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HEPATITE Pneumonia

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HEPATITE – B
 É uma doença infecciosa que afeta o fígado causada pelo vírus da hepatite B (VHB). O vírus pode causar infeções tanto agudas como crónicas. Durante a infeção inicial aguda muitas pessoas não manifestam sintomas. Em algumas pessoas os sintomas manifestam-se de forma súbita e incluem vómitos, pele amarela, fadiga, urina de cor escura e dor abdominal. Os sintomas podem demorar entre 30 a 180 dias até se manifestarem e geralmente manifestam-se ao longo de várias semanas. Só muito raramente é que a infeção inicial causa morte. 90% das pessoas infetadas por volta o nascimento desenvolvem hepatite B crónica, embora após os cinco anos de idade isso só se verifique em 10% dos casos. A maior parte das pessoas com doença crónica não manifestam sintomas. No entanto, encontram-se em risco acrescido de desenvolver cirrose e cancro do fígado. Estas complicações são a causa da morte de 15 a 25% das pessoas com hepatite B crónica.
O vírus é transmitido pela exposição ao sangue ou fluidos corporais de uma pessoa infetada. A via de transmissão mais comum em regiões endémicas é a infeção durante o nascimento ou a partir da mãe ou pelo contato com sangue infetado durante a infância. As vias de transmissão mais comum em regiões onde a doença é rara são a partilha de seringas entre consumidores de droga e através de relações sexuais. Entre outros fatores de risco estão o trabalho na prestação de cuidados de saúde, transfusões de sangue, hemodiálise, viver com uma pessoa infectada, viajar para regiões onde a doença é endémica e o internamento em instituições. Durante a década de 1980, as tatuagens e a acupuntura foram responsáveis por um número significativo de casos; no entanto, com a melhoria da esterilização isto tem vindo a diminuir. Os vírus da hepatite B não são transmitidos por dar a mão, por partilhar talheres, por beijar, abraçar, tossir, espirrar ou amamentar. A infeção pode ser diagnosticada entre 30 a 60 após a exposição. O diagnóstico é geralmente feito através de análises ao sangue que confirmam a presença de partes do vírus ou de anticorpos contra o vírus.  A doença é um dos cinco tipos conhecidos de vírus da hepatite: A, C, D e E.
Desde 1982 que a doença é evitável através de imunização com a vacina contra hepatite B. A Organização Mundial de Saúde recomenda a vacinação desde o primeiro dia de vida sempre que possível. Para que a vacina seja completamente eficaz, são posteriormente necessárias duas ou três doses complementares. 
SINAIS E SINTOMAS:
A infeção aguda pelo vírus da hepatite B está associada à hepatite viral aguda – uma doença que se manifesta por sentimento geral de mal estar, perda de apetite, náuseas, vómitos, dores no corpo, febre ligeira e urina de cor escura, e que progride para o desenvolvimento de icterícia. No entanto, em algumas pessoas a infeção pode ser completamente assintomática e passar despercebida. O prurido na pele pode também ser um possível sintoma comum a todos os vírus de hepatite. A infeção crónica pelo vírus da hepaptite B pode ser assintomática ou estar associada a uma inflamação crónica do fígado que, no prazo de alguns anos, pode causar cirrose do fígado. As pessoas com a doença crónica são incentivadas a evitar o consumo de álcool, uma vez que isso aumenta o risco de cirrose e de cancro do fígado. O vírus da hepatite B tem sido associado ao desenvolvimento de nefropatia membranosa. 
Entre 1 e 10% das pessoas infetadas com o VHB manifestam sintomas para além do fígado, incluindo síndrome semelhante à doença do soro, vasculite aguda necrosante (poliarterite nodosa), nefropatia membranosa e síndrome de Gianotti-Crosti. O síndrome semelhante à doença do soro manifesta-se durante a fase aguda da doença, muitas vezes antecedendo o aparecimento de icterícia. As características clínicas são febre, erupções cutâneas e poliarterite. Estes sintomas muitas vezes diminuem depois do aparecimento de icterícia, mas podem persistir durante toda a duração da fase aguda de hepatite B. 
CAUSAS:
O vírus da hepatite B é um hepadnavírus - hepa, de hepatotrópico (atraído para o fígado) e dna, porque é um vírus de DNA - e tem um genoma circular de DNA de cadeia dupla parcial e apresenta celoma. Os vírus replicam através de uma forma intermediária de RNA por transcrição reversa, que, na prática, os relaciona com os retrovírus. Embora a replicação tenha lugar no fígado, o vírus propaga-se para o sangue, onde as proteínas virais e anticorpos contra eles são encontrados em pessoas infectadas.
TRANSMISSÃO:
O vírus existe no sangue, saliva, sémen, secreções vaginais e leite materno de doentes ou portadores assintomáticos. Sua transmissão pode ser realizada por contatos diretos com saliva, sangue ou outros fluidos corporais, através de relações sexuais, transfusão de sangue ou partilha de seringas para injeção de drogas. O vírus é muito mais resistente e de transmissão muito mais fácil que o HIV e persiste mais tempo nesses instrumentos, mas é destruído pela lavagem cuidadosa e esterilização pelo calor. Resiste por vezes ao pH baixo (ácido), calor moderado e temperaturas baixas. É capaz de sobreviver no ambiente exterior por pelo menos uma semana.
O vírus pode ser transmitido através da exposição a sangue ou fluidos corporais, tais como sêmen e secreções vaginais, contaminados. O DNA viral também já foi detectado na saliva, lágrimas e na urina de portadores crônicos. A infecção perinatal, ou seja durante o parto, é uma das principais vias de transmissão em áreas endêmicas, com cerca de 20% de risco de transmissão para mães HBsAg positivas e 90% caso também seja HBeAg positiva. Quanto mais cedo a gestante começar o tratamento, menor o risco de transmissão.
Grupos vulneráveis incluem profissionais de saúde, pessoas que recebem transfusões ou fazem diálise em países sem o devido controle, acupuntura, tatuagem, viajantes a locais endêmicos e residentes de instituições. Entretanto, o vírus da hepatite B não pode ser transmitido através de aperto de mão, compartilhamento de talheres ou copos, beijo, abraço, tosse ou espirro. O agente delta ou vírus da hepatite D é transmitido de doentes com ambos HBV e HDV para doente com HBV crónico apenas pelas mesmas vias e nos mesmos grupos de risco.
PREVENÇÃO:
A prevenção pela vacina é a melhor forma de combater a doença. Essa vacina é constituída pelos antigénios HBs, sem nenhuma partícula viral. Administra-se por inoculação. Se a pessoa após alguns meses apresentar anticorpos anti-HBs em suficiente número, não necessitam de mais injeções, mas aqueles com menor resposta requerem novas inoculações, geralmente três, espaçadas.

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