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Estudo de caso Sandra

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CENTRO DE ENSINO UNIFICADO DE TERESINA – CEUT
CURSO DE BACHARELADO EM ENFERMAGEM
FILIPE AUGUSTO DE FREITAS SOARES
ESTUDO DE CASO: ANEMIA FALCIFORME E ÚLCERA VASCULAR INFECTADA POR Pseudomonas aeruginosa
Estudo de caso apresentado à disciplina de Enfermagem em Saúde do Adulto como requisito para obtenção de nota prática, no dia 4 de setembro de 2013.
Profª Msc. Sandra Beatriz Pedra Branca Dourado.
TERESINA (PI),
SETEMBRO DE 2013.
SUMÁRIO
	INTRODUÇÃO
	3
	METODOLOGIA 
OBJETIVOS
OBJETIVO GERAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
	4
5
5
5
	IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
	6
	HISTÓRICO DO PACIENTE
	6
	EXAMES MÉDICOS SOLICITADOS
	8
	PRESCRIÇÃO MÉDICA
	12
	PLANOS DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM
	15
	EVOLUÇÕES/ PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
	
	PLANO DE ALTA
	17
	AVALIAÇÃO DO PLANO DE CUIDADOS DE ENFERMAGEM
	18
	CONCLUSÃO
	18
	BIBLIOGRAFIA
	19
	
	
	
	
	
	
	
	
INTRODUÇÃO
	Patologia de caráter genético, a anemia falciforme é uma hemoglobinopatia predominante na raça negra resultante de uma mutação genética no cromossomo 11, que resulta na substituição do ácido glutâmico pela valina na posição 6 da extremidade N- terminal na cadeia β da globina, dando origem à hemoglobina S. Tais hemácias que possuem a hemoglobina S, em situações de hipóxia, assumem a forma de foice (por esse motivo se chama falciforme) e causam inúmeras desordens orgânicas por conta das repercussões ocasionadas pelas alterações microvasculares (NUZZO e FONSECA, 2004).
	Braga (2007), afirma que as manifestações clínicas em pacientes falcêmicos ocorrem segundo dois mecanismos principais: (1) o da vasoclusão seguida de infarto em diversos órgãos e tecidos (pulmão, coração, retina, pele, além de alterações no desenvolvimento puberal) causada pelas hemácias falciformes e (2) a hemólise crônica e seus mecanismos de compensação. Além dessas alterações, vale destacar também que os fenômenos vaso- oclusivos observados podem causar a auto- esplenectomia, o que leva a uma destruição progressiva do baço e consequente depressão dos mecanismos imunológicos nestes indivíduos. Outras complicações podem ocorrer em vigência dessas alterações hematológicas, podendo- se citar como exemplo as úlceras vasculares e as infecções oportunistas. 
	Segundo Aldunat et al (2010), as úlceras vasculares ocorrem secundariamente à insuficiência venosa, principalmente nos membros inferiores. Fisiopatologicamente, essa insuficiência venosa ocorre quando os membros inferiores (músculos da panturrilha) não conseguem fazer o mecanismo de bombeamento do sangue para a região cefálica de modo eficaz, seja por disfunções musculares associadas a neuropatias, atrofia, doenças inflamatórias e fibrose, o que resulta em hipertensão venosa. 
	Apesar de não serem elucidados os mecanismos entre hipertensão venosa e o surgimento das úlceras vasculares, existem teorias que afirmam que a hipertensão venosa possibilite a distensão na parede dos capilares sanguíneos, aumentando assim sua permeabilidade e permitindo o extravazamento de líquidos e de elementos plasmáticos, inclusive o fibrinogênio. Existem evidências de que o fibrinogênio plasmático no espaço extravascular forme uma barreira pericapilar de fibrina, que dificulta a difusão de nutriente e oxigênio para os tecidos, causando morte celular e, consequentemente, ulceração (ALDUNAT et al, 2010).
	A condição de vulnerabilidade a infecções do portador de anemia falciforme devido a mecanismos imunológicos ineficazes e internações hospitalares frequentes associadas a ferida crônica podem resultar em contaminação da mesma por agentes oportunistas. Dentre os demais agentes nosocomiais e oportunistas pode- se citar a Pseudomonas aeruginosa. 
	A Pseudomonas aeruginosa é uma espécie bacteriana que caracteriza- se por serem bacilos Gram- negativas, aeróbios estritos, locomove- se por meio de flagelos polares e utiliza glicose e outros carboidratos como substrato energético. É um agente patogênico oportunista que causam infecções do trato urinário, do trato respiratório, infecções articulares, oftalmológicas, de pele e tecidos moles além de infecções sistêmicas (TRABULSI, 2005). Figueiredo et al (2007) afirma que estudos feitos no Brasil e no mundo mostram que a P. aeruginosa vem apresentando uma redução no padrão de sensibilidade a antibióticos de maior espectro de ação como os carbapenêmicos e as cefalosporinas anti- Pseudomonas. Essas mutações são notoriamente observadas em pacientes internados por longos períodos ou com utilização prévia de antimicrobianos. 
METODOLOGIA
	Este estudo de caso foi realizado no Hospital Geral do Buenos Aires, entre os dias 23/08/2013 a 02/09/2013. Yin (2010) conceitua estudo de caso como uma metodologia de estudo utilizada na área das ciências humanas, sociais e da saúde, que utiliza métodos qualitativos na coleta de informações e não segue uma linha rígida de investigação. Este caracteriza- se por buscar descrever um caso de modo abrangente, por meio de um estudo aprofundado de determinada unidade individual, que nesta situação é a paciente, por meio de estudos exploratórios, descritivos ou explanatórios.
OBJETIVOS
GERAL
 	Estabelecer e desenvolver a Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) a cliente com anemia falciforme e ulcera vascular infectada por Pseudomonas aeruginosa.
ESPECÍFICOS
Aprofundar os conhecimentos a cerca das patologias da cliente;
Levantamento de dados através do histórico de enfermagem;
Identificar os principais diagnósticos de enfermagem, levando em consideração as necessidades da paciente;
Estabelecer um plano de cuidados direcionado à cliente em questão.
IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE
	M. S. S., sexo feminino, parda, 38 anos, procedente e natural de Teresina (PI). É autônoma, casada, mãe de 2 filhos, possui ensino médio incompleto e católica. Foi internada na enfermaria 07, leito 41 do Hospital Geral do Buenos Aires (HGBA) com diagnóstico de infecção de ferida vascular crônica em MIE por Pseudomonas aeruginosa.
HISTÓRICO DO PACIENTE
	Paciente está no 12º dia de internação hospitalar. A mesma foi encaminhada por sua média hematologista ao HGBA devido a infecção de ferida crônica maleolar por Pseudomonas aeruginosa multirresistente só sensível a Aztreonam e ceftazidima. Tal cliente é portadora de anemia falciforme, com histórico de internações anteriores devido às crises e possui úlcera vascular crônica há mais ou menos 6 anos. Recentemente, a paciente referiu alterações na ferida em seu MIE, apresentando sinais flogísticos, com mau cheiro e secreção esverdeada em grande quantidade. Ao exame físico: em EGR, consciente, fásica, orientada. 
	Cabeça e pescoço: pele íntegra, mucosa conjuntiva hipocorada, crânio sem abaulamentos, pescoço com mobilidade preservada, forma habitual e gânglios cervicais e supraclaviculares com gânglios palpáveis. 
	Tórax em forma habitual, AC BNF em 2T, AP com MV presentes. Abdome flácido, refere dor em região epigástrica e RHA presentes. 
	MMSS e MMII simétricos, com mobilidade preservada e marcha com claudicação. Presença de úlcera vascular em MIE com secreção esverdeada, presença de fibrina, com edema e bordas delimitadas, com pigmentação escurecida em volta da lesão. A mesma referiu prurido nas bordas e no leito da ferida.
	SSVV: T: 36, 5°C; P: 60bpm; R: 26mrm e PA: 140mmHg x 80mmHg.
	
QUADRO 01: Exame físico de cabeça e pescoço, abdome e MMII da paciente e principais achados.
	PROPEDÊUTICA
	ACHADOS NORMAIS
	ACHADOS NO CASO
	Inspeção
	As mucosas conjuntivas devem estar íntegras e normocoradas.
Pele íntegra, boa perfusão periférica e marcha normal (MMII)
	Mucosas hipocoradas (3+/4+).
Ferida vascular na região maleolar medial e marcha claudicante.
	Palpação 
	Cabeça, pescoço e região supraclavicular não devem possuir gânglios, abaulamentos ou massas palpáveis.
Abdome deve ser plano, flácido e indolor à palpação
	Gânglios palpáveis em região cervicale supraclaviculares.
Abdome dolorido à palpação na região epigástrica.
EXAMES MÉDICOS REALIZADOS
QUADRO 2: Correlação entre os resultados alterados dos exames laboratoriais (Hemograma automatizado) e a patologia da paciente. Exame coletado nos dias 23/08/2013.
	EXAME/ DATA
	VALOR DE REFERÊNCIA 
	CORRELAÇÃO COM PATOLOGIA DA PACIENTE
	ERITROGRAMA
	HOMENS
	MULHERES
	
	Hemácias em milhões por ml: 1,09
	4,5 – 6,5
	3,9 – 5,8
	A contagem deprimida de hemácias pode indicar caso de anemia
	Hemoglobina em g/dl: 3,8
	13,5 – 18,0
	11,5 – 16,4
	Parâmetro do exame de hemograma que correlaciona- se com a contagem de hemácia. Analisa a quantidade de hemoglobina e , quando diminuída, indica casos de anemia.
	Hematócrito em %: 10,3
	40,0 – 54,0 
	36,0 – 47,0
	Porcentagem da massa de hemácias em relação ao volume sanguíneo, onde valores baixos podem indicar anemia, hemodiluição ou hemorragia. 
	Vol. Glob. Média em u3: 78
	76,0 – 96,0
	76,0 – 96,0
	
	Hem. Glob. Média em uug: 35,0
	27,2 – 32,0
	27,2 – 32,0
	Exame que visa a determinação do peso da hemoglobina dentro das hemácias. Hemácias macrocíticas podem ajudar a desvendar inúmeros tipos de alterações nas anemias.
	C. H. Glob. Média em %: 37,1
	32,0 – 36,0
	32,0 – 36,0
	É a determinação da concentração de hemoglobina dentro de uma hemácia. Hipercromia (quantidade de Hg acima do normal) pode resultar de um mecanismo de compensação frente a uma anemia.
	LEUCOGRAMA %/mm3
	
	
	
	Leucócitos por mm3: 12.200
	4000 – 10.000
	4000 – 10.000
	A leucocitose pode ser indicador de processos infecciosos ou doenças hematológicas.
	Neutrófilos : 70,9
	40 – 75
	40 – 75 
	
	Promielócitos: 0
	0
	0
	
	Mielócitos: 0
	0
	0
	
	Metamielócitos: 0
	0
	0
	
	Bastões: 1
	1 - 3
	1 - 3
	
	Segmentados: 69
	40 – 75
	40 - 75
	
	Eosinófilos: 1
	1 - 6
	1 - 6
	
	Linfócitos:21,54
	20 – 45
	20 - 45
	
	Basófilo:0,371
	0 - 1
	0 - 1
	
	Monócitos: 7,0
	2 – 10
	2 - 10
	
	PLAQUETAS: 178.000
	142.00- 424.000
	142.00- 424.000
	
QUADRO 3: Correlação entre os resultados alterados dos exames laboratoriais (Hemograma automatizado) e a patologia da paciente. Exame coletado em 28/08/2013.
	EXAME/ DATA
	VALOR DE REFERÊNCIA 
	CORRELAÇÃO COM PATOLOGIA DA PACIENTE
	ERITROGRAMA
	HOMENS
	MULHERES
	
	Hemácias em milhões por ml: 2,07
	4,5 – 6,5
	3,9 – 5,8
	A contagem deprimida de hemácias pode indicar caso de anemia
	Hemoglobina em g/dl: 6,8
	13,5 – 18,0
	11,5 – 16,4
	Parâmetro do exame de hemograma que correlaciona- se com a contagem de hemácia. Analisa a quantidade de hemoglobina e , quando diminuída, indica casos de anemia.
	Hematócrito em %: 20,3
	40,0 – 54,0 
	36,0 – 47,0
	Porcentagem da massa de hemácias em relação ao volume sanguíneo, onde valores baixos podem indicar anemia, hemodiluição ou hemorragia. 
	Vol. Glob. Média em u3: 98,1
	76,0 – 96,0
	76,0 – 96,0
	
	Hem. Glob. Média em uug: 32,8
	27,2 – 32,0
	27,2 – 32,0
	Exame que visa a determinação do peso da hemoglobina dentro das hemácias. Hemácias macrocíticas podem ajudar a desvendar inúmeros tipos de alterações nas anemias.
	C. H. Glob. Média em %: 33,5
	32,0 – 36,0 
	32 - 36
	
	LEUCOGRAMA %/mm3
	
	
	
	Leucócitos por mm3: 5.330
	4000 – 10.000
	4000 – 10.000
	A leucocitose pode ser indicador de processos infecciosos ou doenças hematológicas.
	Neutrófilos : 70,9
	40 – 75
	40 – 75 
	
	Promielócitos: 0
	0
	0
	
	Mielócitos: 0
	0
	0
	
	Metamielócitos: 0
	0
	0
	
	Bastões: 1
	1 - 3
	1 - 3
	
	Segmentados: 69
	40 – 75
	40 - 75
	
	Eosinófilos: 1
	1 - 6
	1 - 6
	
	Linfócitos:21,54
	20 – 45
	20 - 45
	
	Basófilo:0,371
	0 - 1
	0 - 1
	
	Monócitos: 7,0
	2 – 10
	2 - 10
	
	PLAQUETAS: 178.000
	142.00- 424.000
	142.00- 424.000
	
QUADRO 4: correlação entre os resultados dos exames laboratoriais (Uréia, creatinina, bilirrubina e frações) e a patologia da paciente. Exame coletado em 28/08/2013.
	EXAME
	VALOR DE REFERÊNCIA
	CORRELAÇÃO COM A PACIENTE
	Ureia: 81,1 mg/dl
	16,6 – 48
	A ureia é o produto do catabolismo das proteínas, formando- se no fígado e excretada constantemente pelos rins. Se os rins estiverem comprometidos, como na doença renal crônica, os valores séricos tendem a subir.
	Creatinina: 1,3 mg/dl
	0,50 – 0,9
	A creatinina é o resultado do metabolismo da creatina encontrada nos músculos, sendo constantemente produzida e excretada pelos rins. Níveis séricos de creatinina aumentados pode indicar quadro de insuficiência renal. 
	Bilirrubina total: 3,04mg/dl
	Até 1,2
	Exame bioquímico utilizado para verificar os níveis séricos de bilirrubina, o principal produto do catabolismo da hemoglobina. Níveis de bilirrubina aumentados podem indicar hemólise excessiva de hemácias ou insuficiência na função excretora do fígado.
	Bilirrubina direta: 1,29mg/ dl
	≤ 0,30mg/ml
	Quase sempre implica em doenças hepáticas ou do trato biliar, uma vez que elevações da fração direta e indireta de bilirrubina são comuns.
	Bilirrubina indireta: 1,8 mg/dl
	≤ 0,30mg/ml
	Apenas raramente indicam lesões hepáticas. Geralmente aparecem em estados de hiperemólise ou doenças genéticas.
TABELA 1: Teste de cultura e antibiograma realizado com material proveniente da lesão em MIE (secreção). Exame realizado no dia 28/08/2013. 
	Microrganismo isolado
	Sensível a
	Resistente a
	Pseudomonas aeruginosa
	Aztreonam
Ceftazidima
	Ampicilina/ sulbactam
Cefalotina
Ciprofloxacino
Sulfametoxazol/
trimetropim
PRESCRIÇÕES MÉDICAS
Dipirona
	MAINE do grupo dos derivados pirazolônicos que possui excelente ação analgésica, antipirética e antiartrítica. Assim como os demais MAINE, atuam inibindo as enzimas da via das cicloxigenases, impedindo a formação de mediadores inflamatórios que causam a dor e a hipertermia. Entretanto, pode produzir agranulocitose fatal, púrpura trombocitopênica, anemia aplásica, anemia hemolítica, rash, reações alérgicas, angioedema, vômitos, dentre outras reações adversas. (SILVA, 2002). 
Ranitidina
	Droga pertencente ao grupo dos anti- histamínicos de 2ª geração, tem como ação principal o bloqueio dos receptores histaminérgicos, resultando na diminuição do volume de ácido clorídrico secretado através das células parietais do estômago. Podem causar efeitos adversos como tontura, cefaleia, sonolência, diarreia, constipação e em casos mais graves hepatotoxicidade, confusão mental, desorientação ou alucinações. Os principais cuidados de enfermagem a serem tomados são: proporcionar ambiente seguro ao paciente durante os episódios de tontura; orientar o paciente a tomar precauções ao realizar trabalho com máquina ou dirigir, nos casos de sonolência ou tontura; nos casos de diarreia ou constipação orienta- se manter a hidratação e também os cuidados com a alimentação (COOPER; STOCK; COOPER, 2012) 
Ceftazidima 
	Cefalosporina de 3ª geração utilizada no tratamento de infecções das vias respiratórias baixas, infecções articulares, gênito- urinárias, de pele e tecidos moles, nas infecções intra- abdominais, profilaxia pós- cirúrgica de alto risco, septicemia, meningites (principalmente causadas por P. aeruginosa) e endocardites. Podem causar efeitos adversos como diarreia, infecções secundárias, hepatotoxicidade, nefrotoxicidade, hipoprotrombinemia e tromboflebites (SILVA, 2002). Cuidados de enfermagem persistentes: nos casos de iarreia, encorajar o paciente a não interromper o tratamento sem a orientação médica e monitorar o paciente quanto aos sinais de desidratação; ensinar a importância de manter a higiene oral e íntima no sentido de evitar infecções oportunistas, como a candidíase oral, prurido genital e anal, vaginites, dentre outras; monitorar os resultados laboratoriais relativos aos sinais de hepatotoxicidade e nefrotoxicidade e comunicar os achados anormais ao médico; e nas administraçõesEV, utilizar agulhas finas para punção, veias calibrosas e alternar os locais de infusão, se possível, para evitar irritação; inspecionar sempre o local de infusão e atentar para o aparecimento de sinais flogísticos (COOPER; STOCK; COOPER, 2012) 
Ácido fólico 
	Vitamina do complexo B (vitamina B9) utilizada para o tratamento de anemia megaloblástica e nos casos de má absorção. Seus efeitos adversos mais observados são: coloração amarelada da urina, alterações do sono, excitabilidade, irritabilidade, náuseas, distensão abdominal e reações alérgicas (HANG & DALLE, 2003). Cuidados de enfermagem: instruir ao paciente a tomar a medicação logo após as refeições ou conforme a orientação médica; observar e comunicar ao médico da equipe possíveis reações adversas graves induzidas pelo ácido fólico.
Liquemine (heparina)
	Droga de ação anticoagulante que age neutralizando os vários fatores ativados da coagulação (calicreína XIIa, Xia, Ixa, Xa e trombina) por intermédio da Antitrombina III. Os efeitos adversos mais comuns são hematúria, hematomas nos locais de injeção, alopecia e, raramente, reações de hipersensibilidade (HANG & DALLE, 2003). A observação e comunicação de possíveis focos hemorrágicos, equimoses, hematomas ao clínico, aferição e análise criteriosa dos sinais vitais são importantes cuidados de enfermagem a serem tomados.
Metronidazol creme
	O metronidazol creme é um antimicrobiano do grupo dos nitroimidazóis para utilização tópica, eficaz contra bactérias anaeróbicas e protozoários devido a ação citotóxica da droga (age na estrutura do DNA da célula do protozoário ou da bateria, promovendo a perda de sua estrutura através da quebra das ligações existentes e perda da estrutura helicoidal, inibição da síntese de ácidos nucleicos e morte celular). Os efeitos adversos mais comuns são os gastrintestinais, como náuseas, vômitos, diarreia, dor epigástrica, constipação. Reações alérgicas, infecções por Candida albicans dentre outros (SILVA, 2002). Cuidados de enfermagem: observar sintomas gastrintestinais antes de iniciar tratamento com o metronidazol; observar e comunicar quaisquer alterações percebidas durante o tratamento tópico; reforçar ao cliente a manutenção de hábitos de higiene oral e perineal adequados para evitar possíveis infecções fúngicas.
Aldactone
	Diurético poupador de potássio utilizado no tratamento da hipertensão arterial sistêmica. Eles causam a depleção do volume plasmático, excreção de sódio, poupando a excreção do potássio. Podem causar trombocitopenia, neutropenia, hipercalemia com cãibras nas pernas, mastalgia, dismenorréia, distúrbios gastro- intestinais, náuseas, dentre outras alterações. Cuidados de enfermagem importantes: fazer aferição do pulso periférico, da pressão arterial e do peso do cliente; iniciar os exames laboratoriais requisitados pelo médico e avalia o estado de hidratação do paciente (HANG & DALLE, 2003). 
				
EVOLUÇÕES E PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
DIA 26/08/2013
	10:00 hrs – paciente em 3º DIH por anemia falciforme e úlcera maleolar crônica. Segue em EGR, consciente, fásica, orientada, hidratada. SSVV dentro dos parâmetros da normalidade. Ao exame físico: cabeça e pescoço com pele íntegra, com gânglios cervicais e supraclaviculares palpáveis e mucosa conjuntiva hipocorada. Tórax com forma habitual, ACP sem ruídos adventícios. Abdome flácido, RHA audíveis e refere dor em região epigástrica. MMSS e MMII simétricos, AVP em MSE e úlcera vascular infectada por P. aeruginosa em MIE. Paciente refere sono insatisfatório, alimenta- se regularmente, diurese escurecida e evacuações normais. Foi realizado curativo na ferida do MIE, limpando o leito da ferida com SF 0,9%. Logo em seguida aplicou- se vinagre (ácido acético) na mesma. Retirou- se o excesso, e utilizou- se pomada á base de metronidazol como cobertura primária e gaze e atadura de crepom como cobertura secundária. ACD. ENF. CEUT. Filipe Soares.
	PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
Verificar SSVV de 4- 4hrs;
Observar AVP quanto à permeabilidade e presença de sinais flogísticos 3 vezes ao dia ( M – T – N);
Estimular deambulação (M – T – N)
Realizar curativo com SF 0,9%, vinagre e pomada à base de metronidazol; 
Manter MMII elevados quando em repouso;
Estimular banho (M – T – N).
Estimular ingesta hídrica. 
Avaliar queixa de dor em região epigástrica e registrar.
DIA 27/08/2013
	10:30 hrs – Pct segue em 4º DIH por anemia falciforme e úlcera maleolar crônica. Em EGR, consciente, fásico, orientado e hidratado. SSVV dentro dos padrões aceitáveis. Ao exame físico: cabeça e pescoço com pele íntegra, gânglios cervicais e supraclaviculares palpáveis. Tórax com forma habitual, ACP sem ruídos adventícios. Abdome flácido, doloroso à palpação e continua a referir desconforto em região epigástrica. MMSS e MMII simétricos, com boa mobilidade, com AVP em MSE e úlcera em MIE, na qual paciente refere prurido no leito da ferida e diminuição da exsudação. Aceita bem a dieta, sono satisfatório e eliminações fisiológicas presentes.ACD. ENF. CEUT. Filipe Soares.
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
Verificar SSVV de 4- 4hrs;
Observar AVP quanto à permeabilidade e presença de sinais flogísticos 3 vezes ao dia ( M – T – N);
Estimular deambulação (M – T – N)
Realizar curativo com SF 0,9%, vinagre e pomada à base de metronidazol, observar aspecto da ferida e anotar; 
Manter MMII elevados quando em repouso;
Estimular banho (M – T – N).
Estimular a ingesta hídrica. 
Avaliar queixa de dor epigástrica e anotar.
DIA 02/09/2013
	10:00 hrs – Pct segue no 10º DIH por anemia falciforme e úlcera maleolar crônica infectada por P. aeruginosa. Consciente, fásica, orientada, hidratada. PAS elevada (160mmHg) e demais SSVV dentro dos padrões da normalidade. Ao exame físico: cabeça e pescoço com pele íntegra e mobilidade preservada. Tórax com forma habitual, ACP sem alterações. Abdome flácido. Referiu melhora da dor epigástrica. MMSS e MMII simétricos, boa mobilidade e AVP em MSE. Referiu ter sono satisfatório, alimenta- se normalmente e eliminações fisiológicas presentes. Realizado curativo em MSE com SF 0,9%, vinagre e como cobertura primária pomada à base de metronidazol. ACD. ENF. CEUT. Filipe Soares. 
PRESCRIÇÕES DE ENFERMAGEM
Verificar SSVV de 4- 4hrs. Verificar PA a cada 2 horas;
Observar AVP quanto à permeabilidade e presença de sinais flogísticos 3 vezes ao dia ( M – T – N);
Estimular deambulação (M – T – N)
Realizar curativo com SF 0,9%, vinagre e pomada à base de metronidazol, observar aspecto da ferida e anotar; 
Manter MMII elevados quando em repouso;
Estimular banho de aspersão (M – T – N).
PLANO DE ALTA
	Para que a paciente consiga garantir a continuidade de seu tratamento de manter sua saúde, ela deve seguir as seguintes orientações:
Orientar familiares a cerca da patologia da paciente e tentar envolvê- los em seu processo de recuperação;
Ensinar a paciente a identificar os sinais típicos das crises falciformes: dispneia ao esforço, palidez acentuada, letargia e fadiga, para que o mesmo possa procurar assistência adequada;
Providenciar sono e repouso adequados às suas necessidades;
Orientar uma ingesta aumentada de líquidos
Estimular uma dieta rica em alimentos que contenham ácido fólico: fígado, espinafre, feijão, ervilha, castanha e alimentação hiperprotéica e hipercalórica;
Orientar a paciente quanto a posologia correta dos medicamentos prescritos;
Encaminha paciente a uma UBS para realizar as imunizações indicadas;
Cuidar da integridade da pele, realizando os curativos diariamente em locais apropriados (hospitais ou ambulatórios).
Lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro, antes das refeições e depois de chagar da rua, para evitar possíveis transmissões de infecções;
Orientar a manutenção dos membros inferiores elevados para facilitar o retorno venoso;
 Evitar locais fechados com grande aglomeração de pessoas;
 Fazer pequenas caminhadas no decorrer do dia; 
Evitar fazer viagens longas de carro ou de avião;
Manter a pele sempre hidratada;
Evitaro tabagismo.
 
AVALIAÇÃO DO PLANO DE CUIDADOS
	Durante a hospitalização, observou- se melhora no quadro clínico da paciente após a instituição do plano de cuidados de enfermagem. A mesma referiu melhoras no seu padrão de sono e repouso, ausência de dor em região epigástrica e diminuição da quantidade de secreção liberada pela ferida. A mesma referiu que houve uma melhora da dor no MIE após as orientações de deambulação e de elevação dos MMII.
CONCLUSÃO
	Boa parte das expectativas por mim levantadas durante esta atividade de estágio foi correspondida. Primeiramente por consegui prestar uma assistência de enfermagem sistematizada conforme preconiza a literatura. Segundo pelo fato do conhecimento aprofundado a cerca da doença e das necessidades da paciente neste caso possibilitou o estabelecimento de cuidados mais específicos e que foram bem mais eficientes na recuperação da cliente.
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