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Artigo Final 2016

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A FORMAÇÃO DO PROFESSOR E AS IMPLICAÇÕES NA EVASÃO ESCOLAR
André Rangel de Abreu
RA: 0050065493
Maria de Jesus Soares Ferro
RA: 0050065491
Resumo: A evasão escolar sempre existiu e percebemos que não é dada atenção merecida. Muitos alunos abandonam as escolas e nós, enquanto, professores e gestores, não compreendemos os motivos que os levam a isso. Faz-se necessário que a escola pública se torne mais acolhedora para os alunos, bem como para a comunidade, a fim de resultar num ensino de qualidade para toda a vida. E a formação continuada do professor e até mesmo do gestor, faz a diferença na arte de aprender e ensinar.
Palavras-chave: Evasão. Formação. Escola. Gestão. Educação.
Introdução
	Este trabalho visa discutir a formação docente e as implicações para uma evasão escolar. Escolhemos pesquisar esse assunto porque durante os quatro anos em que estudamos no curso de Pedagogia da UNIESP – IESA, sempre fomos preocupados com uma formação de qualidade, e sabemos também que quando um aluno deixa de frequentar a escola existem vários motivos para tal.
	É a partir daí que vem a nossa preocupação. Ouve-se muito falar que quando o professor “não gosta” do aluno, esse acaba desinteressado e a mercê do fracasso escolar, ou vice versa, se o aluno não gosta daquela disciplina e ainda o professor não é nada afetuoso, o abandono está por vir.
	Se não houver uma relação de troca, seja de saberes, seja de afeto, um ou outro acaba se perdendo nesse meio. Esse tema é de suma importância para a Educação, pois quando um aluno falta por certo período, a escola (gestão e professores) tem a obrigação de sondar os motivos que fizeram este deixar de estudar.
	Esse texto oferecerá possíveis respostas para os seguintes questionamentos:
	Quais possíveis ações o gestor e o professor farão para combater esse abandono e como garantir a presença de todos os alunos na sala de aula?
	Selecionamos referências bibliográficas de extrema relevância para nossa pesquisa, a fim de responder às problemáticas e que nos fará pensar sobre a gestão democrática do ensino como uma luta de todos os profissionais da educação.
	Dividiremos o nosso trabalho em três seções. Na primeira seção, mostraremos o conceito de evasão, a importância da participação das famílias na vida escolar dos seus filhos.
	Após essas discussões, faremos uma breve síntese sobre a afetividade e a sua importância na relação aluno e professor, mencionando também o teórico Henri Wallon, como fonte inspiradora. 
	Por último, na terceira seção, falaremos da contribuição da gestão na formação do professor, pois, acreditamos que um professor bem formado e informado faz a diferença na vida escolar do aluno, e este, sempre procurará o seu mestre para aprender e esse deve estar bem preparado para ensinar.
	Faz-se importante também nessa seção a gestão democrática como aliada para o combate à evasão.
1- Conceituando e contextualizando a evasão escolar
	
	Sabe-se que o bem maior do ser humano é a vida. Nela se encontram barreiras que nem sempre são fáceis de serem ultrapassadas, principalmente quando falamos da área da educação. Como já citamos anteriormente, é muito importante descobrirmos o que está por trás da evasão escolar e vários são os motivos para um aluno deixar de frequentar a escola, portanto, devemos minimizar esses problemas oferecendo uma educação motivadora que resulte no aprendizado de qualidade.
	Segundo FERREIRA (2004), evasão é “o ato de evadir-se; fuga”. Como trabalhamos num ambiente escolar, contextualizando esse ato, entendemos que nada mais é que a criança, o adolescente, o jovem e o adulto, deixar de comparecer no âmbito institucional por um tempo, seja este, dias consecutivos ou intercalados, sem avisos prévios.
	Sendo assim, com faltas consecutivas e sem um aviso na Unidade Escolar que a criança estuda, nos questionamos: Onde está a família? Qual o seu papel em relação à vida escolar dos pequenos?
	A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, em seu artigo 2º, nos esclarece que
A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (BRASIL, 1996)
	Os pais de hoje estão muitas vezes fazendo jornada dupla para poder sustentar suas famílias e deixam passar despercebida a importância do papel que eles exercem na educação acadêmica de seus filhos. Dessa forma, observamos que a instituição não é a única responsável por tal problema, os pais também possuem sua parcela de culpa. Se o Estado garante ou deve garantir a vaga para as crianças, os pais por sua vez devem participar da vida escolar de seus filhos e garantir sua frequência nas aulas.
	É importante mencionar as causas da evasão no Brasil, principalmente na região de São Bernardo do Campo – SP, que vivenciando e trabalhando numa EMEB desta região chegamos à conclusão que são: falta de transporte, de alimentação adequada, muitas vezes também da documentação necessária para realizar a matrícula e algo que sempre nos chamou atenção foi o afeto entre professor e aluno. No geral, também existem outros fatores que influenciam, tais como: drogas, gravidez precoce, desemprego e a idade.
	Quando mencionamos anteriormente os fatores no geral, lembramos daqueles jovens que através de más influências vão para o caminho das drogas e paralelamente abandonam as salas de aula. A gravidez precoce, principalmente entre os 13 e 15 anos, vira motivo de chacota entre todos da escola e assim, a adolescente prefere não retornar e se dedica somente ao filho (a) e consequentemente vem a questão do desemprego, pois o nosso país passa por problemas sociais e econômicos, onde muitos pais de famílias foram praticamente jogado a escanteio, isso faz com que esses jovens que não têm oportunidade de trabalho, por não ter idade mínima, entram no mundo do crime, pois o dinheiro fácil é mais atrativo.
	Vale ressaltar também a questão dos adultos, que através da Educação de Jovens e Adultos, EJA, que se apresenta em BRASIL (1988) no seu artigo 208: “Ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada, inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram acesso na idade própria.”. Esse compromisso também se baseia, conforme BRASIL (1996) em seu artigo 37: “A educação de jovens e adultos será destinada àqueles que não tiveram acesso ou continuidade de estudos no ensino fundamental e médio na idade própria.”.
	Em pleno estágio supervisionado em EJA, destacamos alguns pontos que observamos sobre os alunos dessa modalidade: Os perfis dos alunos da EJA da rede pública de São Bernardo do Campo são na maioria trabalhadores, desempregados, donas de casa, jovens, idosos, deficientes. São alunos com suas diferenças culturais, etnias, religião, crenças. 
	Para esses educandos, a escola deve ser um espaço de sociabilidade, de transformação social e de construção de conhecimentos. Conhecimentos sustentados na perspectiva daqueles que aprendem saberes diversos e que tenham especialmente um significado, buscam o que acham necessário ao acréscimo do seu aprendizado. Em sala de aula, é clara a preocupação do educando em saber se o conteúdo ministrado vai ou não servir no seu dia a dia. 
	Com essas atitudes, fica claro que o educando jovem e adulto, por ser cidadão trabalhador, quer sentir-se sujeito ativo, participativo e ter a possibilidade de crescer na cultura, no social e no âmbito econômico, caso contrário, retomam o abandono.
	Por isso, se faz importante o acompanhamento da frequência dos alunos diariamente, pois desta é que depende a distribuição dos investimentos, por exemplo, o FUNDEB (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais na Educação), os municípios recebem os recursos com base no número de alunos da educação infantil e do ensino fundamental, e os estados, com base no número de alunos do ensino fundamental e médio, de acordo com os dadosdo último censo escolar.
	A equipe gestora também pode conversar com a comunidade, fazer cartazes com frases, por exemplo: “Estamos sentindo falta de alguns alunos que ainda não vieram à escola. Se você conhece um caso como esse, por favor comunique à família nossa preocupação.”, realizar visitas às famílias e meios de comunicação disponíveis na escola para dar um fim feliz às histórias de abandono e evasão. 
	Todas essas são formas de chegar até as famílias e mostrar a elas que a escola se preocupa com os seus filhos. Se nenhuma dessas ações funcionarem, ainda é possível recorrer ao Conselho Tutelar, que entra em contato com as famílias para garantir que os direitos de crianças e adolescentes sejam cumpridos, ou em último caso, ao Ministério Público (que toma as medidas judiciais cabíveis). Mas isso somente em casos extremos.
	Sendo assim, nos remete o que diz o artigo 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA – 
Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados níveis de repetência. (BRASIL, 1990)
 
	Vale ressaltar também que atualmente os estabelecimentos de educação infantil também devem comunicar ao Conselho Tutelar, os dois primeiros casos acima descritos. Pois, os pais ou responsáveis passam a ser obrigados a matricular as crianças na Escola mais cedo, com 4 anos de idade, e nela garantir sua permanência até os 17.
	Para finalizarmos o pensamento sobre evasão escolar podemos dizer que mesmo que muitos fatores sejam relacionados à família, a comunidade escolar deve exercer o seu papel para que o aluno receba um aprendizado  significativo e sabemos que esse é o grande desafio dos docentes, pois os alunos se encontram desmotivados para aprendizagem. Cabe ao professor buscar estratégias eficazes para mudar essa situação.
2- A afetividade na sala de aula 
	Para começarmos a falar sobre esse assunto, precisamos saber o significado da palavra afetividade, que é o 
Conjunto de fenômenos psíquicos que se manifestam sob a forma de emoções, sentimentos e paixões, acompanhados sempre da impressão de dor ou prazer, de satisfação ou insatisfação, de agrado ou desagrado, de alegria ou tristeza. (FERREIRA, 2004)
	Dessa forma podemos salientar que no espaço escolar não é diferente. É na sala de aula que a criança, jovem ou adulto tem o contato direto com o professor. Muitas vezes escutamos de pais e professores sobre suas preocupações quanto à falta de afetividade, porém temos que ter em mente que a afetividade vai além dos abraços, beijos e carinhos. Ela caminha pela formação de caráter, honestidade e a formação da autoestima, dessa forma nossos alunos se tornarão adultos seguros e protagonistas da sua própria história.
	Quando a criança chega à escola em seu primeiro dia de aula, normalmente está insegura e assustada com o novo ambiente e nesse momento cabe ao professor transformar esse espaço em algo agradável e prazeroso e não um local ameaçador em que a criança não se sente bem. 
	Não estamos aqui esquecendo as regras de boa conduta e nem dos conteúdos acadêmicos, mas os mesmos podem ser desenvolvidos conforme a vivência dos alunos e suas experiências. 
	Sabemos que os resultados do processo ensino x aprendizagem serão melhores se o professor conseguir uma interação afetiva com seu aluno, isso independente da idade do educando e do seguimento escolar que ele se encontra, porém ainda existe resistência, por parte de alguns educadores, dificultando que essa ação seja colocada em prática.
	O aluno deve perceber que a escola é continuidade da casa, que as regras e valores são os mesmos e os professores não devem esquecer que tudo que é ensinado com carinho é efetivamente assimilado.
	E assim, como no dito popular, “colhemos o que plantamos”. Se queremos formar um cidadão crítico e pensante, precisamos ter profissionais capacitados e polivalentes, adequando seus saberes a diferentes situações, em busca da construção do conhecimento.
	Podemos dizer também que, dentro da sala ou fora dela, o professor é alguém em que o aluno se espelha. Quem de nós nunca pensou em ser igual aquele (a) professor (a), de tão inteligente, um exemplo de sabedoria, de caráter, e ao chegar a casa brincou de escolinha exercendo o papel de professor?
	É a partir dessa lembrança que nos faz pensar no nosso papel e como queremos ser lembrados pelos nossos alunos, mesmo que a nossa personalidade seja decisiva para o bom êxito do ensino e aprendizagem.
	Não devemos esquecer do teórico, Henri Wallon, que através de seus estudos construiu uma teoria sobre o desenvolvimento motor, afetivo e intelectual. Ele considerou que 
a criança devia ser olhada como um ser que tem uma história única e peculiar, afirmando que ela reage de forma diferente a cada um dos seus contextos em que está inserida, constituindo-se como um ser social. Assim, quanto maior a diversidade de trocas com o ambiente, maior a possibilidade de aprendizagem e desenvolvimento. (BRASIL, 2007, p.19)
	Concluindo essa seção podemos dizer que é através das relações interpessoais que se constrói o aprendizado, e o professor é o mediador e estimulador desse processo e deve ficar alerta para não bloquear o desenvolvimento do seu aluno.
3- A contribuição da gestão escolar na formação do professor 
	A gestão escolar exerce um papel importante na formação continuada dos docentes, pois as transformações que ocorrem no mundo são bastante relevantes e o professor deve estar inteirado de metodologias a serem desenvolvidas, pois toda instituição busca a excelência em educação e isso só ocorre se o trabalho em equipe estiver fortalecido.
	Sendo assim,
Um professor não é apenas um conjunto de competências. É uma pessoa em relação e em evolução. Portanto, é importante saber como se relacionam os processos de profissionalização e de personalização. (PERRENOUD et al, 2001, p.15)
	Durante os três primeiros anos de faculdade, ouvimos falar no professor, aluno, seus direitos e obrigações. Mas nesse último ano, a gestão veio à tona e a partir de então foi o que nos chamou atenção, pois como diz Luck (2009, p.71) “Destaca-se, pois, que a formação do aluno e a sua aprendizagem constituem-se no objetivo central da gestão democrática”. Mas sabemos que o gestor não deve ser autoritário, por isso, conforme BRASIL (1988) estabelece a gestão democrática como um dos princípios do ensino, conforme seu artigo 206 – inciso VI – Gestão Democrática do ensino público na forma da lei.
	Então, Luck (2009, p.69) destaca também que a “escola democrática é aquela em que os seus participantes estão coletivamente organizados e compromissados com a promoção da educação de qualidade para todos.”.
	E assim, Nóvoa (1998, p.32) afirma que “não seja negado às famílias, sobretudo às famílias dos meios populares, o direito de decidirem e de participarem na educação dos seus filhos.”.
	As famílias matriculam, pedem transferência e são chamadas para ouvir reclamações, mas por outro lado, elas também são alvo de um trabalho constante de informação, esclarecimento, orientação, a fim de cooperar no aprendizado de seus filhos.
	Enquanto atuantes e pesquisadores em educação, constatamos que faz parte da prática dos gestores, participar dos processos pedagógicos da escola, da construção de parcerias com a comunidade, do cuidar das relações, participar da formação dos profissionais, entre outros.
	Ao caminhar pela escola, ao ler registros, o diretor identifica em diversas questões a necessidade de intervenção, e a partir de então estabelece critérios para analisar as necessidades observadas, ou seja, o que é preciso fazer de imediato e o que pode ser deixado a médio e longo prazo.
	A gestão, no papel do diretor e coordenador, deve propiciar momentos de formação dentro da escola, pois cada professor tem sua particularidade, e esta deve ser discutida e construída coletivamente.Esse espaço faz com que o professor reflita sobre suas práticas, pois assim, será o momento de construção da sua própria teoria e que a partir desta os temas de formação, a sua escolha e seus objetivos devem ir ao encontro das necessidades individuais de cada professor.
	É nessa hora que o papel do gestor/coordenador mostra sua efetividade, ele deve ser o motivador do docente. Ele deve estar sempre informado para conseguir orientar sua equipe e capacitá-la conforme a filosofia da instituição e das necessidades de seus alunos. 
	A formação continuada faz com que o professor seja reflexivo e permite que as práticas pedagógicas sejam relevantes para o aprendizado dos alunos.
	Outro ponto que consideramos importante nesse processo de formação dos professores é a aprendizagem dos alunos como foco principal. Tem que ser esta a inspiração para a aprendizagem constante do adulto que atua com as crianças.
	E como se ter formação de qualidade? Lembramos aqui dos Indicadores de Qualidade na Educação, lançado pelo MEC, que diz:
Os Indicadores de Qualidade na Educação foram criados para ajudar a comunidade escolar na avaliação e na melhoria da qualidade da escola. Este é seu objetivo principal. Compreendendo seus pontos fortes e fracos, a escola tem condições de intervir para melhorar sua qualidade de acordo com seus próprios critérios e prioridades. (BRASIL, 2004, p.5)
Ressaltamos também o que trazem as Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica:
os objetivos da formação básica, definidos para a Educação Infantil, prolongam-se durante os anos iniciais do Ensino Fundamental, de tal modo que os aspectos físico, afetivo, psicológico, intelectual e social sejam priorizados na sua formação, complementando a ação da família e da comunidade e, ao mesmo tempo, ampliando e intensificando, gradativamente, o processo educacional com qualidade social, mediante: o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores (BRASIL, 2013, p.38)
Não devemos esquecer que nossos governantes precisam investir no aperfeiçoamento de cada escola, de cada profissional que ali desempenha seu papel, só assim teremos pessoas capazes de trabalhar em equipe, visando o melhor para todos e para todo o ambiente escolar, principalmente para os alunos.
E o que fazer para que o nosso aluno se ache importante em todo esse processo? Consideramos que o aluno é a razão de ser da escola, que ali ele amplia seus conhecimentos e habilidades e acima de tudo é necessário um cuidadoso planejamento e também que o professor se mostre sempre preocupado com este, pois assim, diminuirá o risco de abandono dos bancos escolares.
Mudar se faz sempre necessário, mas muitas vezes, por mais interessante que seja, não faz um professor mudar sua prática e seus hábitos. Deve-se respeitar o conhecimento que cada docente traz em sua bagagem de experiência, mesmo que a gestão tenha algo novo a propor.
A cada dia há uma nova aprendizagem em nossa vida. A cada dia mais, o professor deve estar conectado com o mundo e transformar sua aula em momentos incríveis de aprendizado, onde seu aluno será capaz de tomar decisões, resolver situações problemas e ser o mais autônomo possível.
Ao ensinar, aprendemos, e com essa aprendizagem, ensinamos melhor. O aluno vem até o professor na intenção de aprender e o professor deve estar preparado para ensinar. Portanto, para se ter a tão sonhada qualidade no ensino, enquanto pedagogos em formação, devemos buscar conhecimentos infinitos, que amplie nossa visão, além dos conteúdos adquiridos em sala de aula na graduação.
Considerações Finais
	
	Concluímos então que este trabalho nos fez reconhecer a importância das implicações que envolvem a formação do professor e a evasão escolar do aluno. Ao mesmo tempo, as pesquisas realizadas possibilitaram detectar algumas causas que levam os alunos a abandonarem os bancos escolares.
	Foi importante também reconhecer o papel do professor e da gestão escolar, que com a intenção de propiciar um ensino público de qualidade nos deixou claro que a educação não se faz sozinha. 
	Outro ponto que consideramos determinante na pesquisa e que sempre nos chamou atenção refere-se à afetividade entre o professor e o seu alunado. Pois o aluno sempre se espelha naquele professor que o recebeu de braços abertos no seu primeiro dia de aula, independente da modalidade de ensino este esteja, e consequentemente este mestre será lembrado por toda sua vida.
	Este estudo nos levou a conclusão também de que família e a instituição são parceiras no processo de ensino/aprendizagem e que ambas são responsáveis pelo desenvolvimento acadêmico dos alunos e que isso só será possível se o educando participar efetivamente das aulas. Para isso os pais devem cumprir seus deveres de levar os filhos à escola e a escola por sua vez deve proporcionar à criança um ambiente favorável ao aprendizado. 
	O professor é parte integrante desse processo e tem por obrigação exercer sua função com a maior responsabilidade, não esquecendo que o desenvolvimento das competências socioemocionais deve sempre estar presente, pois com elas os alunos conseguirão lidar com a própria emoção, se relacionar com o outro e criar metas e objetivos para sua vida. 
	Lembramos que esse processo acontece desde a educação infantil mesmo que em menor escala. Temos certeza que com o trabalho em equipe e desenvolvendo todas as etapas necessárias, a evasão escolar diminuirá.
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição Federal de 1988. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Brasília, 05 de outubro de 1988;
______. Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais da Educação Básica. Brasília, 2013;
______. Estatuto da criança e do adolescente, Lei federal nº 8069/90. Rio de Janeiro: Imprensa Oficial, 2002;
 
______. Indicadores da qualidade na educação / Ação Educativa, Unicef, PNUD, Inep-MEC (coordenadores). – São Paulo: Ação Educativa, 2004;
______. LDB – Lei nº 9394/96, Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: MEC, 1996;
______. Proposta Curricular / Secretaria de Educação e Cultura de São Bernardo do Campo. V. 2, 2007.
Disponível em< http://www.fnde.gov.br/financiamento/fundeb/fundeb-funcionamento>Acesso em 25/10/16.
FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo dicionário Aurélio da língua portuguesa. Curitiba: Editora Positivo, 2004, 3.ed.
LÜCK, Heloisa. Dimensões da Gestão Escolar e suas competências. Curitiba: Editora Positivo, 2009;
NÓVOA, António. Relação escola – sociedade: “novas respostas para um velho problema”. In: SERBINO, Raquel Volpato et al. Formação de professores (Seminários e debates). São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998;
PERRENOUD, Philippe. Formando professores profissionais: Três conjuntos de questões. In: PAQUAY, Léopold et al. Formando professores profissionais: Quais estratégias? Quais competências? Porto Alegre: Artmed, 2001, 2.ed.rev.

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