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Convecção Forçada Escoamento Interno Professor Dyrney Araújo dos Santos Universidade Federal de Goiás Curso de Engenharia Química site: www.dyrney.com 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.1 Escoamento no Interior de Tubulações a) Considerações Fluidodinâmicas Escoamento Dinamicamente Desenvolvido: a partir do local onde ocorre a fusão da camada-limite no eixo central do tubo (xcd,v). A velocidade u não varia mais com x, apenas com r. Escoamento Laminar (ReD<2300): , 0,05Re cd v D x D Escoamento Turbulento (ReD>2300): , 10 cd vx D Região sem efeitos viscosos Região de Entrada Região Plenamente Desenvolvida Região da camada limite xcd,v Comprimento de entrada dinâmico para a velocidade (xcd,v) sendo: Re médD DV Obs: A velocidade média é normalmente calculada na região plenamente desenvolvida 0 2 0 0 2 ( ) r r médV u r dr r b) Considerações Térmicas Escoamento Termicamente Desenvolvido: a partir do local onde ocorre a fusão da camada-limite no eixo central do tubo (xcd,t). Escoamento Laminar (ReD<2300): ,t 0,05Re Pr cd D x D Escoamento Turbulento (ReD>2300): ,t 10 cdx D Comprimento de entrada térmico (xcd,t) se Pr>1 implica xcd,v<xcd,t se Pr<1 implica xcd,v>xcd,t , logo , logo independe de Pr Obs1: em escoamentos desenvolvidos termicamente, a forma relativa do perfil de temperatura permanece inalterada, porém T(r,x) Condições na superfície (T const. ou q const.) Região de Entrada Região Plenamente Desenvolvida xcd,t Fluido sendo aquecido 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.1 Escoamento no Interior de Tubulações b) Considerações Térmicas Obs2: No escoamento desenvolvido, h independe de x xcd,t hcd,t hcd,t constante Temperatura Média: a temperatura média em uma determinada posição x é deduzida a seguir 0 2 0 0 2 ( )T(r) r r m méd T u r dr V r Visto da Termodinâmica que, para perfis de T uniformes na entrada e saída p sai entQ mc T T Para perfis não uniformes, define-se Tm de modo que a taxa convectiva real possa ser obtida pela integração abaixo ( ) T(r)p m p A mc T u r c dA Para cp e ρ constantes, tem-se: Lei de Resfriamento de Newton: logo, a taxa de transferência de calor pode ser dada por s mQ hA T T 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.1 Escoamento no Interior de Tubulações Região entrada Região completamente desenvolvida Tent Tsai b) Considerações Térmicas i) Condições na superfície do tubo: Fluxo de calor constante ao longo de x (q=cte) Obs1: Para um fluxo constante na superfície a diferença de temperaturas Ts-Tm é constante ao longo do tubo na região completamente desenvolvida Logo, , ,s s m p m sai m entQ hA T T mc T T Obs2: A temperatura média varia linearmente ao longo da tubulação. Na região de entrada, Ts-Tm aumenta pois h diminui (para que q seja constante) até que seja atingida uma condição plenamente desenvolvida 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.1 Escoamento no Interior de Tubulações b) Considerações Térmicas ii) Condições na superfície do tubo: Temperatura constante ao longo de x (Ts=cte) ΔTsai Tent ΔTent Tm aproximasse assintoticamente de Ts Obs1: Para Ts constante na superfície a diferença de temperaturas Ts-Tm varia exponencialmente ao longo da tubulação Logo, s mlQ hA T Sendo: ln sai ent ml sai ent T T T T T Caso específico: Caso a temperatura do fluido externo T∞ e não Ts for especificada, os mesmos resultados podem ser utilizados substituindo Ts por T∞ na média e h por U (coeficiente global de transferência). Logo, s mlQ UA T e 1 s tot U A R sendo Rtot a resistência total, convectiva e condutiva 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.1 Escoamento no Interior de Tubulações 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.2 Escoamento Laminar em Tubos Circulares i) Fluxo térmico na superfície uniforme Número de Nusselt independente de Pr e da posição axial a) Condições Plenamente Desenvolvidas ii) Temperatura na superfície uniforme sT = constante Número de Nusselt independente de Pr e da posição axial b) Condições de Entrada: Correlação de Hausen: Temperatura na superfície uniforme (Pr > 5). é o valor médio da entrada até x Obs: Todas as propriedades das correlações aqui devem ser avaliadas no valor médio da temperatura média, DNu m , ,saiT 2m ent mT T D 2 3 0,0668 Re Pr Nu 3,66 1 0,04 Re Pr D D D x D x para Obs: é o valor médio da entrada até x. Todas as propriedades, exceto μs (avaliada a Ts), devem ser avaliadas a 1 3 0,14 D Re PrD Nu 1,86 D s x 0,0044 9,75s b) Condições de Entrada: Correlação de Sieder-Tate: Temperatura na superfície uniforme. Aplicada para grandes variações de Ts-Tm, onde os efeitos da temperatura sobre a viscosidade são considerados DNu mT 6.8.3 Escoamento Laminares em Tubos Não Circulares Obs: Para Escoamento Laminar Completamente Desenvolvido os valores de Nu podem ser obtidos com a correlação de Kay-Crawford, cujos valores são dispostos na tabela a seguir para diferentes geometrias da seção transversal em função do diâmetro hidráulico da tubulação DH (DH = 4Ac/P) 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.2 Escoamento Laminar em Tubos Circulares 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção seção transversal 4,36 fluxo uniforme uniforme sT D HNu hD k 3,66 2,98 3,39 3,96 4,44 5,14 5,60 7,54 3,61 4,12 4,79 5,33 6,05 6,49 8,24 círculo retângulo elipse seção transversal fluxo uniforme uniforme sT 4,36 4,56 4,88 5,09 5,18 3,66 3,74 3,79 3,72 3,65 triângulo isósceles 2,45 2,91 3,11 2,98 2,68 1,61 2,26 2,47 2,34 2,00 9.8.3 Escoamento Laminares em Tubos Não Circulares sendo k avaliado a mT 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.4 Escoamento Turbulento em Tubos Circulares a) Correlação de Dittus-Boelter: aplicada para escoamento plenamente desenvolvido com gradientes moderados de temperaturas (Ts – Tm) para 0,7 Pr 16.700 Obs: todas as propriedades, exceto μs (avaliada a Ts), são avaliadas a . As equações acima são válidas para fluxo de calor uniforme ou temperatura constante na parede, e tubos lisos b) Correlação de Sieder-Tate: aplicada para escoamento plenamente desenvolvido com grandes variações de temperatura (Ts – Tm) 0,144 5 1 3 DNu 0,027Re PrD s para 0,6 Pr 160 n = 0,4 para aquecimento n = 0,3 para resfriamento mT 2 0,790ln Re 1,64Df Obs: Existem na literatura correlações mais recentes e mais precisas, tanto para fluxo quanto para temperatura uniformes na parede e tubos rugosos, tais como: c) Correlação de Petukhov: aplicada para escoamento plenamente desenvolvido d) Correlação de Gnielinski: aplicada para escoamento plenamente desenvolvido D 1 2 2 3 8 Re 1000 Pr Nu 1 12,7 8 Pr 1 Df f para 0,5 Pr 2000 63000 Re 5.10D D 1 2 2 3 8 Re Pr Nu 1,07 12,8 8 Pr 1 Df f para 0,5 Pr 2000 4 61.10 Re 5.10D Obs: Para tubos lisos o fator de atrito é dado pela equação ao lado, caso contrário deve ser obtido pelo diagrama de Moody. Propriedades avaliadas a Propriedades avaliadas a mT mT 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.4 Escoamento Turbulento em Tubos Circulares 5 . Convecção Diagrama de Moody para medir o fator de atrito (f) e) Correlação de Skupinski et al.: aplicada para fluxo constante na superfície e tubos circulares lisos 0,827 DNu 4,82 0,0185 Re PrD f) Correlação de Seban-Shimazaki: aplicada para temperatura constante na superfície e tubos circulares lisos 0,8 DNu 5,0 0,025 Re PrD para 3 23.10 Pr 5.10 3 53,6.10 Re 9,05.10D 2 410 Re Pr 10D para 3 53,6.10 Re 9,05.10D Re Pr 100D Obs: Para o escoamento turbulento plenamente desenvolvido envolvendo metais líquidos, tem-se as seguintes correlações Propriedades avaliadas a mT Propriedades avaliadas a mT 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.4 Escoamento Turbulento em Tubos Circulares 9.8.5 Escoamento Turbulento em Tubos Não Circulares Obs: Para escoamento turbulento plenamente desenvolvido em tubos de seção não circular, utiliza-se as correlações anteriores para seção circular substituindo o diâmetro D pelo diâmetro hidráulico da tubulação (DH) A metodologia, para escoamentos turbulentos se aplica para ReD ≥ 2300 e Pr ≥ 0,7. Exemplo de cálculo do diâmetro hidráulico: Tubo de seção quadrada de lado l. l l 2 cA l 4P l 24 4 H l D l HD l 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9.8.6 Escoamento em Região Anular entre Tubos Concêntricos A transferência de calor por convecção na região anular pode ocorrer tanto na superfície do tubo interno quanto na superfície do tubo externo Os fluxo são dados por: ,i i s i mq h T T ,ee e s mq h T T Logo, hi e he são dados por: qe Ts,e i H i h D Nu k e H e h D Nu k e e O diâmetro hidráulico é calculado a seguir: qi De 2 24 4e i H e i D D D D D H e iD D D 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção Regime de escoamento: Escoamento Laminar Completamente Desenvolvido a) Condições nas superfícies: uma superfície adiabática e a outra a uma temperatura uniforme Di / De Nui Nue Kay e Perkins (1972) 0 0,05 0,10 0,25 0,5 1,00 ___ 17,46 11,56 7,37 5,74 4,86 3,66 4,06 4,11 4,23 4,43 4,86 Propriedades avaliadas a mT 9.8.6 Escoamento em Região Anular entre Tubos Concêntricos 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção b) Condições nas superfícies: uma superfície adiabática e a outra com fluxo térmico uniforme Regime de escoamento: Escoamento Laminar Completamente Desenvolvido Di / De Nui Nue 0 0,05 0,10 0,20 0,4 0,6 ___ 17,81 11,91 8,499 6,583 5,912 4,364 4,792 4,834 4,883 4,979 5,099 0,8 1,00 5,58 5,385 5,24 5,385 Propriedades avaliadas a mT 9.8.6 Escoamento em Região Anular entre Tubos Concêntricos 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção Regime de escoamento: Escoamento Turbulento Completamente Desenvolvido Neste caso tem-se: hi ≈ he (região anular) • Utiliza-se o diâmetro hidráulico com a equação de Dittus-Boelter para 0,6 Pr 160 Aquecimento 4 5 0,40,023Re PrD DNu Resfriamento 4 5 0,30,023Re PrD DNu H e iD D D Propriedades avaliadas a mT 9.8.6 Escoamento em Região Anular entre Tubos Concêntricos 9.8 Convecção Forçada: Escoamento Interno 9 . Convecção 9 . Convecção Exercício Proposto: Considere uma região anular entre dois tubos concêntricos na qual os diâmetros interno e externo são de 25 mm e 50 mm. Água entra na região anular a 0,04 kg/s e com uma temperatura média de 25 °C. a) Se a parede do tubo interno for aquecida eletricamente a uma taxa (por unidade de comprimento de) 4000 W/m, enquanto a parede do tubo externo é termicamente isolada (taxa nula), qual deve ser o comprimento dos tubos para que a água atinja uma temperatura média de 85 °C na saída? b) Qual é a temperatura na superfície do tubo interno na saída, onde condições plenamente desenvolvidas podem ser consideradas? Introdução à Transferência de Massa por Difusão Professor Dyrney Araújo dos Santos Universidade Federal de Goiás Curso de Pós Graduação em Engenharia Química site: www.dyrney.com 10. Origem Física e Equações de Taxa 10.1 Origem Física Conceito: Transferência de massa é massa em trânsito como o resultado de uma diferença de concentrações de uma espécie em uma mistura Concentração da espécie B Concentração da espécie A Removendo-se uma divisória entre recipientes contendo duas espécies diferentes (A e B) ocorrerá um fluxo difusivo das espécies contrário ao gradiente de suas concentrações Transcorrido um tempo suficiente, são atingidas concentrações uniformes de A e B, e não há mais transporte líquido da espécie A ou da espécie B através do plano. Observação: A difusão mássica pode ocorrer em líquidos, sólidos e gases. Sólido Líquido Gás Facilidade de Difusão < < A transferência de massa é fortemente influenciada pelo espaçamento molecular. 10.2 Composição de Misturas 10. Origem Física e Equações de Taxa i i iM C Em uma mistura qualquer constituída por dois ou mais constituintes químicos (espécies), denotados aqui pelo índice “i”, tem-se as seguintes definições: Concentração mássica (ρi): massa do componente i (mi) presente num volume V, por unidade de volume i i m V Concentração molar (Ci): quantidade de moles de i (ni) presentes num volume V, por unidade de volume i i n C V A concentração mássica (kg/m3) e a concentração molar (kmol/m3) estão relacionadas através da massa molar da espécie, Mi (kg/kmol), de modo que i i i ii i i m m mC n M 10.2 Composição de Misturas 10. Origem Física e Equações de Taxa Como ρi representa a massa da espécie i por unidade de volume da mistura, a densidade da mistura é dado por i i Analogamente, o número total de mols por unidade de volume da mistura é i i C C Fração mássica de um componente i (wi): relação entre a massa do componente i e a massa total contida no volume V i iw Fração molar de um componente i (xi): relação entre o número de moles do componente i e o número de moles total no volume i i C x C i iw i iC x C logo logo 1i i w 1i i x 10.2 Composição de Misturas 10. Origem Física e Equações de Taxa Mistura de gases Ideais: para uma mistura de gases ideais, a concentração mássica e a concentração molar de qualquer constituinte estão relacionadas à pressão parcial do constituinte (Pi) através da lei do gás ideal. Logo: i i P C RT e i i i M P RT sendo T e R a temperatura e a constante dos gases ideais, respectivamente. John Dalton (1766-1844) Lei de Dalton: “Numa mistura de gases ideais, a pressão de cada componente é independente da pressão dos demais, a pressão total (P) é igual à soma das pressões parciais dos componentes” i i P Pi i i C P x C P Logo, i iP x P 10.3 Lei de Fick para a Difusão Mássica 10. Origem Física e Equações de Taxa Adolf Eugen Fick (1766-1844) A AB Aj D w * A AB AJ CD x Lei de Fick: representa a equação da taxa para a difusão mássica, sendo que para a transferência da espécie A em uma mistura binária de A e B, ela pode ser escrita na forma vetorial como em termos mássicos em termos molares ou Sendo: Aj ABD * AJ : fluxo mássico difusivo da espécie A [kg/(m2.s) no S.I.] : fluxo molar difusivo da espécie A [kmol/(m2.s) no S.I.] : coeficiente de difusividade [m2/s no S.I.] Logo, o fluxo mássico ou molar da espécie A é proporcional ao gradiente da fração mássica ou molar de A, respectivamente. O sinal negativo indica que o fluxo é contrário ao gradiente. 10.3 Lei de Fick para a Difusão Mássica 10. Origem Física e Equações de Taxa Difusividade DAB em gases: 10 -5 m2/s < DAB < 10 -4 m2/s Admitindo comportamento de gás ideal, a teoria cinética pode ser usada para mostrar que (ver maiores detalhes em Bird et. al): Difusividade DAB em líquidos: 10 -9 m2/s < DAB < 10 -8 m2/s Para soluções líquidas binárias, é necessário confiar exclusivamente em medições experimentais. Normalmente DAB aumenta com o aumento da temperatura (Incropera e Dewitt). Difusividade DAB em sólidos: 10 -33 m2/s < DAB < 10 -9 m2/s 3 2 AB T D P DAB em gases aumenta com a temperatura e diminui com a pressão O mecanismo da difusão de gases, líquidos e sólidos em sólidos é extremamente complicado e teorias generalizadas não estão disponíveis (Incropera e Dewitt). 10.3 Lei de Fick para a Difusão Mássica 10. Origem Física e Equações de Taxa Dados de difusão binária e misturas selecionadas a uma atmosfera (Incropera e Dewitt) Substância A Substância B T (K) DAB (m 2/s) Gases NH3 Ar 298 0,28 x 10 -4 H2O Ar 298 0,26 x 10 -4 CO2 Ar 298 0,16 x 10 -4 Naftaleno Ar 300 0,62 x 10 -5 Soluções Diluídas Cafeína H2O 298 0,63 x 10 -9 Etanol H2O 298 0,12 x 10 -8 Glicose H2O 298 0,69 x 10 -9 Sólidos O2 Borracha 298 0,21 x 10 -9 H2 Fe 293 0,26 x 10 -12 Al Cu 293 0,13 x 10-33 10.4 Transferência de Massa em Meios Não Estacionários 10. Origem Física e Equações de Taxa Comentário: A difusão de uma espécie sempre envolve o movimento de moléculas ou átomos de um local para o outro o que pode desencadear um movimento global macroscópico. Neste caso, além do fluxo difusivo (dado pela Lei de Fick), tem-se que levar em consideração o fluxo advectivo. Conceito de Fluxo mássico (ou molar) absoluto de uma espécie ρA0 ρB0 ρA ρB Para tanto, considere as espécies A e B em uma mistura binária onde ocorre uma reação: A → B V BV AV Desta forma, tem-se: ρA0 > ρA e ρB0 < ρB sendo: = velocidade absoluta da espécie A (difusão + advecção)AV = velocidade absoluta da espécie B (difusão + advecção)BV = velocidade mássica média para a misturaV E, consequentemente, 0 difusão para frente 0 contradifusão A B V V V V 10. Origem Física e Equações de Taxa Os fluxos mássicos absolutos para as espécies A ( ) e B ( ) estão relacionados com suas respectivas velocidades absolutas por Uma velocidade mássica média para a mistura pode, então, ser obtida a partir de dividindo tudo por ρ, tem-se 10.4 Transferência de Massa em Meios Não Estacionários A A An V An Bn B B Bn V e A B A A B BV n n n V V A A B BV w V w V OBS: É a velocidade mássica média que é requerida nas equações que representam as conservações de massa, de momento e energia. Desta forma, pode-se também definir o fluxo mássico difusivo da espécie A em relação à velocidade mássica média da mistura como A A Aj V V logo A A An j V Fluxo absoluto Fluxo difusivo Fluxo advectivo 10. Origem Física e Equações de Taxa Substituindo a Lei de Fick e as relações dos fluxos definidas anteriormente, pode-se reescrever a equação anterior como 10.4 Transferência de Massa em Meios Não Estacionários A AB A A A Bn D w w n n Observação: caso não haja fluxo advectivo, a segunda parcela do lado direito das equações 1 e 2 acima se anulam, sobrando, apenas, o fluxo difusivo dado pela Lei de Fick, ou seja De forma análoga, para a espécie B, teremos: B B Bj V V B AB B B A Bn D w w n n logo B B Bn j V Fluxo absoluto Fluxo difusivo Fluxo advectivo Eq.1 Eq.2 A A AB An j D w e B B AB Bn j D w Visto que numa mistura binária: 0A Bj j OBS: PROVE USANDO AS RELAÇÕES ANTERIORES!!!!!! 10. Origem Física e Equações de Taxa O mesmo procedimento pode ser usado para se obter resultados em Base Molar 10.4 Transferência de Massa em Meios Não Estacionários A A AN C V B B BN C V * A B A A B BN N N CV C V C V * A A B BV x V x V * *A A AJ C V V * * A A AN J C V A AB A A A BN CD x x N N * * 0A BJ J Os fluxos molares absolutos para as espécies A ( ) e B ( ) estão relacionados com suas respectivas velocidades absolutas por AN BN e e a velocidade molar média da mistura ( ), é obtida de *V OBS: a velocidade molar média é diferente da velocidade mássica média. Finalmente, assim como foi feito para o fluxo mássico, o fluxo molar absoluto tonar-se: logo Fluxo absoluto Fluxo difusivo Fluxo advectivo Observação: caso não haja fluxo advectivo, a segunda parcela do lado direito da equação acima se anula, sobrando, apenas, o fluxo difusivo dado pela Lei de Fick, ou seja * A A AB AN J CD x visto que 10. Origem Física e Equações de Taxa 10.5 Aproximação de Meio Estacionário Observação 1: Quando a difusão de uma quantidade muito pequena da espécie A ocorre no interior de uma espécie B estagnada, o movimento molecular associado à transferência de massa NÃO INDUZIRÁ MOVIMENTAÇÃO GLOBAL SIGNIFICATIVA DO MEIO A A AB An j D w * A A AB AN J CD x Logo, neste caso podemos assumir: Observação 2: Além disso, como a concentração da espécie A é pequena, a massa específica (ρ) ou a concentração molar total (C) é aproximadamente aquela do meio hospedeiro, a espécie B. 10.6 Equação da Conservação da Massa para Componentes em Mistura 10. Origem Física e Equações de Taxa x y z ,x ,x A A n n dydz dx dydz x ,xAn dydz , ,y A y A n n dxdz dy dxdz y ,yAn dxdz ,zAn dxdy ,z ,z A A n n dxdy dz dxdy z Comentário: Qualquer espécie A pode entrar e sair de um volume de controle infinitesimal devido tanto ao movimento do fluido quanto à difusão através da superfície de controle. Da lei de conservação da massa para uma espécie A qualquer, tem-se: Análise dos termos de entrada e saída: considere as taxas de massa da espécie A que transpassam as faces de um volume de controle infinitesimal em uma mistura binária (espécies A e B). O volume do elemento abaixo é dado por dxdydz ,entra ,gerada ,sai ,acumuladaA A A AM M M M 10. Origem Física e Equações de Taxa As taxas mássicas de entrada e saída da espécie A do volume podem ser resumidas na tabela abaixo Faces Taxa mássica de entrada [MT-1] Taxa mássica de saída [MT-1] x y z nA,ydxdz nA,xdydz nA,zdxdy ,x ,x A A n n dydz dx dydz x ,y ,y A A n n dxdzdy dxdz y ,z ,z A A n n dxdy dz dxdy z 10.6 Equação da Conservação da Massa para Componentes em Mistura Análise do termo de geração: adicionalmente, podem existir reações químicas volumétricas (homogêneas) em todo o meio. A taxa na qual a espécie A é gerada no interior do volume de controle devido a essas reações é representada por A,gerada AM n dxdydz Sendo a taxa de aumento ou diminuição da massa de A por unidade de volume da mistura [kg/(m3.s) no S.I.] An 10. Origem Física e Equações de Taxa Finalmente, retornando à equação do balanço de massa para a espécie A no volume de controle infinitesimal, e substituindo os respectivos termos, tem-se: A,xA A,x A,y A,z A,x A,y A,z A,y A,z A n dxdydz n dydz n dxdz n dxdy n dydz dxdydz t x n n n dxdz dydxdz n dxdy dzdxdy n dxdydz y z Após simplificações e dividindo tudo pelo volume infinitesimal dxdydz, tem-se: A,yA,x A,zA A nn n n t x y z Esta é a equação de conservação da massa para a espécie A em uma mistura Binária (espécies A e B). 10.6 Equação da Conservação da Massa para Componentes em Mistura Análise do temo de acúmulo: Todos os processos anteriores podem alterar a massa da espécie A acumulada no interior do volume por meio da taxa A A,acumuladaM dxdydz t 10. Origem Física e Equações de Taxa Na forma compacta, em termos do divergente, tem-se: A A A.n n t De forma similar, a equação em termos da concentração molar pode ser obtida dividindo-se a equação anterior por MA (massa molar de A) A A A C .N N t Sendo agora a taxa de aumento ou diminuição de mols de A por unidade de volume da mistura [mol/(m3.s) no S.I.] AN Observação: Numa mistura binária, a soma entre as equações de conservação das massas das espécies A e B resultará em uma equação semelhante à equação da continuidade A A A.n n t B B B.n n t . V 0 t Tem-se que A Bn n 0 A massa de um componente que desaparece devido a uma reação química é igual a massa de outros componentes que aparecem, ao contrário do número de moles. Porém A BN N 0 10.6 Equação da Conservação da Massa para Componentes em Mistura 10. Origem Física e Equações de Taxa a) Sistema envolvendo difusão e advecção com ρ (ou C) e DAB constantes, Transiente e Sistema Reacional A A A.n n t 10.7 Casos Especiais A AB A A A B A. D w w n n n t Logo: 2A A AB A AV . D n t ou, em termos de moles: * * 2A A A AB A A C V . C C .V D C N t OBS: PROVE USANDO AS RELAÇÕES ANTERIORES b) Meio estacionário (apenas fluxo difusivo) com ρ (ou C) e DAB constantes, Transiente e Sistema Reacional 2A AB A AD n t ou, em termos de moles: 2A AB A A C D C N t tem-se: 10. Origem Física e Equações de Taxa 10.7 Casos Especiais c) Meio estacionário (apenas fluxo difusivo) com ρ e DAB constantes, Transiente e Sistema Não Reacional 2A AB AD t ou, em termos de moles: 2A AB A C D C t tem-se: d) Meio estacionário (apenas fluxo difusivo) com ρ e DAB constantes, Estado estacionário e Sistema Não Reacional 2 AB AD 0 ou, em termos de moles: 2 AB AD C 0 tem-se: 10. Origem Física e Equações de Taxa 10.8 Equação Geral da Conservação da Massa para Componentes em Mistura em Diferentes Sistemas de Coordenadas A2A Ar A A2 NC 1 1 1 r N sen N N t r r rsen rsen A2A Ar A A2 n1 1 1 r n sen n n t r r rsen rsen AA AzAr A n n1 1 rn n t r r r z AA AzAr A NC N1 1 rN N t r r r z A,yA,x A,zA A nn n n t x y z A,yA,x A,zA A NN NC N t x y z Sistema de Coordenadas Cartesianas: Sistema de Coordenadas Cilíndricas: Sistema de Coordenadas Esféricas: 10. Origem Física e Equações de Taxa 10.9 Condições de Contorno 1) Concentrações constantes na superfície (Ex: em x = 0) (Condição de Dirichlet) A A,sC 0,t C A A,sx 0,t x A A,s0,t A A,sw 0,t w em termos molares: ou em termos mássicos: ou 2) Fluxo na superfície constante (Ex: em x = 0) (Condição de Neumann) em termos molares: ou em termos mássicos: *A AB A,s x 0 x CD J x A AB A x 0 w D j x 3) Superfície impermeável (Ex: em x = 0) em termos molares: ou em termos mássicos: A x 0 x 0 x A x 0 w 0 x 10. Origem Física e Equações de Taxa 10.9 Condições de Contorno 4) Evaporação e Sublimação: transferência de A para uma corrente gasosa 5) Solubilização de Gases em Líquidos e Sólidos: transferência de A para um líquido ou sólido Lei de Raoult A A A,satP 0 x 0 P sendo: PA: pressão parcial de A na fase gasosa xA: fração molar de A no líquido ou sólido na interface PA,sat: pressão de saturação da espécie A na temperatura da superfície Hipóteses: fase gasosa comporta-se como gás ideal e fase líquida ou sólida com alta concentração de A Lei de Henry A AP 0 x 0 H sendo: PA: pressão parcial de A na fase gasosa xA: fração molar de A no líquido ou sólido na interface H: constante de Henry (Tabelado) Hipóteses: espécie A fracamente solúvel no líquido ou no sólido
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