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PRIMEIRA PROVA CIVIL

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PRIMEIRA PROVA DIREITO CIVIL- CONTRATOS
REVISÃO DIREITO DAS OBRIGAÇÕES
Obrigação civil- é aquela composta por um vínculo jurídico entre pessoas, que possuem um crédito e um débito.
Obrigação natural- é uma obrigação de ordem moral, não tem poder de exigibilidade. Ex. pagar uma dívida prescrita, dívida de jogo.
Obrigação de trata instantâneo- é aquela que se esgota no mesmo momento em que é efetuada. Ex. comprar produto à vista.
Obrigação de trato diferido- é aquela que terá seu cumprimento futuro, mas se esgotará em um único momento.
Obrigação de trato sucessivo- é a obrigação que será futura e será cumprida periodicamente.
CONTRATOS
NOÇÕES GERAIS
Historicamente, os contratos foram vistos pelo olhar do pacta sunt servanda, os contratos faziam lei entre as partes. Era modalidade de negócio jurídico voltado para acordo de vontades para fins patrimoniais, econômicos.
Vontade + Liberdade – os acordos eram firmados pela vontade, tinham a liberdade de contratar, mas teriam que responder pelas obrigações que contratava. Liberdade de contratar= (porque querem)
No mundo contemporâneo há uma necessidade de conceito mais atual de contrato. Agora, os contratos não são firmados somente pelo acordo de vontades para efeitos patrimoniais. Há uma preocupação com a repercussão social dos contratos. Liberdade de contratar= Não se contrata porque quer, mas (porque se precisa). O CONTRATO NÃO É SOMENTE UM ACORDO DE VONTADES.
CONTRATO= É um negócio jurídico formado pela autonomia de vontade, em que as partes convergem seus interesses a partir de valores constitucionais. Valores estes, como respeitar os direitos fundamentais, a boa fé objetiva e a função social do contrato. 
Para isso, podemos citar o Dirigismo Contratual- trata-se de um movimento do âmbito do direito privado, traduzido pela reintervenção do Estado nas relações contratuais. Como se fosse a publicização do direito privado.
Obs.: o Dirigismo não suprime a vontade, mas ela é controlada por valores constitucionais: sociabilidade e eticidade.
FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS BOA-FÉ CONTRATUAL (objetiva)
 sociabilidade eticidade
Prevalência dos valores coletivos Lealdade/confiança entre as partes.
sobre os individuais, sem lesar a o contrato dos particulares.
 dignidade humana.
PRINCIPIOLOGIA CONTRATUAL
AUTONOMIA DE VONTADE- é a liberdade de interesses: para contratar e contratual. Para contratar (diz respeito ao momento e o sujeito que se contrata- o Estado não pode intervir). Contratual (diz respeito a que tipo de serviço contratar- o Estado pode intervir).
CONSENSUALISMO (ACORDO DAS VONTADES)- A relação passa a ser formada pelo mero consentimento das partes. Não precisa iniciar a execução para que o consensualismo exista, pode ser informal, p. exemplo (aperto de mãos). 
EXCEÇÃO: 
 Depósito precisam do início da execução, não basta o consenso. 
Comodato 	
FORÇA OBRIGATÓRIA (PACTA SUNT SERVANDA)- uma vez formado, os contratos serão de observância obrigatória. 
FORMAÇÃO DOS CONTRATOS
	 PUNTAÇÃO
1)NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES 
 TRATATIVAS
É a etapa pré-contratual, na qual os interessados refletem acerca da conveniência e oportunidade do contrato desejado. É quando se tem uma proposta em mente, mas ainda não a formalizou. Qualquer diálogo corresponde às tratativas.
Não há vinculo obrigacional nesta fase. O sujeito pode interromper/abandonar o negócio de forma imotivada, devido o EXERCÍCIO REGULAR DE DIREITO. O que não pode é usar dele de forma abusiva, enquadrando no ABUSO DE DIREITO.
Portanto, em casos excepcionais, a ruptura na fase das tratativas pode gerar o dever de indenizar diante da boa-fé contratual (quando houver a violação às expectativas legítimas- confiança). 
Ex. Maria sai a procura de um apartamento par comprar, e encontrando um, gosta dele e fala com o proprietário que se talvez a cozinha fosse reformada, ela poderia até pensar em ficar com o AP (NEGOCIAÇÕES PRELIMINARES-não há vínculo). O proprietário faz a reforma e pergunta a Maria se ela tem interesse, e novamente ela diz que “se colocasse uma janela na sala, poderia pensar”. Joao então coloca a janela, porém Maria alega que não tem interesse e já encontrou outro apartamento. Houve aqui uma violação à expectativa de Joao. Chamada de RUPTURA ILÍCITA.
Ruptura ilícita gera:
P/ doutrina- Responsabilidade/dano EXTRACONTRATUAL (juros de mora).
P/ STJ- Responsabilidade/dano CONTRATUAL
Embora na prática a ruptura gere um dano/responsabilidade civil extracontratual, o STJ entende pela natureza CONTRATUAL, com incidência dos juros moratórios a partir da citação. 
 
 EXTRACONTRATUAL= JUROS MORATÓRIOS
RUPTURA ILÍCITA LUCRO CESSANTE
 GERA DANO MATERIAL
RESPONSABILIDADE CONTRATUAL DANO EMERGENCIAL
 CIVIL 
 DANO MORAL
Dano moral= é um prejuízo decorrente de um direito da personalidade.
Dano material= é o prejuízo que desfalca imediatamente o patrimônio. 
Lucro cessante= é o prejuízo que reflete sobre o que a vítima deixou de lucrar razoavelmente com o dano.
 OBLAÇÃO
2)PROPOSTA OFERTA
 POLICITAÇÃO
Consiste nas ofertas de contratar que uma parte faz a outra, com vistas à celebração de um negócio. Quem oferece a proposta é chamado de proponente.
A oferta pode ser: Escrita
	Verbal
	Comportamental (tácita)
a) A oferta constitui uma manifestação unilateral de vontade, condicionada ao recebimento a alguém. Para ofertar só precisa de um sujeito.
Ofertas: INIDIVIDAUAL= para uma pessoa específica
 DETERMINÁVEL/INDETERMINADA= oferta ao público
b) Quando a oferta for CLARA E PRECISA, os seus termos VINCULARÃO o proponente.
Ex. “eu compro a casa por 100 mil”.
Caso a proposta não seja cumprida, poderá haver a obrigatoriedade da execução, ou seja, cumprimento forçado.
Exceção OS TERMOS DA PROPOSTA NÃO VINCULA AO PROPONENTE QUANDO:
-Exercer a possibilidade de retratação (colocar a possibilidade nos termos da proposta). Quando a proposta for oral, deve se resguardar dos meios de prova. 
-Natureza do negócio – o proponente estará desonerado da proposta realizada, diante do término de estoque. Ex. perda de um carro anunciado por causa da chuva; venda de um objeto anunciado um dia antes.
-Circunstâncias do caso- conceito vago. O juiz analisará no caso concreto situação em que a proposta não poderia ser obrigatória.
-Perda da força vinculante por decurso temporal da proposta- é o prazo de validade da proposta.
	 ENTRE PRESENTES
PROPOSTA 
	 ENTRE AUSENTES
Entre presentes= formulada de forma direta e imediata.
Entre ausentes= ocorre a partir de um contato indireto e não simultâneo.
“Se for elaborada sem prazo entre pessoa presente e não foi imediatamente aceita”. Ex. proposta numa ligação telefônica.
“Se for feita sem prazo a pessoa ausente e tiver decorrido tempo suficiente para chegar a resposta ao proponente”. É um prazo moral, legislador não diz qual é, mas informa as circunstâncias: entre ausentes e sem prazo.
“Se for feita a pessoa ausente e não tiver sido expedida a resposta dentro do prazo dado”.
“Se, antes da proposta ou simultaneamente a ela, chegar ao conhecimento da outra parte a retratação do proponente”. Quando o proponente consegue por outro meio anular a primeira declaração de vontade,ou seja, a retratação deve chegar antes ou simultaneamente da proposta ao conhecimento da outra parte.
Caso a proposta não seja cumprida, poderá haver a obrigatoriedade da execução.
VINCULAÇÃO NAS RELAÇÕES DE CONSUMO PARA O CDC
Para o CDC, a proposta será vinculatória nas relações de consumo SOMENTE diante da exposição + precisão.
 
 Art. 30. Toda informação ou publicidade, suficientemente precisa, veiculada por qualquer forma ou meio de comunicação com relação a produtos e serviços oferecidos ou apresentados, obriga o fornecedor que a fizer veicular ou dela se utilizar e integra o contrato que vier a ser celebrado.
Tornando efetiva a tutela do consumidor, ele poderá:
-exigir o cumprimento forçado da obrigação;
-aceitar outro produto ou prestação de serviço equivalente;
-rescindir o contrato, com direito a restituição da quantia eventualmente antecipada e a perdas e danos.
Obs.: o exagero publicitário não tem caráter vinculatório para o STJ. Ou seja, o simples exagero não obriga o fornecedor (proponente) Ex. “melhor açaí de MOC”.
c) O caráter obrigacional da proposta alcançará os herdeiros no limite do patrimônio deixado.
d) O contrato é considerado formado no local onde foi considerada a proposta.
Nos contratos internacionais, será a residência do proponente.
3) ACEITAÇÃO
É a manifestação de vontade do destinatário da proposta, no sentido de aderir aos termos do que foi formulado. 
Para que haja o contrato, a aceitação deve ter os seguintes requisitos:
OPORTUNA- tempestiva – dentro do prazo.
CONCLUSIVA- inequívoca- sem dúvidas.
ADESIVA- completamente/ integralmente- aceitar todos os termos da proposta.
Quando intempestiva ou parcialmente adesiva, a resposta será considerada uma contraproposta/nova proposta.
 
Se a aceitação por circunstância imprevista chegar fora do prazo ao proponente, este deverá comunicar imediatamente ao aceitante, sob pena de responder por perdas e danos. A aceitação fora do prazo importará nova proposta.
CONTRATO ENTRE AUSENTES
-Quando se torna formado o contrato? 
TEORIA DA COGNIÇÃO (CONHECIMENTO)- Os representantes desta teoria entendem que o contrato estaria firmado no momento em que o proponente toma ciência do conteúdo da resposta, ou seja, quando o proponente lê, escuta a resposta.
TEORIA DA AGNIÇÃO (DECLARAÇÃO)
Teoria da declaração propriamente dita: entende que o contrato é formado no momento em que o aceitante elabora sua resposta.
Teoria da expedição: entende formado o contrato no momento em que a resposta sai da disponibilidade do aceitante.
Teoria da recepção: o contrato será formado no exato momento em que o proponente recebe a aceitação.
UMA INTERPRETAÇÃO SISTEMÁTICA DO CC PERMITE CONCLUIR QUE A TEORIA ADOTADA FOI A DA RECEPÇÃO.
CONTRATOS PRELIMINARES
É um negócio jurídico, no qual as partes envolvidas se comprometem a realizar futuramente um contrato definitivo. Pacto sobre um contrato que será feito no futuro.
Ex. em junho proprietário e locatário fazem um contrato (preliminar) para que em novembro o locatário alugue o apartamento (contrato definitivo). 
Conforme o código civil, o contrato preliminar deve obedecer aos requisitos essenciais do definitivo, exceto em relação à forma.
Exemplo: 
 Contrato preliminar Contrato definitivo
PROMESSA DE COMPRA E VENDA	COMPRA E VENDA
 Forma: instrumento particular Forma: escritura pública
Art. 463- Concluído o contrato preliminar, observando os requisitos do art. 462 (requisitos do contrato definitivo, exceto a forma), e desde que não conste cláusula de arrependimento, qualquer das partes poderá exigir a celebração do definitivo, assinando prazo à outra parte para que o efetive.
Em caso de descumprimento do contrato preliminar, pode-se buscar a Tutela Jurídica.
	 ESPECÍFICA (multa processual)
TUTELA JURÍDICA
	EQUIVALENTE (perdas e danos)
Tutela específica é o mecanismo judicial que visa à obtenção da prestação devida, ou seja, o poder de exigir o cumprimento do contrato definitivo.
INCOMPATIBILIDADES COM A TUTELA ESPECÍFICA
Impossibilidade da obrigação: fática ou jurídica
Desinteresse no contrato definitivo
Previsão de cláusula de arrependimento;
Antecipação das arras penitenciais (indenizatórias) – tem direito de arrependimento.
*PROMESSA DE DOAÇÃO
É admissível a modalidade preliminar do contrato.
É possível exigir o cumprimento da obrigação, POR CAUSA da boa-fé objetiva, da expectativa legítima, portanto o art. 463 poderá ser utilizado.
*PROMESSA DE COMPRA E VENDA IMOBILIÁRIA
Quando será admissível a Tutela Específica? Para que seja possível, se faz necessário haver:
CONTRATO PRELIMINAR
CUMPRIMENTO INTEGRAL (CREDOR)
MORA DO DEVEDOR
AUSÊNCIA DE CLÁUSULA DE ARREPENDIMENTO
OBS.: COMPRA PARCELADA DE IMÓVEIS
NO BRASIL, nunca será um contrato de compra e venda antes de quitar todas as parcelas.
Conforme entendimento do STF, não possui validade Cláusula de Arrependimento nos contratos de promessa de compra e venda de IMÓVEL LOTEADO. Ela será inválida para o vendedor, POIS, por ser loteado, poderia vender mais caro para outra pessoa posteriormente, gerando lucros pra ele.
O ajuizamento de ação (tutela específica) para adjudicação compulsória (entrega obrigatória) demandará contrato válido, pagamento integral e mora na outorga da escritura.
O registro exigido pelo p.ú do art. 463 somente será necessário para a oponibilidade de terceiros (opor vendas sucessíveis).
Ex. A vende imóvel (contrato preliminar) para B em 30 x, e posteriormente vende o imóvel para C à vista. 
Nesse caso, poderá ser interposta ação de adjudicação compulsória.
DISPOSIÇÕES CONTRATUAIS EM FACE DE TERCEIROS
-Estipulação em favor de terceiros
-Promessa de fato de terceiro
-Contrato com pessoa a declarar
PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE o contrato só atinge as partes, ou seja, somente as partes poderão ter direitos e deveres que dele decorram.
Todavia, apesar dos efeitos dos contratos atingirem apenas os contraentes, há casos excepcionais em que poderá se estender à terceiros.
ESTIPULAÇÃO EM FAVOR DE TERCEIROS
É um nj em que uma parte convenciona com o devedor que este deverá realizar determinada prestação em benefício de outrem.
É um nj em que as partes envolvidas pactuam um benefício em favor de uma terceira pessoa.
a capacidade só é exigida do estipulante e do promitente.
	BENEFICIÁRIO
A firma contrato com B em benefício de C
 ESTIPULANTE	 PROMITENTE
EX. seguro de vida, seguro contra acidentes, plano de saúde empresarial.
O benefício estipulado tem que ser marcado pela gratuidade. 
B não pode exigir uma contraprestação de C, mas não significa que não possa exigir um encargo. 
EFEITO JURÍDICO- 436
O principal efeito jurídico desta modalidade é a possibilidade de exigibilidade da obrigação tanto pelo estipulante quanto pelo beneficiário.
ou
O principal efeito jurídico é tornar ESTIPULANTE e BENEFICIÁRIO credores do Promitente. Sendo assim, A e C podem exigir o cumprimento do contrato.
O BENEFICIÁRIO SÓ PODERÁ EXIGIR A PRESTAÇÃO DESDE QUE, ACEITE OS TERMOS DO CONTRATO ESTIPULADO EM SEU FAVOR.
ART. 436
Parágrafo único. Ao terceiro, em favor de quem se estipulou a obrigação, também é permitido exigi-la, ficando, todavia, sujeito às condições e normas do contrato, se a ele anuir, e o estipulante não o inovar nos termos do art. 438.
CONFORME DECISÕES RECENTES DO STJ A DESPEITO DO ART. 436 DO CC, NÃO PODERÁ O BENEFICIÁRIO ACIONAR DIRETAMENTE A SEGURADORA DO ESTIPULANTE.
ART. 437 – O estipulante pode exonerar o promitente da obrigação até o dia que o 3º anuir ao contrato, pois depois se torna direito adquirido.
ART. 438 – A substituição do 3º por meio do estipulante só terá validade se tiver previsão expressa no contrato.
Ou seja, após o beneficiário anuir ao contrato, ele é protegido pelo direito adquirido, não podendo o estipulante substituí-lo após a anuência.
Exemplo art. 437 e 438Maria é beneficiária de um plano de saúde da empresa a qual trabalhava, e vem a ser demitida. No entanto, antes da demissão ela descobriu uma doença e concordou com o tratamento de 12 meses. Sua demissão ocorreu no período do sexto mês de tratamento. Como ficará a situação de Maria?
O estipulante poderá exonerar o devedor da responsabilidade? Maria terá seu tratamento interrompido?
Em resposta às duas perguntas, NÃO. Pois com sua anuência ao contrato de Estipulação em favor de terceiros, Maria contemplou o direito adquirido. A empresa não poderá exonerar a contratação do plano de Maria, mas poderá substituí-la se assim tiver fixado no contrato. Obs. A substituição de Maria no plano não resultará na interrupção do seu tratamento.
 
OBSERVAÇÃO
Não será possível substituir o 3º, caso a estipulação decorra de uma causa jurídica anterior.
Ex. pai e mãe fazem seguro de vida para seus 3 filhos. Depois de um tempo, vêm a se separar. O pai então casa com outra mulher e tem com ela mais 2 filhos. Diante disso, não poderá substituir os filhos do primeiro casamento pelos filhos do segundo casamento, adequando em ABUSO DE DIREITO.
Neste caso, é lícito ao promitente apresentar defesa indireta de mérito contra o terceiro beneficiário. 
EX². Pai faz seguro de vida e coloca seu filho como beneficiário. Logo após, substitui o filho pela esposa. O filho havia criado expectativa de direito.
PROMESSA DE FATO DE TERCEIRO
Trata-se de um negócio jurídico no qual alguém se compromete a obter o consentimento de terceiro para a prática de um determinado comportamento.
Garante- comportamento alheio- o 3º ainda não sabe da promessa.
O terceiro quando não quiser cumprir com o contrato, não poderá ser obrigado a fazê-lo, uma vez que não participou de tal contratação. Portanto, o terceiro não executando a promessa, o promitente responderá por perdas e danos.
A responsabilidade do promitente é de natureza objetiva, por se tratar de uma obrigação de resultado (consentimento do terceiro).
Antes do consentimento do terceiro, quem responde pelas perdas e danos é o promitente. Após o consentimento, quem responde é o terceiro. O promitente só continuará responsável pelo comportamento do 3º, mesmo após seu consentimento, quando assinar cláusula de solidariedade.
439, p.ú
O promitente será exonerado de reponsabilidade caso o terceiro seja seu cônjuge (quando depende da anuência do outro) e recaia eventual indenização sobre o casal.
CONTRATO COM PESSOA A DECLARAR
Art. 467 a 471
Trata-se de uma disposição contratual, a qual um dos contratantes reserva para si o direito de indicar futuramente um terceiro para ocupar sua posição no contrato. 
 ESTIPULANTE – PROMITENTE – 3º INDICADO
O contrato entre estipulante e promitente tem eficácia imediata, vinculada a uma condição resolutiva: os efeitos serão resolvidos na indicação/aceitação do terceiro.
A aceitação do 3º implicará em uma substituição retroativa no contrato- efeito ex tunc.
A não indicação ou não aceitação do 3º implicará na estabilização do contrato com as partes originárias. (art. 70, I).
O contrato originário também se torna definitivo, quando o terceiro indicado é insolvente ou incapaz. (art. 70, II E 471 se era insolvente ou incapaz no momento da celebração e a outra pessoa não sabia).
REQUISITOS DE VALIDADE
-É imprescindível a previsão expressa no contrato;
-A indicação deve se dar no prazo convencionado entre as partes, o qual não pode ser abusado. Se não tiver indicado no contrato qual será o prazo, utilizar-se-á do prazo legal de 5 dias, sob efeito de estabilização.
-A aceitação do terceiro deve se dar da mesma forma que foi tratado pelas partes originárias.
PRINCIPIOLOGIA FUNDAMENTAL
	 ETICIDADE
CCB/02 	SOCIABILIDADE
	
 OPERABILIDADE	
ETICIDADE- institutos que vão presar pela lealdade (comportamento), boa fé contratual.
SOCIABILIDADE- preocupa com os institutos em si, compatíveis com os valores sociais.
OPERABILIDADE- trazem soluções jurídicas (pragmatismo), permite operar eticidade e sociabilidade no código.
Conseguimos isso, devido o nosso SISTEMA JURÍDICO ABERTO, no qual o conteúdo é completado pelo juiz casuisticamente. 
SISTEMA ABERTO – o conteúdo é completado pelo juiz.
 CONCEITOS VAGOS E INDETERMINADOS- o 
PREENCHER 	antecedente fático é impreciso no texto.
 CONTEÚDO
 CLÁUSULAS GERAIS- o antecedente e consequente
	são indeterminados.
Se “A” deve ser “B”- “A” antecedente “B” consequente
FUNÇÃO SOCIAL DOS CONTRATOS
Trata-se de uma cláusula geral, de natureza principiológica que determina a interpretação e aplicação de um contrato em razão de seu contexto social.
Cláusula geral= são preceitos normativos cujo antecedente e consequente são indeterminados. As cláusulas gerais são de ordem pública, onde o juiz e MP podem agir de ofício.
É exógena. Como será o comportamento dos contratantes perante a sociedade e qual será o comportamento da sociedade perante os contratantes.
A função social possui dupla eficácia, sendo ela interna e externa:
A eficácia interna diz respeito à relação jurídica entre os contratantes, onde os quais devem se valer do respeito, cooperação, lealdade e da boa-fé objetiva, buscando-se uma equivalência material entre os contratantes. No entanto, a eficácia externa assegura que os interesses da coletividade não sejam lesados pelos interesses dos particulares.
 A função social do contrato se resume na limitação contratual em que as partes devem observar as normas gerais de direito, as normas morais e éticas da sociedade, bem como os interesses coletivos e sociais, traduzido no bem comum. Sinteticamente, o contrato deve cumprir sua função social que dele se espera. 
São três as formas que a função social se manifesta. Quando os contratos lesam:
Quando se lesa interesses meta-individuais. Ofende os interesses coletivos e/ou a dignidade humana.
Princípio da relatividade- Os contratos só interessam as partes e não atingem terceiros. 
A função social relativiza o princípio da relatividade, ou seja, impede que os interesses particulares lesem interesses difusos.
BOA-FÉ CONTRATUAL
Quando duas ou mais pessoas firmam um contrato, é necessário que haja entre elas a boa-fé contratual, que nada mais é do que a relação de confiança, lealdade e cooperação que deve haver entre as partes, garantindo que um não lese a legítima expectativa de confiança do outro naquela relação.
É endógena. A relação é entre as partes.
FUNÇÕES DA BOA-FÉ
Interpretativa- a boa fé funciona como mecanismo de hermenêutica nos contratos.
Trata-se da interpretação dos propósitos e das intenções dos contratantes, que pode se manifestar em contrariedade aos bons costumes e a boa-fé.
Ex. cláusula de contrato que determina a pintura do imóvel ao encerrar o contrato. A pintura era em cor branca e o contraente entrega na cor preta. A intenção do contratante era que fosse pintado na cor branca ou similar. Houve lesão à legitima expectativa de confiança.
 Conforme decisão do STJ, o art. 798 se restringe apenas às hipóteses de suicídio premeditado, sendo o seguro feito para assegurar a família por causa da premeditação no suicídio, o que geraria fraude contra a seguradora.
Em casos que o suicídio surge como causa de problemas enfrentados e não passado o prazo de carência, o beneficiário terá direito ao seguro. 
Ativa/Integrativa- o princípio da boa fé acrescenta aos contratos determinados deveres implícitos de proteção aos contratantes: sigilo ou confidencialidade, assistência, informação. 
Os deveres de proteção possuem o mesmo peso jurídico daqueles declarados no contrato. Se descumpridos, resultará na chamada violação positiva do contrato, que podem gerar dever de indenizar, desfazer ou revisar o contrato.
Delimitadora- visa limitar o exercício abusivo dos direitos subjetivos.

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