Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
19/8/2013 1 Caracterização de gramíneas do gênero Brachiaria, Cynodon e Paspalum Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Agrárias Folha completamente expandida Colmo Bainha Lâmina Colar Lígula Gramíneas Fig. Espigueta de gramínea do tipo Pooideae. Adaptado de: Häfliger, E. & Scholz, H. (1980). Racemo subdigitadoRacemo digitado INFLORESCÊNCIA Racemo INFLORESCÊNCIA Panícula aberta Panícula contraída Caracterização das gramíneas do Gênero Brachiaria 19/8/2013 2 CHAVE ANALÍTICA DICOTÔMICA PARA DETERMINAÇÃO DAS ESPÉCIES DE BRACHIARIA MAIS COMUNS http://www.cnpgc.embrapa.br/publicacoes Brachiaria decumbens Stapf. Prain Fl Brachiaria decumbens Nomes comuns: capim-braquiária, decumbens, signalgrass Perene Cespitosa ou ereta Denso relvado Forma touceiras Porte variável Brachiaria decumbens Com rizomas “crescimento” decumbente Colmo geniculado – forma Curvas no nós. 19/8/2013 3 Brachiaria decumbens Inflorescência Rácemo Produção de sementes Multiplicação Ráquis em zigue-zague no ápice Espiguetas inseridas alternadamente na ráquis Brachiaria decumbens Aspectos vegetativos Gramínea perene Folhas pubescentes Nós glabros Bainha coberta de pelos Eslolões Boa cobertura solo Brachiaria decumbens Estolões enraizamento do caule de pontos em pontos. paralelo ao solo. resistência ao pastejo, pisoteio e fogo. Brachiaria decumbens Brachiaria decumbens Brachiaria decumbens Solo bem drenado Não tolera geada Clima tropical úmido Forma de utilização Valor nutritivo: f(manejo) Principais limitações Brachiaria decumbens CIGARRINHA DAS PASTAGENS Ninfa da cigarrinha das pastagens, com a produção de espuma característica, na base de capim-elefante. Fonte: Embrapa cnpgc Cigarrinha das pastagens 19/8/2013 4 Brachiaria decumbens FOTOSSENSIBILIZAÇÃO: Phitomyces chartarum Cultivares Brachiaria decumbens IPEAN BASILISK Porte mais baixo Porte mais alto Folhas ⇑ pilosa Menos pêlo < Produção de sementes > Produção de sementes Mais utilizada Cultivares Brachiaria decumbens IPEAN BASILISK Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf cv. Marandu Nomes comuns: capim-marandu, braquiarão, brizantão Introdução: 1967 Lançada em 1983 Brachiaria brizantha cv. Marandu Cerca de 80% das pastagens em alguns estados da região norte como Acre, Rondônia e Pará. Cerca de 50% das pastagens cultivadas no Brasil. Macedo (2006) Brachiaria brizantha cv. Marandu Perene Cespitosa Até 2,5 m Forma touceiras Com rizomas curtos 19/8/2013 5 Brachiaria brizantha cv. Marandu Folha linear, com ⇓ pêlos, com bordas serrilhadas Bainha ⇑ pilosa que, em geral, encobre os nós Brachiaria brizantha cv. Marandu Inflorescência rácemo Espiguetas unisseriadas na ráquis Sementes grandes: capim-marandu 1g = 145 sementes decumbens 1 g = 184 sementes Produção de sementes Multiplicação Brachiaria brizantha cv. Marandu Solo de média a alta fertilidade Adaptada às áreas de cerrado ⇑ resposta à adubação Tolerante à cigarrinha-das-pastagens Geralmente não causa fotossensibilização. Brachiaria brizantha cv. Marandu MORTE SÚBITA Locais: Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão Na época chuvosa, em solos com drenagem deficientes 1°) reboleiras restante da pastagem Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf cv. Xaraés Brachiaria brizantha cv. Xaraés Perene Cespitosa Altura média = 1,5 m Forma touceiras Enraizamento nos nós inferiores Opção ao capim-marandu (questão da “morte súbita”) Nomes comuns: capim-xaraés, MG 5, capim-toledo Folha linear, com até 64 cm Bainha pilosa 19/8/2013 6 Brachiaria brizantha cv. Xaraés Inflorescência Rácemo grande Espiguetas uniseriadas na ráquis Multiplicação Produz 100 a 120 kg/ha.ano de sementes Brachiaria brizantha cv. Xaraés Florescimento tardio (maio) ⇑ VN Brachiaria brizantha cv. Xaraés Adaptada aos solos de ⇑ e média fertilidade, textura média Responde à adubação > Tolerância mais umidade do que o capim-marandu. Moderadamente tolerante ao ataque de cigarrinhas Brachiaria brizantha cv. Xaraés VN semelhante ao capim-marandu Folhas 13 % de PB Planta inteira 57 a 60 % de digestibilidade Brachiaria brizantha (Hochst) Stapf cv. Piatã Brachiaria brizantha cv. Piatã Lançamento 2006 Nome comum: capim-piatã Perene Cespitosa Altura média = 0,85 a 1,5 m Forma touceiras Folha glabra, com bordos cortantes Bainha pilosa 19/8/2013 7 Brachiaria brizantha cv. Piatã Inflorescência rácemo Florescimento precoce (JAN e FEV) Multiplicação 150 kg/ha de sementes puras Brachiaria brizantha cv. Piatã Não é indicada para regiões com inverno rigoroso Adaptada a solos de média fertilidade Responde à adubação Adaptada a solos arenosos Quadro Comparativo entre as cultivares de B. brizantha Cv Altura média (m) Bainha das Folhas Limbo foliar Morte súbita Marandu 1,5 a 2,5 (Fev – Abril) Muito pilosa. Limbo foliar com pêlos apenas na face abaxial, presença de cílios na base do limbo. Margem serrilhada mais pouco cortantes. Altamente sensível Xaraés 1,5 florescimento tardio (Maio) Pêlos duros e claros, densos apenas nas bordas Pilosidade na face adaxial, bordos cortantes. resistente Piatã – 0,85 a 1,5 florescimento precoce (J e F) pêlos pouco densos Limbo sem pêlos, bordas cortantes e de margem hialina. Áspera na face superior. resistente La libertad 0,8 a1,5 Sem pêlos. Folhas glabras, tanto o limbo quanto a bainha foliar Sem informação Brachiaria ruziziensis Germain & Evrard Brachiaria ruziziensis Nome comum: capim-congo, ruzigrass, ruziziensis Perene Cespitosa Altura média = 1,0 m Forma touceiras Rizomas curtos 19/8/2013 8 Brachiaria ruziziensis Colmo geniculado, decumbente e radicante nos nós inferiores Bainha e lâmina foliar ⇑ pilosa Folha linear-lanceolada, cor “verde-amarelado”, com muitos pêlos (“aspecto aveludado”) Brachiaria ruziziensis Espiguetas biseriadas ao longo do raque Ráquis alada (larga e achatada) Inflorescência do tipo rácemo Multiplicação Florescimento tardio Brachiaria ruziziensis Adaptada a solo de média fertilidade Adaptada a solo bem drenado Baixa tolerância a seca e a geada Excelente aceitabilidade ⇑ susceptível a cigarrinha Menos produtiva do que a B. decumbens Capim-mulato Capim-mulato Lâmina e bainha foliar pilosas Porte mais baixo do que o capim-marandu ⇓ resultados de pesquisa Bom VN Não tolera alagamento Tolerante à cigarrinha Adaptado à solos de média a alta fertilidade Brachiaria mutica (Forsk.) Stapf. 19/8/2013 9 Brachiaria mutica Nomes comuns: capim-angola, capim-fino, capim-bengo, capim-do-pará, capim-de-boi Perene Estolonífera (colmos de 2 a 5 m comprimento) Altura = 1,2 m Brachiaria mutica Bainha foliar pilosa Folha pilosa, plana, com ápice agudo Colmos ocos e sem pêlos, mas os nós são pilosos Brachiaria mutica Inflorescência do tipo panícula aberta Sementes de ⇓ viabilidade multiplicação por mudas Florescem várias vezes ao ano – não definida Brachiaria mutica Adaptada a solos de fertilidade média Responde a adubação ⇑ Adaptada a terrenos alagados Brachiaria mutica Utilizada para pastejo ou cortes Importância no período seco Muito palatável (equídeos) Pouco resistente à seca e geada ⇓ capacidade de suporte (??) Bom VN Brachiaria arrecta (Hack) 19/8/2013 10 Brachiaria arrecta Nomescomuns: braquiária-do-brejo, tannergrass Perene Estolonífera (radicante nos nós inferiores) Altura média = 0,6 a 1,5 m Com rizomas Brachiaria arrecta Bainha foliar glabra Folha lanceolada, glabra, cor “verde-escuro” Brachiaria arrecta Inflorescência racemosa Não produz sementes viáveis multiplicação por mudas Espiguetas biseriadas ao longo da ráquis Brachiaria arrecta Adaptada a solos de fertilidade baixa ⇑ adaptada a terrenos alagados ⇑ “agressiva” Brachiaria arrecta Bom VN Utilização pastejo Limitação: toxidez por nitrato NO3 -2 NO3 - NH3 Corrente sanguínea Hemoglobina Meta-hemoglobina Compromete o transporte de O2 rúmem Capim-tangola Híbrido natural de B. mutica e B. arrecta Não é tóxico em nitratos Adaptado a solos alagados 19/8/2013 11 Brachiaria humidicola (Rendle) Brachiaria humidicola Nomes comuns: kikuiu-da-amazônia, espetudinha Perene Estolonífera Altura média = 1,0 m Rizomatosa Brachiaria humidicola Estolões curtas e lanceoladas Folhas: Perfilhos vegetativos lineares e maiores Cerrilhamento nos bordos do ápice foliar Estolões roxos Brachiaria humidicola Inflorescência racemosa Multiplicação por sementes Estabelecimento é lento Espiguetas uniseriadas ao longo da ráquis Possui algumas variedades no mercado: TUPI, Llanero, Tully e comum. ⇓ exigente em fertilidade do solo Brachiaria humidicola Tolera solos úmidos Tolera pisoteio Promove boa cobertura do solo Dentre as braquiárias, é a de < VN Forma de utilização pastejo 19/8/2013 12 Caracterização das gramíneas do Gênero Cynodon Pasto com alta densidade foliar Folhas finas Em geral, são de porte baixo (de 10 a 90 cm) Gênero Cynodon Gênero Cynodon Inflorescência do tipo rácemo subdigitado Adaptam-se a uma grande variedade de solos, preferindo os levemente úmidos e bem drenados Alta aceitabilidade pelos animais Usado para várias espécies animais (bovinos, equinos, ovinos e caprinos) Gênero Cynodon Respondem bem à adubação, especialmente ao nitrogênio Distribuição do crescimento mais uniforme durante o ano Toleram pastejo mais intenso. Grande flexibilidade de uso (pastejo, fenação, ensilagem, gramados, conservação de taludes, controle de erosão) Gênero Cynodon Bom manejo alta relação folha:colmo e bom valor nutritivo Em geral, o plantio é feito com mudas → estolões, apesar de existir cultivares propagados por sementes. Existem três principais espécies usadas como plantas forrageiras: Cynodon dactylon (L.) Pers Cynodon nlemfuensis Vanderyst Cynodon plectostachyus (K. Schum) Pilg. grupo das bermudas – grande variabilidade genética grupo das estrelas Mais os híbridos interespecíficos: Cynodon spp. (com rizoma) (sem rizoma) Gênero Cynodon 19/8/2013 13 Gênero Cynodon Grupo das Bermudas Grupo das Estrelas Capim-florakirk Capim-tifton 68 Capim-tifton 78 Capim-estrela (roxa e africana) Capim-florico Capim-florona Capim-coastcross Capim-tifton 85 Grupo das Bermudas 75 Grupo Bermudas (com rizoma) Cynodon dactylon (L.) Pers. [Crop Sci. (Madison) 9:775. 1969] Grama-bermuda; capim-bermuda; bermuda gigante (var. aridus) Alguns híbridos: Tifton 76 Cynodon dactylon 77 Cynodon dactylon Gênero Cynodon – grupo das bermudas Tifton 68 Híbrido de duas introduções provenientes do Quênia Folhas largas, colmos grossos, estolões longos, bastante pêlos. 19/8/2013 14 Gênero Cynodon – grupo das bermudas Lançado em 1992, híbrido de Tifton 68 e um acesso de C. dactylon proveniente da África do Sul Porte mais alto, hastes delgadas e lisas, folhas menores e mais finas Não produz sementes viáveis Tifton 85 Gênero Cynodon – grupo das bermudas Tifton 85 Gênero Cynodon – grupo das estrelas Tifton 85 Gênero Cynodon – grupo das bermudas Florakirk Grupo das Estrelas 84 Grupo Estrelas (sem rizoma) Cynodon plectostachyus (K.Schum.) Cynodon nlemfuensis Vanderyst. 19/8/2013 15 Nomes comuns Capim estrela gigante Estrela Africana Estrela africana branca Origem Africa Cynodon plectostachyus - Schum Cynodon plectostachyus - Schum Aspectos vegetativos Perene, estolonífera Crescimento rústico Sistema radicular fasciculado robusto Dentro do gênero é considerada de “folhas mais largas” Forma cobertura densa e alta “colchão” Cynodon plectostachyus - Schum Cynodon nlenfluensis Nomes comuns Estrela africana roxa Estrela roxa Capim estrela roxa Origem África Aspectos vegetativos Semelhantes à estrela branca Sementes inviáveis no Brasil Plantas com talos arroxeados Inflorescência roxa Cynodon nlenfluensis Aspectos vegetativos – estrela roxa Cynodon nlenfluensis 19/8/2013 16 Florico Gênero Cynodon – grupo das estrelas Florona Gênero Cynodon – grupo das estrelas 93 •C. nemfluensis: florona 94 95 Florakirk Florona Cynodon spp. cv. Coastcross 1 No Brasil conhecido apenas como Coastcross é provavelmente a cultivar de Cynodon mais disseminada em nosso país. Estolonífera sem presença de rizomas. Folhas macias e pilosas com coloração verde clara, as inflorescências são levemente avermelhadas. 19/8/2013 17 97 •Adaptam-se a uma grande variedade de solos, preferindo os levemente úmidos e bem drenados •Boa resistência à seca – não tolera secas muito severas. •Alta palatabilidade •Pastagens, feno, gramados, conservação de taludes, controle de erosão •Piquetes de cavalos, bezerros e carneiros Adaptações do Gênero Caracterização das gramíneas do Gênero Paspalum Paspalum notatum Nomes comuns Grama batatais, Grama Rio Grande, Grama forquilha, Gramão Origem América do Sul Aspectos gerais Boa para contenção de encostas Uso em campos de futebol e jardins Boa palatabilidade Pastos pequena produção de massa Não tolera encharcamento Muito usada para eqüinos. Paspalum notatum Paspalum notatum – folha fina 19/8/2013 18 Aspectos vegetativos Perene Crescimento rústico Possui estolões e rizomas Grande capacidade invasora Paspalum notatum Paspalum notatum Clima Tropical mas tolera diversidade Precipitação mais de 700mm/ano Solos Crescimento adaptado à solos pobres boa umidade – desenvolve melhor Paspalum notatum Resistência Tolera fogo, geada e secas Paspalum notatum variedade Pensacola Propagação e plantio Mudas estolões ou rizomas em placas. Sementes são viáveis A lanço 15 a 20kg/ha Paspalum notatum – Fligge ou Flugge Usos Pasto resiste ao pisoteio deve ser mantido baixo boa palatabilidade Feno ótima qualidade ponto de corte é antes da floração Paspalum notatum - Fligge 19/8/2013 19 Outras espécies do Gênero - Paspalum dilatatum -Paspalum urvillei - Paspalum scrobiculatum - Paspalum nicorae - Paspalum guenoarum - Paspalum plicatulum - Paspalum atratum – capim pojuca (podendo atingir até 26 t ha-1 de MS) Capim Pojuca Pojuca - brejo, área úmida ou alagadiça, local preferencial para o plantio desse capim na região Central do Cerrado. Perene, de crescimento ereto, atingindo altura superior a 1,5 m. As folhas são tenras, com a metade superior dobrada para baixo. As lâminas foliares possuem poucos pêlos brancos e longos nos bordos da base da face ventral. As folhas representam 65% do total de forragem produzida e o teor protéico varia de 8% a 10% até os 56 dias de rebrotação.
Compartilhar