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Resenha do capítulo “crise, crescimento e modernização autoritária: 1930-1945” da obra “A ordem do progresso” de Marcelo de Paiva Abreu
João Vitor Ianovalli Cassia – 41547233
Matutino
Este capítulo, o qual está dividido em três sessões, busca apresentar a formulação e a implementação das políticas econômicas entre os governos de Getúlio Vargas desde o período do auge da crise em 1930 até as políticas do Estado Novo e mudanças estruturais associadas à guerra.
A “grande depressão” trouxe um severo impacto na economia mundial o que demonstrou que as restrições externas foram os principais determinantes nas linhas das políticas econômicas.
No contexto político, foi indicado um caminho para a radicalização tanto de esquerda quanto de direita e marcada pelas demandas não atendidas da revolução constitucionalista de 1932.
Por conta da crise de 29, os preços das exportações brasileiras caíram diminuindo o fluxo de capitais do país, resultando em deterioração e queda das reservas. Em relação às políticas econômicas, pode-se dizer que foi adotada uma política fiscal expansionista, onde negaram os gastos do governo, especialmente na aquisição de café para destruição que foi seguida por uma política monetária também expansionista para financiar tais gastos do governo, mesmo com os mil-réis sofrendo uma desvalorização de 55%, não houve uma recuperação econômica, além de que, prejudicou a economia cafeeira porque esta é inelástica aos preços. Quanto à política cambial:
“Em 1930-31 adotou-se uma política cambial aparentemente liberal, mas na prática restritiva, decretando-se moratórias sucessivas em relação às dividas em moeda estrangeira. Em setembro de 0931, a situação tornou-se insustentável, os pagamentos relativos A divida publica externa foram suspensos, reintroduzindo-se o monopólio cambial do Banco do Brasil.” (ABREU, 1990, p 74.).
Apesar da conjuntura, a indústria foi protegida por conta do controle de importações e queda generalizada dos preços das commodities e por conta desta crise cambial e da recessão internacional, aumentou a dívida publica brasileira e diminuiu o fluxo de investimentos europeus ao país. Os investimentos americanos eram aplicados em setores “modernos” como a indústria de transformação e atividades comerciais. Já os britânicos concentravam-se em setores “tradicionais” como serviços públicos e buscavam receber logo o pagamento da dívida enquanto os EUA mantiveram o Brasil a sua influencia.
A desvalorização cambial e o controle de importações reorientavam a demanda interna para produtos nacionais, revertendo novamente o BP via balança comercial, que como resultado a oferta nacional vê uma drástica redução na participação das importações.
O abandono do padrão-ouro em 1930 pôs fim à pressão sob a base monetária e impediu que a crise internacional tivesse efeitos piores sobre a economia brasileira. Apesar de cair 9% entre 28-30, o produto industrial cresceu 10% entre 32-39, além de que a participação das importações na oferta total caiu de 45% para 20% neste período o que mostrou que o comportamento da indústria não era exclusivamente dependente do café.
Em 1934, o qual foi chamado de Governo Constitucional, onde o alívio do balanço de pagamentos associado ao descongelamento de atrasos cambiais não resultou em melhoria da escassez de cobertura cambial. Foi enviado ao Brasil, John Willians para avaliar a situação cambial brasileira:
“Willians reconheceu que a solução do problema cambial não dependia das autoridades brasileiras e sim da recuperação do nível de comercio internacional e da redução dos obstáculos ao livre comercio. O controle cambial só havia sido adotado após o esgotamento das políticas de exportação de reservas e de depreciação cambial.” (ABREU, 1990, p 83.).
 Portanto pode-se dizer que o contexto econômico era de escassez de cobertura cambial, onde se gastavam recursos sem correspondente que o sustente no balanço de pagamentos, levando à necessidade de sucessivas negociações para arcar com as dividas passadas e alcançar maior “folga” cambial.
O crescimento econômico observado no período foi caracterizado por uma nova composição, onde a indústria crescia numa média de 11% enquanto a agricultura 2%. O PIB crescia numa media de 6,5% ao ano em função do encarecimento das importações virem acompanhado de políticas fiscal e monetária expansionistas. Em relação à economia externa, a expansão do comercio Teuto-brasileiro favorecia exportadores, importadores e consumidores, houve também uma prioridade às importações de bens necessários. Os norte-americanos fizeram exigências em relação a tais comércios, como redução de tarifas, redução do comercio entre Brasil e Alemanha, liberalização do regime cambial e pagamentos dos juros da dívida.
Entre 1936-1937 as reservas se acumularam, resultado do aumento das exportações e contenção das importações, permitindo a tal folga cambial e liberações das remessas de lucros.
A implantação do Estado Novo em 1937 consolidou a reversão da descentralização republicana, fortalecendo o poder central, houve perda de importância das relações comerciais com a Inglaterra e aumento nas relações externas com os Estados Unidos, alem da eclosão da II Grande Guerra.
O controle cambial e de importações depois de 1937 tornou-se o principal instrumento de política comercial. A política econômica teve por objetivos acelerar a industrialização, internalizando bens de capital e o Estado era visto como promotor do desenvolvimento.
“A missão Aranha aos Estados Unidos marca o início de longo período de relações especiais entre o Brasil e os EUA. Deve ser entendida no contexto das crescentes dificuldades enfrentadas pelo Brasil em seu comércio de compensação com a Alemanha.”(ABREU, 1990, p.92.) 
Tal missão tinha com pautas de negociação, a defesa nacional, relações multilaterais no comercio, investimentos diretos, liberalização da política cambial e a criação de um Banco Central. A reação no Brasil não foram muito favoráveis, especialmente entre os militares, declarando que os pagamentos do serviço da divida interferiria com as importações essenciais, como equipamentos militares. Todavia os compromissos, em geral, foram honrados.
A eclosão da guerra resultou na perda de mercados de exportação que não foi compensada pelo aumento das compras dos aliados, reduzindo o saldo da balança comercial justamente quando se elevaram os compromissos financeiros. Só depois de 1941 a expansão das exportações foi regularizada devido à ajuda dos Estados Unidos.
A política monetária, que havia sido contracionista entre o fim de 1938 e o fim de 1939, passou a ser expansionista a partir de 1940, devido a pressões inflacionarias associada ao desequilíbrio da guerra e das políticas fiscal e de credito e o déficit publico que passou a ser financiado por emissões primarias.
No período de 1937-1939, o PIB brasileiro tinha uma taxa de crescimento de 3,5% a.a, o qual teve uma queda entre 1939-1942 para 0,4% a.a devido ao auge da guerra, mas que entre 1942-1945 passou a ser 6,4% a.a. 
Referência Bibliográfica 
ABREU, M. P. “Crise, crescimento e Modernização Autoritária: 1930-1945” in ABREU, M.P A ordem do Progresso. Rio de Janeiro: Campus, 1990.

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