização ambiental. 
 Gerenciamento do impacto ambiental: gerenciamento do impacto no meio ambiente e do ciclo de vida de produtos e serviços; e minimização de entradas e saídas de materiais na empresa.
MODELO ETHOS
III - Fornecedores 
 Seleção, avaliação e parceria com fornecedores: critérios de seleção e avaliação de fornecedores; e apoio ao desenvolvimento de fornecedores. 
IV - Consumidores e Clientes 
 Dimensão social do consumo: política de comunicação comercial; excelência do atendimento; e conhecimento e gerenciamento dos danos potenciais dos produtos e serviços. 
MODELO ETHOS
V - Comunidade 
 Relações com a comunidade local: gerenciamento do impacto na comunidade de entorno e relacionamento com organizações locais.
 Ação social: envolvimento e financiamento da ação social.
VI - Governo e Sociedade 
Transparência política: contribuições para campanhas políticas; e práticas anticorrupção e antipropina. 
 Liderança e influência social: liderança e influência social; e participação em projetos sociais governamentais. 
MODELO GRI
A GRI é uma rede lançada em 1997, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente e a Coalizão por Economias Ambientalmente Responsáveis (entidade norte-americana).
A missão da GRI é tornar o BS tão difundido quanto os relatórios financeiros.
Para tanto, ela se empenha em produzir e difundir um modelo de BS a ser aplicado globalmente.
Em 2006, a GRI lançou a 3ª versão das Diretrizes para Relatórios de Sustentabilidade, conhecida como GRI G3.
MODELO GRI
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MODELO GRI
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MODELO GRI
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COMPARATIVO ENTRE OS MODELOS DE BS
COMPARATIVO ENTRE OS MODELOS DE BS
A análise conjunta dos modelos permite
constatar:
O modelo do IBASE é um modelo reduzido e simplificado, que prima pela divulgação dos resultados a todos os interessados, principalmente os colaboradores da empresa. 
O modelo do GRI é mais detalhado e mais subjetivo, enquanto o modelo do Instituto Ethos, foi baseado nas diretrizes do GRI e adaptado ao cenário brasileiro.
O modelo do Instituto Ethos e as diretrizes do GRI são modelos analíticos, aos quais pode ser incorporado o modelo do IBASE, geralmente como anexo .
O BS NO BRASIL
Apesar da existência de modelos, muitas empresas preferem criar formatos próprios, definidos dentro de suas estratégias de comunicação.
Outras empresas adotam o cruzamento de mais de um modelo.
BALANÇO SOCIAL NO MUNDO
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