Buscar

PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA x COMUNIDADE (PE:IEC) POSTAGEM 3: EXAME

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 22 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

LICENCIATURA EM ARTES VISUAIS
PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA x COMUNIDADE (PE:IEC) 
POSTAGEM 3: EXAME
Aluno: Adalberto Vieira de Souza Junior - R.A.: 1609185
Polo Capão Redondo
2017
PRÁTICA DE ENSINO: INTEGRAÇÃO ESCOLA x COMUNIDADE (PE:IEC)
 
 
Trabalho apresentado à Universidade Paulista – UNIP INTERATIVA, 
referente ao curso de graduação em Artes Visuais, como um
dos requisitos para a avaliação na disciplina de cunho prático Prática de Ensino: Integração Escola x Comunidade, ministrada pelos (a) Prof.(a): Raquel Bokums e Wanderlei Sérgio da Silva.
Aluno: Adalberto Vieira de Souza Junior - RA.: 1609185 
Polo Capão Redondo
2017
18
1. CARACTERIZAÇÃO DA ESCOLA
Identificação
a) Nome: CEMEI Lázara Veiga Catellani
b) Endereço: Avenida Caporanga, 30 – Cidade Ipava
c) Telefone:(011) 5517-0125
d) Instituição mantenedora do estabelecimento escolar: Prefeitura da Cidade de São Paulo.
1.2. Análise crítica do ambiente físico 
a) A localização da escola é compatível com o acesso da clientela? 
Relativamente, uma vez que o estabelecimento atende também crianças de Jardim Aracati e das imediações de Jardim Vera Cruz. É o único estabelecimento que tem berçário 1. Atende a partir de 0 mês.
A distância atrapalha um pouco, indo somente os pais que realmente precisam. Principalmente por que o TEG (Transporte Escolar Gratuito) não atende ao CEI, atende só a partir da EMEI.
b) O espaço físico da escola está adequado à sua proposta pedagógica? 
Sim. Principlamente porque atende a criancas pequenas. 
c) A relação entre número de alunos e espaço (área) é adequada nas salas de aula, no pátio, na biblioteca, no laboratório e em outras dependências? 
É compatível. Não possui biblioteca e laboratório por ser destinada à educação infantil. Possui duas brinquedotecas, dois refeitórios, duas cozinhas separadas, 9 salas no núcleo CEI e 7 salas no núcleo EMEI. Atende bem ao número de usuários.
d) Há salas-ambientes? Elas atingem suas finalidades?
Não há sala-ambiente, mas duas salas multi-uso que são espaçosas e bem equipadas.
1.2.2. Quanto à utilização da biblioteca, do laboratório ou de outras dependências: 
Que atividades são desenvolvidas? 
por se tratar de educação infantil não tem laboratório e biblioteca. Nas outras dependências, sobretudo na brinquedoteca, são desenvolvidas atividades de ensino através do lúdico.
Quem utiliza essas dependências e com que frequência? 
Estas dependências são utilizadas por educandos, professores e funcionários constantemente.
Tais recursos são bem utilizados, atingindo seus objetivos? 
Sim. As salas são amplas e em ótimo estado e a brinquedoteca é bem equipada. As atividades lúdicas são desenvolvidas de forma dirigida.
Que aspectos mereceriam suas críticas ou elogios? 
O estabelecimento em questão parece bem equipado e bem admnistrado organizado. O destaque vai para a brinquedoteca, muito ampla e bem equipada. A cozinha é também limpa e organizada e apresenta alimentos de boa qualidade.
1.3. Características da gestão escolar 
a) Como foi a participação dos vários profissionais da educação na elaboração da proposta pedagógica e do regimento escolar? 
Efetiva e presente. Houve a participação de todos de forma democrática.
b) Existe um conselho de escola ou órgão semelhante? Como funciona? Que decisões relevantes têm tomado? Os alunos participam? E os pais?
Sim, há um Conselho Escolar com gestão democrática, na qual a comunidade (as famílias dos educandos) tem participação efetiva. Reúnem-se 4 vezes ao ano.
c) Documentos como proposta pedagógica, regimento escolar entre outros propiciaram, na sua elaboração, uma reflexão conjunta da comunidade escolar (interna)?
 Sim. Foi elaborado pelos membros do conselho.
Há comentários relevantes sobre outros aspectos?
Não.
 
1.4. Organização administrativa e pedagógica 
Como é a estrutura organizacional da escola (essa pergunta deve ser respondida com a apresentação do organograma)? 
Quais os cursos oferecidos, número de classes, horários? Como são tomadas as decisões em relação a esses aspectos e ao calendário escolar? 
Não oferece cursos pois trabalha com Educação Infantil. O Calendário Escolar é definido e organizado com a participação dos membros do Conselho.
Como tem funcionado o horário destinado à permanência dos professores na escola (horas atividade, reuniões)? Quem coordena esta parte do trabalho?
Os professores do núcleo CEI, têm 5 horas semanais de reunião sendo elas tres horas coletivas e duas Horas Atividade (HA); os professores da EMEI podem cumprir JEIF (Jornada Especial Integral de Formação), PEA (Projeto Especial de Ação) ou (JBD) Jornada Básica. Esta parte do trabalho é coordenada pela Coordenadoria Pedagógica.
Como são elaborados os planos de ensino? 
Coletivamente pelos professores da turma.
Como funciona o sistema de avaliação e recuperação dos alunos? 
Não tem recuperação justamente por se tratar de educação infantil; a avaliação é feita por relatório descritivo individual continuamente.
Como se dá a comunicação da escola com as famílias dos alunos? Há reunião de pais? A comunidade costuma vir à escola? E as informações sobre a aprendizagem dos alunos, como são feitas?
 Prioritariamente nas reuniões de pais e mestres, que ocorrem 4 vezes ao ano. Em casos específicos a familia é convocada ao comparecimento na Unidade Escolar. As festas são abertas à comunidade e com a participação de todos. As informações são disponibilizadas através do Relatório Individual Descritivo junto às famílias. 
Há comentários relevantes sobre outros aspectos? 
a comunidade é bem ativa dentro da escola com participação efetiva de todos.
1.5. Outras atividades desenvolvidas pela escola 
A escola possui associação de pais e mestres ou equivalente? 
Sim. 
A escola possui um grêmio estudantil ou equivalente? 
Não.
A escola desenvolve programas ou projetos especiais (Escola da Família, clube de mães etc.)?
 PEA (Projeto Especial de Ação)
Há comentários relevantes sobre outros aspectos? 
Não.
1.6. Levantamento das expectativas dos alunos em relação à escola
Na verdade, por se tratar de um estabelecimento de educação infantil, conversei somente com os pais das crianças, mas ao que tudo indica, os alunos gostam de passar o tempo na instituição.
CARACTERIZAÇÃO DA COMUNIDADE 
Localização geográfica 
A comunidade se situa no bairro Cidade Ipava, na região de Jardim Ângela, no distrito de Santo Amaro, às margens da represa de Guarapiranga, zona sul de São Paulo-SP. Tem como bairros próximos, Jardim Aracati, Vila Gilda e Jardim Vera Cruz.
Os principais acessos à comunidade são, a Estrada do M'Boi Mirim, passando pelo bairro Parque do Lago e tomando a Estrada da Baronesa ou através da Estrada Guarapiranga, ambos passando pela ponte da Estrada da Cumbica, a via principal que corta toda a comunidade de ponta a ponta. Outra alternativa, é através da Chácara Bandeirante passando pela Avenida dos Funcionários Públicos. Outras subdivisões da região, são Vila Jaci, Miami Paulista, Vila Bela Vista, Jardim Recreio e Chácara Bandeirante.
Equipamentos sociais 
O bairro Cidade Ipava contém 1 biblioteca comunitária, 2 creches; 1 CEMEI, 1 Escola Municipal de Educação Infantil, 2 Escolas Municipais de Educação Fundamental, 1 posto de saúde, 2 creches, 1 base da Polícia Militar, 2 Escolas de Educação Infantil particulares, 1 pista de skate, 1 clube social (Clube Guaraci), 1 clube desportivo (Estrela da Saúde FC/CT São Paulo FC – Guarapiranga), 2 quadras de futebol society, e comércio em geral: 3 farmácias, 6 supermercados, 1 clínica veterinária, padarias, lojas de artigos diversos, lanchonetes, entre outros.
Densidade demográfica.
Possui uma população de 14.409 habitantes, segundo dados da UBS Cidade Ipava de dezembro de 2011, cuja Área de abrangência inclui: Miame Paulista, Vila Gilda, Jardim Recreio, Cidade Ipava, JardimBela Vista, Jardim Balneário) - Siab – CEJA. É considerado por este órgão, um bairro muito populoso.
 
Perfil econômico da população
Baixa renda.
Uso predominante do solo.
Predominantemente residencial, apesar de ter seu “centro comercial” ao longo da rua Serruba e parte da Avenida Taquandava.
Levantamento das expectativas da comunidade em relação ao trabalho da escola.
Realizei o levantamento das expectativas da comunidade por intermédio de conversas informais com alguns familiares dos alunos, que apontam que a comunidade aprova o CEMEI, julgando-o um estabelecimento educacional de altíssima qualidade e utilidade. 
Elogiou-se muito as instalações, mas sobretudo, o cuidado e respeito dos educadores para com os educandos. A alimentação dos alunos foi também tida como ponto forte da instituição.
Em geral, a escola fora classificada como excelente, tanto em infraestrutura, quanto ao trabalho desenvolvido pelos seus educadores.
RELATÓRIO DE CARACTERIZAÇÃO DE INTEGRAÇÃO DA ESCOLA E DA COMUNIDADE
3.1. INTRODUÇÃO
A educação tem como missão, fomentar a formação de cidadãos, promovendo estratégias que a efetivem. É importante que exista entre o estabelecimento de ensino e os outros envolvidos neste processo, ou seja, a comunidade nas cercanias da escola, uma relação simbiótica e através de tal relação, atingir o objetivo comum que é uma educação de boa qualidade direcionada aos alunos.
Dentro deste contexto, surge essa ideia de Projeto de Integração entre a escola CEMEI Lázara Veiga Catellani e a comunidade à qual está inserida, o bairro Cidade Ipava, na zona sul da cidade de São Paulo, através de uma prática de releitura de determinado(s) artista(s), em esculturas e pinturas com técnicas e materias diversos, junto aos alunos do Núcleo EMEI e pretende-se, através de uma bem elaborada e organizada exposição dos trabalhos, promover um espaço e momento de convivência entre escola e comunidade, trazendo um envolvimento maior dessa mesma comunidade na inserção das crianças no universo das Artes Visuais. 
3.2. Objetivos
Criar espaço para promoção e estímulo à arte-educação através de releituras, apresentando às crianças o universo das Artes Visuais, suas técnicas e materiais, auxiliando-as a manisfestar o potencial criativo delas mesmas e estimulando a compreensão da linguagem própria das Artes Visuais, segundo o RCNEI (1998):
Fazer artístico – centrado na exploração, expressão e comunicação de produção de trabalhos de arte por meio de práticas artísticas, propiciando o desenvolvimento de um percurso de criação pessoal; Apreciação — percepção do sentido que o objeto propõe, articulando-o tanto aos elementos da linguagem visual quanto aos materiais e suportes utilizados, visando desenvolver, por meio da observação e da fruição, a capacidade de construção de sentido, reconhecimento, análise e identificação de obras de arte e de seus produtores; Reflexão — considerada tanto no fazer artístico como na apreciação, é um pensar sobre todos os conteúdos do objeto artístico que se manifesta em sala, compartilhando perguntas e afirmações que a criança realiza instigada pelo professor e no contato com suas próprias produções e as dos artistas. (BRASIL.1998, p.89)
Posteriormente, fomentar a intergração da escola com a comunidade, convidando-a a uma exposição dos trabalhos de releitura de determinado(a) artista, 1 vez a cada semestre, produzidos junto aos alunos do Núcleo EMEI e familiarizando-a também com os elementos já citados que compõem a linguagem das Artes Visuais.
3.3. Justificativa
Como dito acima, além do estímulo ao saber e fazer artístico oferecido aos educandos, a comunidade também participaria deste aprendizado, aprendendo sobre Artes Visuais e sua linguagem, expandindo esse saber para além das paredes da sala de aula, tornando-o parte do cotidiano dos envolvidos, pois de nada adianta a educação artística ficar do muro da instituição a dentro.
3.4. Desenvolvimento
3.4.1. Referencial Teórico
Vivemos num momento crucial para a educação, onde devem ser enxergadas outras possibilidades. É preciso, para tal, abandonar-se a concepção pedagógica tradicional, onde o professor é o responsável único pelo educar. Observa-se a cada dia a obsolescência de tal modelo, pois o mesmo exclui os pais e a comunidade como parte integrante do processo, centralizando na figura do professor, o único agente educador. Entendemos que tal exclusão dos elementos ou seu distanciamento em relação à escola tem má influência sobre o processo ensino-aprendizagem. Para Cody e Siqueira (1997):
 
É preciso participar da vida escolar dos filhos e da escola. A contínua colaboração entre escola e os pais faz com que se tornem parceiros no processo educacional. A falta de comunicação entre a escola e os pais leva ao comprometimento do sucesso escolar (CODY; SIQUEIRA, 1997, p. 15).
De nada adianta o processo educativo estar apenas do muro da instituição pra dentro, uma vez que fora da escola, a criança ainda terá uma vida em comunidade. Assim sendo, a arte/educação como projeto aberto à comunidade tem a missão de expandir a visão e os horizontes culturais não só dos alunos, mas da comunidade que os acolhe. É essencial na arte como educação que ela estimule criatividade, pois o realizar artístico faz com que o indivíduo volte-se a si mesmo, assim fomentando a percepção e a auto-estima. Para Barbosa:
Através da Arte, é possível desenvolver a percepção e a imaginação para apreender a realidade do meio ambiente, desenvolver a capacidade crítica, permitindo analisar a realidade percebida e desenvolver a capacidade criadora de maneira a mudar a realidade que foi analisada. [...] Desconstruir para reconstruir, selecionar, reelaborar, partir do conhecido e modificá-los de acordo com o contexto e a necessidade são processos criadores desenvolvidos pelo fazer e ver a arte, e decodificadores fundamentais para a sobrevivência no mundo cotidiano (2005, p.100).
Devemos ressaltar que a participação dos pais e a comunidade neste processo do educando, no caso a criança, trará benefícios a todos estes elementos envolvidos.
O processo criativo está sempre vinculado a outros artistas doutras épocas e culturas. Vide o célebre pintor Gustav Klimt, por exemplo, que fora influenciado em início de carreira pela arte grega e egípcia para compor suas obras NÉRET (1993, p.17). O processo de releitura na verdade é o recriar com base em uma obra, para Buoro (2002):
 Dessa forma, considera-se que toda nova produção oriunda de uma imagem referente é construção de um novo texto, no qual o sujeito produtor elabora uma interpretação, podendo até mesmo participar da criação. (BUORO, 2002, p. 23).
Não obstante, nos alerta ao possível risco de a releitura transformar-se em mera reprodução, sem o desenvolvimento da criatividade ou qualquer utilidade de construção de conhecimento.
A releitura da obra de arte é entendida por muitos como cópia elaborada pelos alunos com base na imagem que lhes é oferecida. Se realizada dentro desse modelo, pouco ou nada acrescenta ao conhecimento da construção da imagem produzida pelo artista. (BUORO, 2002, p. 22).
Destarte, o trabalho de releitura de obras de artes como prática pedagógica, conduz o educando a analisar e compreender o contexto social e estético de uma época e sociedade e ou cultura e assim relacionar isso a sua própria realidade. 
Uma obra de arte deve ser entendida como a forma pela qual o artista percebe o mundo, reflete sua realidade, sua cultura e sua época, dentre outros aspectos. Esse conjunto de conhecimentos deve ser o ponto de partida para que a leitura da obra componha a prática pedagógica, que inclui a experiência do aluno e a aprendizagem pelos elementos percebidos por ele na obra de arte. Trabalhar com as artes visuais sob uma perspectiva histórica e crítica, reafirma a discussão sobre essa área como processo intelectual e sensível que permite um olhar sobrea realidade humano-social, e as possibilidades de transformação dessa realidade. (PARANÁ, 2008, p. 72).
Segundo Barbosa (1978) três propostas norteiam o futuro da arte-educação: primeira seria reconhecer o quão é de fundamental importância o estudo da imagem no ensino da arte; a segunda é o reforço, através de teorias várias e a relação imagem-cognição, da necessidade de o educando ser capaz de ler imagens.
A terceira, é a ideia de reforçar a herança da arte e estética dos educandos, considerando-se seu meio-ambiente. Sobre isso, Barbosa diz:
[...] Poderia dizer que o futuro da Arte-Educação no Brasil está ligado a três
propostas complementares: uma primeira proposta seria o reconhecimento
da importância do estudo da imagem no ensino da arte em particular e na
educação em geral. A necessidade da capacidade de leitura de imagens
poderia ser reforçada através de diferentes teorias da imagem e também da
relação entre imagem e cognição. Outra proposta que estará presente na
arte-educação no Brasil do futuro é a idéia de reforçar a herança artística e
estética dos alunos, levando em consideração seu meio ambiente (1978.
p.181). 
Assim, o projeto de releitura, dialoga, com tais propostas, uma vez que fomenta a importância do ensino da arte
Com base nisto as releituras de obras de um determinado artista escolhido previamente, tem como intuito, auxiliar tanto no estudo da imagem, como na necessidade de o educando ser capaz de ler uma imagem.
3.4.2. Procedimentos Metodológicos
3.4.2.1 Ambientes e Público-Alvo
 
 O projeto colocará os educandos do Núcleo EMEI em contato com a obra de determinado artista, interpretando-as dentro de sua realidade através do uso do gouache têmpera, tecidos, papéis, materiais reciclados diversos e argila em trabalhos de pintura, escultura e colagem. A partir disso, uma exposição com os trabalhos dos alunos será aberta aos pais e amigos dos alunos e à comunidade, que terá também, contato com a obra do autor escolhido e com o saber artístico. 
A escola se localiza à Avenida Caporanga, 30, no bairro Cidade Ipava na zona sul da cidade de São Paulo. 
O evento cultural acontecerá nas dependências da própria escola.
3.5. Resultados esperados
As obras ficarão expostas no pátio da escola, ao lado da reprodução da obra escolhida por cada um pra releitura. Haverá uma integração maior entre educador(es) e comunidade e a inserção da mesma, juntamente com os alunos na leitura das obras do artista escolhido.
Será também uma excelente oportunidade de tanto educadores quanto comunidade entenderem a realidade dos alunos, pelo prisma de suas obras artísticas, sejam elas colagens, esculturas ou pinturas.
Considerações finais
O evento cultural, poderá proporcionar ao educando a oportunidade de aprender a ler imagens, além de excercitar a criatividade e sua visão de mundo (e como exposto anteriormente, sabemos que releitura é diferente de reprodução), como também promoverá inserção da comunidade neste saber. 
Será um convite a todos explorarem o tema e assim, expandir este saber para além dos muros da instituição.
Referências bibliográficas
BARBOSA, Ana Mae. Arte educação no Brasil. São Paulo:Perspectiva, 1978.
BARBOSA, Ana Mae. Arte: educação contemporânea: consonâncias internacionais. São Paulo : Cortez, 2005.
BRASIL, Secretaria de Educação Básica: Lei Federal n o 9 .394 d e 20 de dezembro de 1996.Dispõe so bre as Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/tvescola/leis/lein9394.pdf>. Acesso: em 2 jun. 2017. 
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental. — Brasília: MEC/SEF, 1998.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Caderno 1 - Conselhos Escolares: democratização da escola e construção da cidadania. Brasília – DF, 2004 Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/Consescol/ce_cad1.pdf>. Acesso em: 8 jun. 2017.
BUORO, Anamelia Bueno. Olhos que pintam: a leitura da imagem e o ensino da arte. São Paulo: Cortez Editora, 2002.
CODY, Frank; SIQUEIRA, Silvia. Escola e Comunidade: Uma parceria necessária. São Paulo: IBIS, 1997. 
NÉRET. Gilles. Gustav Klimt: 1862 – 1918. Taschen, 1993
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação do. Diretrizes Curriculares de Arte para a Educação Básica. Departamento de Educação Básica. Curitiba, 2008.
SZPIGEL. Marisa. Recriar dá mais sentido à arte. Disponível em: <https://novaescola.org.br/conteudo/1057/recriar-da-mais-sentido-a-arte>. Acesso em: 12 jun. 2017.
5.1.Sítios pesquisados:
SANCHES. Bruna. Professora estimula criatividade dos alunos propondo releitura de livros infantis. Disponível em <http://porvir.org/professora-estimula-criatividade-dos-alunos-propondo-releitura-de-livros-infantis/>. Acesso em 29 mai. 2017. 
TCE-3. A Percepção de professores de artes em relação à leitura e releitura de imagens na escola. Disponível em <http://anderartes-tec3.blogspot.com.br/2010/11/monografia.html>. Acesso em 15 jun. 2017.

Continue navegando