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2017 2 Histórico dos Testes Psicológicos

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Histórico dos Testes psicológicos
Os testes são cegos com relação ao sexo, cor, origens familiares. 
Eles revelam capacidades e talentos em todos os níveis da população
Testagem = situação específica 
 Objetivos específicos
Testes = sofrem influência da cultura
 Os importados precisam ser adaptados à realidade local.
DEFINIÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS
Os testes medir as diferenças individuais.
 Biológicas ou Sociais
Os testes visam expressar em termos físicos, traços latentes, ou seja, processos mentais.
Um teste psicológico = um conjunto de tarefas que o sujeito executa em uma situação sistematizada, permitindo que os comportamentos sejam descritos de forma objetiva, geralmente, por meio do uso de números.
Os testes são só instrumentos, são um meio para se chegar a um fim.
Eles não podem ser conclusivos, quem pode é o avaliador que deve analisar e compreender o sujeito através do instrumento.
HISTÓRICO DOS TESTES PSICOLÓGICOS
Os testes psicológicos surgiram ainda bem primitivos para medir atividades sensoriais, aspectos bem primários.
Achava-se, na época, que a medida dos sentidos deveria progredir no sentido de buscar uma mensuração de uma atividade mais complexa. Mesmo assim, achavam que medir as atividades mais complexas seria muito difícil, por serem abstratas.
A década de Galton (Inglaterra/1880)
Avaliação das aptidões por meio de medidas sensoriais;
Baseou seus estudos na crença do determinismo fisiológico;
Acreditava que o comportamento era determinado por aspectos físicos;
Media as diferenças físicas;
Defende a EUGENIA.
A década de Cattell (EUA/1890) 
Interessado na medida de diferenças individuais;
Inaugura o termo "teste mental";
Valorizava a acuidade e velocidade perceptiva.
A década de Binet (França/1900)
Com ele realmente começam os testes de inteligência, se propondo a medir as funções mais complexas.
Não pensava no determinismo biológico e nem na hereditariedade;
Estava preocupado com as diferenças das crianças na escola;
Elabora testes de conteúdo mais cognitivo, para medir funções mais amplas como a memória, a atenção, a compreensão, a imaginação...
Inicia a era dos testes de inteligência, incluindo de Q.I..
A era dos testes de inteligência (1910/1930)
Teste de inteligência de Binet-Simon (1905) = é feita uma nova escala para medir o muito usada na época da guerra. Construção/aplicação de inúmeros testes.
Década da Analise Fatorial (1930)
Declínio dos testes de inteligência. 
Psicólogos estatísticos repensam os conceitos de Spearman.
Thurstone = os testes vão ser subdivididos e começam a ser destrinchados em várias aptidões (fluência verbal, aritmética...).
A era da sistematização (1940-1980)
Duas tendências opostas:
Guilford / Turstone / Cattell (visão multidimensional de inteligência/ sistematização da psicometria/ normas p/ elaboração de testes)
Stevens e Sternberg (pesquisas para explicar a Inteligência a partir de uma inter-relação do sujeito com o mundo e suas diversas habilidades mentais/início da teoria cognitiva).
OS TESTES PSICOLÓGICOS NO BRASIL
No Brasil, o declínio do interesse pelos testes psicológicos, perdurou até quase o final da década de 80.
Enfoque humanista na compreensão do comportamento humano;
Ênfase na liberdade como característica fundamental;
Tornando a medida em Psicologia impraticável - uma maldição;
Medir era = destruir o objeto psicológico.
1- A renovação pelo interesse dos testes foi mais demorado no Brasil devido, principalmente, á falta de recursos humanos especializados na Psicometria. O que tem sido, ainda, um desastre para a credibilidade e construção de testes no Brasil.
2- Outro problema é a qualidade gráfica do material comercializado pelas editoras.
3- O respeito ao ensino de avaliação psicológica que passou a ser desprezado. Hoje, as disciplinas de Psicometria nas universidades brasileiras são quase inexistentes, incapacitando o psicólogo de criar e avaliar a qualidade dos testes existente.
4- Um novo movimento pode ser identificado entre os psicólogos deste país: uma atitude mais sóbria e ponderada com relação aos instrumentos psicológicos, sobretudo os de abordagem qualitativa.
5- Atualmente, algumas universidades, já reconhecem a utilidade real da psicometria na prática e pesquisa psi. Reconhecem os testes como instrumentos valiosos e necessários para a prática e a investigação, bem como uma visão mais crítica do poder de alcance deles no diagnóstico, na predição e na tomada de decisão sobre seus resultados. 
O Conselho Federal de Psicologia vem se preocupando com o problema dos testes no Brasil desde o início da década de 80, enfatizando a necessidade de pesquisa em psicometria no Brasil.
A legislação não vem resolver os problemas decorrentes do uso ou abuso das avaliações psicológicas ou do mau uso dos testes, mas vem impondo mais responsabilidade ao psicólogo com respeito à qualidade dos instrumentos que utilizam. A legislação forçou o psicólogo a assumir com maior responsabilidade seu papel de profissional na avaliação psicológica, sujeito às leis da qualidade e de prestação de serviços à sociedade, qualidade esta que pode ser judicialmente exigida pela sociedade.
O Conselho Federal de Psicologia promove a resolução CFP 022/2003 criando um sistema de avaliação de testes psicológicos.
Os alunos devem visitar o satepsi em 
<http://satepsi.cfp.org,br/> para	verificar	as principais informações referentes ao assunto, assim como verificar a listagem dos testes aprovados.
A AQUISIÇÃO DE TESTES
Somente psicólogos ou alunos de psicologia com autorização de um psicólogo podem adquirir testes.
Nas mãos de pessoas sem treinamento, podem causar danos, por erro na administração.
Ser psicólogo ou especialista em seleção de pessoal não qualifica o profissional para manusear os testes.
Os testes devem ser escolhidos adequadamente para o seu fim.
Devemos reconhecer as limitações dos seus resultados.
Trabalhar sempre de acordo com o manual de instrução: para que população, idade, individual ou coletivo, tempo....
A avaliação dos escores deve ser feita através das tabelas estatísticas apresentadas.
Os testes servem para fornecer informações sobre os indivíduos para a tomada de alguma decisão. 
Eles visam fornecer dados confiáveis para alguma intervenção.
Como o comportamento humano ocorre nas mais variadas situações, por razões e objetivos diferentes, os testes também deverão ter objetivos diferenciados: um teste pode ser apropriado para uma situação e menos apropriado para outra.
Os testes psicológicos são usados basicamente para cinco finalidades:
Classificação (psicotécnico);
Promoção do autodesenvolvimento;
Intervenção psicoterápica (psicodiagnóstico) e psicopedagógica;
Avaliação de programas;
Pesquisa científica.
ADMINISTRAÇÃO DOS TESTES PSICOLÓGICOS
Os testes são instrumentos técnicos e seu manejo geralmente necessita de pessoal treinado e conhecedor do instrumento;
Os testes psicológicos são de uso exclusivo dos psicólogos;
São instrumentos sofisticados;
Exigem regras para sua aplicação, chamada de "padronização" da aplicação que implica:
1 - Procedimentos de aplicação;
2 - Controle dos vieses do aplicador;
3 - Direito dos testandos;
4 - Normas de divulgação dos resultados.
OS PROCEDIMENTOS DE APLICAÇÃO
Têm como objetivo garantir a validade da testagem, porque podem produzir resultados inválidos se forem mal aplicados.
Os resultados são válidos (se o teste for válido) se a sua aplicação seguiu à risca as instruções e recomendações do autor (manual) e vão exigir pelo menos 2 condições:
A qualidade do ambiente físico da aplicação;
A qualidade do ambiente psicológico.
Vieses do examinador:
O psicólogo deve estar consciente da possível influência de tais fatores e procurar minimizá-la.
O DIREITO DOS TESTANDOS
No Brasil, a atuação do psicólogo na testagem é considerada
uma atividade pericial (de perito). Isto quer dizer que o psicólogo responde até criminalmente por sua conduta nesta área dos testes. Os comitês de ética em Psicologia vêm elaborando normas que devem ser seguidas na aplicação de testes, que se resumem nos seguintes pontos:
Deve ser obtido o consentimento dos testandos ou de seus representantes legais antes da realização da testagem. Com exceção da testagem por determinação legal; da testagem como parte de atividades escolares regulares e a testagem de seleção;
Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, os testandos têm direito a explicações em linguagem que eles compreendam;
Em aplicações escolares, clínicas e de aconselhamento, quando os escores são utilizados para tomar decisões que afetam os testandos, estes ou seus representantes legais têm o direito de conhecer seu escore e a sua interpretação.
Normas de divulgação dos resultados: Quem tem direito aos resultados dos testes?
Aquele que se submeteu aos testes tem o direito a toda informação que desejar. Também tem direito aos resultados o solicitante da testagem, como o dono da empresa (seleção) ou o juiz (perícia).
Mas, o direito destes não é sobre todos os resultados, eles apenas tem direito as informações estritamente necessárias à resposta da solicitação.
O sigilo e a segurança dos resultados dos testes devem, em geral, seguir as normas do sigilo entre profissional e paciente. Assim, os arquivos devem ser seguros, de modo que ninguém possa ter acesso; as identidades devem ser codificadas.
Em casos judiciais o juiz pode pedir a abertura de registros sigilosos. 
Ver Tabela: Selecionando testes adequados.
Laudo psicológico
O laudo psicológico é um importante instrumento de trabalho para o profissional de Psicologia que o utiliza como uma conclusão sobre a avaliação realizada, a
partir da qual podem estar contribuindo para o planejamento de uma intervenção de qualidade.
Objetivo = apresentar um resultado conclusivo de acordo com os objetivos propostos, seguindo as normas de um documento técnico.
Do ponto de vista judicial, a palavra laudo se refere a um documento legal para servir de prova ou consulta esclarecedora acerca de um fato.
Do ponto de vista técnico, o laudo é um instrumento de registro dos dados colhidos na avaliação psicológica e deverá ser arquivado junto aos protocolos dos instrumentos utilizados.
O laudo é uma peça escrita (deve-se evitar a devolução oral, porque pode ser facilmente distorcida) na qual peritos expõem observações e conclusões a que chegaram.
Trata-se de um parecer técnico de avaliação psicológica que visa subsidiar profissionais na tomada de decisões.
Assim; ele constitui a última etapa de uma avaliação psicológica. O laudo deve ser congruente com os objetivos.
Deve conter os seguintes elementos:
Dados de identificação;
Motivo ou objetivo da avaliação;
Técnicas utilizadas;
Sumário dos resultados quantitativos e qualitativos (fatores de desempenho e dinâmica da personalidade);
Conclusão (diagnóstico, se for o caso, usando o CID-10 e o DSM-IV);
Identificação do profissional (registro no CRP);
Do ponto de vista de conteúdo, a redação deve conter uma análise descritiva dos eventos ou situações sob sua investigação.
Na construção do laudo psicológico:
definição = comunicação dos resultados da avaliação ao sujeito ou responsável;
solicitante = sujeito, médico, professor, DRH, juiz, dono da empresa...;
objetivo = dar uma visão dinâmica do indivíduo naquele momento. Não se permite inferências sobre o sujeito.
erros a evitar = excesso de termos técnicos, cientificismos, resultado sem uma visão integrada dos dados, sentenças abreviadas, inferências.
conteúdo = o laudo deve equilibrar os dados com a teoria psicológica, ilustrando os resultados com comportamentos observados.
O conteúdo do laudo deve conter:
identificação
motivo da consulta
descrição física
impressão geral obtida durante o rapport
comportamento do examinando
variáveis ambientais
instrumentos usados
planejamento das sessões de aplicação
resultados dos testes
conclusão
limitações
Implicações éticas e sociais na avaliação psicológica
Diversos são os cuidados éticos a serem observados no processo de avaliação psicológica. As condutas éticas a serem seguidas nas principais etapas da avaliação psicológica são:
NA SELEÇÃO DOS INSTRUMENTOS
investigar os melhores instrumentos para cada objetivos;
avaliar as características psicométricas dos mesmos;
considerar a idade, sexo, nível de escolaridade, socioeconômico, origem, condições físicas....
verificar e seguir as instruções nos manuais para aplicação, correção e interpretação dos resultados;
solicitar ajuda a outro psicólogo, caso não possua algumas informações acima.
NA ADMINISTRAÇÃO DOS INSTRUMENTOS
informar aos envolvidos a natureza e objetivo da avaliação e obter um consentimento por escrito;
verificar a adequação das condições físicas do espaço;
organizar o material antes de começar a aplicação;
motivar sem interferir;
desenvolver um relacionamento de confiança (rapport)
seguir rigorosamente as instruções do manual;
evitar ausentar-se da sala ou desviar sua atenção;
responsanbilizar-se pela qualidade da aplicação;
E proibido:
reproduzir o material;
realizar avaliações psicológicas s/ a relação interpessoal: correio, telefone.
Via Internet só com finalidade de pesquisa respeitando-se as normas;
gravar as sessões de avaliação sem consentimento;
interferir no trabalho de outro colega;
usar material informatizado por substituição da presença do psicólogo no processo de avaliação.
NA CORREÇÃO E INTERPRETAÇÃO
seguir os critérios e tabelas;
avaliar não só quantitativamente, como também qualitativamente;
interpretar de forma dinâmica;
arquivar os dados de forma confidencial por um período mínimo de 5 anos.
NA ENTREVISTA DE DEVOLUÇÃO	
Relatório deve ser claro, abrangendo o indivíduo em todos os seus aspectos;
usar linguagem adequada aos destinatários, de modo a evitar interpretações
errôneas, devendo sempre incluir recomendações específicas para os solicitantes;
evitar fornecer resultados das respostas dos instrumentos utilizados, o que inviabiliza o uso futuro do instrumento;
respeitar o direito do indivíduo conhecer os resultados da avaliação psicológica, as interpretações e as bases nas quais se fundamentam as conclusões;
devolver informações de um menor para o seu responsável;
guardar sigilo das informações e conclusões;
o laudo deve ser arquivado com as demais informações sobre o indivíduo.
FORMAÇÃO ÉTICA E PROFISSIONAL DO PSICÓLOGO
Há seis padrões básicos ou norteadores a serem respeitados na formação e atuação de psicólogos:
Competência
Integridade
Responsabilidade científica e profissional
Respeito pela dignidade e direito das pessoas
Preocupação com o bem-estar do outro
Responsabilidade social

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