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Problema 1 Excreção Problema 1: Taxa de Saúde VALORES REFERÊNCIA CREATININA SÉRICA SEXO MASCULINO >12 ANOS 0,7 A 1,3mg/dL CREATININA URINÁRIA “”” >15 ANOS: 14-26 mg/kg/24 horas 1) Cite as funções dos rins (Guyton) a) Excreção de produtos indesejáveis do metabolismo e de substâncias químicas estranhas, fármacos e metabólitos hormonais ex ureia (metabolismo aminoácidos), creatinina (“”” creatina muscular), ácido úrico (ac nucleicos), produtos finais da degradação da bilirrubina, metabólitos de vários hormônios, toxinas, pesticidas, fármacos** e aditivos alimentícios b) Regulação do equilíbrio de água e dos eletrólitos rim busca regular o equilíbrio entre ganho e perda para a manutenção da homeostase - ganho + excreção - h2o e eletrólitos no corpo + ganho - excreção + h2o e eletrólitos no corpo c) Regulação da osmolalidade dos líquidos corporais e da concentração de eletrólitos d) Regulação da pressão arterial A curto prazo secreção de hormônios e fatores/substâncias vasoativas*** (ex: renina) . A longo prazo pela excreção de quantidades variáveis de sódio e água e) Regulação do equilíbrio ácido-base lembrar que os rins são a única forma de eliminar certos ácidos do corpo (por ex sulfúrico e fosfórico – metabolismo de proteínas) lembrar também que em conjunto dos pulmões e dos tampões dos líquidos corporais excreta ácidos e regula os estoques de tampões dos líquidos corporais f) Regulação da produção de hemácias Rins secretam eritropoetina (obs 1 estimula produção de hemácias pelas células-tronco hematopoeticas) obs 2 a hipóxia (ausência de o2 suficiente no tecido p/ manter as funções corporais) é um estimulo importante pra secreção da eritropoietina obs 3 o rim produz e excreta quase toda a eritropoietina da circulação obs 4 é por isso que pessoas c doença renal grave ou que teve os rins removidos e fazem hemodiálise desenvolvem anemia grave g) Secreção, metabolismo e excreção de hormônios Regula produção da 1,25 –Di-hidroxivitamina D3 forma ativa da vit D calcitriol papel importante na regulação de cálcio e fosfato (tanto absorção de cálcio pelo trato gastrointestinal quanto deposição de cálcio nos ossos) ) h) Gliconeogênese (síntese glicose) Jejum prolongado os rins sintetizam glicose a partir de aminoácidos e outros precursores sua capacidade equivale a do fígado. Obs Em caso de doença renal crônica ou insuficiência renal aguda essas funções são interrompidas ocorrendo anormalidade dos volumes e da composição do liquido corporal. Em caso de insuficiência renal total potássio, ácidos, líquidos, outras substâncias se acumulam no corpo causando morte em poucos dias se não houver intervenção pra restaurar o equilíbrio de líquidos 2) Descreva os volumes normais dos líquidos corporais e constituintes dos líquidos extracelular e intracelular (inclusive o sangue). Discutir a dinâmica das membranas e proteínas transportadoras de membrana e tipos de transporte. Conceituar edema. Caracterizar o Efeito.Donnan; a) DESCREVA OS VOLUMES NORMAIS DOS LÍQUIDOS..CORPORAIS OBS os valores podem apresentar variações conforme idade, gênero e % de gordura corporal! Compartimento líquido intracelular: é o líquido encontrado dentro das células do organismo, equivale a cerca de 40% do peso corporal de uma pessoa. Compartimento líquido extracelular: corresponde a todos os líquidos fora das células e a 20% do peso. Os dois maiores compartimentos desse líquido são o líquido intersticial (presente nos espaços entre as células, 75% do líquido extracelular) e o plasma sanguíneo (parte não celular do sangue, 25% do líquido.extracelular) Compartimento líquido transcelular: Esse compartimento inclui o líquido dos espaços sinoviais, peritoneais, pericárdicos, intraoculares e o líquido cefalorraquidiano; esse líquido geralmente é considerado tipo especializado de líquido extracelular, embora em alguns casos sua composição seja notadamente diferente dos líquidos intersticial ou plasmático. Todos os líquidos transcelulares juntos constituem cerca de 1 a 2 litros (obs valores referentes a..pessoa..média..70kg) Sangue: O sangue contém tanto o líquido extracelular (plasma) como o líquido intracelular (hemácias). Entretanto, o sangue é considerado compartimento líquido em separado, por ter sua própria câmara, o sistema circulatório. No adulto, representa em torno de 7%..do..peso..corporal. b) DESCREVA OS CONSTITUINTES DOS LÍQUIDOS EXTRACELULAR E INTRACELULAR..(INCLUSIVE SANGUE) Líquido extracelular: plasma e o líquido intersticial são separados apenas pela membrana capilar altamente permeável à íons, assim, suas composições iônicas são semelhantes. A diferença mais importante, entre estes dois compartimentos, é a maior concentração de proteínas no plasma; em função dos capilares terem baixa permeabilidade às proteínas plasmáticas, somente pequena quantidade de proteína vaza para o espaço intersticial na maioria dos tecidos. As proteínas do plasma têm carga negativa real no pH fisiológico. Em situação hipotética inicial, os cátions (íons concentração em ambos os lados da membrana, e os ânions (íons carregados negativamente) estão mais membrana, concentrados no interstício que no plasma, já que as proteínas dispõem de parte da carga negativa real. Por conseguinte, tendem a se ligar a cátions, como o sódio e o potássio, mantendo, assim, quantidades maiores desses ions no plasma, junto com as proteínas plasmáticas. Inversamente, os íons com carga negativa (ânions) tendem a manter concentrações pouco maiores no líquido intersticial que no plasma, visto que as cargas negativas das proteínas plasmáticas tendem a repelir os ânions com carga negativa. Por razões práticas, entretanto, as concentrações dos íons no líquido intersticial e no plasma são consideradas iguais. Pode-se notar também que o líquido extracelular, incluindo o plasma e o líquido intersticial, contém grandes quantidades de íons sódio e cloreto, quantidade razoavelmente grande de íons bicarbonato, mas somente pequena quantidade de íons potássio, cálcio, magnésio, fosfato a ácidos orgânicos Líquido intracelular: O líquido intracelular é separado do líquido extracelular pela membrana celular que é muito permeável à água, mas não é permeável à grande maioria dos eletrólitos existentes no corpo. Em contraste com o líquido extracelular, o líquido intracelular contém somente pequena quantidade dos íons sódio e cloreto e quantidades ainda muito menores de íons cálcio. Entretanto, o líquido intracelular tem grande quantidade de íons potássio e fosfato, além de considerável quantidade de íons magnésio e sulfato, que existem normalmente em baixas concentrações no líquido extracelular. As células também têm grande quantidade de proteínas, quase quatro vezes mais do que no plasma. c) DISCUTIR A DINÂMICA DAS MEMBRANAS E PROTEÍNAS TRANSPORTADORAS DE MEMBRANA E TIPOS DE TRANSPORTE. A membrana celular (plasmática) envolve a célula e é uma estrutura fina, flexível e elástica composta quase totalmente de lipídios e proteínas, sua composição aproximada é proteínas 55%, fosfolipídios 25, colesterol 13%, outros lipídios 4%, carboidratos 3%. A camada fosfolipidica possui duas extremidades, uma hidrofílica e solúvel em água (fosfato) e outra hidrofóbica e solúvel apenas em lipídios. Pelo fato das partes hidrofóbicas dos fosfolipídios serem repelidas pela agua mas se atraírem entre si elas espontaneamente se dispõem no interior da membrana, a camada lipídica no meio da membrana é impermeável às substâncias hidrossolúveis comuns (íons, glicose e ureia) mas substâncias lipossolúveis (oxigênio, co2 e álcool) entram com facilidade. Há também na membrana proteínas integrantes e periféricas, proteínas integrantes formam canais estruturais (ou poros) pelos quais as moléculas de água e substâncias hidrossolúveis, principalmente íons, podem se difundir entre os líquidos extra e intracelulares. Esses canais também apresentam propriedades seletivas permitindo a difusão preferencial de algumas substâncias em relação a outras. Outras proteínas integrantes agem como PROTEÍNAS CARREADORAS parao transporte de substâncias que do contrário não poderiam penetrar na dupla camada lipídica, essas proteínas carreadoras transportam até substâncias na direção oposta à dos seus gradientes eletroquímicos para a difusão, o que é chamado transporte ativo e será..explicado..em..breve. TIPOS DE TRANSPORTE: 1) Transporte por difusão Movimento molecular aleatório de substancias, molécula a molécula, através dos espaços intramoleculares de membrana ou em combinação com proteínas carreadoras. A energia causadora da difusão é a energia cinética de movimentação da própria molécula. A difusão pode se diferenciar em dois subtipos distintos: Difusão Simples: movimento cinético das moléculas ou íons através de um espaçamento na membrana ou de espaços intermoleculares, sem que ocorra qualquer interação com proteínas transportadoras; sendo então determinada pela quantidade de substancia disponível para o transporte e pelo numero e tamanho das aberturas na membrana. A difusão simples pode acontecer na membrana através de dois processos: pelo interstício da bicamada lipídica no caso de substâncias que se difundem por ser lipossolúveis e pelos canais aquosos que penetram por toda a membrana. Difusão Facilitada ocorre com a interação da substancia em questão com a proteína carreadora; essa proteína auxilia na passagem da substancia entre os meios celulares por meia da ligação química com ela, transportando-a em um movimento de vai e vem através da membrana. Transporte ativo: Significa o movimento de íons ou outras substancias, através da membrana, em combinação com sua proteína carreadora, de modo tal que ela promova o movimento dessa substancia em direção oposta à de um gradiente de energia (gradiente de concentração), como passando de um estado de baixa concentração para um de alta concentração; e requer, portanto, fonte de energia adicional. Dependente de proteínas carreadoras. Transporte Ativo Primário: A energia para o processo de transporte é proveniente diretamente da quebra de um ATP ou de qualquer outra molécula com fosfato de alta energia. Ex.: Bomba de Sódio e Potássio. Transporte Ativo Secundário: A energia é derivada secundariamente da energia armazenada na forma de diferentes concentrações iônicas de substancias moleculares secundarias ou entre os dois lados da membrana, gerada por um transporte ativo primário. O transporte ativo secundário pode ser considerado de duas maneiras, pelo cotransporte ou pelo contratransporte. d)Conceituar edema O edema refere-se à presença de excesso de líquido nos tecidos do corpo. Na maioria das vezes, o edema ocorre no compartimento de líquido extracelular, mas também pode envolver o líquido intracelular. O edema pode ser generalizado, quando ocorre por todo o corpo, ou localizado, quando se limita a uma região. Ele pode ocorrer em qualquer parte do nosso organismo, sendo comum na região de pernas e pés. Em alguns casos, o edema pode ocorrer nos pulmões, fígado e cérebro, sendo mais grave nessas ocasiões. Edema intracelular ::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::::: Três condições são especialmente propensas a causar edema intracelular: (1) hiponatremia (2) depressão dos sistemas metabólicos dos tecidos; e (3) falta de nutrição adequada para as células. Por exemplo, quando o fluxo sanguíneo para um determinado tecido é reduzido, a distribuição de oxigênio e de nutrientes também é reduzida. Caso o fluxo sanguíneo fique muito baixo para manter o metabolismo normal do tecido, as bombas iônicas da membrana celular têm sua atividade comprometida. Quando isso ocorre, os íons sódio que normalmente vazam para o interior da célula não são bombeados a contento para o meio extracelular, e o excesso de íons sódio no meio intracelular causa osmose para a célula. Algumas vezes, isso pode aumentar o volume intracelular de determinada área do tecido — até mesmo em toda a perna isquêmica, por exemplo, — por duas a três vezes o tamanho normal. Quando isso ocorre, é geralmente prelúdio da morte do tecido. O edema intracelular pode também decorrer de processo inflamatório nos tecidos. A inflamação geralmente aumenta a permeabilidade da membrana celular, permitindo assim que o sódio e outros íons se difundam para o interior da célula, com subsequente osmose para essas células. Edema extracelular: O edema no líquido extracelular ocorre quando se acumula um excesso de líquido nos espaços extracelulares. Geralmente, existem duas causas para o edema extracelular: (1) vazamento anormal de líquido plasmático para os espaços intersticiais através dos capilares (2) falha do sistema linfático de retornar líquido do interstício para o sangue, muitas vezes chamada linfodema. A causa clinicamente mais comum para o acúmulo de líquido no espaço intersticial é a filtração excessiva do líquido capilar. e)Caracterizar o Efeito.Donnan Moléculas menores, como sódio por exemplo, e outros compostos orgânicos que apresentam tamanho molecular menor, como glicose, são capazes de ultrapassar a membrana, já moléculas maiores tenderão a uma filtrabilidade de valor zero, aproximando-se do que ocorre com a albumina por exemplo. Esse “efeito” promovido pelas cargas negativas dispostas pelas camadas da membrana capilar glomerular é denominado Efeito Donnan; trata-se justamente da atuação dessas cargas sobre as moléculas que apresentam maior raio molecular e carga negativa, é o caso de grande parte das proteínas plasmáticas, que sofrem repulsão das cargas negativas da membrana glomerular e não transpõem essa membrana, se opondo ao mecanismo de filtração. 3) Caracterizar a Equação de Starling quanto a filtração glomerular e as forças constituintes (pressão hidrostática, coloidosmótica, capilar glomerular e do espaço de Bowman). Papel das estruturas glomerulares: endotélio fenestrado, membrana basal e lâmina interna da cápsula de Bowman; Para compreender a formação dos edemas é necessário compreender AS FORÇAS DE STARLING. Forças de Starling: descreve o fluxo de líquido através de uma membrana semipermeável. Também é necessário relembrar que os vasos arteriais vão se dividindo progressivamente até chegar em vasos muito finos, os capilares. É através da parede dos capilares que se dá o trânsito de liquido entre os vasos e o intersticio. Equação da força de Starling (lembrar que ela é determinada por 3 grandezas, a permeabilidade vascular, a pressão hidrostática e a pressão oncótica/coloidosmótica Permeabilidade capilar: o quanto a parede do vaso é permissiva a água, relacionada ao nº e tamanho dos poros, bem como pela quantidade de capilares pelo qual o sangue está fluindo. Em condições fisiologicas a permeabilidade é constante, se aumenta mais liquido consegue atravessar para o intersticio e por consequência pode ocorrer edemas. Pressão hidrostática: Pressão que um líquido faz em um determinado recipiente (no caso vascular, líquido exerce na parede do vaso). Pressão osmótica: relacionado com a osmose. A água passa naturalmente do local em que está pura para o lugar em que está com sal fazendo com que a coluna de água aumente exercendo pressão sobre a membrana semipermeável. Quanto mais sal tiver na água, maior será a pressão osmótica. As forças de Starling, ou equação de Starling, mostra que em situações fisiológicas há um equilibrio entre a filtração (depende da pressão hidrostática) e a reabsorção (que depende da pressão oncótica). Expressa matematicamente: Jv = Kf ([Pc-Pi] - [ πc - πi ]) Kf = permeabilidade (Constante, ao menos que haja uma alteração na permeabilidade vascular. Seu valor é sempre considerado 1. Pc = pressão hidrostatica capilar empurra o liquido em direção ao intersticio Pi = pressão hidrostatica do intersticio empurra o liquido em direção ao capilar πc = pressão oncótica capilar πi = pressão oncótica intersticio Durante o processo de filtração glomerular o plasma atravessa três camadas: endotélio capilar, membrana basal e parede interna da cápsula de Bowman.. A membrana capilar glomerular é semelhante a encontrada em outros capilares, exceto por ter três (em vez de duas) camadasprincipais: 1) o endotélio capilar 2) a membrana basal e 3) a camada de células epiteliais (podócitos), sobre a superfície externa da membrana basal capilar. Juntas, essas camadas compõem uma barreira à filtração que, apesar das três camadas, filtra diversas centenas de vezes mais água e solutos do que a membrana capilar normal. Mesmo com essa alta intensidade de filtração, a membrana capilar glomerular não filtra proteínas plasmáticas. Durante Endotélio fenestrado: os capilares glomerulares são compostos por endotélio capilar fenestrado, ou seja, são pequenos poros denominados fenestrações, isso auxilia na alta intensidade de filtração. Embora as fenestrações sejam grandes, as proteínas das células endoteliais são dotadas de carga fixa negativa que impede a passagem de proteínas plasmáticas. obs semelhantes aos capilares fenestrados encontrados no fígado. Membrana basal: Única camada contínua e determina as propriedades de permeabilidade do glomérulo. Ela é formada por uma fina rede de microfibrilas na qual não se visualizam poros ao microscópio eletrônico. Sua limitação para a filtração de moléculas acima de cerca de 50 A de diâmetro sugere a existência de poros funcionais. A membrana basal tem uma camada central denominada lâmina densa, situada entre duas camadas de menor densidade (lamina rara interna - em íntimo contato com o sangue e a externa) uma trama de colágenos e fibrilas proteoglicanas com grandes espaços pelos quais grande quantidade de água e de pequenos solutos pode ser filtrada. Sua complexa e ordenada estrutura é critica para a adequada filtração e a membrana basal evita de modo eficiente a filtração de proteínas plasmáticas, em parte devido às fortes cargas elétricas negativas associadas aos proteoglicanos da sua estrutura. É A ÚNICA CAMADA CONTÍNUA. As fibras das lâminas raras tornam o endotélio e os pedicélios fortemente unidos à membrana basal. Estrutura trama de colágenos e fibrilas proteoglicanas Lâmina interna da capsula de Bowman: A cápsula de Bowman tem forma de cálice e dispõe de parede dupla entre as quais fica o espaço de Bowman ocupado pelo filtrado glomerular (ver Figura 49.3 A). A parede externa da cápsula forma o revestimento do corpúsculo renal, apresentando um epitélio simples pavimentoso. As células da parede interna se modificam durante o desenvolvimento embrionário, vindo a constituir os podócitos. Estes são formados por um corpo celular com prolongamentos primários e secundários, denominados pedicélios (Figura 49.3 B). Estas estruturas se interpenetram formando canais alongados, as fendas de filtração, as quais têm aproximadamente 240 Å de largura e 5.000 Å de altura. Os pedicélios vizinhos são conectados, em sua base, por uma fina membrana, semelhante a um diafragma (slit membrane), e apoiam-se sobre a membrana basal dos capilares, permitindo que a parede interna da cápsula fique em íntima conexão com as alças capilares glomerulares (ver Figura 49.3 C). O contato do pedicélio com a membrana basal é revestido por uma camada glicoproteica, rica em ácido siálico, chamada de glicocálix obs Os podócitos não são células contínuas mas tem longos processos semelhantes a pés (podócitos) que revestem a superfície externa dos capilares Os podócitos são separados por lacunas, chamadas fendas de filtração, pelas quais o filtrado glomerular se desloca. As células epiteliais, que também possuem cargas negativas, criam restrições adicionais para a filtração das proteínas plasmáticas. Assim, todas as camadas da parede capilar glomerular representam barreiras à filtração das proteínas do plasma. 4) Caracterizar a TFG e FSR, além de apontar os papéis da inulina, PAH e creatinina como marcadores dessas funções; a) TAXA DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR Primeiramente é necessário entender que a FG é o primeiro passo na formação da urina (grandes quantidades de líquidos, quase 180L/dia, passam através dos capilares glomerulares para dentro da capsula de Bowman. A maior parte desse filtrado é reabsorvida, deixando cerca de 1L para excreção diária. Obs: valores variam conforme ingestão etc). A FG é determinada pela soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas através da membrana glomerular (que fornecem a pressão efetiva de filtração) e pelo coeficiente glomerular Kf, matematicamente: FG = Kf x Pressão líquida de filtração (soma das forças hidrostáticas e coloidosmóticas), portanto pode ser escrita como FG = Kf x (PG – PB – πg + πb) LEGENDA: Kf coeficiente de filtração PG pressão hidrostática nos capilares glomerulares / PB pressão hidrostática na cápsula de Bowman por fora dos capilares que se opõe a filtração / πg pressão coloidosmótica das proteínas plasmáticas que se opõe a filtração / πb pressão coloidosmóticas das proteínas na cápsula de Bowman (obs lembrar que em condições normais a concentração de proteínas no filtrado glomerular é muito baixa, logo, a pressão coloidosmótica do líquido na capsula de Bowman é considerada NULA) ) ) obs Fatores que aumentam ou reduzem a FG Aumento no Kf eleva a FG (porém alterações no Kf não são mecanismos primários p/ regular FG. Aumento na pressão hidrostática na capsula de Bowman reduz a FG. Aumento na pressão coloidosmotica capilar reduz a FG. Aumento na pressão hidrostática capilar glomerular aumenta a FG. obs 2: durante a FG o plasma atravessa três camadas endotélio capilar, membrana basal e parede interna da capsula de Bowman. Aliás, vale citar que a composição do filtrado é quase idêntica a do plasma, exceto que não há praticamente nenhuma proteína. b) FLUXO SANGUÍNEO RENAL O fluxo sanguíneo supre os rins com nutrientes e remove produtos indesejáveis. O FSR seria um fluxo adicional , o objetivo desse fluxo é suprir os rins com plasma suficiente para se ter alta intensidade de filtração glomerular, necessário para a regulação precisa dos volumes dos líquidos e das concentrações de solutos. O FSR é determinado por Pressão na artéria renal – Pressão na veia renal / resistência vascular renal total obs 1 P artéria renal – P Veia renal é o gradiente de pressão ao longo da vasculatura renal obs 2 presSão na veia renal é aproximadamente 3 a 4 mmHg c) APONTAR OS PAPÉIS DA INULINA, PAH E CREATININA a Inulina, molécula de polissacarídeo, é uma substância encontrada nas raízes de certas plantas. Seu papel (ou seja, ela é utilizada para o que?) é medir a TFG uma vez que ela é filtrada livremente e não é reabsorvida ou secretada pelos túbulos renais. A depuração é calculada com a excreção urinaria de inulina dividida pela sua concentração plasmática. O ácido para-amino-hipúrico (PAH) serve para medir o fluxo plasmático renal. Em rins normais a sua depuração é de cerca de 90%, portanto, sua depuração pode ser usada como aproximação do FPR. A proporção de extração é determinada por EPAH = PPAH – VPAH divididoporPPAH LEGENDA EPAH taxa de extração, PPAH concentração arterial renal de PAH e VPAH concentração venosa renal de PAH. A creatinina é um biomarcador subproduto do metabolismo muscular, também tem um papel de auxiliar na avaliação da filtração glomerular (FG) por ser quase totalmente depurada dos líquidos corporais por filtração glomerular (ainda sim não é um marcador perfeito da FG pois uma quantidade pequena é secretada pelos túbulos de modo que a quantidade de creatinina excretada excede discretamente a quantidadefiltrada) FG aprox. Ccr = Ucr x V dividido por Pcr LEGENDA Ccr depuração da creatinina Ucr x V excreção de creatinina Pcr concentração plasmática de creatinina (obs inversamente proporcional à FG) obs 2 se reduz a FG em 50% rim filtra e excreta apenas metade da creatinina produzindo acúmulo de creatinina nos líquidos corporais e elevando sua concentração plasmática – essa concentração continua crescendo até que a carga filtrada de creatinina (Pcr x FG) e a excreção de creatinina (Ucr x V) retornem ao normal e seja restabelecido o equilíbrio entre a produção e excreção de creatinina. 5) Descrever os efeitos da estimulação simpática e parassimpática: oxido nítrico, endotelina, prostaglandina (AINES), angiotensina e tromboxanosobre o FSR e sobre a intensidade da taxa de filtração glomerular. O sistema nervoso autonomo é a porção do sistema nervoso central que controla a maioria das funções viscerais do organismo. Esse sistema ajuda a controlar a pressão arterial, a motilidade gastrointestinal, a secreção gastrointestinal, o esvaziamento da bexiga, a sudorese, a temperatura corporal, etc. Uma das caracteristicas mais acentuadas do sistema nervoso autônomo é a rapidez e a intensidade com quem ele pode alterar as funções viscerais. Ele é ativado principalmente por centros localizados na medula espinal, no tronco cerebral e no hipotálamo. Os sinais autônomos eferentes são transmitidos aos diferentes órgãos do corpo por meio de duas grandes subdivisoes chamadas SISTEMA NERVOSO SIMPÁTICO E SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO. a) O que é sistema nervoso simpático Para compreender os efeitos das substâncias mencionadas, é primeiro preciso entender o que é sistema nervoso simpatico (a). O sistema nervoso simpático é a divisão do sistema nervoso autônomo responsavel por iniciar a resposta corporal ao estresse (“luta e fuga”) . O alcance do sistema simpático é extremamente amplo no corpo humano. Ele é um componente de virtualmente todos os nervos espinais e plexos peri-arteriais, e as fibras simpáticas inervam todos os vasos sanguíneos, glândulas sudoríparas, músculos eretores dos pelos e vísceras. As únicas estruturas que o sistema simpático não alcança são estruturas avasculares, como unhas e cartilagens.(Exemplo, no sistema urinário o SNS reduz a produção de urna, contrai o esfincter interno da bexiga). As divisões simpática e parassimpática do sistema nervoso trabalham em íntima associação, com efeitos opostos, entretanto altamente coordenados. O sistema simpático está envolvido no gasto de energia (catabolismo), permitindo que o corpo utilize energia de forma apropriada para responder a situações de estresse e emergências, como em uma situação de “luta ou fuga”. A ativação do sistema simpático resulta na dilatação da pupila, ereção dos pelos, constrição dos vasos cutâneos, sudorese, liberação de adrenalina, broncodilatação, aumento da contratilidade cardíaca e redução da digestão. obs A NOREPINEFRINA É O TRANSMISSOR SIMPATICO (sao neurotransmissores que agem nos diferentes órgãos para causar os efeitos simpáticos) obs nos rins aumento da secreção de renina, vasocoonstrição, aumento da reabsorção tubular de na+ b) O que é sistema nervoso parassimpatico? O sistema nervoso parassimpático (SNPS) é uma divisão do sistema nervoso autônomo que controla a atividade da musculatura lisa e cardíaca e das glândulas. Juntamente com o sistema simpático, forma o sistema nervoso autônomo (SNA). A divisão parassimpática consiste em nervos que se originam do cérebro e dos segmentos sacrais da medula espinal, e por esta razão, também é chamada de diAs funções do sistema nervoso parassimpático são comumente descritas como responsáveis pelos processos de "descanso ou digestão", porque esse sistema está envolvido na diminuição da frequência cardíaca, no relaxamento dos esfíncteres dos tratos gastrointestinal e urinário, e no aumento da atividade glandular e intestinal. O resultado final é o armazenamento de energia e a regulação das funções do corpo, como a digestão e a micção. É o contrário do sistema nervoso simpático (SNS), cuja função é descrita como a resposta de "luta ou fuga", que ocorre em situações estresse antes e tem funções opostas. O SNPS UTILIZA A ACETILCOLINA que atua nos receptores muscarínicos e nicotínicos, como principal neurotransmissor. c) EFEITOS DA ESTIMULAÇÃO SIMPÁTICA E PARASSIMPATICA: OXIDO NITRICO, ENDOTELINA, PROSTAGLANDINA (AINES), ANGIOTENSINA E TROMBOXANO Essencialmente, todos os vasos sanguíneos renais, incluindo as arteríolas aferentes e eferentes, são ricamente inervados pelas fibras nervosas simpáticas. A forte ativação dos nervos simpáticos renais pode produzir constrição das arteríolas renais e diminuir o fluxo sanguíneo renal e a FG. A estimulação simpática leve ou moderada tem pouca influência no fluxo sanguíneo renal e na FG. Por exemplo, a ativação reflexa do sistema nervoso simpático, resultante de diminuições moderadas na pressão dos barorreceptores do seio carotídeo ou receptores cardiopulmonares, tem pouca influência sobre o fluxo sanguíneo renal ou a FG. Entretanto, mesmo aumentos ligeiros na atividade simpática renal podem provocar uma redução na excreção de sódio e água, ao elevar a reabsorção tubular renal. Os nervos simpáticos renais parecem ser mais importantes na redução da FG durante distúrbios graves agudos que duram de alguns minutos a algumas horas, tais como os suscitados pela reação de defesa, isquemia cerebral ou hemorragia grave. No indivíduo saudável em repouso, o tônus simpático parece ter pouca influência sobre o fluxo sanguíneo renal. Oxido nitrico:Autacoide que diminui a resistência vascular renal liberado pelo endotélio vascular de todos os capilares do corpo, é o óxido nítrico derivado do endotélio. O nível basal de produção do óxido nítrico parece ser importante para a manutenção da vasodilatação dos rins, porque ele permite que os rins excretem quantidades normais de sódio e água. Portanto, a administração de fármacos que inibem a síntese normal de óxido nítrico aumenta a resistência vascular renal e diminui a FG, reduzindo também a excreção urinária de sódio, o que pode causar aumento da pressão sanguínea. Em alguns pacientes hipertensos ou em pacientes com aterosclerose, o dano ao endotélio vascular e a produção prejudicada de óxido nítrico podem contribuir para o aumento da vasoconstrição renal e para a elevação da pressão sanguínea. (Obs: O óxido nitrico é especialmente secretado por terminais nervosos em áreas encefálicas responsáveis pelos comportamentos a longo prazo e de memória. O óxido nitrico difere dos outros neurotransmissores de pequena molécula por seu mecanismo de formação, no terminal pré-sináptico, e por sua ação no neurônio pós-sináptico, O óxido nítrico não é formado e armazenado em vesiculas no terminal pré-sináptico como os outros neurotransmissores, Na verdade, é sintetisado ue instantaneamente, conforme sua necessidade, quando se difunde para fora dos terminais pré-sinapticos em vez de ser liberado em embalagens vesiculares. Em seguida, difunde-se para os neurônios pós-sinápticos adjacentes. No neuronio pós-sinaptico o óxido nitrico, em geral, não induz grandes alterações do potencial de membrana, mas, na verdade, modifica as funções metabólicas intracelulares que promovem alterações na excitabilidade do neuronio por segundos, minutos ou até mesmo por mais tempo.) Endotelina: Peptideo vasoconstritor que pode ser liberado por células endoteliais vasculares lesionadas dos rins, assim como por outros tecidos. Seu papel fisiológico ainda não está completamente esclarecido, entretanto, a endotelina pode contribuir para a hemostasia (minimizando a perda sanguínea) quando um vaso sangupineo é cortado, o que lesiona o endotélio e libera este vasoconstritor. Os níveis de endotelina plasmática também estão aumentados em várias doenças associadas à lesão vascular, tais como insuficiência renal aguda e uremia crônica e podem contribuir para a vasoconstrição renal e diminuição da FG. Prostaglandina: Hormônio e autacoide que causa a vasodilatação e aumento do fluxo sanguineo renal e da FG, embora esse vasodilatador não pareça ter importância significativa na regulação do fluxo sanguíneo renal ou da FG, em condições normais ela poe amenizar os efeitos vasoconstritores renais dos nervos simpáticos ou da angiotensina II, especialmente os efeitos constritores sobre as arteríolas aferentes. Pela oposição da vasoconstrição das arteriolas aferentes, as prostaglandinas podem ajudar a evitar reduções excessivas na FG e no fluxo sanguíneo renal. Sob condições de estresse, tais como depleção volumetrica ou após cirurgias, a administração de anti-inflamatórios não esteroides, como a aspirina que inibe a síntese de prostaglandinas, pode causar reduções significativas naFG. Prostaglandina e os AINEs: Anti-inflamatórios não esteroides (aines) são medicamentos analgésicos simples, a maioria são administrados oralmente e são ácidos orgânicos fracos que atuam principalmente nos tecidos inflamados e se ligam, significativamente, à albumina plasmática. Pacientes com hipoalbuminemia (devido, por exemplo, a cirrose ou artrite reumatoide ativa) têm maiores concentrações da forma livre da droga, que corresponde a sua forma ativa.Sua absorção é rápida (entre 1 a 4 horas) e completa no sistema gastrointestinal, depois da administração oral. Não atravessam imediatamente a barreira hematoencefálica e são metabolizados principalmente pelo fígado. Os AINEs têm alta biodisponibilidade devido a um limitado metabolismo hepático de primeira passagem. A biotransformação é, em grande parte, hepática, com metabólitos excretados na urina.Essencialmente, todos AINEs são convertidos em metabólitos inativos pelo fígado e são, predominantemente, excretados pela urina, embora o sulindaco também possa ser metabolizado no rim. Alguns AINEs e seus metabólitos têm excreção biliar. Os efeitos terapêuticos e colaterais dos AINES resultam principalmente da inibição das enzimas COX. Com isso, acaba prejudicando a transformação final do ácido araquidônico em: prostaglandinas, prostaciclina e tromboxanos. Angiotensina: é importante ressaltar a existência da angiotensina I e angiotensina II. Pois bem, a angiotensina I é “resultado” da ação da enzima renina sobre outra proteína plasmática, a globulina referida como substrato de renina (angiotensinogênio), que acaba por liberar um peptideo com 10 aminoácidos, a ANGIOTENSINA. A angiotensina I tem ligeiras propriedades vasocons mas não suficiente para causar alterações significativas na função circulatória. Segundos após a formação da angiotensina I, dois aminoacidos adicionais são removidos formando o peptideo de oito aminoacidos angiotensina II (conversão ocorre em grande parte nos pulmçoes). A angiotensina II é vasoconstritor extremamente potente e afeta a função circulatória por outros modos. , entretanto, ela permanece no sangue por apenas 1-2 minutos por ser rapidamente inativada por múltiplas enzimas sanguíneas (angiotensinases). A angiotensina II exerce dois efeitos principais capazes de aumenta a pressão arterial 1) a vasoconstrição em muitas áreas do corpo que ocorrem rapidamente e se dá de modo muito intenso nas arteríolas e com intensidade menor nas veias . 2 diminui a excreção e sal e de água pelos rins essa ação eleva lentamente o volume do liquido extracelular, o que aumenta a pressão arterial durante as horas e dias subsequentes. Esse efeito a longo prazo, agindo pelo mecanismo de controle do volume do liquido extracelular, é ainda mais potente que a vasoconstrição aguda na elevação eventual da pressão arterial. Angiotensina II age no tubulo proximal, porçÕ ascendente espessa da alça de henle/tubulo distal e no tubulo coletor com efeito de aumentar a reabsorção de NaCl e água e aumentar a secreçao de h+. Receptores para a angiotensina II estão presentes em quase todos os vasos sanguineos dos rins (porém os vasos pré glomerulares, arteriolas aferentes principalmente, parecem estar relativamente protegidos do da constrição mediada le,a angiotensina II na maioria das condições fisiologicas associadas a ativação do sistema renina-angiotensina tais como dieta pobre em sódio duradoura ou pressão de perfusão renal. Essa proteção se deve a liberação de vasodilatadores, especialmente óxido nitrico e e prostaglandinas, que neutralizam o efeito vaso constritor da angiotensina II). Tromboxano: É considerado um prostanoide (eicosanoides ou acidos graxos de 20 carbonos sintetizados via enzima ciclooxigenas COX da cascata do acido araquidonico) vasoconstritor. Nos vasos menores as plaquetas são responsáveis por grande parte da vasoconstrição pela liberação da substância vasoconstritora tromboxaano a2. Por conta de suas propriedades vsoconstritoras, o tromboxano pode afetar negativamente o fluxo sanguineo renal e a FG (lembrar que
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