Buscar

Atenção Farmacêutica no Brasil

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

No Brasil, a primeira proposta de consenso sobre Atenção Farmacêutica só ocorreu em 2002, definindo um modelo de prática profissional visando atender as necessidades farmacoterapêuticas dos pacientes e resolver problemas de sua medicação (OPAS, 2002).
Por conta dessa introdução recente e a pouca valorização da profissão farmacêutica no Brasil, essa prática profissional voltada para o paciente muitas vezes é confundida ou desconhecida pela população no geral.
	Segundo Ambiel (2013) um dos principais motivos para o distanciamento da prática da assistência farmacêutica no Brasil em relação ao preconizado, pode-se explicar pela grade curricular dos cursos de farmácia, em sua maioria tecnicista voltada para o desenvolvimento e obtenção de medicamentos, cosméticos ou alimentos, para atuação em áreas como análises clínicas e para a atuação na área de análises clínicas, com pouca atenção voltada diretamente à prática de Atenção Farmacêutica.
As atribuições do farmacêutico no Brasil vem sendo estudada e melhorada ao longo do tempo. Essa construção começou em 1980, envolvendo desde a pesquisa, produção e dispensação do medicamento (Angonesi, D., 2005).
Por volta dos anos 90 foi instituída a Política Nacional de Medicamentos (PNM), alterando o conceito de atenção farmacêutica, para garantir fatores como segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, uso racional e acesso da população aos medicamentos. Essa política responsabiliza o farmacêutico pela racionalização do uso de medicamentos e acesso do paciente ao mesmo (Angonesi, D., 2005).
Após reunião realizada em 2002 coordenada por profissionais da Opas, a Atenção Farmacêutica começou a ser citada como: 
“É um modelo de prática farmacêutica, desenvolvida no contexto da Assistência Farmacêutica. Compreende atitudes, valores éticos, comportamentos, habilidades, compromissos e co-responsabilidades na prevenção de doenças, promoção e recuperação da saúde, de forma integrada à equipe de saúde. É a interação direta do farmacêutico com o usuário, visando uma farmacoterapia racional e a obtenção de resultados definidos e mensuráveis, voltados para a melhoria da qualidade de vida. Esta interação também deve envolver as concepções dos seus sujeitos, respeitadas as suas especificidades biopsicossociais, sob a ótica da integralidade das ações de saúde.” (Opas; 2002)
Ou seja, Comparando com outros modelos e outros trabalhos, a Atenção Farmacêutica no Brasil foi estabelecida de maneira menos objetiva, estabelecendo de forma pouco clara a responsabilidade específica do farmacêutico que pratica atenção (Angonesi, D., 2005).
De acordo com Correr (2011), o Método Dáder está entre as metodologias mais citadas no Brasil, o Pharmacotherapy WorkUp e o Therapeutic Outcomes Monitoring (TOM). Todos esses visam fornecer ao farmacêutico algumas ferramentas e um pacote de abordagens e procedimentos para a realização do atendimento clínico.
A principal diferença entre o método Dáder e o método Minnesota (utilizado nos Estados Unidos), é na classificação dos problemas farmacoterapêuticos que baseia-se na adesão ao tratamento. Enquanto para o Método Dáder a não aderência ao tratamento é uma causa dos Problemas Relacionados ao Medicamento (PRM), enquanto para o modelo de Minnesota, a não aderência torna-se um problema farmacoterapêutico (Pereira, L. R. L; 2008).
Ambiel, I. S. S., & Mastroianni, P. D. C. (2013). Resultados da atenção farmacêutica no Brasil: uma revisão. Revista de Ciências Farmacêuticas Básica e Aplicada, 469-474.
Angonesi, D. (2005). A atenção farmacêutica: fundamentação conceitual e crítica para um modelo brasileiro [monografia]. Belo Horizonte (MG): Universidade Federal de Minas Gerais.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde. Portaria nº 3.916, de 30 de outubro de 1998. Aprova a Política Nacional de Medicamentos. Diário Oficial da União 1998; 10 nov. Seção 1, p. 18-22. 
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). Consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica: proposta. Brasília: Opas; 2002.
http://www.saude.sp.gov.br/resources/ipgg/assistencia-farmaceutica/otuki-metodoclinicoparaatencaofarmaceutica.pdf
Pereira, L. R. L., & de Freitas, O. (2008). A evolução da Atenção Farmacêutica e a perspectiva para o Brasil. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 44(4), 601-612.

Continue navegando