Pratica de pesquisa segurança publica

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PRÁTICA DE PESQUISA EM SEGURANÇA PÚBLICA
Prof. André Ferraz
Aula 06: A Fundamentação do Estudo.
ES
Aula 06: A Fundamentação do Estudo.
PRÁTICA DE PESQUISA EM SEGURAÇA PÚBLICA.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
Identificar as possíveis e adequadas dimensões que podem oferecer as condições de fundamentação científica requeridas dos estudos acadêmicos. 
Analisar os processos de pesquisa bibliográfica, levantamento documental e argumentação pertinente com vistas na fundamentação de pesquisas científicas. 
DI
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A intenção em evidenciar como um problema de pesquisa possui amarrações científicas. Isso é, contém raízes em outros conhecimentos que podem dimensioná-lo e lhe estabelecer o nível de aprofundamento e relação com as realidades teórica, empírica e fatual.
Logo, um problema de pesquisa adequadamente considerado uma investigação científica, precisa ser concebido como um objeto que, com seus resultados, possa responder as perguntas que vão acrescentar conhecimento ao contexto científico e a dar soluções. 
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
Para a fundamentação do com base teórica, ou validar um problema de pesquisa por meio da literatura consagrada, ou, ainda, obter dados que justifiquem as intenções de uma pesquisa científica sem um levantamento de dados, é necessário um levantamento para a obtenção de achados de outras pesquisas, informações contidas em relatórios diversos, conhecer as publicações sobre as pesquisas realizadas no campo do conhecimento do objeto do estudo.
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
O termo levantamento dos dados remete imediatamente a interpretação de se tratar do processo de coleta de informações que têm por finalidade responder o problema de pesquisa, atingir os objetivos do estudo e também contribuir com a comprovação da hipótese formulada para a investigação. Vez que os conteúdos relacionados ao estudo científico mantém necessária “coerência interna” entre os elementos que caracterizam o problema de pesquisa.
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
Com os desdobramentos das variáveis vão sendo esclarecidas e aprofundadas as intenções da pesquisa, numa relação de interdependência lógica que facilita a compreensão sobre como surgiu o problema e porque deve ser pesquisado. Mas não é somente isso que autentica e consolida um problema de pesquisa científica. É preciso preparar o leitor, o pesquisador ou estudioso, para admitirem que o que se quer pesquisar cumpre as exigências convencionadas pela Comunidade Científica e assim obter um olhar crítico favorável.
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
Dessa forma, ao pesquisador do estudo impõe-se um esforço intelectual que vai contribuir com o reconhecimento de que sua pesquisa está de acordo com as exigências científicas convencionadas, trata-se da fundamentação do estudo, que não se consegue realizar sem a tarefa auxiliar levantamento de dados por de três possíveis procedimentos: pesquisa documental, pesquisa bibliográfica e contatos diretos (pesquisa de campo).
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
Você precisa recordar quando nas aulas anteriores falamos na descrição da metodologia:
estudo descritivo - objetiva a descrição das características de determinado grupo ou fenômeno, identificando as relações entre variáveis. (pesquisa exploratória - quando buscam apenas possibilitar uma visão geral de tipo aproximativo; pesquisa explicativa - a descrição das especificidades, o aprofundamento e explicações).
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
pesquisa documental - se utiliza de fontes primárias para levantamento dos dados, restrita a dados colhidos em primeira mão pelo pesquisador, documentos, escritos ou não (fotografias, iconografias, pinturas...) do fato/fenômeno.
pesquisa bibliográfica - se utiliza de fontes secundárias, de toda a bibliografia já tornada pública em relação ao tema em estudo, desde publicações avulsas, boletins, jornais, revistas, livros, monografias, teses, conferências e debates transcritas, publicadas, quer gravadas...
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
“pesquisa de campo” - utilizada com a finalidade de obter informações ou conhecimento sobre um problema que se procura resposta, que se queira comprovar uma hipótese ou desvelar fenômenos e sua relação entre eles (entrevista, questionário, observação). 
Mesmo na decisão de iniciar qualquer pesquisa de campo, a primeira fase é a realização de um estudo detalhado de todas as fontes documentais, que vão servir de apoio indispensável à consecução do projeto idealizado da pesquisa pretendida.
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Assim, a análise da literatura relacionada vai favorecer a organização da pesquisa, impedir a publicação de equívocos, além de representar uma fonte imprescindível de dados que também vão orientar perguntas a ser investigadas.
A reunião das informações apuradas nesse processo, de maneira aproveitável e adequada pode variar de acordo com a habilidade do pesquisador, da sua experiência investigativa e da potencial condição em detectar possibilidades e subsídios importantes para a sua pesquisa.
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Os principais tipos de fontes documentos são:
primárias – informações dos contextos histórico, bibliográfico e estatístico; dados, pesquisas e material cartográfico; arquivos oficiais e privados; registros em geral; documentação pessoal com diários, memórias, autobiografias; correspondência pública ou particular.
secundárias – imprensa em geral e obras literárias.
terciárias – quando citados por outra pessoa.
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Marconi e Lakatos (2003) afirmam que os contatos diretos, pesquisa de campo ou de laboratório são desenvolvidos com indivíduos que vão fornecer informações ou sugerir possíveis fontes de dados de utilidade.
Enfatizam que a pesquisa bibliográfica e de campo podem ser realizadas num mesmo espaço de tempo. 
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
E, complementando, divulgam as formas de apresentação e de armazenamento dos documentos escritos:
Impressos - atas de reuniões, atlas, Bíblias, biografias, bulas (remédios), cartões-postais, coleções, constituições, fac-símiles, decisões judiciais, dicionários, dissertações e teses, enciclopédias, fascículos, fotografias, jornais, leis, livros, mapas e globos, microfichas, monografias, relatórios oficiais, relatórios técnico-científicos, resenhas, revistas..
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
Meios magnéticos e eletrônicos - arquivos em disquete, base de dados em CD-ROM, boletins eletrônicos (BBS), e-mails, FTPs, discos, discos compactos (CD – compact disc), fitas gravadas, homepages, filmes e vídeos, listas de discussões, microfilmes, slides (diapositivos).
Reuniões científicas - congressos jornadas, reuniões, conferências, workshops.
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
E, também vimos
o uso do método de análise dos textos selecionados nas bases de dados:
Leitura de reconhecimento - visão global do assunto, visando a progressão do conhecimento.
Leitura seletiva - escolha dos textos que melhor respondem aos propósitos do trabalho.
Leitura crítica ou reflexiva - permite o estudo do texto como ato consciente baseado em operações de análises, comparação, diferenciação, síntese e julgamento.
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
Leitura interpretativa - relação entre o que o autor afirma e os problemas para os quais o pesquisador está procurando a solução.
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PREPARANDO-SE PARA FUNDAMENTAÇÃO.
Além disso, outra preocupação imposta ao pesquisador, que complementa a tarefa de fundamentar o seu estudo é a definição dos termos e conceitos utilizados na elaboração desse texto de sustentação do problema de pesquisa é o de, sobre eles, oferecer:
Clareza; 
Compreensão;
Objetividade; e 
Adequação. 
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A DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS.
Uma das características da ciência é lidar com conceitos, termos simbólicos que traduzem sinteticamente as coisas e os fenômenos percebidos na natureza, no mundo psíquico dos seres humanos e na sociedade, direta ou indiretamente.
Para o esclarecimento do fato ou fenômeno que queira pesquisar e obter a possibilidade de mais bem divulgá-lo, sem interpretações distintas, faz-se necessária sua definição com precisão 
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A DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS.
A definição de todos os termos é importante para que, dessa forma, se evite interpretações equivocadas sobre eles.
O uso de termos adequados e de definições corretas, contribui com uma melhor compreensão da realidade observada.
Determinados conceitos podem estar completamente de acordo com os objetivos ou aos fatos que eles representam.
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A DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS.
Mas, é possível que alguns, menos utilizados, ofereçam interpretações diferentes e, mais, possam desencadear divergências sobre palavras ou expressões relacionadas à certas teorias e áreas do conhecimento, que comumente são utilizadas com entendimentos próprios devido a sua especificidade. É essa a razão pela qual os termos precisam ser definidos, esclarecidos, explicitados. 
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A DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS.
Caso o termo utilizado não corresponda ou não satisfaça ao entendimento que lhe fora atribuído, em outras palavras, se não tem o mesmo significado a ele relacionado, produzindo incertezas sobre isso, precisa ser substituído ou definido de maneira a que se impeça confusão de ideias.
o pesquisador não detém sua preocupação simplesmente nas palavras utilizadas em seu texto, mas, sobretudo nos conceitos que elas podem indicar, como também nos fatores da realidade empírica que elas evidenciam.
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A DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS.
Poderemos nos servir de dois tipos de definição:
Simples – quando somente traduzem o significado do termo ou expressão pouco conhecida.
Operacional – quando, para além do significado, contribui com exemplos, com a compreensão do conceito, facilitando a clareza sobre a experiência na realidade existencial.
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A DEFINIÇÃO DE TERMOS E CONCEITOS.
Os conceitos podem variar de significados e isso se relaciona ao quadro de referência ou ao campo científico que os estão empregando. 
Ex. o termo “cultura” pode ser empregado como conhecimento literário (popular), como conjunto dos fatores materiais, espirituais e psicológicos que configuram um grupo (Sociologia e Antropologia) e também, completamente diferente, o cultivo de bactéria (Biologia). Assim, a definição dos termos especifica e orienta o uso dos conceitos no estudo.
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A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTUDO.
Existem, pelo menos, duas formas de se fundamentar uma pesquisa científica. O que vai defini-la é a natureza da investigação. A partir do problema de pesquisa o pesquisador, certamente, saberá qual dimensão vai assegurar a exigência por uma fundamentação: Se na dimensão da teoria que norteará o estudo ou nas informações obtidas de outros estudos sistemáticos já publicados, ou seja, na teoria de base ou na revisão da bibliografia. 
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A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTUDO.
O propósito da pesquisa científica não se restringe somente a um relatório ou descrição de fatos que foram levantados empiricamente, mas o desenvolvimento de uma condição interpretativa que se refere aos dados apurados na investigação.
Sendo assim, torna-se extremamente necessário encontrar uma maneira de correlacionar a pesquisa com a dimensão teórica, estabelecendo um modelo teórico que sirva de embasamento para a interpretação do significado das informações e dos fatos colhidos ou levantados.
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A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTUDO.
Teoria de Base – premissas ou pressupostos teóricos sobre os quais o pesquisador vai fundamentar a sua interpretação.
Como por exemplo, um estudo que correlaciona atitudes individuais e grupais da autoridade e subordinação na organização da empresa, tendo-se por propósito discernir comportamentos estereotipados como os de “chefia” e “liderança”, relacionando-os com a maior ou menor eficiência no cumprimento dos objetivos da instituição.
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A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTUDO.
Uma das possíveis teorias que se aplicam às atitudes dos componentes da empresa é a do tipo ideal de autoridade legítima, descrita por Weber (tradicional, racional legal, carismática, e legítima).
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A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTUDO.
Revisão bibliográfica – ao se considerar que qualquer pesquisa, mesmo tratando-se de um estudo exploratório, em algum programa de pós graduação, grupo de pesquisa, individualmente, em algum local do mundo, alguma pesquisa já foi realizada. É isso que move o pesquisador a buscar essas fontes e com elas ter as condições de mais bem fundamentar a sua investigação. 
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A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTUDO.
Com isso, também, o impede de pesquisar assuntos já tratados. Cair num lugar comum e a descobrir o que já fora descoberto. Permite, também, buscar confirmações, tratar contradições e especificar comportamentos e atitudes. Pode-se oferecer possibilidades de se fazer correlações entre povos e contextos históricos diferentes.
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A FUNDAMENTAÇÃO DO ESTUDO.
Com isso, agora Você poderá realizar leitura crítica e interpretativa dos textos já selecionados em sua revisão bibliográfica, e também identificar um modelo teórico que sirva de embasamento para a interpretação do significado das informações e fatos levantados, adotando posicionamento crítico e identificando argumentos para melhor fundamentar a sua investigação.
E, a definição de termos e conceitos que utiliza em sua pesquisa. Em caso de dúvidas na execução desses procedimentos, fale com seu tutor.
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Na próxima Aula, ... 
	... você obterá a compreensão sobre
as características dos componentes do anteprojeto do TCC, bem como que tipo de conteúdo deve possuir o texto de cada um deles, para, de maneira coerente, oferecer ideia concatenada e de articulação entre eles, quando da sua elaboração.