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História dos testes psicológicos OLGA Slides 17 a 58 AULA 2

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História dos testes psicológicos- AULA 2 Olga (17-58)
Desde os tempos primitivos que se observa entre os seres humanos a preocupação de fazer observações cada vez mais apuradas no mundo ao redor. A partir da necessidade de se estimar a duração dos dias e das noites e a sucessão das estações se desenvolveu a aferição do tempo. De igual modo foram surgindo meios para se medir distâncias, tamanhos, capacidades e outros. Bússola, relógio, telescópio, microscópio, etc. são alguns dos instrumentos que apareceram para medir os fenômenos naturais.
Só a partir do século XIX, é que o ser humano se voltou para si próprio com o mesmo objetivo. O caminho da psicologia e a medida em que esta se tornava progressivamente mais científica, mostrou no início do século passado um grande desenvolvimento nas medidas de funções na fronteira entre a ciência física e a própria psicologia.
Reforma na saúde: nascimento da saúde pública como um processo de elaboração de normas e organizações sanitárias.
Reforma na educação: intenção de instrução primária gratuita a todos os cidadãos
Os primeiros testes
Os testes psicológicos surgiram ainda bem primitivos para medir atividades sensoriais, aspectos bem primários.
Achava-se, na época, que a medida dos sentidos deveria progredir no sentido de buscar uma mensuração de uma atividade mais complexa. Mesmo assim, achavam que medir as atividades mais complexas seria muito difícil, por serem abstratas.
Emil Kraepelin – Psiquiatra Alemão (1856-1926)
Avanço significativo na psiquiatria em 1890 na classificação dos transtornos mentais, segundo suas causas, sintomas e cursos. 
 Propôs sistema para comparar indivíduos são e afetados a partir de determinadas características.
Ernst Heinrich Weber - Médico alemão (1795-1878)
Considerado um dos fundadores da psicologia experimental.
Por volta de 1860 Weber trabalhou com Gustav Fechner aplicando os princípios da Psicofísica, período o qual ele formulou a Lei de Weber
“Diferenças marcantes na resposta a um estímulo ocorrem para variações da intensidade do estímulo proporcionais ao próprio estímulo
Estes primeiros experimentos visavam mapear a sensibilidade táctil em vários locais da pele através de uma técnica chamada de limiar de dois pontos. 
Porém o principal experimento que resultou na descoberta da primeira relação matemática entre um fenômeno psicológico (a consciência ou sensação de um estímulo) e um evento físico (a intensidade física de um estímulo) acorreu através de estudos de julgamento de pesos. Weber denominou esta mudança na consciência do estímulo (sensação) de DAP - DIFERENÇA APENAS PERCEPTÍVEL.
Gustav Fechner -Filósofo e Matemático alemão (1801-1887)
Investigações dos psicofísicos culminaram na criação de laboratórios posteriores.
Ideia de encontrar uma equação que descreveria a relação entre a estimulação física e as sensações.
 S = k.logE Onde S é a sensação, K é a constante de Weber e E é a intensidade do estímulo físico.
“É preciso aumentar a estimulação física em uma progressão geométrica para que a sensação correspondente 
cresça em uma progressão aritmética.”
- Ao formular esta lei, Fechner alcançou seu objetivo de traduzir matematicamente a relação entre sensação estimulação física. 
Wilhelm Wundt - Médico, filósofo e psicólogo alemão (1832-1920)
Fundado primeiro laboratório de psicologia na Alemanha;
Proposta de estudar a mente de uma forma experimental;
Estudo da consciência, da percepção e da mente em geral;
Medição do tempo de resposta, descrição de estímulos específicos…
Três momentos que implicam a tomada de consciência
SENSAÇÃO: associada à captação de estímulos ainda não diferenciados (comprimento de onda e intensidade do estímulo, no caso da luz)
PERCEPÇÃO: implicando a organização dos estímulos em formas mais ou menos definidas.
APERCEPÇÃO: atribuição de significado ao percebido e compreensão da cena ou situação.
Com o surgimento da psicologia experimental, surgiu muito interesse no desenvolvimento de aparatos e procedimentos padronizados para mapear a gama de capacidades humanas no campo da sensação e percepção.
 Os primeiros psicólogo experimentais estavam interessados em descobrir as leis gerais que governavam as relações entre o mundo físico e o psicológico.
Francis Galton - Antropólogo, meteorologista, matemático e estatístico inglês (1822-1911)
Primo de Charles Darwin 
Avaliação das aptidões por meio das medidas sensoriais
Baseou seus estudos na crença do determinismo fisiológico
O determinismo fisiológico diz que os atos voluntários são apenas as reações do organismo que resultam das influências exteriores. Neste caso, a vontade nada mais é do que a resultante de todas as forças que atuam sobre o ser humano. 
A década de Galton (Inglaterra/1880)
Acreditava que o comportamento era determinado por aspectos físicos
Media as diferenças físicas (peso, altura, cor de olhos, grau de estudos). 
Procedimento estatístico correlação 
EX. Altura x peso
Banco de dados de mais de 10 mil pessoas
Buscava provar que a ‘inteligência’ era hereditária e achava que a capacidade intelectual era uma função da agudeza de sentidos de cada pessoa para discriminar os estímulos.
Defende a EUGENIA: Termo cunhado em 1883 por Galdon significando ‘bem nascido’.
Galdon definiu a eugenia como o estudo dos agentes sob controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações que seja física ou mentalmente. Em outras palavras o melhoramento genético.
James McKeen Cattell psicólogo EUA (1860-1944)
Interessado na medida de diferenças individuais
Inaugura o termo “teste mental”
Valorizava a acuidade e velocidade perceptiva
Alfred Binet – psicólogo e pedagogo francês (1857-1911)
Chamado pelo governo francês para avaliar criança. Fruto da reforma educacional.
Era necessário uma melhor investigação antes de indicá-las para determinada escola (regular ou especial);
Com ele realmente começaram os testes de inteligência, se propondo a medir as funções mais complexas
Não pensava no determinismo biológico e nem na hereditariedade, estava preocupado com as diferenças das crianças na escola
A década de Binet (França/1900
Inicialmente – observações clínicas e problemas de raciocínio.
Elabora testes de conteúdo mais cognitivo, para medir funções mais amplas como memória, atenção, compreensão, imaginação
Inicia a era dos testes de inteligência, itens do teste agrupados por idade
Os testes psicológicos surgiram de uma necessidade prática
Wilhelm Stern - psicólogo alemão (1971-1938)
Propôs que o nível mental obtido na escala de Binet, rebatizado de escore de idade mental fosse dividido pela idade cronológica do sujeito para se obter um quociente mental (QI).
Isso representaria de forma mais precisa a capacidade em diferentes idades.
Introduzido o conceito de “quociente de inteligência”
QI= Idade Mental x 100 
 Idade Cronológica
Théodore Simon - psicólogo e psicometrista francês (1872-1961)
Ficou conhecido por sua colaboração com Alfred Binet na construção da primeira escala de medida de inteligência, Escala de Binet-Simon 
Teste de inteligência de Binet-Simon (1905): é feita uma escala para medir o QI usada muito na época da guerra.
Era dos testes de inteligência (1910/1930)- Início da testagem em grupo
Bateria ARMY BETA/ALPHA
Teste psicológico que o Exército americano usou antes e durante a Primeira Guerra Mundial para avaliar recrutas que estavam analfabetos, ignorantes, ou o teste não falavam inglês. Mais especificamente, era um modelo de testes cognitivos / intelectuais.
Bateria testes Beta Alfa
O Army beta e Army alpha foram criados com os mesmos princípios básicos para medir a “capacidade verbal, habilidade numérica, capacidade de seguir as instruções e conhecimento de informações”. Foi usado também para identificar os recrutas que mostraram psicopatologia ou “debilidade mental“ 
Robert L. Thorndike – PsicólogoEUA (1910-1990)
Filho de Edward Thorndike
Produziu um teste de inteligência para formandos do ensino médio.
A partir daí, o número de testes cresceu rapidamente e os processos de administração e pontuação também foram aperfeiçoados.
Além disso, aumentou-se a confiabilidade dos testes.
Cada vez mais aumentava a necessidade de mensurações justas, constantes e uniformes para avaliar alunos nos estágios iniciais, intermediários e finais do processo educacional.
TESTE PADRONIZADO DE REALIZAÇÃO ACADÊMICA
1910 – publicada a escala de caligrafia de Thorndike
Nova modalidade de testagem ao criar uma espécie de caligrafia, variando de muito ruim a excelente em relação às quais o desempenho dos sujeitos podia ser comparado
TESTE DE APTIDÃO
Seleção de trabalhadores nas diferentes ocupações. 
Identificar as habilidades necessárias para um determinado papel ocupacional por meio de uma análise do trabalho.
Administrar testes elaborados para avaliar a aptidão
Correlacionar os resultados dos testes e mensurações do desempenho no trabalho.
Charles Spearman – psicólogo inglês (1863-1945)
Pioneiro da análise fatorial e pelo coeficiente de correlação de postos de Spearman.
Ele também fez bons trabalhos de modelos da inteligência humana, incluindo a descoberta de que escores em testes cognitivos incompatíveis exibiam um fator geral único, batizado de fator "g“ que explica mais de 50% (e em alguns casos mais de 70% ou até 80%) da totalidade da inteligência. 
Década da Análise Fatorial (1930
Em 1904, Charles Spearman publicou os resultados de suas pesquisas em que construiu matrizes de correlações para verificar o quão semelhantes eram as habilidades medidas pelos diferentes itens que constituem um teste destinado a medir inteligência. 
Declínio dos testes de inteligência. Psicólogos estatísticos repensam os conceitos de Spearman. 
A inversão do estudo: a partir dos dados se criou a teoria.
Louis Leon Thurstone – Psicólogo EUA (1887-1955)
Pioneiro dos EUA nos campos da psicometria e psicofísica .
Foi responsável pela média padronizada e desvio padrão dos escores de QI usados ​​hoje, ao contrário do sistema de teste de inteligência originalmente usado por Alfred Binet. 
Ele também é conhecido pelo desenvolvimento da escala Thurstone.
Década da Análise Fatorial (1930)
Thurstone se opunha à noção de uma inteligência geral singular. Em 1938, propôs que além do fator geral g, pode-se também medir o quanto outros fatores específicos ou secundários) explicam da totalidade da inteligência.
Análise fatorial: formulou um modelo de inteligência centrado em "habilidades mentais primárias" técnicas de escalonamento: os testes vão ser subdivididos e começam a ser destrinchados em várias aptidões (fluência verbal, aritmética...)
A era da sistematização (1940-1980)- Duas tendências opostas:
Guilford/Thurstone/ Cattell: visão multidimensional de inteligência / sistematização da psicometria normas para elaboração de testes
Stevens e Sternberg (pesquisas para explicar a inteligência a partir de uma interrelação do sujeito com o mundo e suas diversas habilidades mentais/ início da teoria cognitiva
A era da Psicometria Moderna (1980)
TEORIA CLASSICA DOS TESTES X TEORIA DA RESPOSTA AO ITEM 
A TCT principal teoria estatística para medida dessas características na época, via-se diante de enormes dificuldades para comparar as habilidades e os conhecimentos de examinandos submetidos a provas diferentes. Analisa o teste como um todo
A TRI surgiu a partir de discussões teóricas sobre a viabilidade de se comparar as habilidades e os conhecimentos de examinandos submetidos a provas diferentes. TRI analisa as partes dos testes. 
BATERIAS DE APTIDÕES MÚLTIPLAS
1940 – o uso de testes de habilidades separadas seria substituído por baterias de aptidões múltiplas.
São grupos de testes unidos por um formato e uma base de pontuação comum.
Definem os pontos fortes e fracos dos indivíduos em determinadas áreas intelectivas.
Oferece escores separados em vários fatores, ex: raciocínio verbal, numérico, espacial e lógico.
Fornece também um escore único que engloba todos estes fatores.
Desenvolvida a partir do conceito que a inteligência não é algo unitário e que as habilidade humanas englobam uma ampla gama de componentes ou fatores separados e relativamente independentes.
OUTRAS TESTAGENS
MENSURAÇÃO DE INTERESSES Foram criadas para fins de orientação vocacional e também empregadas na seleção de pessoal.
INVENTÁRIOS DE PERSONALIDADE Primeiro questionário desenvolvido durante a primeira guerra para fazer a triagem de recrutas que pudessem sofrer de doenças mentais. (Lista de Dados Pessoais Woodsworth) afirmação sobre sentimentos, atitudes e comportamentos indicativos de psicopatologia no qual se respondia sim ou não. Depois surgiram outros menos transparentes e sujeitos a menor manipulação.
TÉCNICAS PROJETIVAS Apesar dos inventários de personalidade, os profissionais de saúde mental que trabalhavam com populações psiquiátricas ainda sentiam auxílio de diagnóstico e tratamento de doenças mentais. Ao adotar uma perspectiva clínica, mais identificada com a teoria psicanalítica ou fenomenológica, DISTANCIOU-SE DA PREOCUPAÇÃO COM A NEUTRALIDADE E A OBJETIVIDADE, passando a enfatizar a importância da subjetividade e dos aspectos transferenciais e contratransferenciais presentes na relação. 
TESTAGEM NEUROPSICOLÓGICA Kurt Goldstein começou a investigar sobre as dificuldades observadas em soldados que tinham sofrido lesões cerebrais durante a primeira guerra. Muitas vezes, esses soldados exibiam um padrão de déficits envolvendo problemas de pensamento abstrato, memória, planejamento e execução de tarefas.
Os testes psicológicos no Brasil
No Brasil, o declínio do interesse pelos testes psicológicos, perdurou até quase o final da década de 80
Enfoque humanista na compreensão do comportamento humano
Ênfase na liberdade como característica fundamental
Tornando a medida em psicologia impraticável
Medir era destruir o objeto psicológico
A renovação pelo interesse dos testes foi mais demorada no Brasil devido, principalmente à falta de recursos humanos especializados na psicometria
Diminuição da carga horária das disciplinas de testes e o respeito ao ensino de avaliação psicológica que passou a ser desprezado. Hoje as disciplinas de psicometria nas universidades brasileiras são quase inexistentes, incapacitando o psicólogo de criar e avaliar a qualidade dos testes existentes.
Um novo movimento pode ser identificado entre os psicólogos deste país: uma atitude mais sóbria e ponderada com relação com relação aos instrumentos psicológicos, sobretudo os de abordagem qualitativa.
Atualmente, algumas universidades, já reconhecem a utilidade real da psicometria na prática e a investigação, bem como uma visão mais crítica do poder de alcance deles no diagnóstico, na predição e na tomada de decisão sobre seus resultados.
O CFP vem se preocupando com o problema dos testes no Brasil desde o início da década de 80, enfatizando a necessidade de pesquisa em psicometria no Brasil.
A legislação não vem a resolver os problemas decorrentes do uso ou abuso das avaliações psicológicas com respeito a qualidade dos instrumentos que utilizam. A legislação forçou o psicólogo a assumir com maior responsabilidade seu papel profissional na avaliação psicológica, sujeito as leis da qualidade e de prestação de serviços a sociedade, qualidade esta que pode ser judicialmente exigida pela sociedade.

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