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1 UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE – UFF ESCOLA DE ENFERMAGEM AURORA DE AFONSO COSTA – EEAAC CURSO DE ENFERMAGEM E LICENCIATURA DISCIPLINA: ENFERMAGEM NA SAÚDE DO ADULTO E IDOSO 2 PROFESSORES: MÁRCIA VALÉRIA, PAULA FLORES ESTUDO DE CASO CLÍNICO 1 DO ENSINO TEÓRICO PRÁTICO Niterói Outubro de 2013 2 LYVIA DA SILVA FIGUEIREDO YASMIN MENDES VICTOR ESTUDO DE CASO CLÍNICO 1 DO ENSINO TEÓRICO PRÁTICO Trabalho de avaliação da disciplina de Enfermagem na Saúde do adulto e Idoso II, do Departamento de Enfermagem Médico Cirúrgica- MEM, como recurso parcial para aprovação, do curso de Enfermagem e Licenciatura da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa. Niterói Outubro de 2013 3 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................................................pag 4 2. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO FÍGADO........................................................................................pag 4 3. REVISÃO DE LITERATURA..............................................................................................................pag 5 4. REFERENCIAL TEÓRICO..................................................................................................................pag 6 5. METODOLOGIA..................................................................................................................................pag 7 6. PROCESSO DE ENFERMAGEM........................................................................................................pag 7 6.1 Período pré-operatório...........................................................................................................................pag 7 6.1.1 Histórico de enfermagem..............................................................................................................pag 7 6.1.2 Exames relevantes........................................................................................................................pag 8 6.1.3 Medicamento utilizado...............................................................................................................pag 11 6.1.4 Evolução do pré-operatório........................................................................................................pag 12 6.1.5 Diagnósticos, avaliação e implementações no período pré-operatório......................................pag 12 6.2 Período transoperatório........................................................................................................................pag 15 6.2.1 Evolução do transoperatório.......................................................................................................pag 15 6.2.2 Diagnósticos, avaliação e implementações no período transoperatório.....................................pag 15 6.3 Período pós-operatório..........................................................................................................................pag 17 6.3.1Medicamentos utilizados.............................................................................................................pag 17 6.3.2 Evolução do pós-operatório........................................................................................................pag 22 6.3.3 Diagnósticos, avaliação e implementações no período pós-operatório......................................pag 22 6.3.4 Plano de alta para paciente.........................................................................................................pag 24 6.3.5 Plano de alta para equipe............................................................................................................pag 24 7. CONCLUSÃO.....................................................................................................................................pag 25 8. REFERÊNCIAS..................................................................................................................................pag 25 9. APÊNDICE..........................................................................................................................................pag 26 10. ANEXO ..............................................................................................................................................pag 26 4 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho trata-se de um estudo de caso elaborado, durante o ensino teórico-prático da disciplina Enfermagem na Saúde do Adulto e Idoso II da Universidade Federal Fluminense, na Clínica Cirúrgica Feminina, do Hospital Universitário Antônio Pedro (HUAP), onde assistimos uma paciente de 56 anos, com diagnóstico de Doença de Caroli para cirurgia de extração de cálculos biliares. Através desse estudo foi possível observar e entender como é realizado histórico, evolução, diagnóstico de enfermagem entre outras intervenções e atribuições que são de responsabilidade do enfermeiro na clínica cirúrgica. O estudo possui alta relevância, devido a pouco existência de trabalhos acadêmicos e científicos a cerca desta temática, portanto, é de suma importância que nós, como enfermeiros, conheçamos a fundo o processo de enfermagem. Além disso, o estudo presente estudo procura enriquecer as informações sobre o tema, visto que ainda é bem limitado. Sendo assim, relevante para futuras pesquisas. A motivação por esse tema se deu pelo fato de ser uma doença que não tínhamos conhecimento da existência, sendo assim este estudo foi enriquecedor para a nossa formação. O processo de enfermagem é uma forma de se perceber a enfermagem e de colocá-la em perspectiva como pensamento crítico metódico que orienta as ações de enfermagem. O foco do processo de enfermagem é o paciente e as intervenções de enfermagem prescritas são aquelas que satisfazem as necessidades do paciente. Utilizando o processo de enfermagem, as enfermeiras perioperatórias focalizam-se no paciente e ao mesmo tempo, usam conhecimentos e habilidades para cuidar dos pacientes e tomar decisões clínicas. De acordo com as necessidades do cuidado do paciente, avaliamos seus diagnósticos segundo a NANDA (North American Nursing Diagnosis Association), as intervenções realizadas, baseadas no NIC (Nursing Intervention Classification) e fizemos a nossa descrição do resultado atual e a escolha do resultado desejado de acordo com a NOC (Nursing Outcomes Classification). Padronizamos assim, a nossa linguagem de diagnósticos para melhor orientar e observar quaisquer alterações, sejam elas fisiológicas ou até mesmo psicológicas. Compreendemos que é preciso dar total apoio e fazer o plano de cuidados específicos de acordo com a necessidade de cada paciente. A assistência de enfermagem prestada ao paciente submetido a procedimentos cirúrgicos envolve três grandes etapas do período perioperatório que são: pré-operatória, transoperatória, e pós-operatória, e cada uma destas fases exige um conjunto de ações, realizadas com o objetivo de promover uma assistência de enfermagem que atenda as necessidades do cliente e promova seu bem-estar. 2. ANATOMIA E FISIOLOGIA DO FÍGADO Órgão que atua como glândula exócrina e endócrina e é a maior do corpo humano. Situa-se no quadrante superior direito do abdômen, aderido à superfície inferior do diafragma e sua margem inferior do lobo direito do fígado apresenta um íntimo contato com o intestino grosso. Localizados na porção superior direita do abdômen, o fígado e a vesícula biliar estão conectados por ductos conhecidos como vias biliares. A circulação porta hepática desvia o sangue venoso dos órgãos gastrointestinais e do baço para o fígado antes de retornar ao coração. A veia porta hepáticaé formada pela união das veias mesentérica superior e esplênica. A veia mesentérica superior drena sangue do intestino delgado e partes do intestino grosso, estômago e pâncreas. A veia esplênica drena sangue do estômago, pâncreas e partes do intestino 5 grosso. O fígado recebe sangue arterial (artéria hepática própria) e venoso (veia porta hepática) ao mesmo tempo. Por fim, todo o sangue sai do fígado pelas veias hepáticas que deságuam na veia cava inferior. Uma de suas principais funções é degradar as substâncias tóxicas absorvidas do intestino e, em seguida, excretá-las como subprodutos inofensivos pela bile ou pelo sangue. A vesícula biliar é uma pequena bolsa muscular de armazenamento que contém bile, uma secreção digestiva viscosa verde-amarelada produzida pelo fígado. A bile sai do fígado através dos ductos hepáticos direito e esquerdo, os quais se unem para formar o ducto hepático comum. Em seguida, esse ducto une-se a um outro proveniente da vesícula biliar, denominado ducto cístico, formando o ducto biliar comum. O fígado é responsável por muitas funções mantenedoras da vida Funções do fígado: Secretar a bile, líquido que atua no emulsionamento das gorduras ingeridas, facilitando, assim, a ação da lipase; Remover moléculas de glicose no sangue, reunindo-as quimicamente para formar glicogênio, que é armazenado; nos momentos de necessidade, o glicogênio é reconvertido em moléculas de glicose, que são relançadas na circulação; Armazenar ferro e certas vitaminas em suas células; Metabolizar lipídeos; Sintetizar diversas proteínas presentes no sangue, de fatores imunológicos e de coagulação e de substâncias transportadoras de oxigênio e gorduras; Degradar álcool e outras substâncias tóxicas, auxiliando na desintoxicação do organismo; Destruir hemácias (glóbulos vermelhos) velhas ou anormais, transformando sua hemoglobina em bilirrubina, o pigmento castanho-esverdeado presente na bile. Tradicionalmente avalia-se a função hepática através das dosagens séricas de albumina, tempo de protrombina e, por vezes, de bilirrubinas. Diversas conclusões podem ser obtidas através de análises laboratoriais. Entretanto, mesmo na presença de graves lesões hepáticas, a função hepática, em especial as dosagens séricas dos marcadores de função hepática, pode mostrar-se inalterada. Dessa forma,a avaliação da função e lesão hepáticas não deve incluir apenas essas dosagens e deve ser sempre correlacionada com a clínica do paciente. 3. REVISÃO DE LITERATURA Descrita pela primeira vez por Jacques Caroli em 1958, é uma doença rara, genética (na maioria dos casos autossômica recessiva), geralmente diagnosticada antes dos 10 anos de idade. Na Doença de Caroli, há uma dilatação dos dutos biliares dentro do fígado, que se dilatam e formam cistos. (JORGE, S. 2005) É uma doença caracterizada pela dilatação dos canais que transportam a bile, gerando dor devido à inflamação desses mesmos canais. Pode produzir cálculos e infecção, além de poder estar associada à fibrose hepática congênita, que é uma forma mais grave da doença. (FRAZÃO, A. 2013) 6 A doença de Caroli é uma má-formação congênita rara caracterizada por dilatações multifocais dos ductos biliares intra-hepáticos que predispõem a colestase e episódios recorrentes de colangite. (PALHETA, M. 2012). A clínica da doença de Caroli manifesta-se por colangite, febre, dor no hipocôndrio e, às vezes, icterícia. Apresenta associação com cálculos biliares intra-hepáticos, colangiocarcinoma e abscesso hepático. Um sinal muito característico da doença de Caroli é o central dot sign, que corresponde a feixes fibrovasculares hepáticos que se realçam (artéria hepática e veia porta), protraindo para a luz de ramos biliares intra-hepáticos dilatados. (CARDOSO, M. 2012) A causa mais comum de obstrução da via biliar é por cálculo, que se for pequeno pode ser retirado por endoscopia. Porém em alguns casos, a endoscopia pode não resolver o problema, seja por não conseguir retirar o cálculo ou por doença de vias biliares. Além de cálculos, tumores e fibrose (resultado de complicações da retirada da vesícula) podem levar a obstrução da via biliar. Nesta situação, é necessário desviar o caminho normal que a bile faria. A essa cirurgia chamamos de derivação biliodigestiva. (ETTINGER, E.) A cirurgia de derivação biliodigestiva é realizada em situações que necessitem desviar o fluxo de bile do fígado diretamente para o intestino sem passar pelo canal principal biliar - o colédoco. Geralmente isso ocorre em nas obstruções por tumores ou até mesmo por lesões inadvertidas da via biliar como, por exemplo, durante uma cirurgia de vesícula (colecistectomia). A cirurgia consiste em criar uma entre os canais biliares dentro do fígado e o intestino (geralmente o jejuno). Esta cirurgia pode ser realizada por videolaproscopia, mas exige da equipe cirúrgica uma experiência em laparoscopia avançada. (ABREU, I. 2010) Os cálculos biliares são a causa mais comum de obstrução das vias biliares. Os cálculos formam-se habitualmente no interior da vesícula biliar e podem obstruir a via biliar principal, um tubo de drenagem situado na base do fígado. Se o canal permanecer obstruído, a bílis pode acumular-se no sistema de canais biliares e na circulação sanguínea. Além disso, se se acumularem bactérias a montante da obstrução e se estas refluírem para o fígado, pode originar-se uma infecção grave denominada colangite ascendente. (FERREIRA, N. 2012) 4. REFERENCIAL TEÓRICO Ao realizarmos os cuidados com a paciente, nos baseamos na teoria de enfermagem de Ernestine Wiedenbach, pois aborda a arte ajudando na enfermagem clínica, identificando formas que um enfermeiro pode atender às necessidades de seu paciente, individualizando o cuidado. Sendo assim, foi necessário identificar a necessidade da paciente para a assistência através da observação, buscando compreender seu comportamento, identificar as causas de seu desconforto e determinar se a paciente pode resolver o problema por conta própria ou precisa de ajuda da equipe de enfermagem. Prestamos atenção em saúde com o respeito pela dignidade, autonomia e individualidade de qualquer paciente. Por isso, a importância de adaptar os cuidados de enfermagem para pacientes individuais, pois a teoria de enfermagem Wiedenbach afirma a importância do julgamento clínico para cada enfermeira. 7 5. METODOLOGIA Este trabalho é um estudo de caso elaborado a partir da obtenção de dados por meio de entrevista semiestruturada com o paciente, coleta de dados do prontuário, incluindo exames e dados pessoais. A partir dos dados coletados, elaboramos os diagnósticos através do NANDA, objetivamos os resultados com o NOC, realizamos as intervenções de enfermagem com o NIC e analisamos os resultados após a aplicação das intervenções de enfermagem. O estudo de caso foi realizado com uma paciente do sexo feminino, 56 anos, internada na Clínica Cirúrgica Feminina do Hospital Universitário Antônio Pedro no dia 16/10/2013 às 15:00h, diagnosticada com Doença de Caroli para a extração de cálculos biliares. 6. PROCESSO DE ENFERMAGEM O processo de enfermagem é um método utilizado para implantar, na prática profissional, uma teoria de enfermagem, por meio de uma série de ações dinâmicas e inter-relacionadas. Ele fornece estrutura para a tomada de decisão durante a assistência em enfermagem, propiciando ordem e direção para o cuidado, tornando-a mais científica e menos intuitiva. Além disso, sua aplicação proporciona ao enfermeiro a possibilidade da prestação de cuidados individualizados, centrado nas necessidades humanas básicas. 6.1 Período pré-operatório O período pré-operatório é aquele que se inicia a partir da decisão da intervenção cirúrgica e termina quando o paciente é transferido para a mesa da sala de cirurgia. É dividido em mediato, que é desdea indicação da cirurgia até 24 horas anterior a ela, e imediato, que são as 24 horas que antecedem o procedimento anestésico-cirúrgico e se estende até o encaminhamento do paciente para o centro cirúrgico. 6.1.1 Histórico de enfermagem Paciente M.L.C.S., sexo feminino, 56 anos, negra, solteira, sem filhos, brasileira, natural de São Gonçalo, estado do Rio de Janeiro, reside em uma casa na mesma cidade com energia elétrica, saneamento básico e coleta de lixo. Ensino Fundamental completo, do lar, católica. Nega uso de drogas ilícitas e lícitas, ex tagagista. Autocuidado independente. Nega alergias, DM, HAS ou outras comorbidades. Hábitos intestinais saudáveis, hábitos urinários dentro dos limites normais. Procurou no dia 16/10/2013 o Hospital Universitário Antônio Pedro apresentando-se lúcida, orientada, deambulando sem auxílio, possui padrão de sono insatisfatório, nível de ansiedade moderado, verbalizando com sintomas de febre e queixas álgicas. Admitida na Clinica Cirúrgica na mesma data com o diagnóstico de Doença de Caroli para a cirurgia de extração de cálculos biliares. Foram realizados exames de ultrassonografia, hemograma completo, bioquímico e coagulograma. A cirurgia foi marcada para o dia 21/10/2013. 8 6.1.2 Exames relevantes Hemograma Completo Resultado Valor de Referencia Eritrograma Hematimetria 3.87 10³/mm³ 4.20 a 5.40 10³/mm³ Hemoglobina 11.7 g/dL 12.00 a 16.00 g/dL Hematócrito 35.4 % 36.00 a 46 % Volume Corpuscular Médio (VCM) 91.6 um³ 84.00 a 99.0 um³ Hemoglobina Corpuscular Media (HCM) 30.3 26.0 a 32 Concentração Hemoglobina Corp. Médio (CHCM) 33.1 g/dL 31 a 36 g/dL Índice Anisocitose de Hemácias (RDW) 13.5 % 11 a 16 % Plaquetas Plaquetometria 206 10³/mm³ 150 a 400 10³/mm³ Vol. Plaq Médio 8.9 um³ 6.0 a 11 um³ Leucograma Leucócito Global 3.0 x 10³/mm³ 4.5 a 10.5 x 10³/mm³ Neutrófilo 49 % 50 a 70% Linfócito 40% 22 a 40% Eosinófilo 2 % 1 a 5 % Basófilo 0% 0 a 2% Monócito 6 % 3 a 10% Bastões 3 % 0 a 2% Metamielócitos 0% 0% Mielócito 0% 0% Promielócitos 0% 0% Blastos 0% 0% Tempo de Protrombina Paciente 14.9 segundos Atividade 100% 70ª 100% INR 1 9 Tempo de Protrombina parcial Paciente 33.6 segundos Relação P/T 1.16 0.8 a 1.2 Resultado Valor de Referencia Uréia 32 mg/dL 15 a45 mg/dL Creatinina 0.69 mg/dL 0.60 a 1.00 mg/dL Proteínas Totais 7.4 g/dL 6.4 a 8.2 g/dL Albumina 3.6 g/dL 3.4 a 5.0 g/dL Globulina 3.8 g/dL 2.4 a 3.7 g/dL Aspartato Aminotranferase AST/TGO 22 U/L 15 a 37 U/L Alanina Aminotranferase ALT/ TGP 23 U/L 12 a 78 U/L Fosfatase Alcalina ALP 230 U/L 50 a 136 U/L Desidrogenase Lática – LDH 179 U/L 81 a 234 U/L Bilirrubina Total 0.46 mg/dL Até 1.0 mg/dL Bilirrubina direta 0.18 mg/dL Até 0.3 mg/dL Bilirrubina Indireta 0.28 mg/dL 0.2 a 1.0 mg/dL Sódio 138 mEq/L 136 a 145 mEq/L Potássio 4.2 mEq/L 3.5 a 5.1 mEq/L Proteína C reativa ultra sensível 1.36 mg/dL Até 0.3 mg/dL Gama Glutamil Transferase GGT 367 U/L 5 a 55 U/L Dados alterados: Hematimetria: Hematimetria: contagem das hemácias. Já que são elas que carreiam o oxigênio, a redução de seu número resulta em anemia. Com sintomas de fadiga, fraqueza, dor de cabeça e palidez. Anemia intensa causa taquicardia. Hemoglobina: é uma metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e que permite o transporte de oxigênio pelo sistema circulatório. O aumento de glóbulos vermelhos no sangue (eritrocitose) geralmente se dá por uma adaptação fisiológica do organismo em locais de altitude elevada. O aumento de glóbulos vermelhos favorece o transporte de oxigênio pelo sangue. Hematócrito é uma metaloproteína que contém ferro presente nos glóbulos vermelhos (eritrócitos) e que permite o transporte de oxigênio pelo sistema circulatório. O aumento de glóbulos vermelhos no sangue (eritrocitose) geralmente se dá por uma adaptação fisiológica do organismo em locais de altitude elevada. O aumento de glóbulos vermelhos favorece o transporte de oxigênio pelo sangue. Leucócito: Leucócitos: fazem parte do sistema imunitário e têm por função o combate e a eliminação de microrganismos e estruturas químicas estranhas ao organismo por meio de sua captura ou da produção de anticorpos, sejam eles patogênicos ou não. Um aumento na quantidade de leucócitos http://pt.wikipedia.org/wiki/Metaloprote%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro http://pt.wikipedia.org/wiki/Hem%C3%A1cia http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_circulat%C3%B3rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Metaloprote%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Ferro http://pt.wikipedia.org/wiki/Hem%C3%A1cia http://pt.wikipedia.org/wiki/Oxig%C3%A9nio http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_circulat%C3%B3rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Microrganismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticorpos 10 (leucocitose) pode ser uma resposta a infecções ou substâncias estranhas, ou ser resultante do estresse ou de determinadas drogas. A maioria dos distúrbios dos leucócitos envolve os neutrófilos, os linfócitos, os monócitos e os eosinófilos. Neutrófilo: são uma classe de células sanguíneas leucocitárias, que fazem parte do sistema imunológico e são um dos 5 principais tipos de leucócitos (neutrófilos, eosinófilos, basófilos, monócitos e linfócitos). Estão envolvidos na defesa contra bactérias e fungos. Possuem receptores na sua superfície como os receptores de proteínas do complemento, receptores do fragmento das imunoglobulinas e moléculas de adesão. O aumento do numero de neutrófilos é chamado de neutrofilia. Bastões: São células do nosso sistema de defesa. São neutrófilos imaturos. Um número de bastões aumentados é chamado de desvio à esquerda, indicando que as células mais imaturas estão presentes no sangue em uma quantidade além do normal, o que pode ocorrer em uma situação como infecção, por exemplo. Globulina é o nome que se dá às proteínas insolúveis em água, solúveis em soluções salinas, sejam elas, ácidas ou básicas diluídas e coaguláveis pelo calor. As proteínas presentes no plasma do sangue são albumina, fibrinogênio e globulinas. Cada fração, especialmente a gama, contém imunoglobulinas ou anticorpos circulantes que protegem contra as infecções. Quando o organismo precisa de mais anticorpos, o teor de gamaglobulina no plasma é superior aos valores normais. As globulinas séricas são sintetizadas no fígado ou pelas células do sistema imunitário. Fosfatase alcalina ALP: é uma enzima presente nas células que delineam os ductos biliares do fígado. Os níveis de FAL no plasma irão aumentar com grandes obstruções do ducto biliar, colestase intrahepática ou doenças infiltrativas do fígado. Sódio O teste de sódio no sangue é utilizado para detectar hiponatremia ou hipernatremia associada à desidratação, edema e a uma variedade de doenças. O médico pode solicitar este teste, em conjunto com outros electrólitos, para o rastreio de um desequilíbrio electrólito. Pode ser solicitado para determinar se uma doença ou condição relacionada com o cérebro, pulmões, fígado, coração, rins, tiróide ou glândulas adrenais está a ser provocada ou exacerbada por uma deficiência ou excesso de sódio. Gama Glutamil Transferase GGT A Gama Glutamil Transferase (ou Gama GT) é uma enzima hepática, normalmente presente no fígado. Esta enzima localiza-se dentro das células do fígado, e quando ocorre uma destruição das células hepáticas a enzima entra na corrente sanguínea. Assim, podemos detetar este nível da corrente sanguínea através de um exame de sangue. É através desta enzima que o nosso organismo é capaz de metabolizar as várias substâncias químicas no nosso organismo, desde aquelas que ingerimos até àquelas que se formam dentro do nosso corpo. O resultado do exame de sangue poderá ter resultadosnormais ou alterados (baixos ou altos). Proteína C reativa ultra sensível: A PCR é uma proteína produzida na fase aguda, isto é, as proteínas são produzidas pelo fígado para combater a invasão de antígenos invasores. http://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula http://pt.wikipedia.org/wiki/Sangue http://pt.wikipedia.org/wiki/Leuc%C3%B3cito http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunol%C3%B3gico http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunol%C3%B3gico http://pt.wikipedia.org/wiki/Eosin%C3%B3filo http://pt.wikipedia.org/wiki/Bas%C3%B3filo http://pt.wikipedia.org/wiki/Mon%C3%B3cito http://pt.wikipedia.org/wiki/Linf%C3%B3cito http://pt.wikipedia.org/wiki/Prote%C3%ADna http://pt.wikipedia.org/wiki/Solubilidade http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81gua http://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Sal http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido http://pt.wikipedia.org/wiki/Base_(qu%C3%ADmica) http://pt.wikipedia.org/wiki/Coagula%C3%A7%C3%A3o http://pt.wikipedia.org/wiki/Albumina http://pt.wikipedia.org/wiki/Fibrinog%C3%A9nio http://pt.wikipedia.org/wiki/Anticorpo http://pt.wikipedia.org/wiki/Infec%C3%A7%C3%B5es http://pt.wikipedia.org/wiki/S%C3%ADntese_(qu%C3%ADmica) http://pt.wikipedia.org/wiki/F%C3%ADgado http://pt.wikipedia.org/wiki/Sistema_imunit%C3%A1rio http://pt.wikipedia.org/wiki/Trato_biliar http://pt.wikipedia.org/wiki/Colestase 11 6.1.3 Medicamento utilizado Paracetamol 750 mg VO ( se houver dor T ºC > 37,8) Nome farmacológico: Paracetamol Nome comercial: Tylenol®, Parador®. Indicações: Analgésico e antipirético, ou seja, no combate à dor e à febre. Mecanismo de ação: Analgésico - O mecanismo de ação analgésica não está totalmente determinado. O paracetamol pode atuar predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do Sistema Nervoso Central e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso ao nível periférico. A ação periférica pode ser decorrente também da inibição da síntese de prostaglandinas ou da inibição da síntese ou da ação de outras substâncias que sensibilizam os nociceptores ante estímulos mecânicos ou químicos. Antipirético - O paracetamol provavelmente produz a antipirese atuando ao nível central sobre o centro hipotalâmico regulador da temperatura para produzir uma vasodilatação periférica que dá lugar a um aumento do fluxo de sangue na pele, de sudorese e da perda de calor. A ação ao nível central provavelmente está relacionada com a inibição da síntese de prostaglandinas no hipotálamo. Reação adversa: Hepatotoxicidade, reação de hipersensibilidade, sendo descritos casos de erupções cutâneas, urticária, broncoespasmo, angioedema e choque anafilático. Cuidados de enfermagem: Em pacientes idosos e debilitados deve-se considerar a possibilidade de desenvolvimento da insuficiência renal e hepática, verificar sinais de hipersensibilidade. Bromoprida 10mg VO 8/8 hrs (se houver náuseas) Nome farmacológico: Bromoprida Nome comercial: Bromopan, Bromoprida, Digesan, Digestina, Pangest, Plamet, Pridecil. Indicações: Tratamento de náuseas e vômitos, refluxo gastroesofágico, radiografia do tubo digestivo. Mecanismo de ação: A bromoprida age por mecanismos central e periférico, bloqueando receptores dopaminérgicos no centro do vômito a nível do encéfalo e estimulando o sistema nervoso autônomo a nível do trato gastrintestinal corrigindo a sua motilidade quando alterada. Efeitos adversos: Sonolência, cefaléia, astenia, calafrios, distúrbios de acomodação. Cuidados de Enfermagem: Instrua o paciente a tomar a medicação conforme recomendado e não interromper o tratamento; Pode causar sonolência, Recomende que o paciente evite dirigir e outras atividades que requerem estado de alerta, durante a terapia. Captopril 25 mg VO (se PA > 170x110 mmHg) Nome farmacológico: Captopril Nome comercial: Capoten, Capotrat, Captolin, Captotec, Captopron, Hipoten. Indicações: Hipertensão, Insuficiência cardíaca, Infarto agudo do miocárdio. Mecanismo de ação: Inibe a conversão da angiotensina I em angiotensina II, um vasodilatador potente. Reduz a formação de angiotensina II, diminuindo a resistência arterial periférica. Reduz a retenções de sódio e água, diminuindo a P.A. Efeitos adversos: Taquicardia, hipotensão, angina pectoris, pericardite, irritação gástrica, insuficiência renal, tontura, tosse seca. 12 Cuidados de enfermagem: Pode causar cefaléia ou hipotensão postural, principalmente durante os primeiros dias de terapia. Recomende que o paciente mude de posição ou levante-se da cama ou de cadeiras lentamente para minimizar esses efeitos; Durante aterapia, o paciente deverá receber hidratação adequada; Pode causar tontura, recomende que o paciente evite atividades que requerem estado de alerta. Clavulin 1g IV 8/8 hrs Nome farmacológico: Clavulin Nome comercial: clavulin, clavicin, clavutrex, claxan, doclaxin,cloranfenicol Indicações: tratamentos de curta duração de infecções bacterianas nos seguintes sitios: Infecções do trato respiratório superior (incluindo ouvido, nariz e garganta); infecções do trato respiratório inferior; infecções do trato geniturinário; infecções da pele e dos tecidos moles; infecções dos ossos e das articulações.Outras infecções. Ex.: aborto séptico, sepse puerperal, sepse intra-abdominal, sepse, peritonite, infecções pós-cirúrgicas. CLAVULIN IV também é indicado para a profilaxia de infecções que podem ser associadas a procedimentos cirúrgicos de grande porte, tais como os gastrintestinais, pélvicos, da cabeça e pescoço, cardíacos, renais, restauração de articulações e do trato biliar. Mecanismo de ação: : CLAVULIN é um antibiótico de amplo espectro, que possui a propriedade de atuar contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos, produtores ou não de beta-lactamases. A amoxicilina é uma penicilina semi-sintética de amplo espectro de ação, derivada do núcleo básico da penicilina, o ácido 6-amino-penicilânico. O ácido clavulânico é uma substância produzida pela fermentação do Streptomyces clavuligerus , que possui a propriedade especial de inativar de modo irreversível as enzimas beta-lactamases, permitindo, desta forma, que os microrganismos se tornem sensíveis à rápida ação bactericida da amoxicilina. Efeitos adversos: candidíase mucocutânea, náuseas, vômitos, diarreia, náusea, vaginite, tontura, dor de cabeça,- indigestão, prurido e urticária. Cuidados de enfermagem: Observar possíveis alterações do paciente quanto a alergias provocadas pelo fármaco; Ver na prescrição médica para que seja administrado o medicamento correto, no tempo correto e dose correta. 6.1.4 Evolução do pré-operatório Paciente lúcida, orientada, cooperativa, deambulando sem dificuldade. Abdome flácido, peristáltico. Refere dor em região do fígado, sinais de febre(39ºC). Eliminações vesicointestinais presentes e normais. Acad. Enf. Thais Salim 6.1.5 Diagnósticos, avaliação e implementações no período pré-operatório NANDA NOC i NIC NOC f Dor crônica caracterizada por relato verbal de dor Nivel da dor Dor relatada (2-4)48hrs Controle da dor Atividades: - Assegurar que o paciente receba cuidados precisos 4 13 de analgesia - Determinar o impacto da experiência da dor sobre a qualidade de vida - Investigar com o paciente fatores que aliviam/pioram sua dor Administração de analgésico Atividades: - Determinar o local, as características, a qualidade e a intensidade da dor antes de medicar o paciente - Documentar a resposta ao analgésico e todos os efeitos colaterais - Orientar o paciente a solicitar medicamentos antes que a dor fique mais forte -Administrar analgésico na hora, para prevenir picos e diminuição da analgésica, especialmente em caso de dor intensa 14 Risco de infecção relacionada à exposiçãoambiental aumentada a patógenos. Controle de riscos Reconhece fatores de riscos (2-3) 24h Proteção contra infecção Atividades - Monitorar vulnerabilidade à infecção. - Manter assepsia para paciente de risco. 3 Padrão de sono prejudicado relacionado à falta de privacidade caracterizada por relato de dificuldade para dormir Padrão de sono (3-5) 48hrs Melhora de sono Atividades: - determinar padrão de sono/atividade do paciente - Monitorar / registrar o padrão de sono do paciente e quantidade de horas dormidas - Encorajar o paciente a estabelecer uma rotina ao deitar, de modo a facilitar a transição do estado de alerta ao estado de sono. 5 Ansiedade relacionada à mudança no ambiente caracterizada por insônia Nível de ansiedade - Ansiedade verbalizada (2-4) 24hrs Redução da Ansiedade Atividades - usar uma abordagem calma e segura - ouvir atentamente o paciente 4 15 6 . 2 P e r í o d o Transoperatório O período transoperatório compreende desde o momento em que o paciente é recebido na unidade do centro cirúrgico, até ser admitido na unidade de cuidado pós-anestésicos. É dividido em dois momentos: o primeiro é a recepção do paciente no centro cirúrgico; e o segundo é o intraoperatório, que se inicia com o procedimento anestésico-cirúrgico propriamente dito até a sua reversão. 6.2.1Evolução do Transoperatório Paciente chegou ao Centro Cirúrgico às 08h20min. Foi feita anestesia geral as 08h30min (Anestesista Dra Iara e Dr Felipe). Cirurgia teve início as 09h00min, foi realizada a exploração das vias biliares para a extração de cálculos; término da cirurgia as 13:40. Paciente com monitoração cardíaca, oximetria de pulso, venóclise em MSD; placa de bisturi em panturrilha direita; cateterismo vesical; degermação e assepsia em região abdominal pélvica; posição operatória: decúbito dorsal; ferida operatória (curativo cirúrgico limpo e seco externamente. Encaminhado a URPA. (Não Identificado) 6.2.2Diagnósticos, avaliação e implementações no período transoperatório NANDA NOCi NIC NOCf Risco de infecção relacionado à defesa primária inadequada (pele rompida) e a procedimentos Integridade tissular pele e mucosa Integridade da pele (2-3) 24h Proteção contra infecção Atividades - Examinar a pele e as mucosas em busca de hiperemia, calor 3 -oferecer atividades de diversão voltadas à redução de tensão - orientar o paciente quanto ao uso de técnicas de relaxamento - Explicar todos os procedimentos, inclusive sensações que o paciente possa ter durante o procedimento 16 invasivos. extremo ou drenagem. Controle de infecção: Transoperatória Atividades - Monitorar e manter a temperatura ambiente entre 20 e 24 °C - Monitorar o campo estéril quanto a rupturas em sua manutenção Supervisão da pele Atividades - Examinar vermelhidão, calor exagerado ou drenagem na pele e nas mucosas. Integridade tissular prejudicada relacionada à fatores mecânicos (cirurgia), caracterizada por tecido lesado. Integridade Tissular: Pele e Mucosas - Integridade da pele (2-3) 24h Proteção contra infecção Atividades - Examinar a pele e as mucosas em busca de hiperemia, calor extremo ou drenagem. Examinar a condição de qualquer incisão cirúrgica. 3 17 Cicatrização de feridas: 1ª intenção Aproximação das bordas da feria (3-4) 24h Cuidados com o local da incisão Atividades - Examinar o local da incisão em busca de hiperemia, edema ou sinais de deiscência ou evisceração. 4 6.3 Período Pós-operatório O período pós-operatório se inicia com a admissão do paciente na unidade de cuidado pós-anestésico e finaliza após a evolução de acompanhamento no setor de clínica ou no domicílio. É divido em 3 momentos: o da recuperação anestésica, que é desde a chegada do paciente na URPA até sua alta para a unidade origem; o pós-operatório imediato, que compreende as primeiras 24 horas após a intervenção cirúrgica; o pós-operatório mediato, que se inicia após as primeiras 24 horas que se seguem a cirurgia e se estende até a alta do paciente ou mesmo após seu retorno ao domicílio. 6.3.1 Medicamentos utilizados SG 5% 1500 ml IV 24h KCl 10% 1 ampola em cada SG NaCl 20% 1 ampola em cada SG Sulfato de magnésio 10% 1 ampola em cada SG Clavulin 1g IV 8/8h Omeprazol 40mg IV 1x dia Luftal 30 gotas VO 44h Paracetamol750mg VO SOS (dor ou febre acima de 37,8ºC) Dipirona 1g IV SOS (dor refrataria) Zofran 4mg IV 6/6h SOS (náusea e vomito) Captopril 25mg SL SOS (se PA acima de 170x100mmHg) Kcl 10% Nome farmacológico: Cloreto de Potássio Nome comercial: Nolotil Indicações: No tratamento da hipopotassemia Mecanismo de ação: Como cátion mais abundante no espaço intracelular da maioria dos tecidos do corpo, o potássio participa da manutenção da osmoralidade celular, transmissão de impulsos nervosos, contração da fibra muscular, manutenção das funções renais e outros processos fisiológicos. 18 Reação adversa: Doses elevadas podem causar depressão cardíaca iniciada com bloqueio A-V até parada cardíaca. Podem também causar manifestações nervosas como depressão mental, confusão e parestesia. Cuidados de enfermagem: avaliar os sinais e sintomas da hipocalemia (fraqueza, fadiga, arritmia, poliúria, polidipsia) e de hipercalemia (batimentos cardíacos irregulares e lentos, fadiga, fraqueza muscular, parestesias, confusão, dispnéia, arritimias cardíacas). Monitorizar o pulso, a pressão arterial e ECG periodicamente durante terapêutica endovenosa. Não administrar subcutânea ou intramuscular. Administrar durante ou após as refeições para reduzir a irritação gastrointestinal. Os comprimidos devem ser ingeridos com um copo de água. Não mastigar nem esmagar as drágeas de revestimento entérico, comprimidos de liberação prolongada ou cápsulas. Evitar extravasamentos, pois pode ocorrer necrose tecidual e dor intensa. Não administrar sem diluir. NaCl 20% Nome farmacológico: Cloreto de sódio Nome comercial: Cloreto de Sódio ® Indicações: Nos estados de desidratação, expoliação hidrosalina situações que requeiram reposição eletrolítica de sódio e cloro, como: diarréia, choques, traumatismo, queimaduras, pós operatório, etc. Mecanismo de ação: As soluções de cloreto de sódio são as que mais se aproximam da composição do líquido extracelular, que apresentam na sua composição de cations (mais de 90% de sódio), agindo como repositor fisiológico destes íons, com consequente retenção de água. Reações adversas: A administração parenteral de quantidades excessivas de cloreto de sódio, pode resultar em edema e efeitos adversos particularmente esperados em pacientes com insuficiência renal grave. Cuidados de Enfermagem: O emprego do produto deve ser cauteloso em pacientes nefropatas e cardiopatas. O uso de sais de sódio não deve ultrapassar 24 horas, especialmente em crianças, devido ao risco de hipernatremia. Observar sonolência, desorientação. Sulfato de magnésio 10% Nome farmacológico: Sulfato de magnésio Nome comercial: Sulfato de magnésio Indicações: No tratamento da hipomagnesemia grave e persistente. A solução intravenosa é utilizada como depressor do sistema nervoso central, redutor da hipertensão intracraniana, no tratamento das epilepsias; da uremia aguda da eclâmpsia; no alcoolismo crônico; em membranas hialina, como diurético hiperosmótico; em má nutrição, em caimbras por hipomagnesia; na microangiopatia trombótica; na anemia falciforme, tetania uterina, taquicardia ventricular atípica.Mecanismo de ação: Tem ação anti-convulsivante – reduz as contrações do músculo estriado por um efeito depressor do sistema nervoso central e por uma redução da liberação de acetilcolina na junção neuromuscular. Diminui também a sensibilidade e a excitabilidade da placa motora à acetilcolina. Tais efeitos são antagonizados pelo cálcio. A nível cardíaco o magnésio reduz o número de impulsos emitidos pelo nó S-A, além de prolongar os intervalos P-R e QRS. Reação adversa: A administração de doses excessivas de sulfato de magnésio pode provocar bloqueio neuromuscular, com morte por parada respiratória (reversível pelo cálcio) e paralisia flácida. 19 Cuidados de enfermagem: Evitar administração simultânea com outros medicamentos, no intuito de evitar interações. Não deve ser utilizado durante a gravidez e a amamentação, exceto sob orientação médica; Monitorar PA e frequência cardíaca. Clavulin Nome farmacológico: Clavulin Nome comercial: clavulin, clavicin, clavutrex, claxan, doclaxin,cloranfenicol Indicações: tratamentos de curta duração de infecções bacterianas nos seguintes sitios: Infecções do trato respiratório superior (incluindo ouvido, nariz e garganta); infecções do trato respiratório inferior; infecções do trato geniturinário; infecções da pele e dos tecidos moles; infecções dos ossos e das articulações.Outras infecções. Ex.: aborto séptico, sepse puerperal, sepse intra-abdominal, sepse, peritonite, infecções pós-cirúrgicas. CLAVULIN IV também é indicado para a profilaxia de infecções que podem ser associadas a procedimentos cirúrgicos de grande porte, tais como os gastrintestinais, pélvicos, da cabeça e pescoço, cardíacos, renais, restauração de articulações e do trato biliar. Mecanismo de ação: : CLAVULIN é um antibiótico de amplo espectro, que possui a propriedade de atuar contra microrganismos gram-positivos e gram-negativos, produtores ou não de beta-lactamases. A amoxicilina é uma penicilina semi-sintética de amplo espectro de ação, derivada do núcleo básico da penicilina, o ácido 6-amino-penicilânico. O ácido clavulânico é uma substância produzida pela fermentação do Streptomyces clavuligerus , que possui a propriedade especial de inativar de modo irreversível as enzimas beta-lactamases, permitindo, desta forma, que os microrganismos se tornem sensíveis à rápida ação bactericida da amoxicilina. Efeitos adversos: candidíase mucocutânea, náuseas, vômitos, diarreia, náusea, vaginite, tontura, dor de cabeça,- indigestão, prurido e urticária. Cuidados de enfermagem: Observar possíveis alterações do paciente quanto a alergias provocadas pelo fármaco; Ver na prescrição médica para que seja administrado o medicamento correto, no tempo correto e dose correta. Omeprazol Nome farmacológico: Omeprazol Nome comercial: Estomepe, Eupept, Gaspiren, Gastrium, Losar, Omep, Oprazon,Peprazol, Pepsicaps, Uniprazol. Indicações: Esofagite erosiva, Úlcera duodenal, Úlcera gástrica. Mecanismo de ação: O omeprazol age por inibição da H+K+ATPase, enzima localizada especificamente na célula parietal do estômago e responsável por uma das etapas finais no mecanismo de produção de ácido a nível gástrico. Esta ação farmacológica, dose-dependente, inibe a etapa final da formação de ácido no estômago, proporcionando assim, uma inibição altamente efetiva tanto da secreção ácida basal quanto da estimulada, independente do estímulo. O omeprazol atua de forma específica nas células parietais, não possuindo ação sobre os receptores de acetilcolina e histamina. A administração diária do omeprazol em dose única. A via oral causa rápida inibição da secreção ácida gástrica. 20 Efeitos adversos: Rash, urticária, prurido, alopecia, diarréia, boca seca, dor abdominal, náusea, vômito, constipação, tosse, epistaxe, sintomas de insuficiência respiratória, cefaléia, tontura, astenia, insônia, apatia, febre, dor nas costas. Cuidados de enfermagem: Pode causar boca seca, enxagües orais freqüentes, boa higiene oral e consumo de balas ou gomas de mascar sem açúcar podem minimizar este efeito; Pode causar tontura, recomende que o paciente evite dirigir e outras atividades que requerem estado de alerta durante a terapia; A medicação deve ser administrada exatamente conforme recomendado e o tratamento não deve ser interrompido, sem o conhecimento do médico, ainda que o paciente alcance melhora. Luftal Nome farmacológico: Simeticona Nome comercial: Luftal Indicações: é indicado para o alívio dos sintomas no caso de excesso de gases no aparelho gastrintestinal constituindo motivo de dores ou cólicas intestinais Mecanismo de ação: atua no estômago e no intestino, diminuindo a tensão superficial dos líquidos digestivos, rompendo ou dificultando a formação de bolhas que retêm os gases e que são responsáveis pela dor abdominal e flatulência resultando no alívio dos sintomas associados com a retenção dos gases. Reação adversa: A simeticona não é absorvida pelo organismo. Ela atua somente dentro do aparelho digestivo, e é totalmente eliminada nas fezes, sem alterações. Portanto, reações indesejáveis são menos prováveis de ocorrer.: Eczema de contato; em casos raros: reações imediatas como urticaria. Cuidados de enfermagem: Não deve ser utilizados por grávidas, sem orientação médica; Verificar possíveis reações alérgicas; Respeitar a dose máxima permitida e orientá-lo sobre complicações de superdosagem. Paracetamol Nome farmacológico: Paracetamol Nome comercial: Tylenol®, Parador®. Indicações: Analgésico e antipirético, ou seja, no combate à dor e à febre. Mecanismo de ação: Analgésico - O mecanismo de ação analgésica não está totalmente determinado. O paracetamol pode atuar predominantemente inibindo a síntese de prostaglandinas ao nível do Sistema Nervoso Central e em menor grau bloqueando a geração do impulso doloroso ao nível periférico. A ação periférica pode ser decorrente também da inibição da síntese de prostaglandinas ou da inibição da síntese ou da ação de outras substâncias que sensibilizam os nociceptores ante estímulos mecânicos ou químicos. Antipirético - O paracetamol provavelmente produz a antipirese atuando ao nível central sobre o centro hipotalâmico regulador da temperatura para produzir uma vasodilatação periférica que dá lugar a um aumento do fluxo de sangue na pele, de sudorese e da perda de calor. A ação ao nível central provavelmente está relacionada com a inibição da síntese de prostaglandinas no hipotálamo. Reação adversa: Hepatotoxicidade, reação de hipersensibilidade, sendo descritos casos de erupções cutâneas, urticária, broncoespasmo, angioedema e choque anafilático. 21 Cuidados de enfermagem: Em pacientes idosos e debilitados deve-se considerar a possibilidade de desenvolvimento da insuficiência renal e hepática, verificar sinais de hipersensibilidade. Dipirona sódica Nome farmacológico: Dipirona Sódica Nome comercial: Algirona, Anador, Analgesil, Analgex, Apiron, Conmel, Difebril, Dipidor, Dipigina, Dipimed, Dipiran Indicações: usada em estados de dor, febre e espasmos como analgésico, antipirético e antiespasmódico. Mecanismo de ação: atua no SNC e perifericamente, inibindo a cicloxigenase, que é uma enzima fundamental para a produção de prostaglandinas, que por sua vez contribuem no processo álgico (dor) e pirético (febre). Efeitos adversos: excitação do sistema nervoso central e reações alérgicas, hipotermia e reação de sensibilidade que afeta a pele (urticária), a conjuntiva e as mucosas nasofaringeanas. Em casos raros, agranulocitose. Cuidados de enfermagem: pode causar reações hipotensivas isoladas que são possivelmente dose- dependentes e ocorrem com maior probabilidade após administração parenteral. Em pacientes idosos e debilitados deve-se considerar a possibilidade de desenvolvimento da insuficiência renal e hepática. Zofran Nome farmacológico: Ondansetron Nomecomercial: Zofran Indicações: controle da náusea e do vômito induzidos por quimioterapia citotóxica e radioterapia e também indicado para a prevenção e tratamento de náuseas e vômitos do pós-operatório. Mecanismo de ação: Não se conhece o mecanismo de ação em náusea e vômito pós-operatórios. Reação adversa: cefaléia, sensação de calor ou rubor na cabeça e no epigástrio, e aumento ocasional e assintomático nos testes de função hepática. Sabe-se que o ondansetron aumenta o tempo do trânsito intestinal e por isto, pode causar constipação em alguns pacientes. Cuidados de enfermagem: Verificar sinais de hipersensibilidade; Pacientes com sinais de obstrução intestinal sub-aguda devem ser monitorados após a administração pois esse medicamento aumenta o tempo de trânsito do intestino grosso. Captopril Nome farmacológico: Captopril Nome comercial: Capoten, Capotrat, Captolin, Captotec, Captopron, Hipoten. Indicações: Hipertensão, Insuficiência cardíaca, Infarto agudo do miocárdio. Mecanismo de ação: Inibe a conversão da angiotensina I em angiotensina II, um vasodilatador potente. Reduz a formação de angiotensina II, diminuindo a resistência arterial periférica. Reduz a retenções de sódio e água, diminuindo a P.A. Efeitos adversos: Taquicardia, hipotensão, angina pectoris, pericardite, irritação gástrica, insuficiência renal, tontura, tosse seca. 22 Cuidados de enfermagem: Pode causar cefaléia ou hipotensão postural, principalmente durante os primeiros dias de terapia. Recomende que o paciente mude de posição ou levante-se da cama ou de cadeiras lentamente para minimizar esses efeitos; Durante aterapia, o paciente deverá receber hidratação adequada; Pode causar tontura, recomende que o paciente evite atividades que requerem estado de alerta. 6.3.2 Evolução do pós-operatório 21/10/2013 #Pela Enfermeira# Admitida as 16:40h procedente da RPA, acordada. Atende as solicitações verbais, hidratada, normocorada, eupneica espontaneamente em ar ambiente. Abdome normotenso com curativo cirúrgico externamente limpo. Diurese por CVD. (Por: Enfermeira Samanta Vieira Leal- COREN 91954) - 22/10/2013 D1 de pós-operatório de extração de cálculos. Doença de Caroli. Sinais Vitais Temperatura: 36 º C; R: 21 irpm; pulso: 88bpm PA: 120x 92 mmHg. Ao exame Físico: paciente em estado geral regular, sem face de dor ou sofrimento, hidratada, hipocorada, ictérica, eupneica em ar ambiente, sem queixas álgicas. Abdome peristáltico, timpânico, indolor a palpação. (Não identificado) 6.3.3 Diagnósticos, avaliação e implementações no período pós-operatório NANDA NOCi NIC NOCf Integridade tissular prejudicada relacionada à fatores mecânicos (cirurgia), caracterizada por tecido lesado. Integridade Tissular: Pele e Mucosas - Integridade da pele (2-3) 24h Cicatrização de feridas: 1ª intenção Aproximação das bordas da ferida (3-4) 24h Proteção contra infecção Atividades - Examinar a pele e as mucosas em busca de hiperemia, calor extremo ou drenagem. Examinar a condição de qualquer incisão cirúrgica. Cuidados com o local da incisão Atividades 3 23 - Examinar o local da incisão em busca de hiperemia, edema ou sinais de deiscência ou evisceração. Risco de infecção associado à exposição ambiental aumentada a patógenos Conhecimento: controle de infecção - Descrição de práticas que reduzem a transmissão (5/5) 5 dias Controle de infecção Atividades -Instituir precauções designadas, quando apropriado - Ensinar uma melhor lavagem das mãos aos funcionários de saúde. - Usar luvas esterilizadas, quando adequado. -Limpar a pele do paciente com agente antibacteriano, quando adequado. Proteção contra infecção Atividades - Monitorar sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção - Instruir o paciente a tomar os antibióticos conforme a 5 24 prescrição. Cuidados com sonda: urinário Atividade - Manter um sistema fechado de drenagem urinária - Manter desobstruído o sistema de sonda urinário - Limpar o equipamento de drenagem urinário conforme o protocolo da instituição - Retirar a sonda o mais breve possível. 6.3.4 Plano de alta para paciente - Tomar banho normalmente no chuveiro - Realizar troca de curativo diariamente, utilizando álcool a 70%, aplicando primeiramente na incisão cirúrgica e posteriormente ao redor com gaze. - Manter o local da ferida cirúrgica limpa e seca. -Ingerir alimentos ricos em proteína (carnes, leite, ovos) e vitamina C (laranja, morango) para facilitar a cicatrização, e fibras (mamão, pera, ameixa) para evitar constipação. Ingerir aproximadamente 2 litros de água diariamente. - Usar os medicamentos conforme prescrito, respeitando os horários e as doses. - Evitar esforços leves por 30 dias e pesado por 90 dias. - Retornar as consultas para acompanhamento ambulatorial no dia e hora marcada. - Procurar o serviço médico em caso de febre, má cicatrização, persistência da dor. 6.3.5 Plano de alta para equipe -Orientada quanto à troca de curativo diária, utilizando álcool á 70% primeiramente na incisão cirúrgica e posteriormente na região perilesional com a gaze estéril. 25 - Orientada quanto a manutenção da ferida cirúrgica limpa e seca. - Orientada quanto a ingestão de alimentos rico em proteínas e vitamina C e de 2 litros de agua diariamente. - Orientada quanto aos medicamentos prescritos, horários e doses. - Orientada a evitar de fazer exercícios leves por 30 dias e pesados por 90 dias. - Orientada a voltar nas consultas para acompanhamento ambulatorial no dia e hora agendados. - Orientada a procurar serviço médico em caso de febre, má cicatrização e persistência da dor. 7. CONCLUSÃO A assistência de enfermagem é muito importante no pré-operatório, transoperatório e pós-operatório tanto da paciente como de toda equipe envolvida, e essa influência foi nitidamente percebida através desse estudo de caso. Também nos proporcionou a articulação entre os conhecimentos adquiridos na teoria e a aplicabilidade deles na prática. O trabalho realizado atingiu os objetivos propostos, nos permitindo aprender mais sobre o processo de enfermagem no paciente cirúrgico. Nos permitiu também um maior contato com os diagnósticos da NANDA e um maior conhecimento da importância do NIC e NOC na hora das implementações e planejamento de cuidados para garantir a qualidade no atendimento de nossos pacientes, promovendo uma melhor assistência de enfermagem. 8. REFERÊNCIAS Bulechek GM, Butcher HK, Dochterman JM. Classificação das Intervenções de Enfermagem Nic/Nursing Interventions Classification (NIC). 5ª edição. Porto Alegre: Elservier; 2010. Johnson S, Moorhead M, Maas M. Classificação dos resultados de enfermagem Noc/Nursing outcomes classification (NOC). 3ª edição. Porto Alegre: Elservier; 2010. North American Nursing Diagnosis Assosiation. Diagnósticos de enfermagem da Nanda: Definições e classificação 2012-2014. Porto Alegre: Artmed; 2012. ROTHROCK, J.C. Alexander: Cuidados de Enfermagem ao Paciente Cirúrgico 13º Ed. Rio de Janeiro:Guanabara Koogan, 2007
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