Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Introdução Neste experimento da cinemática investigam-se os movimentos Unidimensionais de uma partícula, no uniforme e movimento retilíneo uniformemente variado utilizando-se o trilho e um plano inclinado. Esse tipo de equipamento é projetado para minimizar as forças de atrito, fazendo com que o corpo se desloque com maior facilidade. O corpo que desliza sobre o trilho é o carrinho de baixo atrito. Objetivo Verificar experimentalmente as relações entre grandezas cinemáticas no MRUV, fazer os gráficos todos exemplificados e explicados corretamente com os tempos que achamos em sala no dia 19/09/17. Embasamento teórico Cinemática: MRUV (Movimento Retilíneo Uniformemente Variado) EXPLOSÃO DE VELOCIDADE. O Guepardo atinge 72 km/h em apenas 2 segundos. Sua aceleração é a mesma de um carro de Fórmula 1. Variação gradual O movimento retilíneo uniformemente variado, ou MRUV, é o que segue uma trajetória retilínea e apresenta uma alteração uniforme no módulo de velocidade. É um movimento com aceleração diferente de zero e constante – a velocidade do corpo aumenta ou diminui de maneira uniforme ao longo do percurso. Módulo: é o valor da intensidade de uma medida. O módulo da velocidade, por exemplo, é um valor em m/s ou km/h. O módulo não indica nem direção nem sentido da velocidade. O MRUV em que o corpo apresenta um aumento do módulo da velocidade é chamado de movimento acelerado. Já o MRUV em que o objeto móvel apresenta diminuição do módulo da velocidade é chamado de movimento retardado. A aceleração é uma grandeza vetorial, ou seja, para defini-la inteiramente é preciso considerar seu valor (módulo), sua direção e seu sentido. Uma aceleração cujo sentido coincide com o sentido adotado como positivo para a trajetória tem valores positivos (a > 0). No sentido oposto ao sentido adotado como positivo, valores negativos (a < 0). FUNÇÃO HORÁRIA DA VELOCIDADE O MRUV é caracterizado pela alteração da velocidade do corpo. A equação que fornece a velocidade do corpo em um instante qualquer é a chamada função horária da velocidade: v (t) = v0 + a . t, em que: -> v(t) é a velocidade do corpo num instante t; -> v0 é a velocidade inicial do corpo; -> a é a aceleração do corpo; -> t é um instante qualquer. Se um atleta parte do repouso e acelera uniformemente a 3 m/s2, a função horária de sua velocidade é: v(t) = v0 + a . t ⇒ v(t) = 0 + 3 . t ⇒ v(t) = 3 . t Se o atleta consegue manter essa aceleração por 3 segundos, sua velocidade ao final da aceleração é: v(t) = 3 . t ⇒ v = 3 . 3 ⇒ v = 9m/s FUNÇÃO HORÁRIA DA POSIÇÃO Assim como definimos a posição de um corpo em MRU, sem aceleração, podemos também definir a posição de um corpo que executa um MRUV, com aceleração. A função horária da posição é uma equação matemática que fornece a localização do corpo em qualquer instante do movimento: Com essa equação determinamos a posição S(t) de um corpo que tem posição inicial S0, velocidade inicial v0 e aceleração a em qualquer instante t. Um ciclista parte do repouso na posição inicial 10 m de determinado referencial e acelera 4 metros por segundo a cada segundo. A função horária para sua velocidade é: No instante 4 segundos, ele estará no ponto: Depois de 4 segundos, o ciclista estará na posição 42 m do referencial. Descontados os 10 m de distância entre o referencial e sua posição de partida, ele terá percorrido 32 m. EQUAÇÃO DE TORRICELLI Combinando a equação horária da velocidade e a equação horária da posição, encontramos a chamada equação de Torricelli. A equação de Torricelli não considera o tempo de percurso. É útil quando não temos essa informação. v2 = v02 + 2 . a. ΔS, em que: -> v é a velocidade final do corpo; -> v0 é a velocidade inicial do corpo; -> a é a aceleração do corpo; -> ΔS é o deslocamento escalar do corpo. Um automóvel se desloca a 36 km/h. O motorista avista um sinal vermelho 20 metros à frente e para exatamente no sinal. Qual a aceleração do veículo nessa situação? Sabemos que: • A velocidade inicial do automóvel é 36 km/h (ou 10 m/s); • A velocidade final é zero; • A distância percorrida até o sinal é de 20 m. Substituindo os valores na equação de Torricelli: O sinal negativo indica que a aceleração foi aplicada no sentido inverso ao adotado como positivo: o módulo da velocidade do automóvel diminui 2,5 m/s a cada segundo. GRÁFICOS DO MRUV Um MRUV também pode ser representado em gráficos. Aceleração em função do tempo A velocidade varia, mas a aceleração se mantém igual durante o tempo do percurso. Então, esse gráfico é uma reta paralela ao eixo do tempo. Um MRUV cuja aceleração tem o mesmo sentido do que foi adotado como positivo a presenta a > 0: Já um MRUV cuja aceleração tem sentido oposto ao que foi adotado como positivo apresenta a < 0. Então, a reta que representa a aceleração sai de um ponto abaixo do zero: Velocidade em função do tempo A velocidade de um corpo em MRUV varia com o tempo de acordo com a função horária da velocidade: v (t) = v0 + a . t Esta é uma equação de 1º grau cujo gráfico é uma reta. Neste caso, o coeficiente linear fornece a velocidade inicial do corpo (v0) e o coeficiente angular, a aceleração (a). Para o caso de um MRUV com aceleração positiva (a > 0), a função é crescente e o gráfico da velocidade em função do tempo tem o seguinte formato: Para o caso de um MRUV com aceleração negativa (a < 0), a função é decrescente e o gráfico da velocidade em função do tempo tem o seguinte formato: O gráfico da velocidade em função do tempo também fornece o deslocamento escalar executado pelo corpo. Veja a seguir: Posição em função do tempo A posição de um corpo em MRUV varia como tempo de acordo com o que chamamos de função horária da posição: Esta é uma equação de 2º grau e, portanto, define uma parábola como gráfico. O sinal do coeficiente do termo quadrático da equação (termo que acompanha t2) indica se a aceleração é maior ou menor que zero. E isso pode ser descoberto pela concavidade da parábola. Um MRUV com aceleração positiva (a > 0) resulta numa parábola com concavidade voltada para cima: Já para um MRUV com aceleração negativa (a < 0), a parábola do gráfico tem concavidade voltada para baixo: Num movimento acelerado: • velocidade e aceleração têm mesmo sinal; • o módulo da velocidade aumenta no decorrer do tempo. Num movimento retardado: • velocidade e aceleração têm sinais opostos; • o módulo da velocidade diminui no decorrer do tempo. Toda função de 2º grau (ax2 + bx + c) tem como gráfico uma parábola. A concavidade da parábola é dada pelo sinal do coeficiente de x2. • Para a > 0, a concavidade é para cima. • Para a < 0, a concavidade é para baixo. Materiais Utilizados: Trilho de Ar Gerador de Fluxo de Ar Nível Foto-sensor Carrinho Cronômetro Eletrônico Digital Toco de madeira pra fazer a inclinação Resultados Tabela 1 – Resultados das Medições – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 5º. Posição ocupada (m) Tempo decorrido (s) Deslocamento (m) Intervalo de tempo (s) S0 0 0 0 0 S1 0,19 0,62265 0,19 0,62265 S2 0.38 0,919935 0,38 0,919935 S3 0,57 1,14350 0,57 1,14350 S4 0,76 1,33265 0,76 1,33265 Gráfico 1 – Posição x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 5º. Gráfico 2 – Posição x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 5º. Traçando a Tangente para encontrar V1 ϴ Reta tg em curva t - 0,62 (s) Reta paralela ao eixo x Ângulo entre a tg e o eixo xGráfico 3 – Posição x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 5º. Traçando a Tangente para encontrar V2 Reta tg em curva t - 0,92 Reta paralela ao eixo x Ângulo entre a tg e o eixo x Cálculo das Velocidades (V1 e V2) Tgθ = CO = V V1 = 1,58 m/s CA V2 = 1,16 m/s Tabela 5 – Resultados das Medições – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 10º Posição ocupada (m) Tempo decorrido (s) Deslocamento (m) Intervalo de tempo (s) S0 0 0 0 0 S1 0,19 0,42950 0,19 0,42950 S2 0.38 0,6385 0,38 0,6385 S3 0,57 0,78840 0,57 0,78840 S4 0,76 0,91885 0,76 0,91885 Gráfico 1 – Posição x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 10º. Gráfico 2 – Posição x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 5º. Traçando a Tangente para encontrar V1 Reta tg em curva t - 0,43 (s) Reta paralela ao eixo x Ângulo entre a tg e o eixo x ϴ Gráfico 3 – Posição x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 10º. Traçando a Tangente para encontrar V2 Reta tg em curva t - 0,43 (s) Reta paralela ao eixo x Ângulo entre a tg e o eixo x ϴ Cálculo das Velocidades (V1 e V2) Tgθ = CO = V V1 = 0,79 m/s CA V2 = 1,1 m/s Gráfico 4 – Velocidade x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 10º. Gráfico 5 – Velocidade x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 10º. Para traçar a Tangente e encontrar a aceleração. ϴ Calculo da Aceleração () experimental Tgθ = CO = a a= 1,9 CA Gráfico 6 – Aceleração x Tempo – Fluxo de Ar na Posição 3 com inclinação 10º Calculo da Aceleração () Teórica 0,76 = 0+0+0,92+ a.0,92^2 = 1,8 2 Aceleração () Teórica = 1,8 Conclusão Fizemos o experimento de MRUV em sala com o professor usando duas inclinações para o colchão de ar, que seriam elas 5 e 10 graus, coletando os tempos (0-1, 0-2, 0-3, 0-4 e 1-2, 2-3, 3-4) para cada inclinação. Com os tempos todos coletados realizamos assim a elaboração deste relatório explicando sobre o MRUV e apresentando os gráficos que fizemos de acordo com os tempos coletados, e assim encerramos mais um experimento. Bibliografia https://guiadoestudante.abril.com.br/curso-enem-play/movimento-retilineo-uniformemente-variado/ http://www.nelsonreyes.com.br/APOSTILA%20F%20EXP%20I.pdf
Compartilhar