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P1 TUTORIA EXCREÇAO

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P1- TUTORIA – EXCREÇÃO – MÓDULO III
OBJETIVOS:
Descrever a estrutura (Capilares, cálices, néfrons, glomérulos) dos rins.
Descrever a função dos rins.
Descrever controle neuro-hormonal do fluxo sanguíneo e da taxa de filtração.
Descrever a regulação dos fluidos corporais.
Descrever marcadores da função renal 
Descrever a relação entre pressão oncótica e hidrostática ( Volume Ideal ).
** efeito donnan
Descrever a estrutura (Capilares, cálices, néfrons, glomérulos) dos rins.
Estrutura Renal:
O rim:
Situa-se na parede posterior do abdome. 
É retroperitonizado.
Tem o tamanho de uma mão fechada.
Possui uma região chamada HILO, por onde passam a artéria e veia renais, vasos linfáticos, suprimento nervoso e o ureter(carreia urina do rim para a bexiga, onde a urina é armazenada).
É revestido por cápsula fibrosa resistente, cuja função é a proteção.
Possui 2 principais regiões, são ela:
Córtex externo – 80% néfrons- Néfrons Corticais.
Medula interna :
- 20% néfrons – Néfrons Justamedulares.
-É dividida em 8 a 10 massas de tecidos em forma de cones chamadas de pirâmides renais. 
-Base de cada pirâmide delimita a divisão das regiões cortical e medular.
- As pirâmides desembocam nas papilas menores, a união das papilas menores forma as papilas maiores Juntas Papilas Maiores formam a Pelve Renal, que se liga ao ureter.
Pelve Renal:
- A borda externa é dividida em estruturas de fundo-cego chamadas de cálices maiores, que se dividem em cálices menores, os quais coletam urina do túbulo de cada papila.
- Paredes dos cálices contêm elementos contrateis que propelem a urina até a bexiga, onde a urina é armazenada.
Suprimento Sanguíneo Renal:
A artéria renal entra pelo hilo e , então, se divide progressivamente para formar:
Artérias Interlobares
Artérias Arqueadas
Artérias Interlobulares ou Artérias Radiais
Arteríolas aferentes, que terminam nos capilares glomerulares.
Capilares Glomerulares: é onde grandes quantidades de liquido e solutos ( exceto as proteínas plasmáticas) são filtradas para iniciar a formação da urina.
As extremidades de cada capilar coalescem para formar a arteríola eferente, que darão origem aos capilares peritubulares, que circundam os túbulos renais.
** A circulação renal é única, visto ter dois leitos capilares, o glomerular e o peritubular, separados pelas arteríolas eferentes. Essas arteríolas auxiliam na pressão hidrostática nas duas redes de capilares.
Alta pressão hidrostática nos capilares glomerulares resulta na filtração rápida de líquidos e de eletrólitos.
Pressão mais baixa: nos capilares peritubulares permite sua rápida reabsorção.
Por meio de modificações de arteríolas aferentes e eferentes, os rins são capazes de regular a pressão hidrostática nos capilares glomerulares e peritubulares, com isso, alterando a intensidade da filtração glomerular, da reabsorção tubular, ou de ambas.
Capilares Peritubulares se esvaziam nos vasos do sistema venoso.
Os vasos sanguíneos dos sistema venoso progressivamente formam a: veia interlobular, veia arqueada, veia interlobar e veia renal, que deixam o rim pelo hilo.
 Estrutura do Néfron:
Cada rim humano contém cerca de 800.000 a 1 milhão de néfrons, cada um dos quais é capaz de formar urina.
O rim não pode regenerar novos néfrons. Logo, com lesão renal, doença ou envelhecimento, o número de néfrons reduz gradativamente. A redução do número de néfrons não apresenta riscos, pois alterações adaptativas são feitas nos néfrons que sobram o que permite a realização normal e adequada de suas funções.
Cada néfron contém:
Glomérulo: grupo de capilares glomerulares. Grandes quantidades de líquidos são filtradas do sangue.
Túbulo: longo, no qual o liquido filtrado é convertido em urina, no trajeto para a pelve renal.
 
Glomérulo: contém rede de capilares glomerulares que se anastomosam. EM relação a outros capilares, têm pressão hidrostática alta. Os capilares glomerulares são recobertos por células epiteliais. Todo o glomérulo é envolvido pela cápsula de Bowman.
O liquido filtrado dos capilares glomerulares flui para o interior da cápsula de Bowman e segue para o interior do túbulo proximal que se situa na zona cortical renal. Do túbulo proximal, o liquido flui para o interior da cápsula de Henle, que mergulha no interior da medula renal. Cada alça consiste em ramos descendentes e ascendentes.
As paredes do ramo descendente e da parte inferior são muito finas e por isso são denominadas de segmento delgado da alça de Henle. Após a porção ascendente da alça ter retornado parcialmente de volta ao córtex, as paredes ficam mais espessas e são denominadas segmento espesso do ramo ascendente.
No final do ramo ascendente espesso existe um pequeno segmento que tem em sua parede placas de células epitelias especializadas, chamadas de mácula densa, com papel importante no controle da função do néfron. Depois da mácula densa, o liquido entra no túbulo distal que se situa no córtex renal.
Túbulo Distal é seguido por túbulo conector e o túbulo coletor cortical, que levam ao ducto coletor cortical. As iniciais de 8 a 10 ductos coletores se unem para formam o único ducto coletor maior que se dirige para a medula e forma o ducto coletor medular. Ductos coletores se unem para formam ductos maiores que se esvaziam na pelve renal, pelas extremidades das papilas renais.
Néfrons Corticais X Néfrons Justamedulares
A diferença se da devido o quão profundo os néfrons se situam no interior do parênquima renal.
Néfrons Corticais: os glomérulos estão localizados na zona cortical externa. Possuem alças de Henle curtas, que penetram apenas em pequena extensão no interior da medula.
Todo o sistema tubular é envolvido por extensa malha de capilares peritubulares.
Néfrons Justamedulares: glomérulos mais profundos no córtex renal, perto da medula. Com longas alças de Henle que mergulham profundamente no interior da medula, em direção as papilas renais.
Longas arteríolas eferentes se estendem dos glomérulos para região externa da medula, e então se dividem em capilares peritubulares especializados, denominados de vasa recta que se estendem para o interior da medula e retornam para a zona cortical e se esvaziam nas veias corticais. Essa rede especializada de capilares ( vasa recta) na medula tem papel importante na formação da urina concentrada.
Descrever a função dos rins.
Excreção de Produtos Dejetados do Metabolismo, Substâncias Químicas Estranhas, Fármacos e Metabólitos Hormonais:
Rins meios primários para a eliminação de produtos indesejáveis do metabolismo que não são mais necessários para o corpo.
Tais produtos são : ureia( do metabolismo dos aminoácidos), creatinina ( da creatina muscular), ácido úrico ( dos ácidos nucleicos), produtos finais da degradação da hemoglobina ( como bilirrubina) e matabólitos de vários hormônios.
Esses produtos indesejáveis precisam ser eliminados do corpo tão rapidamente quanto são produzidos.
Rins também eliminam pesticidas, fármacos e aditivos alimentícios. 
Regulação do Equilíbrio da Água e dos Eletrólitos:
A excreção de agua e eletrólitos deve ser cuidadosamente combinada com o respectivo ganho, para a manutenção da homeostasia.
GANHO > EXCREÇÃO = quantidade de água e de eletrólitos no corpo AUMENTA.
GANHO < EXCREÇÃO = quantidade de água e de eletrólitos no corpo DEMINUI.
A manutenção da vida depende da restauração do equilíbrio de água e eletrólitos.
A entrada de água e de muitos eletrólitos é controlada principalmente pelos hábitos da ingestão de sólidos e de líquidos da pessoa, o que requer ajuste dos rins na sua intensidade de excreção para coincidir com a ingestão de varias substâncias.
Com o aumento da ingestão de sódio, os rins respondem rapidamente elevando a excreção renal. Desse modo, ocorre um equilíbrio entre a ingestão e a excreção de maneira rápida. Entretanto, durante a adaptação renal, a alta entrada de sódio, provoca um acúmulo modesto de sódio que de forma discreta eleva o volume de liquido extracelualar e gera alteraçõeshormonais e outras respostas compensatórias. Essas respostas compensatórias sinalizam os rins para que aumente a excreção de sódio.
Os rins possuem uma enorme capacidade de alterar a excreção de sódio em resposta a ingestão de sódio enorme.
Regulação da Pressão Arterial:
Rins tem papel fundamental na regulação da pressão arterial devido a excreção de quantidades variáveis de sódio e água.
Contribuem também na regulação da pressão arterial a curto prazo pela secreção de hormônios e fatores ou substâncias vasoativas ( ex: renina) que levam a formação de produtos vasoativos ( ex: angiostensina II).
Regulação do equilíbrio Ácido-base:
Rins contribuem para o equilíbrio ácido-base junto com os pulmões e os tampões dos líquidos corporais, pela excreção de ácidos e pela regulação dos estoques de tampões dos líquidos corporais.
Rins são a única forma de eliminar certos tipo de ácidos do corpo, tais como os ácidos sulfúricos e fosfóricos, gerados pelo metabolismo da proteína.
 
Regulação da Produção de Eritrócitos:
Rins secretam a eritropoietina que estimula a produção de hemácias pelas células-tronco hematopoéticas na medula óssea.
Estímulo importante para a secreção de eritropoietina pelos rins é a hipóxia. Os rins geralmente produzem e secretam toda a eritropoietina da circulação. 
Pessoas com doença renal ou que removeram os rins e fazem hemodiálise desenvolvem anemia grave, devido a diminuição de eritropoietina.
Regulação da Produção de 1,25-Di-hidroxivitamina:
Os rins produzem a forma ativa da vitamina D, 1,25-Di-Hidroxivitamina D3 (calcitriol) pela hidroxilação dessa vitamina. Calcitriol é essencial para a absorção de cálcio pelo TGI e deposição normal de cálcio nos ossos.
Síntese de Glicose:
Durante o jejum prolongado, os rins sintetizam glicose a partir de aminoácidos e outros precursores por meio da gliconeogênese.
Capacidade dos rins de adicionar glicose ao sangue é semelhante a do fígado.
Hemodiálise é importante para restaurar o equilíbrio corporal de líquidos e eletrólitos.
Descrever controle neuro-hormonal do fluxo sanguíneo e da taxa de filtração.
Filtração Glomerular – Primeira Etapa da formação da urina
O primeiro passo da filtração da urina é a filtração de grandes quantidades de líquidos através dos capilares glomerulares para dentro da cápsula de Bowman- quase 180 L ao dia.
A maior parte do que é filtrado é reabsorvida, deixando apenas cerca de 1 L para excreção diária, porém a taxa de excreção renal de liquido possa variar de acordo com a ingestão.
Elevada taxa de filtração glomerular depende da alta taxa de fluxo sanguíneo renal.
Do que o FILTRADO GLOMERULAR é composto?
Capilares glomerulares são praticamente impermeáveis as proteínas.
O liquido filtrado, no caso o filtrado glomerular é livre de proteínas e sem elementos celulares como as hemácias.
As concentrações de outros componentes do filtrado glomerular, incluindo sais e moléculas orgânicas, são semelhantes as concentrações do plasma.
A filtração glomerular corresponde a cerca de 20% do fluxo plasmático renal
A filtração glomerular é determinada pelo :
Balanço das forças hidrostáticas e coloidosmóticas, atuando através da membrana capilar.
Coeficiente de Filtração Capilar ( Kf), o produto da permeabilidade e da área da superfície de filtração dos capilares.
Capilares Glomerulares possuem elevada taxa de filtração muito MAIOR do que a de outros capilares, motivado pela alta pressão hidrostática e alto Kf.
No adulto, a filtração glomerular é cerca de 125 ml/min, ou 180 L/dia.
Cerca de 20% do plasma que flui pelos rins, são filtrados pelos capilares glomerulares.
Calculo da fração de filtração:
Fração de filtração: FG/ Fluxo plasmático renal
Membrana Capilar Glomerular
A memb. Capilar Glomerular é semelhante a encontrada em outros capilares, exceto por 3 camadas principais:
Endotélio capilar
Membrana Basal
Camada de células epiteliais (podócitos), sobre a superfície externa da membrana basal capilar.
Juntas essas camadas compõem uma barreira de filtração, essa filtra muita mais água e solutos do que a memb. Capilar normal. Mesmo com a alta intensidade de filtração, a membrana capilar glomerular não filtra proteínas plasmáticas.
Qual a razão da alta intensidade de filtração pela membrana capilar glomerular?
Em partes o motivo recai devido a sua característica especial( 3 camadas especiais).
O endotélio capilar é perfurado por muitos orifícios chamados de fenestrações. Essas, embora, relativamente grandes, as proteínas das células endoteliais são ricamente dotadas de cargas fixas negativas que impendem a passagem de proteínas plasmáticas.
Revestindo o endotélio, está a membrana basal que consiste em uma trama de colágeno e fibrilas proteoglicanas com grandes espaços, pelos quais grande quantidade de água e solutos pode ser filtrada. A membrana basal evita a filtração das proteínas plasmáticas, em parte devido as fortes cargas elétricas negativas associadas a proteoglicanos.
A última parte da membrana glomerular é a camada de células epitelias que recobre a superfície externa do glomérulo. Essas células não são continuas, mas possuem longos processos denominados podócitos que revestem a superfície externa dos capilares. Os podócitos são separados por lacunas, chamadas de fendas de filtração, pelas quais o filtrado glomerular se desloca. As células epiteliais também contem cargas negativas, criam restrições para a filtração de proteínas plasmáticas.
Com isso, é evidente que todas as camadas da parede capilar glomerular representa barreiras a filtração das proteínas do plasma.
Membrana capilar glomerular é mais espessa e muito mais porosa em relação a outros capilares, logo, filtra líquidos com mais alta intensidade. Apesar da intensidade ser alta, a barreira de filtração glomerular é seletiva, e determina quais moléculas serão filtradas baseado no tamanho e na carga elétrica.
Grandes moléculas, com carga negativa, são filtradas menos facilmente que moléculas com carga positiva com igual dimensão molecular.
Por exemplo, a proteína albumina possui filtração restrita por causa da carga negativa e da repulsão exercida pelas cargas negativas dos proteoglicanos presente na parede dos capilares glomerulares.
Dextranas: polissacarídeos que podem ser produzidos como moléculas neutras, com carga negativa ou positiva. É evidente que carga positiva ou neutra, com o mesmo peso molecular que uma negativa são filtradas mais prontamente que dextranas com carga negativa.
Determinantes da Filtração Glomerular 
É determinada pela soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas através da membrana glomerular que fornecem a pressão efetiva de filtração e peli coeficiente glomerular Kf.
 FG= Kf X Pressão líquida de filtração 
Pressão efetiva de filtração: soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas que favorecem ou se opõem a filtração através dos capilares glomerulares.
Essas forças incluem:
Pressão Hidrostática Glomerular (Pg)
Pressão Hidrostática na Cápsula de Bowman ( Pb)
Pressão Coloidosmótica das proteínas plasmáticas (G)
Pressão Coloidosmótica das proteínas na cápsula de Bowman ( que promovem a filtração.
** Condições normais a concentração de proteínas, no filtrado glomerular é tão baixa que a pressão coloidosmótica do liquido, na cápsula de Bowman, é considerada nula.)
Equação de Starling:
O aumento no coeficiente de filtração glomerular eleva a FG:
Kf : medida do produto da condutividade hidráulica e da área de superfície dos capilares glomerulares.
Kf= FG/ Pressão efetiva de filtração
O Kf normal: 12,5 mL/min/mmHg de pressão de filtração.
O Kf alto contribui para a rápida intensidade de filtração do líquido.
Kf elevado : AUMENTA FG
Kf diminuído: REDUZ FG
Existem doenças que reduzem o Kf, pela diminuição do número de capilares glomerulares funcionando( logo, diminui a área de superfície para filtração) ou pelo aumento da espessura da membrana capilar glomerular e redução de sua condutividade hidráulica.
Força deStarling são as forças que regulam a disposição dos líquidos nos meios intracelular e extracelular.
 Teoricamente há 4 pressões de Starling, duas pressões hidrostáticas (uma no capilar sanguíneo e outro no liquido intersticial) e duas pressões oncóticas (uma no capilar sanguíneo e outra no liquido intersticial), no entanto, como a quantidade de proteína no liquido intersticial é quase nula, não há a presença da pressão oncótica intersticial.
 O rítimo de filtração glomerular é igual a uma coeficiente de filtração ( K ) vezes Pressão hidrostática (Pgc) no capilar menos a pressão hidrostática (Pbs ) no espaço de Bolman menos a pressão oncótica (πgc) do capilar. 
GRF=Kf x [ ( Pgc – Pbs ) – πgc ] 
• O coeficiente de filtração, é a permeabilidade à água da parede do capilar glomerular, onde o Kf dos glomérulos são mais altos que os dos demais vasos do organismo, resultando em uma maior permeabilidade à agua. 
• A Pressão hidrostática nos capilares glomerulares é a força que favorece a filtração, seu valo é em torno de 45 mmHg. Essa pressão é causada pelo próprio batimento cardíaco, ou seja pelo coração. 
• A pressão hidrostática no espaço de Bolman é a força que se opõe a filtração, em torno de 10 mmHg, a origem dessa pressão é o liquido na luz do néfron.
 • A pressão oncótica nos capilares glomerulares, é outra força que se opõe à filtração. Ela é determinada pela concentração de proteína presente no sangue. Ela vai constantemente sendo aumentada conforme o sangue vai sendo filtrado. O pico dessa força é quando ocorre o equilíbrio da filtração. Para os capilares glomerulares a pressão da ultrafiltração sempre favorece a filtração, sendo assim o liquido sempre se move para fora dos capilares. Quanto maior a pressão, maior o ritmo de filtração glomerular. No início da arteríola aferente o coeficiente de filtração é alto, pois a pressão oncótica nos capilares é pequena, devido as proteínas estarem menos concentradas, ao decorrer da filtração, na arteríola eferente a pressão oncótica já é maior, pois as proteínas estão mais concentradas isso faz com que o coeficiente da ultrafiltração resultante das forças seja nula. A única pressão que se modifica é a pressão oncótica. A pressão hidrostática nos capilares não muda, pois as arteríolas eferentes se contraem e dilatam para manter a mesma pressão nos capilares do glomérulo.
 • Alterações nas pressões de Starling Alterações na Pressão Hidrostática do capilar:
 São produzidas por alterações na resistência das arteríolas aferentes e eferentes. A contração na arteríola aferente, diminui a pressão hidrostática pois diminuiu o fluxo do plasma e consequentemente a filtração glomerular cairá. A vasodilatação é o oposto. A constrição da arteríola eferente, aumenta a pressão hidrostática, aumentando assim, a taxa de filtração glomerular. 
• Alterações na Pressão Oncótica do capilar.
 São produzidas por alteração na concentração das proteínas presentes no plasma. Quanto mais concentrado o sangue, mais pressão oncótica.
 • Alterações na pressão hidrostática no espaço de Bolman.
 Podem ser produzidas apenas pela obstrução do fluxo urinário (p.ex: cálculo uretal). Se ocorrer a obstrução do ureter a urina não poderá fluil corretamente para a bexiga, o que consequentemente altera a pressão hidrostática, aumentado-a.
FLUXO SANGUÍNEO RENAL:
Homem – 70 kg – fluxo sanguíneo para ambos os rins é de 1100mL/min, aproximadamente 22% do débito cardíaco.
Fluxo Sanguíneo supre os rins com nutrientes e remove produtos indesejáveis. Entretanto, o elevado fluxo para os rins excede muita essa necessidade. A razão para esse fluxo adicional/excedente é suprir o plasma suficiente para se ter altas intensidades da filtração glomerular, o que é preciso para a regulação correta dos volumes dos líquidos corporais e das concentrações dos solutos.
A regulação do fluxo sanguíneo está relacionada com ao controle da filtração glomerular e das funções excretoras dos rins.
Fluxo Sanguíneo Renal e Consumo de Oxigênio
Os rins consomem 2 vezes mais oxigênio que o cérebro, porem têm o fluxo sanguíneo 7 vezes maior.
É evidente que o oxigênio fornecido aos rins excede, em muito, suas necessidades metabólicas. A extração arteriovenosa de oxigênio é relativamente baixa, em relação a outros tecidos.
Grande parte do oxigênio consumido nos rins está relacionada a alta intensidade de reabsorção ativa do sódio pelos túbulos renais.
Caso fluxo renal + FG REDUZAM e menos sódio seja filtrado, levará a diminuição da reabsorção de sódio e do oxigênio consumido.
O consumo de oxigênio varia proporcionalmente a reabsorção de sódio pelos túbulos renais.
Filtração Glomerular cessar = reabsorção renal de sódio cessa = Diminui consumo de oxigênio.
Determinantes do Fluxo Sanguíneo Renal:
É determinado pelo gradiente de pressão ao longo da vasculatura renal ( diferença entre as pressões hidrostáticas na artéria renal e na veia renal) dividido pela resistência vascular renal total:
A pressão da artéria renal é aproximadamente igual a pressão sistêmica.
Pressão da Veia Renal, é em média, 3 a 4 mmHg.
Resistência Vascular renal reside em 3 segmentos principais:
- artérias interlobulares
- arteríolas aferentes
- arteríolas eferentes
A resistência desses vasos é controlada pelo SN. Simpático, hormônios e mecanismos renais de controle renal.
Aumento resistência segmentos vasculares = Redução fluxo sanguíneo renal
Diminuição da resistência vascular = Aumento do Fluxo sanguíneo renal caso as pressões na artéria e veia renal se manterem constantes.
Apesar de alterações na pressão arterial tenham alguma influência sobre o fluxo sanguíneo renal e a FG, os rins possuem mecanismos para manter constantes o fluxo sanguíneo e FG, o que é chada de autorregulação.
Córtex Renal – parte externa do rim, recebe maior parte do fluxo sanguíneo renal.
Medula Renal – fluxo sanguíneo renal representa apenas 1 a 2% do total.
 - fluxo sanguíneo renal é suprido por uma parte especializada do sistema capilar peritubular, chamado de vasa recta.
Controle fisiológico da filtração glomerular e do fluxo sanguíneo:
Determinantes de FG mais variáveis e sujeitos ao controle fisiológico incluem:
-pressão hidrostática glomerular.
-pressão coloidosmótica capilar glomerular.
Essas variações tem influência do: Serão discutidos abaixo !!
Sistema Nervoso Simpático.
Hormônios.
Autocoides ( sunstâncias vasoativas liberadas nos rins, agindo no local).
Outros controles por feedback intrínseco aos rins.
Intensa ativação do sistema nervoso simpático diminui a FG
Todos os vasos sanguíneos renais são inervados pelas fibras nervosas simpáticas.
A forte ativação dos nervos simpáticos renais pode pode produzir constrição das arteríolas renais e diminuir o fluxo sanguíneo renal e a FG.
A estimulação simpática leve ou moderada tem pouca influência no fluxo sanguíneo renal e FG.
Nervos simpáticos renais são mais relevantes na redução da FG durante distúrbios graves agudos, tais como os gerados pela reação de defesa, isquemia cerebral ou hemorragia grave.
Controle Hormonal e Autacoide da Circulação Renal
Existem vários hormônios e autacoides que podem influenciar a FG e fluxo sanguíneo renal.
Como os representados abaixo:
Norepinefrina e Epinefrina:
Provocam CONSTRIÇÃO das arteríolas aferentes e eferentes, causando REDUÇÕES na FG e no fluxo sanguíneo renal.
São liberados pela medula adrenal.
Os níveis sanguíneos desses hormônios acompanham a atividade so SN. Simpático.
Com isso, esses hormônios possuem pouca influencia sobre a hemodinâmica renal, exceto em condições extremas como hemorragia grave.
 Endotelina:
VASOCONSTRITOR 
É um peptídeo que pode ser liberado por células endoteliais lesionadas dos rins, assim como por outros tecidos.
Pode contribuir para a hemostasia (minimizando a perda sanguínea) quando, por exemplo, um vaso sanguíneo é cortado, o que lesiona o endotélio e libera esse poderoso vasoconstritor.
Níveis de endotelina estão aumentados estão aumentadosem doenças relacionadas a lesão vascular, tais como toxemia da gravidez, insuficiência renal aguda e uremia crônica, podem contribuir para a vasoconstrição renal e diminuição da FG.
A Angiotensina II, preferencialmente, provoca constrição das Arteríolas Eferentes na Maioria das Condições fisiológicas.
Angiotensina II:
Poderoso VASOCONSTRITOR RENAL.
Pode ser considerada como hormônio circulante ou como autocoide produzido localmente, visto que é formado nos rins e circulação.
Receptores para ela estão presentes em quase todos os vasos sanguíneos dos rins.
Vasos sanguíneos pré-glomerulares, em especial as ARTERÍOLAS AFERENTES, aparentam estar protegidas da vasoconstrição que a angiotensina II provoca. Essa proteção s da devido a liberação de vasodilatadores, especialmente óxido nítrico e prostaglandinas, que neutralizam o efeito vasoconstritor da angiotensina II nesses vasos sanguíneos.
ARTERÍOLAS EFERENTES, são muito sensíveis a angiotensina II.
A angiotensina II ocasiona constrição das arteríolas eferentes, o aumento dela leva a elevação da pressão hidrostática glomerular, enquanto reduz o fluxo sanguíneo.
Resumindo: AUMENTA Angiotensina II ---> AUMENTA pressão hidrostática Glomerular --- > REDUZ fluxo sanguíneo.
A formação aumentada da Angiotensina II ocorre em situações relacionadas a diminuição da pressão arterial u de depleção volumétrica que tende a diminuir a FG.
Nível elevado de Angiotensina II previne as diminuições da pressão hidrostática glomerular e da FG.
A redução do fluxo sanguíneo renal causada pela constrição arteriolar eferente contribui para o fluxo reduzido dos capilares peritubulares, o que, aumenta a reabsorção de sódio e água.
ELEVAÇÃO da Angiotensina II ajudam a preservar a FG e a excreção normal de produtos indesejáveis do metabolismo, ex. ureia e creatinina.
A constrição das arteríolas eferentes, induzida pela angiotensina II, eleva reabsorção tubular de sódio e de agua, o que ajuda a restaurar o volume e a pressão sanguínea.
O óxido Nítrico derivado do endotélio diminui a resistência vascular renal e aumenta a FG.
 Óxido Nítrico derivado do endotélio:
- Diminui a resistência vascular renal.
-Liberado pelo endotélio vascular de todos os capilares do corpo.
- Autacoide.
O nível de Óxido Nítrico é importante para a manutenção da vasodilatação dos rins, pois ele permite que os rins excretem quantidades normais de sódio e água.
Fármacos que inibem a síntese normal de Óxido Nítrico = AUMENTO resistência vascular renal e DIMINUI a FG, reduzindo a excreção urinaria de sódio, o que pode levar ao aumento da pressão sanguínea.
Prostaglandinas e Bradicininas reduzem a resistência Vascular e tendem a Aumentar a FG.
AGENTES VASODILATADORES:
Prostaglandinas ( PGE2 e PGI2) e Brandicina:
São hormônios e autacoides que causam VASODILATAÇÃO e AUMENTO do fluxo sanguíneo renal e da FG.
Eles podem amenizar os efeitos vasoconstritores renais dos nervos simpáticos ou da Angiotensina II.
Podem ajudar a evitar reduções excessivas na FG e no fluxo sanguíneo renal. A administração de anti-inflamatórios não esteroides, como aspirina que inibe a síntese de prostaglandina, pode causar reduções significativas na FG.
Bradicinina:
Diversas substâncias chamadas de cininas provocam intensa vasodilatação.
Calidina é convertida em Bradicinina.
Bradicinina provoca intensa dilatação arteriolar e aumento da permeabilidade capilar.
Controle Circulação Renal: (ainda sobre hormônios..)
Autacoides = Agente autoproduzidos.
Sistema Nervoso Simpático:
Causa a constrição das arteríolas aferentes e eferentes devido a liberação de norapinefrina pela terminação nervosa simpática.
A estimulação simpática determina que as células jsutaglomerulares aumentem a liberação de renina, o que leva ao aumento de angiotensina II.
Provoca aumento da reabsorção tubular de Na+.
Hormônio Antidiurético:
Aumento da pressão osmótica do fluido extracelular, neuro hipófise libera o ADH, conhecido também como arginina vasopressina(AVP).
Aumenta reabsorção de agua no ducto coletor e aumenta a resistência vascular.
Em momentos de quedas de volume circulatório efetivo ocorre a intensa liberação de ADH. Somente nessa condição o ADH promove a vasoconstrição, e com isso contribui para manter a pressão sanguínea sistêmica.
Autorregulação da FG e Fluxo Sanguíneo Renal.
Mecanismos de feedback intrínsecos dos rins normalmente mantêm o fluxo renal e a FG relativamente constantes, mesmo com alterações acentuadas da pressão sanguínea arterial.
A relativa constância da FG e do fluxo sanguíneo renal é conhecida como autorregulação.
Nos rins, o fluxo sanguíneo normal é muito maior do que o requerido.
A principal função da autorregulação nos rins é manter a FG constante e permitir o controle preciso da excreção renal de água e solutos.
A FG permanece constante apesar das variações de pressão arterial que ocorrem durante o dia.
Fluxo Sanguíneo é controlado paralelamente com a FG, mas a FG é mais eficiente na autorregulação.
Importância da autorregulação da FG na prevenção de alterações extremas da excreção renal.
FG: 180 L/dia
Reabsorção tubular: 178,5 L/dia
O que deixa 1,5 L/dia de liquido para ser excretado pela urina.
Na ausência da autorregulação, um pequeno aumento na pressão sanguínea poderia causar aumento semelhante de 25% na FG. Mesmo a reabsorção tubular constante, o fluxo de urina aumentaria para 46,5 L/dia. O que significa um aumento de 30x mais de urina. Como o volume plasmático total é de 3 L, tal alteração esgotaria/depletaria rapidamente o volume sanguíneo.
Variações de Pressão Arterial costumam exercer muito menos efeito sobre o volume de urina por 2 motivos:
Autorregulação renal evita grandes alterações na FG.
Mecanismos adaptativos nos túbulos renais que permintem aumentar a intensidade de reabsorção, quando FG se eleva, fenômeno conhecido como balanço glomerulotubular.
Autorregulação Miogênica do Fluxo Sanguíneo Renal e FG.
A capacidade dos vasos sanguíneos individuais resistirem ao estriamento, contribui para a manutenção do fluxo sanguíneo renal e a FG ficarem constantes. O que ocorre durante o aumento da pressão arterial, fenômeno conhecido como mecanismo miogênico. Esse é sensível ao estiramento da parede. 
Em resposta ao aumento súbito da pressão sanguínea, a resposta constritora miogênica, nas arteríolas aferentes, ocorre em segundos e assim atenua a transmissão da pressão arterial aumentada para os capilares glomerulares.
** A alta ingestão Proteica e Glicose Sanguínea aumentada = Aumento Fluxo sanguíneo renal e FG.
Descrever a regulação dos fluidos corporais.
Líquidos Corporais:
 Sangue – Líquido que circula no sistema circulatório, constituindo 25% do líquido extracelular (porção circulante). Responsável por transportar substâncias pelo corpo. Um homem de 70kg tem cerca de 7% do seu peso corporal em sangue, o que resulta em aproximadamente 5L. Desses 5L, 2L são de células sanguíneas e 3L de plasma (parte líquida do sangue). O plasma é composto de matriz extracelular, água, proteínas, íons, vitaminas, O2, CO2 e elementos-traço. É semelhante ao líquido intersticial, mas com presença de proteínas plasmáticas como albumina, globulinas, transferrina e fibrinogênio. A presença de proteínas aqui torna a Pressão Osmótica do sangue mais alta que a do líquido intersticial.
 Linfa – Líquido composto de proteínas, linfócitos, uréia e sais minerais que, uma vez dentro do sistema linfático, é chamado Linfa. Seu fluxo não é através de uma bomba tal como o sistema circulatório, mas através da contração do músculo liso da parede dos vasos linfáticos maiores. Algumas de suas funções são capturar a gordura absorvida no intestino delgado e enviá-la para o sistema circulatório e filtro de patógenos. 
 Suor - A quantidade de água perdida varia com a temperatura e a atividade física. O normal é uma excreção de 100 mL ao dia, mas em locais de elevadíssima temperatura ou em condições de atividade física intensa, a sudoresegira em torno e 1 a 2L. Uma das menores fontes de perda de água no dia (cerca de 100mL).
 Urina – Nos mamíferos terrestres, a urina deve ser mais concentrada que o plasma, excretada 0,5L ao dia. Composta de água, uréia, ácido úrico e sais. Alguns compostos não são comuns na urina e, se encontrados, são indicadores de doença (vitamina, açúcares,...). Perda de 500 a 1400 mL por dia.
 Saliva – Líquido hiposmótico complexo secretado na cavidade oral. Composta de água, íons, muco e proteínas (enzimas e imunoglobulinas). Seu pH gira em torno de 6 a 7. Sua secreção é controlada pelo sistema nervoso autônomo. A inervação parassimpática é o estímulo primário para a secreção, mas há estímulo simpático das glândulas. Tem papel na digestão, especialmente na quebra primária dos carboidratos. 
 Leite Materno – Constituído de 88,5% de água, 3,3% de gordura, 6,8% de lactose, 0,9% de caseína, 0,4% de lactalbumina e outras proteínas e 0,2% de cinzas, além de anticorpos, neutrófilos, macrófagos e leucócitos. No auge da lactação, a mulher chega a produzir 1,5L de leite ao dia. 
 Sêmen - É constituído por espermatozóides e pelo conjunto de dois líquidos, sendo estes o líquido seminal e líquido prostático. A ejaculação de um homem sadio varia entre 3,5 e 5 mL. Volumes em torno de 0,5 ml são, em sua maioria, patológicos. Seu pH encontra-se na faixa de 8,1 a 8,4. São considerados normais 200 a 600 milhões de espermatozóides por ejaculação. Um único mL de esperma contém de 60 a 120 milhões de espermatozóides.
 Expiração – Perda de 350 a 650 mL ao dia. Quanto menor a temperatura ambiente, menor a pressão de vapor atmosférica e maior a perda de água pela expiração (sensação de ressecamento).
 Fezes – 1,5 mL de quimo passa pela válvula ileocecal por dia. Muita água e os eletrólitos são reabsorvidos no intestino grosso, restando cerca de 100 mL para ser excretado. È composta de 75% de água e 25% de moléculas sólidas (30% de bactérias mortas, 10-20% de gordura, 10-20% de matéria inorgânica, 2-3% de proteínas e 30% de restos indigeridos). A cor marrom é dada pela urobilina e esterco-bilina. Uma das menores fontes de perda de água no dia (cerca de 100mL).
Entrada e Saída de Líquidos são balanceadas nas condições estacionárias:
A manutenção de volume relativamente constante dos líquidos corporais é extraordinária, pois existe troca constante de líquidos e solutos com o meio externo.
Entrada Diária de Água
Água adicionada ao corpo por 2 fontes principais:
Ingerida na forma de líquidos ou pela 2100 mL/dia.
 É sintetizada pelo corpo por oxidação de carboidratos, adicionando 200 mL/dia.
 Perda diária de água do corpo
 Perda insensível de água: não pode ser regulada; conscientemente não percebemos, por exemplo por evaporação e difusão através da pele. A perda é de 700 mL/dia de água.
 Perda de Líquido no Suor
 Geralmente é de 100 mL/dia, mas pode variar por fatores climáticos e realização de exercícios.
Pode rapidamente depletar os líquidos corporais.
 Perda de Água nas Fezes
 Pequena quantidade de água ( 100mL/dia).
 Perda de Água pelos Rins
 Água é eliminada pela urina excretada pelos rins. É o meio de controle para o equilibro entre a perda e o ganho de água e de eletrólitos, é por meio da intensidade com que os rins excretam essas substâncias.
 
Compartimentos de Líquidos Corporais
Líquido Corporal total, dividido em 2 compartimentos :
- Líquido Extracelular – dividido em Líquido Intersticial e Plasma sanguíneo.
- Líquido Intracelular
Líquido Transcelular:
Está em um compartimento menor de líquido.
Esse compartimento inclui o líquido dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdios intraoculares e o líquido cefalorraquidiano.
**Todos os líquidos transcelulares juntos constituem cerca de 1 a 2 L.
Água-corpo – adulto – cerca de 42 L.
Com envelhecimento a quantidade de água corporal diminui devido ao aumento do tecido adiposo.
Mulheres: 50% do peso corporal ( água)
Crianças prematuras ou recém-nascidos: 70 a 75% do peso corporal.
Compartimento Líquido Intracelular:
Em torno de 28 a 42 litros de líquido do corpo estão dentro dos 100 trilhões de células e são coletivamente designados como líquido intracelular.
O líquido intracelular constitui cerca de 40% do total do peso corporal em pessoa “média”.
O líquido intracelular – conjunto de todas as diferentes células – é considerado como um grande compartimento de líquido.
Compartimento Líquido Extracelular:
Todos os líquidos por fora das células são denominados de Líquidos Extracelulares.
Juntos constituem cerca de 20% do peso corporal, cerca de 14 L.
2 compartimentos do Líquido Extracelular:
-Líquido Intersticial – 11L
- Plasma – 3L; é a parte não celular do sangue; troca substancias com o líquido intersticial por meio dos poros das membranas capilares. Esses poros são permeáveis a maioria dos solutos do líquido extracelular, exceção são as proteínas.
Líquidos extracelulares estão constantemente em contato.
** adicional:
 O líquido intracelular é responsável por 40% do peso corporal, considerado como um espaço único, porém há tipos de células que apresentam mais e outras menos água em sua composição (cerca de 65% da água corporal).
 O líquido extracelular é responsável por 20% do peso corporal, sendo os maiores compartimentos extracelulares o líquido intersticial (entre os tecidos), o plasma sanguíneo e o líquido transcelular (líquido sinovial, peritoneal, pleural, intraocular e cerebral, cefalorraquidiano e pericárdico) de 1 a 2 litros.
 O sangue contém líquido extra e intracelular, sendo os glóbulos vermelhos responsáveis por 40% e o plasma 60% do volume. 
 Em condições normais, o organismo elimina cerca de 2300 mL de água, sendo 700 mL de maneira insensível (pele e trato respiratório), 100 mL pela sudorese, 100 mL pelas fezes e 1400 mL pela urina.
 Volemia - É um termo médico para a quantidade de sangue circulando no corpo. Em um humano adulto ela é de aproximadamente 75ml/kg logo um homem de 60kg possui cerca de 4,5 litros de sangue. Quando essa quantidade decresce (geralmente por causa de uma hemorragia, desidratação ou problemas renais) se dá o nome de hipovolemia, e caso fique abaixo de 80-70% do original causa choque volêmico. E chamada de hipervolemia quando, pelo contrário, ela é excessiva por conta de absorção de líquidos em excesso (geralmente por desequilíbrio hidroeletrolítico ou desequilíbrio ácido-básico, por medicamentos ou intencionalmente em certos procedimentos cirúrgicos).
 - Precisão da regulação dos volumes de sangue e do liquido extracelular:
O volume sanguíneo permanece quase exatamente constante, apesar das alterações extremas da ingestão diária de líquidos. A razão para isso é a seguinte:
Variação pequena do volume sanguíneo provoca alteração acentuada do débito cardíaco;
Modificação discreta do debito cardíaco provoca grande alteração da pressão sanguínea;
Mudança insignificante da pressão sanguínea gera grande alteração no débito urinário.
 Esses fatores atuam em conjunto para permitir o controle eficaz do volume sanguíneo por feedback. Esses mesmos mecanismos de controle funcionam quando ocorre perda de sangue devido à hemorragia, também para reconstruir células sanguíneas vermelhas e as proteínas plasmáticas no sangue – o volume plasmático ira compensar a falta de estimulo para a produção dessas células normalizando o organismo, apesar da baixa massa de glóbulos vermelhos. 
 Distribuição do líquido extracelular entre os espaços intersticiais e o sistema vascular - Os volumes do liquido extracelular e do sangue são controlados simultaneamente, mas os valores quantitativos da distribuição de liquido entre o interstício e o sangue dependem das propriedades físicas da circulação,dos espaços intersticiais e da dinâmica das trocas de liquido através das membranas dos capilares. 
 Os mecanismos de regulação da pressão arterial a longo prazo são mecanismos hormonais e fundamentalmente ligados à volemia.
 As alterações da volemia:
Uma forma de controle da volemia é feita através do hormônio ADH, que age da seguinte forma: 
 - em caso de excesso de volume extracelular, os níveis reduzidos de ADH diminuem a reabsorção de água pelos rins, ajudando o corpo a se livrar desse volume excessivo.
 - em caso da diminuição do volume extracelular, os níveis elevados de ADH diminuem a reabsorção de água pelos rins, ajudando o corpo a se livrar desse volume excessivo.
 Um importante hormônio natriurético que regula a volemia é o peptídeo natriurético atrial (PNA), que age aumentando a excreção de sal e água, ajudando a compensar o excesso do volume sanguíneo. 
Regulação da Troca de Líquidos e Equilíbrio Osmótico entre os líquidos extra e intracelulares.
OSMOSE: é o fluxo de água através da membrana semipermeável, devido a diferença de concentração de solutos. Essa concentração leva a uma diferença pressão osmótica e essa dessa pressão faz com que a água flua por osmose.
PRESSÃO OSMOTICA: é a pressão necessária para impedir o fluxo de água pela membrana semipermeável.
 
 
VOLUME SANGUÍNEO
Sangue contém tanto o líquido extracelular ( do plasma) , quanto o líquido intracelular ( das hemácias)
Volume sanguíneo aprox. 5L
60% plasma / 40% hemácia
Constituintes dos Líquidos extra e intracelular:
Efeito Donnan: Pressão osmótica adicional causada pelo sódio, potássio e outros cátions mantidos no plasma pelas proteínas.
Descrever marcadores da função renal 
Clearance, também chamado de depuração ou depuração plasmática, refere-se à velocidade (mL/min) que um fármaco ou um certo metabólito leva para ser eliminado do organismo, pela urina. Quanto maior o clearance, maior a velocidade na qual a substância é eliminada do organismo.
Inulina
Um polímero da frutose, com propriedades únicas cujo clearence é idêntico ao ritmo de filtração glomerular. Ela não se liga a proteínas plasmáticas e seu tamanho molecular é de real ordem e por isso a inulina é totalmente filtrada pelos capilares glomerulares e não é reabsorvida pelos túbulos do néfron nem secretada pelos rins. Assim a quantidade de inulina filtrada é igual a quantidade excretada. Por isso ela é um marcador glomerular. E por isso o clearance de qualquer substancia pode ser comparado com o clearance de qualquer substancia.
A inulina não é uma substancia endógena e por isso deve ser infundida intravenosamente.
É o único marcador perfeito.
Leva 4h para o individuo entrar em equilíbrio
Relação entre clearance
C x / C inulina
 
C x / C inulina = 1,0. O clearence de X é igual ao da inulina. Então a substancia pode ser também considerado um marcador glomerular.
C x / C inulina < 1,0. O clearance de X é mais baixo que o da inulina. A substancia não é filtrada, ou ela é filtrada e subsequentemente absorvida.
C x / C inulina > 1,0. O clearance de X é maior que o da inulina. A substancia é filtrada e secretada. Exemplos são os ácidos e bases orgânicas e, em algumas ocasiões, o K+.
 
Ácido para-amino-hipúrico.
Determinação do Fluxo Renal
O ÁCIDO PARA-AMINO-HIPÚRICO é utilizado para avaliar o fluxo plasmático renal, pode ser determinada a partir do seu clearance.
Então vamos entender primeiro o princípio de Flick. Que afirma, a quantidade de uma substância que entra em um órgão é igual a quantidade que deixa-o (supondo que a substancia não seja nem degradada nem secretada pelo órgão). Aplicado ao Rim, esse princípio afirma que a quantidade de um substancia que entra pela artéria renal deve ser a mesma quantidade que sai pela veia renal mais a quantidade excretada na urina.
O ácido PAH é usado para determinar o fluxo plasmático.
Pois ele não é metabolizado e nem sintetizado pelo rim. Ele não altera o fluxo plasmático renal (RPF). Os rins extraem a maior parte de PAH do sangue arterial renal através de uma combinação de filtração e secreção, como resultado quase toda PAH entra, sai do rim. E por último o rim é o único órgão que extrai PAH, então a concentração de PAH na artéria renal é igual nos capilares venosos e uma amostra de sangue em um capilar venoso é muito mais fácil de ser obtida.
FPR= U pah x V / RA - RV
Onde:
RA = PAH na artéria renal
PV = PAH na veia renal
RPF = Fluxo plasmático renal
U = PAH na urina
V = Velocidade do fluxo urinário
Creatinina
A creatinina é um produto da degradação da fosfocreatina (creatina fosforilada) no músculo, e é geralmente produzida em uma taxa praticamente constante pelo corpo — taxa diretamente proporcional à massa muscular da pessoa: quanto maior a massa muscular, maior a taxa.
Toda a creatinina produzida pelo metabolismo muscular é filtrada e excretada pelos rins, não havendo nenhuma reabsorção, e por isso é considerado um marcador glomerular, usada para avaliar a função renal.
Na creatinina o individuo já esta em equilíbrio. Ela tem uma pequena limitação, que ela é um pouco secretada. Pra individuo saldável a secreção é em tono de 1%.
 - Porém, não é um marcador perfeito para a TFG, porque uma pequena quantidade desta é secretada pelos túbulos renais, de modo que a quantidade de creatinina excretada na urina excede ligeiramente a quantidade filtrada. Acaba fornecendo uma estimativa razoável da TFG.
Inulina
É filtrada livremente.
Não é absorvida ou secretada pelos túbulos renais.
Taxa que essa substância é excretada na urina é igual a taxa da filtração da substância pelos rins.
Molécula de Polissacarídeo.
Não é produzida pelo organismo.
Deve ser administrada de maneira intravenosa para a medida da FG.
Não pode ser usada para determinação da FG.
Creatinina
É um subproduto do metabolismo muscular, sendo quase totalmente depurada(limpeza/pura) dos líquidos corporais por filtração glomerular.
A depuração da creatinina pode ser usada para avaliar a FG.
Não é marcador perfeito da FG.
Depuração fornece estimativa razoável da FG.
PAH
Teoricamente, uma substância é completamente depurada do plasma. A quantidade da substancia liberada para os rins pelo sangue seria igual a excretada pela urina.
Não existe substancia que seja completamente depurada pelos rins.
O PAH ( ácido paramino-hipurico), é 90% depurado do plasma. É possível corrigir a porcentagem de PAH que ainda está no sangue quando este chega aos rins.
A porcentagem de PAH removida do sangue é conhecida como a proporção de extração de PAH , em media é 90% em rins normais.
Descrever a relação entre pressão oncótica e hidrostática ( Volume Ideal)
Pressão Hidrostática
Aumentada na Cápsula de Bowman DIMINUI a FG
Pressão- adultos – Cápsula de Bowman – 18 mmHg
AUMENTA pressão hidrostática da Cápsula de Bowman DIMINUI FG.
Precipitação de Cálcio ou de ácido úrico pode levar a formação de cálculos que se alojam no trato urinário, com frequência ficam no ureter, e assim obstruindo a eliminação da urina e AUMENTANDO a pressão na Cápsula de Bowman. Essa situação reduz a FG.
Pressão exercida pela presença física de líquido (sangue); é maior na parte arteriolar do que na venosa do capilar.
No interstício pressão hidrostática tende a empurrar líquido de volta para o vaso. 
Pressão Coloidosmótica:
É a força de atração de água exercida pelas proteínas; é maior na parte venosa do que na parte arteriolar do capilar.
Quando AUMENTADA REDUZ A FG
A medida que o sangue passa da arteríola aferente ao longo dos capilares glomerulares para as arteríolas eferentes, a concentração de proteínas plasmáticas aumenta por cerca de 20%. A razão do aumento é que um quinto dos capilares passa por filtração para o interior da cápsula de Bowman, concentrando as proteínas plasmáticas glomerulares que não são filtradas.
Assumindo que a pressão coloidosmótica do plasma, que entra nos capilares glomerulares, seja de 28 mmHg, esse valor aumentapara 36 mmHg, quando o sangue alcança a terminação eferente dos capilares.
Pressão Coloidosmotica média das proteínas plasmáticas nos capilares glomerulares, fica entre 28 e 36 mmHg.
2 fatores que influenciam a pressão coloidosmótica nos capilares glomerulares:
Pressão Coloidosmótica no plasma arterial
Fração de Plasma Filtrada pelos capilares glomerulares (Fração de Filtração).
AUMENTA pressão coloidosmótica do plasma arterial - ELEVA Pressão Coloidosmótica nos capilares glomerulares, que DIMINUI a FG.
AUMENTANDO a fração de filtração também se concentram as proteínas plasmáticas e se eleva a pressão coloidosmótica glomerular.
Fração de filtração definida como : FG/ fluxo plasmático renal, a fração de filtração pode ser aumentada pela elevação da FG ou pela redução do fluxo plasmático renal.
Alterações do fluxo sanguíneo renal podem influenciar a FG, independente de variações da pressão hidrostática glomerular.
Com o aumento do fluxo sanguíneo renal, a fração mais baixa do plasma é inicialmente filtrada para fora dos capilares glomerulares, causando elevação mais lenta na pressão coloidosmótica, nos capilares glomerulares e menos efeito inibidor da FG.
MAIOR intensidade de fluxo sanguíneo para o glomérulo tende a AUMENTAR a FG.
MENOR intensidade de fluxo sanguíneo tende a DIMINUIR a FG.
Pressão Hidrostática Capilar Glomerular Aumentada eleva a FG:
Pressão Hidrostática Capilar Glomerular estimada em 60 mmHg nas condições normais.
Variações da pressão hidrostática glomerular servem como modo primário para regulação fisiológica da FG.
AUMENTA pressão hidrostática glomerular ELEVA a FG
DIMINUI pressão hidrostática glomerular REDUZ a FG.
Pressão Hidrostática Glomerular determinada por 3 variáveis:
Pressão Arterial
Resistência Arteriolar Aferente
Resistência Arteriolar Eferente
AUMENTO da pressão arterial tende a elevar a pressão hidrostática glomerular, logo AUMENTAR a FG.
Resistência aumentada das arteríolas aferentes REDUZ a pressão hidrostática glomerular e DIMINUI a FG.
Dilatação da arteríolas Aferentes ELEVA a pressão hidrostática e a FG.
A constrição das arteríolas eferentes AUMENTA a resistência ao fluxo de saída dos capilares glomerulares. Esse mecanismo ELEVA a pressão hidrostática glomerular.
A constrição arteriolar eferente REDUZ o fluxo sanguíneo renal, a consequência é : AUMENTO da fração de filtração e a pressão coloidosmótica glomerular.
Logo, se a constrição das arteríolas eferentes é grave, a elevação da pressão coloidosmótica EXCEDE o aumento da pressão hidrostática capilar glomerular, causada pela constrição arteriolar eferente. Quando isso ocorre, a força efetiva de filtração DIMINUI, REDUZINDO a FG.
A constrição arteriolar eferente tem efeito bifásico na FG. Maior constrição leva a queda da FG.
Resumindo ...
Constrição de Arteríolas AFERENTES – REDUZ a FG.
Constrição Arteriolar EFERENTE depende do grau de constrição:
Constrição EFERENTE moderada ELEVA a FG.
Constrição EFERENTE grave REDUZ a FG.
Funcionamento das duas juntas – Coloidosmótica e Hidrostática:
À medida que há extravasamento de líquido (plasma) de dentro do vaso, as proteínas do sangue aumentam, proporcionalmente. Na medida em que o sangue chega à porção arteriolar do capilar, a pressão hidrostática do vaso é superior à pressão coloidosmótica, de forma que contribui para o extravasamento de líquido para o interstício.
Quando se caminha para o lado venoso do capilar, a pressão hidrostática diminui muito, pois boa parte do líquido já saiu, e a coloidosmótica aumenta muito. Mesmo sem considerar outras forças, esse equilíbrio tende a fazer com que não ocorra acúmulo de líquido no interstício. Um pequeno acúmulo, feito ao longo do tempo, é reabsorvido pelos vasos linfáticos, que são como dedos de luva, com ponta cega, que mergulham no interstício, possuem válvulas e têm capacidade de drenagem muito grande, possuindo grandes poros nos endotélios; absorvem não somente líquido, mas também restos celulares, proteínas e solutos que existem no interstício. Portanto, o conteúdo dos vasos linfáticos não é plasmático, mas leitoso, rico em solutos protéicos e lipídicos.
Efeito Donnan:

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