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AULA 2 BIOQUÍMICA 05 08

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AULA DIGITADA DE BIOQUÍMICA NÚMERO 02
PROFESSORA MARIA IZABEL DATA 05/08/16
AULA2- PARTE 1 - Continuação da aula de CARBOIDRATOS
Lembrando que, na aula passada vimos: carboidratos (classificados em monossacarídeos, oligossacarídeos e polissacarídeos). E começamos a estudar os monossacarídeos (ou açúcares simples), e os vimos em sua forma linear e na forma cíclica. Vimos também as ligações glicosídicas.
Na ligação glicosídica, vimos:
MALTOSE: dissacarídeo, duas unidades de glicose unidas através de ligação alfa 1-4
SACAROSE: glicose e frutose unidas alfa 1-2 beta; esse dissacarídeo é NÃO redutor, pois a ligação glicosídica é entre os dois carbonos anoméricos
LACTOSE: galactose e glicose unidas por ligação beta1 -4;
Dos oligossacarídeos, os dissacarídeos são os mais importantes
(primeira aula até o slide 28)
Por que é importante estudarmos esses dissacarídeos¿
Deficiência da enzima lactase: o nosso organismo só absorve monossacarídeos. A enzima lactase quebra a ligação glicosídica beta1-4 e libera galactose e glicose. Na deficiência dessa enzima, não conseguimos fazer a quebra; e, no intestino grosso, há fermentação por bactérias, gerando flatulência (isso vai ser estudado na fisiologia).
Agora, veremos os POLISSACARÍDEOS
Como diferenciar um polissacarídeo do outro:
1. O tipo de monossacarídeo que o forma. Ex. celulose é formada por milhares de moléculas de glicose.
2. O tipo de ligação glicosídica que une os monossacarídeos. Ex. na celulose a ligação é beta 1-4 (formato mais estendido, e é de sustentação), no amido é alfa 1-4 (formato em hélice e é de armazenamento) – o nosso organismo consegue fazer a quebra da ligação alfa 1-4 com a enzima amilase, mas não consegue fazer a quebra da ligação glicosídica beta 1-4 porque nenhum animal tem a enzima celulase.
3. O numero de monossacarídeos – comprimento da cadeia
4. O grau de ramificação da cadeia.
Os polissacarídeos podem ser homopolissacarídeos ou heteropolissacarideos.
Homopolissacarídeos:
Formados por um único tipo de monossacarídeo. Ex. celulose, formada apenas por glicose. Podem ser lineares ou ramificados.
Os mais importantes: amido, glicogênio, celulose e quitina.
O amido e o glicogênio são homopolissacarídeos de reserva, o amido de reserva vegetal, o glicogênio de reserva animal. A celulose e a quitina tem função de sustentação, o primeiro em vegetais, o segundo como exoesqueleto de insetos.
Amido: formado somente por glicose. É a forma como os vegetais armazenam energia na forma de glicose, formando grandes grânulos no cloroplasto. Formada por dois tipos de polímeros: amilose e amilopectina.
 fig. 1
- Amilose: mais simples. Estrutura linear (não ramificada). Milhares de und de glicose unidas com ligação alfa 1-4. (hélice azul na fig. 1)
- Amilopectina: milhares de und de glicose unidas alfa 1-4 também, mas a cada 24 a 30 und de glicose tem um ponto de ramificação alfa 1-6. Portanto, não é linear, é ramificada! (hélice vermelha na fig.1)
OBS: Quando temos ligação alfa 1-4 entre monossacarídeos, a formação é de uma estrutura helicoidal. Dessa forma, tanto a amilose quanto a amilopectina tem forma de hélice, e para formar o amido ambas se entrelaçam.
Glicogênio – maneira como os animais armazenam energia em forma de glicose. Após uma refeição: uma parte da glicose é usada como fonte direta de energia e outra parte se transforma em glicogênio. Nosso organismo armazena o glicogênio no fígado e no musculo esquelético. De 7 a 10% do peso do fígado é glicogênio, e 1 a 2% do peso do musculo é glicogênio. (mais a frente veremos o metabolismo do glicogênio).
- O glicogênio é um homopolissacarídeo porque é formado somente por glicose, e é muito parecido com a amilopectina do amido, pois é ramificado. Pode ter até 55 mil und de glicose, unidas alfa 1-4. A diferença do glicogênio para a amilopectina é o grau de ramificação; no glicogênio, tem-se uma ramificação alfa 1-6 a cada 8 a 12 und de glicose. Possui pontas não redutoras (nonreducing ends. Fig.2) – o metabolismo começa a partir dessas pontas. A quebra do glicogênio é muito rápida por possuir várias pontas redutoras, e isso se deve ao fato de ele ser ramificado; se o glicogênio não fosse ramificado, haveria apenas uma ponta redutora, prejudicando a velocidade do seu metabolismo. 
Obs.: Logo após uma refeição, o fígado apresenta inúmeros grânulos de glicogênio (imagem slide 38); passadas 24h após a refeição, os grânulos já não aparecem.
 fig. 2
Celulose: milhares de und de glicose unidas por ligação beta 1-4; o que diferencia a celulose da amilose é o tipo de ligação, a amilose é alfa 1-4. O formato da celulose é estendido (devido ao seu tipo de ligação), o que permite dar sustentação a parede celular de vegetais.
DERIVADOS DE HEXOSES
Obs: “a gente vai continuar o homopolissacarídeo, porque ainda falta falar da quitina, mas antes disso, eu quero mostrar pra vocês esses derivados, porque a quitina é formada de um derivado de hexose. Então, depois continuamos com os homopolissacarídeos e heteropolissacarideos.”
GLICOSE: principal hexose!
- derivados:
1. glicose-6-fosfato.
A primeira reação que vamos estudar no metabolismo da glicose é que ela vai ser fosforilada no carbono 6 (entra um grupo fosfato). Isso ocorre para aprisionar a glicose dentro da célula, portanto, a primeira reação que acontece assim que a glicose entra na célula é sua fosforilação; acontecendo isso, o fosfato, que tem carga negativa, permite o aprisionamento da glicose, que será utilizada no metabolismo. Glicose sem o grupo fosfato consegue sair da célula.
2. Aminoaçúcares. Se entrar um grupamento amino no carbono 2 da glicose, forma-se a glicosamina. Mas esse grupamento também pode entrar no carbono 2 da galactose (galactosamina) ou manose (manosamina). Obs.: o grupo amino entra no lugar da hidroxila do carbono 2 dessas estruturas.
Ainda no grupamento amino da glicosamina, pode entrar o ácido acético – formando o acetilglicosamina.
Pode acontecer de no carbono 3 da acetilglicosamina entrar o acido lático – formando o ácido acetilmuramico. Obs: formação: a hidroxila do carbono 2 da glicose foi substituída por um grupamento amino; no grupamento amino esta sendo condensado o acido acético e no carbono 3 temos o acido lático.
Obs. O acido acetilmuramico tem no carbono 3 o acido lático, no carbono 2 um grupamento amino e o acido acético.
3. Desoxiaçúcares: substituição da OH do carbono 6 por um hidrogênio. Ex: fucose e rhamnose.
O que mais pode acontecer com a glicose¿
O carbono 6 pode oxidar, formando os ácidos urônicos.
O carbono 1 pode oxidar, formando os ácidos aldônicos - ex. ácido glicônico. Além disso, esse ácido glicônico pode formar o éster intramolecular.
 
Assim, os principais derivados de hexoses (glicose,no caso) são: glicose-6-fosfato, glicosamina, acetilglicosamina, acido acetilmurâmico, ácido murâmico.
Sobre o ácido murâmico: no carbono 2 da glicose, a OH é substituída por um grupamento amino e no carbono 3 liga-se o acido lático. Se o ácido murâmico receber um acido acético no grupamento amino, se transforma no acido acetilmurâmico.
Voltando para os homopolissacarideos...
Quitina: forma o exoesqueleto de insetos. Parecido com a celulose; diferença é a ligação (celulose: milhares de und de glicose unidas beta 1-4. A quitina é composta por milhares de moléculas de acetilglicosamina unidas beta 1-4).
Heteropolissacarídeos: 
Formados por 2 ou mais tipos de monossacarídeos. Podem ser lineares ou ramificados.
- PEPTÍDEOGLICANOS: parede celular das bactérias. Formado por: acetilglicosamina ligada por ligações beta 1-4 ao ácido acetilmurâmico. Obs: são derivados de hexose. Proteínas ligam esses polissacarídeos para formar a parede celular das bactérias.
Lisosima: enzima bactericida presente na lagrima; faz a hidrolise da ligação beta 1-4 do peptídeoglicano, destruindo,assim, a parede da bactéria, causando sua morte.
Penicilina: antibiótico que impede a síntese das ligações cruzadas dos oligopeptídeos da parede celular da bactéria
- GLICOSAMINOGLICANOS: heteropolissacarídeos da matriz extracelular. São formados por und repetidas de dissacarídeos; esses dissacarídeos são formados por acetilglicosamina ou acetilgalactosamina e acido urônico (D-glicuronico ou L-iduronico). Lembre: a maioria dos monossacarídeos da natureza esta em isômero D, mas aqui temos um exemplo de isômero L presente.
4 tipos principais de glicosaminoglicanos: ácido hialurônico, queratina sulfato, condroitina sulfato e heparina.
Ácido hialurônico: formado por und repetidas de dissacarídeo (acido glicouronico ligado beta 1-3 com acetilglicosamina). Pode ter ate 50 mil desses dissacarídeos. Esse ácido faz a lubrificação de articulações
Queratina sulfato: formada de galactose unida beta 1-4 com N-acetilglicosamina e galactose. Grupos sulfatados. Aproximadamente 25 dissacarideos que se repetem. A queratina é encontrada em: cabelo, garra de animais, chifre de animais...
Condroitina sulfato: formada do acido glicourônico e acetilgalactosamina. Encontrada em cartilagens.
Heparina: formada de 15 a 90 dissacarideos de acido L-iduronico unidos com acetilglicosamina. É um anticoagulante natural.
(OBS: não precisa decorar como cada um é formado, apenas saber quem são os glicosaminoglicanos)
GLICOCONJUGADOS
- carboidrato ligado ou com proteína ou lipídeos
- são transportadores de informação: fazem comunicação entre a célula e a MEC; sinalização do transporte, pontos de reconhecimento, sinalização celular,
Quem são:
Proteoglicanos (proteínas ligadas a glicosaminoglicanos) : 
– sindecan: proteína ligada a heparina sulfato e condroitina sulfato. 
– agrecan: proteína ligada a heparina e condroitina.
Glicoproteínas (carboidrato ligado a proteína) – ex. imunoglobulinas e alguns hormônios.
Glicolipideos (carboidrato ligado a lipídeo)
LEMBRE: estudar bastante GLICOGÊNIO!
AULA2- PARTE 2 -BIOENERGÉTICA:
 A célula precisa de energia para fazer trabalho químico, ou seja, para fazer síntese de macromolécula, síntese de glicose, de glicogênio, síntese de proteínas, síntese de lipídios, trabalho osmótico e contração muscular. A célula, também, precisa de energia para sobreviver, ficar viva, principalmente de energia na forma de ATP.
 A formação dessa energia ocorre através do metabolismo. Metabolismo é o conjunto de todas as reações químicas que acontecem dentro da célula com o objetivo de produzir energia para realizar trabalho celular. 
 A célula precisa de energia, então essas reações químicas que acontecem são para a produção de energia, para a célula realizar trabalho e, também, para a célula fazer síntese de macromolécula. 
 O metabolismo é dividido em reações anabólicas, ou anabolismo, e reações catabólicas, ou catabolismo. As reações anabólicas são reações de síntese, e para acontecerem há necessidade de energia. A célula precisa de energia para fazer a síntese de glicose, síntese de proteínas e síntese de lipídio de membrana. As reações anabólicas partem de moléculas pequenas e irão formar macromoléculas. E as reações catabólicas partem de uma macromolécula, que será quebrada, degradada, oxidada em moléculas pequenas e pobres em energia, liberando uma grande quantidade de energia. Por exemplo, no metabolismo, parte da glicose é oxidada, degradada, quebrada, liberando uma grande quantidade de energia para a célula e moléculas pequenas e pobres em energia como o CO2 e H2O, reação catabólica. Também, ocorre no metabolismo, reações de anabolismo, parte de moléculas pequenas formam macromoléculas, lipídios, proteínas e carboidratos, e para isso utilizam energia. 
 A energia liberada no catabolismo é utilizada pelo anabolismo. A energia liberada nas reações do catabolismo é utilizada para fazer trabalhos celulares, contração muscular, transporte entre membranas e, também, é utilizada pelo anabolismo para fazer a síntese de macromoléculas.
 Se o catabolismo libera energia que será utilizada pelo anabolismo, a célula deve possuir moléculas que captem essa energia e a transportem. Temos o ATP, o NAD, o NADP e o FAD, como moléculas que vão captar e transportar essa energia para dentro da célula. 
 O Princípio geral da bioenergética: o catabolismo vai liberar energia que será utilizada pelo anabolismo e precisa das moléculas que captam e transportam essa energia. Esse transporte acontece na forma de elétrons e hidrogênio, ou seja, no NAD, NADP e FAD, ou na forma de radical fosfato, ou seja, ATP. 
 Tanto o NAD, o NADP e o FAD, são coenzimas especializadas no transporte de elétrons, que são energia para a célula. Na cadeia transportadora de elétrons esses elétrons vão formar o ATP, através da fosforilação. Então quando o NAD, o NADP e o FAD transportam os elétrons eles estão transportando energia. E esse transporte é realizado através das reações de oxirredução.
 O NAD é nicotinamida (vitamina B3), adenina (base nitrogenada) e dinucleotídeo. Para acontecer a síntese do NAD dentro da célula é necessário a vitamina B3, se não tiver a vitamina B3, não acontece a síntese do NAD, ou seja, não terá transporte de energia. A vitamina B3 faz a síntese do NAD e o NAD faz o transporte de energia. 
Estrutura química do NAD:
NAD+ + 2e- +2H+ ↔ NADH + H+
NAD+ é um NAD oxidado, ele está na forma oxidada.
NADH é um NAD reduzido, ele está na forma reduzida. 
 O transporte de energia através do NAD ocorre por reações de oxirredução, o NAD oxida e reduz, oxida e reduz. Em uma reação química, há a liberação de dois elétrons e dois prótons, os elétrons são energia, precisamos de uma molécula que capte essa energia, essa molécula é o NAD oxidado. Então o NAD oxidado vai receber dois elétrons, dois prótons e vai se transformar no NAD reduzido. O NAD reduzido se oxida, perde dois elétrons, perde dois prótons e se oxida, se transformando no NAD oxidado. 
 Dentro da célula tem uma contidade muito pequena de NAD, então para realizar o transporte de energia, o NAD fica o tempo todo oxidando e reduzindo, ou seja, se reciclando. O NAD oxidado vai receber dois elétrons, dois prótons e vai se transformar no NAD reduzido. O NAD reduzido oxida, perde dois elétrons, perde dois prótons e se oxida, se transforma no NAD oxidado. Na verdade, somente, dois elétrons e um prótons irão entrar na estrutura do NAD, o outro próton fica para fora da estrutura. Por isso no final encontramos o NADH + H+. 
 O NADP funciona de mesma forma que o NAD, a única diferença é que o NADP tem um fosfato a mais do que o NAD, o resto é exatamente igual. NDAP+ está oxidado e o NADPH está reduzido. Durante o metabolismo o NAD reduzido vai para a cadeia transportadora, para formar o ATP, enquanto que o NADP não vai para a cadeia transportadora, ele vai ser utilizado na síntese de lipídio, ele dá o poder redutor para fazer a síntese de lipídio. 
 No metabolismo existe enzimas que só aceitam o NAD, enzimas que só aceitam o NADP e enzimas que aceitam tanto o NAD quanto o NADP.
 O FAD é flavina (vitamina B2), adenina (base nitrogenada) e dinucleotídeo. A flavina deriva da vitamina B2, ou seja, para a célula sintetizar o FAD ela precisa da vitamina B2. O transporte de elétrons (energia) por meio do FAD pela reação de oxirredução. O FAD+ é o FAD oxidado e o FADH2 é o FAD reduzido. O FAD oxidado recebe dois elétrons, dois prótons e se reduz, se transforma no FAD reduzido. A diferença para o NAD e o NADP é que os dois elétrons e os dois prótons vão entrar na molécula do FAD, por isso ao final temos FADH2. O FAD reduzido perde dois eletros, dois prótons e se oxida, se transforma no FAD oxidado. Também, existe pequenas quantidade de FAD dentro da célula, ele está sempre se reciclando, se oxidando e reduzindo, para fazer o transporte da célula.
 Um exemplo de reação dentro da célula que utiliza o NAD: NAD no ciclo de Krebs. 
 Nessa reação o malato vai oxidar a oxalacetatopela enzima malato desidrogenase. Quando o malato oxida ele perde elétrons e prótons, tem uma molécula que capta essa energia, esses elétrons, que é o NAD oxidado. O NAD oxidado recebe os elétrons e se transforma em NAD reduzido. Pode ocorrer o contrário também, pois essa é uma reação reversível, o oxalacetato pode se reduzir a malato, para isso ele precisa do poder redutor. O NAD reduzido vai se oxidar e se transformar em NAD oxidado. No momento em que o NAD reduzido se oxida ele entrega os elétrons para o oxalacetato ser reduzido a malato. Sempre alguém irá se oxidar e alguém ira se reduzir. 
 A diferença para o NADP estaria na ribose, a hidroxila do carbono dois do NADP terá um grupo fosfato, essa é a única diferença em termos de estrutura física. Tem enzimas que só utilizam o NAD, tem enzimas que só utilizam o NADP e tem enzimas que utilizam os dois.
 Um exemplo de reação dentro da célula que utiliza o FAD: FAD no ciclo de Krebs. 
 O succinato vai ser o oxidado em fumarato, pela enzima succinato desidrogenase, essa enzima só utiliza o FAD. O succinato oxida, o FAD recebe os elétrons, os prótons e se reduz em FAD reduzido, formando o fumarato. 
 ATP:
 A célula precisa de ATP, precisa de energia. A célula morre sem o ATP. A célula precisa de energia para fazer contração muscular, neurotransmissão e transporte de membranas.
 O ATP é formado pelo trifosfato de adenosina ou adenosina trifosfato. Ele é formado pela adenina (base nitrogenada) e por uma ribose (açúcar). Quando temos adenina ligada a ribose, temos uma adenosina e três grupos fosfato, adenosina trifosfato. A energia do ATP está nas ligações entre os grupos fosfatos que ele possui. Quando acontece a hidrólise dessa ligação há a liberação de uma grande quantidade de energia para a célula. Então dentro da célula acontece a formação do ATP, para formar o ATP são necessárias 7,3 kcal por MOL. E, também, dentro da célula acontece a hidrólise do ATP. Quando acontece a hidrólise ocorre a liberação de energia para a célula. A mesma quantidade de energia utilizada para formar o ATP é a mesma de quando ocorre a hidrólise do ATP, liberação de energia. 
 O ADP se une a um fosfato inorgânico (Pi), recebem uma grande quantidade de energia, e formam o ATP. Quando acontece a hidrólise do ATP: temos o ATP, acontece a hidrólise, há a liberação de uma grande quantidade de energia, do ADP e do fosfato. Essas duas reações ficam o tempo todo acontecendo, acontece a formação do ATP, a hidrólise do ATP, a formação do ATP e depois a hidrólise do ATP. 
 Um exemplo de reação de ATP no catabolismo:
 A glicose é oxidada, quebrada, degradada, liberando uma grande quantidade de energia e moléculas pequenas e pobres em energia (CO2 e H2O). Se está acontecendo a liberação de energia tem que ter a molécula que capte e transporte essa energia, essa molécula será o ADP + fosfato que vão captar a energia e se transformar no ATP. Quando acontece a oxidação dessa molécula de glicose ocorre a liberação de 32 ATPs, a hidrólise do ATP, por exemplo, para a contração muscular. Após a contração muscular o ATP se transforma no ADP+ fosfato e assim fica o tempo inteiro dentro da célula. 
 Existem duas formas de formar o ATP dentro da célula: a primeira por meio da fosforilação ao nível de substrato, temos no substrato com uma grande quantidade de energia, acontece a hidrolise desse substrato, libera energia e essa energia é utilizada para a formação de ATP. Isso ocorre durante o ciclo de Krebs ou na glicólise. E por meio da cadeia transportadora, formadora de elétrons, através da fosforilação oxidativa. Essa é a principal maneira de formar o ATP.
Fosfocreatina ou creatina fosfato:
 Fosfocreatina é uma maneira de armazenar energia no músculo. O músculo não consegue armazenar ATP, porém quando ocorre uma contração muscular necessitamos de muita energia, de muito ATP, e esse é encontrado na fosfocreatina.
 A transformação da creatina +ATP em creatina fosfato ocorre nos períodos que estamos em repouso. Como funciona a reação:
 Temos a creatina mais o ATP, o ATP vai sofrer hidrólise, o fosfato do ATP + energia vão entrar na molécula, se une a creatina que recebe essa energia e o fosfato, ambos se transformam em creatina fosfato ou em fosfocreatina, substância que fica armazenada no músculo. Quando fazemos uma contração muscular essa substância é liberada, ocorrendo uma reação contrária, a mesma enzima creatina quinase, faz a hidrólise da creatina fosfato em creatina mais ATP, liberando uma grande quantidade de energia. 
Creatina + ATP ↔ Creatina Fosfato + ADP + H+
A creatina é utilizada em academias para aumentar a massa muscular, porém há controvérsias sobre sua utilização, não se sabe se ela faz bem ou mal.
 AULA2- PARTE 3 –METABOLISMO DE CARBOIDRATOS:
 O primeiro metabolismo estudado será o da glicose, o que acontece com a glicose dentro da célula. Várias coisas podem acontecer com a glicose quando ela entra dentro da célula:
1.	Se a célula precisa de energia, a glicose será totalmente oxidada e ira liberar CO2, H2O e 32 ATPs. Ocorre a oxidação da glicose para a liberação de energia. 
2.	Ocorre a formação do glicogênio, a glicose se transforma em glicogênio. E quando a célula precisa de glicose ocorre a quebra do glicogênio em glicose.
3.	O excesso de glicose se transforma em triglicerol, em lipídio, que será armazenado no tecido adiposo. 
4.	Se a mulher estiver amamentando a glicose faz a síntese da lactose para formar o leite.
5.	A glicose pode ir para as vias das pentoses fosfato e se transformar em pentose -5- fosfato. Essa ribose é utilizada para formar o RNA e o DNA. Quando a célula está em divisão uma parte da glicose é desviada para a via das pentoses fosfato para a formação do DNA e RNA.
 A primeira coisa que acontece com a glicose quando a célula precisa de energia é a glicólise, lise é quebra, glicólise é a quebra da molécula de glicose. Esse processo ocorre no citosol da célula e tem como objetivo a liberação de energia para a célula. A glicólise acontece com o sem oxigênio. 
 Como funciona: A glicose chegou dentro da célula e a célula precisa de energia, a primeira coisa que acontece com a molécula de glicose é o processo da glicólise, que são 10 reações químicas onde uma molécula de glicose libera duas moléculas de piruvato. O que acontece com o piruvato depende da existência ou não do oxigênio dentro da célula. Quando há oxigênio, o piruvato se transforma em acetil-CoA, a acetil-CoA vai para o clico de Krebs, participa da cadeia transportadora de elétrons que libera 32 ATPs para célula. Quando não tem oxigênio, a célula fica em condição de hipóxia, o piruvato entra em fermentação lática e libera o ácido lático, o piruvato se transforma em duas moléculas de ácido lático e libera somente 2ATPs.
 Por exemplo: Você é sedentário e começa a fazer musculação, você está na academia e daqui a pouco começa a sentir uma dor muito intensa, você para o exercício. Quando você iniciou os exercícios tinha oxigênio, quando o exercício ficou intenso, não foi possível levar a quantidade de oxigênio suficiente para o músculo, o músculo fica em hipóxia, não consegue mais realizar esse processo, então faz fermentação lática e libera o ácido lático que dá a dor, não deixa mais você fazer o exercício. No outro dia ele dá a dor do dia seguinte, não que o ácido lático vai ficar no músculo, o ciclo de cori tira o ácido lático do músculo, porém aconteceu uma injuria no tecido e essa injuria que dá a dor do dia seguinte. 
 A fermentação lática existe em bactérias no processo de formação do queijo e do iogurte.
 A fermentação lática é muito rápida pois ela precisa compensar a liberação de uma quantidade muito pequena de ATP, somente 2 ATPs. 
 No infarto tem muita fermentação lática, porque as células começam a ficar sem oxigênio.
 As hemácias (responsáveis pelo transporte de oxigênio) só fazem fermentação lática, pois não possuem mitocôndrias.Além da fermentação lática o piruvato faz fermentação alcoólica, porém ela só acontece em micro-organismos, não acontece em animais. Ocorre na fabricação de vinho e cerveja.