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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA 30ª VARA 
CÍVEL DA COMARCA DE SÃO PAULO-SP. 
Distribuição por dependência ao processo Nº... 
 
 
 
 
 
 
ZÍLIO, nacionalidade, estado civil, profissão, portador da identidade n°..., 
inscrito no CPF n °..., residente e domiciliado (endereço completo), São Paulo-
SP, e-mail, vem por seu advogado, com endereço profissional na..., bairro..., 
cidade..., Estado..., e-mail, que indica para os fins do artigo 77, inciso V e art. 
106, inciso I do CPC/15, com fundamento no artigo 525 e seguintes do 
CPC/15, propor: 
IMPUGNAÇÃO À EXECUÇÃO 
 Pelo rito especial, em face de DEUSTÊMIO, já qualificado nos 
autos, pelos fatos e fundamentos a seguir: 
 
I – DOS FATOS. 
O exequente, ora impugnado, fundando-se em sentença estrangeira 
condenatória devidamente homologada perante o Superior Tribunal, deu início 
à fase de cumprimento de sentença em face do executado, ora impugnante, 
perante este D. juízo. 
Durante o curso processual, houve o deferimento do pedido de penhora, 
contudo, esta se deu sobre bem de terceiro, do qual o impugnante somente 
detém a posse. Além disso, o impugnado trouxe a juízo cálculos que não se 
coadunam com o estabelecido no título executivo judicial. 
Inconformado com a realização da penhora, o impugnante busca o 
socorro do judiciário apresentando, tempestivamente, a presente impugnação. 
 
II – DO DIREITO. 
O legislador infraconstitucional apresenta-nos os títulos executivos 
judiciais no artigo 515 da norma processual vigente estando, dentre eles, a 
sentença estrangeira homologada pelo Superior Tribunal de Justiça, dispondo, 
inclusive sobre o seu cumprimento. Logo, a execução em curso tem como 
fundamento título executivo judicial. 
O legislador constituinte, por sua vez, conferiu competência à Justiça 
Federal para processar e julgar os feitos em que se execute sentença 
estrangeira homologada, tal como expõe o artigo 109, X, da CF/88. Assim, toda 
ação executória proposta com esse fim deverá tramitar perante o juízo federal. 
A norma legal autoriza ao executado apresentar defesa ao cumprimento 
de sentença através da oposição de impugnação relativa à falta ou nulidade da 
citação se, na fase de conhecimento, o processo correu à revelia; ilegitimidade 
de parte; inexequibilidade do título ou inexigibilidade da obrigação; penhora 
incorreta ou avaliação errônea; excesso de execução ou cumulação indevida 
de execuções; incompetência absoluta ou relativa do juízo da execução; 
qualquer causa modificativa ou extintiva da obrigação, como pagamento, 
novação, compensação, transação ou prescrição, desde que supervenientes à 
sentença, tal como emana o artigo 525, § 1º do CPC/2015. O referido artigo 
aplica-se ao caso em apreço uma vez que, conforme narrado, presente a 
incompetência do juízo, a penhora realizada se deu sobre bem de terceiro, bem 
como, o impugnado trouxe cálculos que não se coadunam com o estabelecido 
no título executivo judicial. 
Ressalte-se que, no presente caso, incabível a propositura de embargos 
à execução que se destina à impugnação de título executivo extrajudicial. 
 
II.I – DA INCOMPETÊNCIA ABSOLUTA DO JUÍZO DA EXECUÇÃO. 
Afirmamos, de início, a incompetência da Justiça Estadual para conduzir 
o presente feito. Isso porque, tal como narrado, o título executivo que 
fundamenta a presente executória é uma sentença condenatória estrangeira, 
devidamente homologada perante o Superior Tribunal. A Magna Carta atribui 
competência aos Juízes Federais para processamento e julgamento de feitos 
em que se execute sentença estrangeira homologada, tal como expõe o artigo 
109, X, da CF/88. Portanto, a propositura da ação perante a justiça estadual 
constitui incompetência absoluta do juízo. O exequente só poderia realizar esta 
execução diante do juízo federal, não sendo a esta a via judicial correta. 
Diante disso, deve ser prolatada a incompetência absoluta do juízo para 
prosseguimento do feito. 
 
II.II – DO EXCESSO DE EXECUÇÃO. 
Por conseguinte, alegamos que a execução vem sendo realizada em 
valor diverso daquele constante no título executivo. Para fins de cumprimento 
do artigo 524 do NCPC, o exequente, ora impugnado, instruiu a presente com 
planilha que apresenta valores muito superiores ao valor devido. Todavia, o 
demonstrativo exibido traz o seguinte valor do crédito R$_____, quando o valor 
correto constante no título executivo é de R$______. 
Assim sendo, a presente execução deve ser processada conforme os 
valores apresentados no demonstrativo anexo. 
 
II.III – DA NULIDADE DA PENHORA. 
Pontuamos, ainda, nulidade em relação a penhora já realizada no 
presente feito, que resultou na constrição de veículo automotor citado nos 
autos, acreditando-se que esse seria de propriedade do executado. Entretanto, 
em breve análise do certificado de registro automóvel conclui-se que o bem 
sobre o qual recaiu a penhora não é de sua propriedade. Conforme infere-se 
do certificado de registro, o bem é de propriedade da empresa onde labora o 
impugnante e este detém, apenas, a posse do bem móvel para o pleno 
exercício da profissão. 
Isto posto, temos aqui a realização de penhora indevida, já que recaiu 
sobre bem de terceiro, devendo ser prontamente levantada, com fulcro no 
artigo 525, § 1º, IV, do NCPC. 
 
III – DO EFEITO SUSPENSIVO. 
Verificamos na presente demanda ser necessária a imediata suspensão 
da penhora deferida, diante do relevante fundamento que esta recai sobre bem 
pertencente a terceiro, do qual o impugnante só detém a posse, e o 
prosseguimento da execução certamente causará ao executado grave dano de 
difícil ou incerta reparação, nos termos do artigo 525, § 6º, do NCPC. 
 
IV – DOS PEDIDOS. 
Diante do exposto, requer: 
a) seja atribuído efeito suspensivo a presente impugnação; 
b) seja acolhida a preliminar de incompetência absoluta do juízo, 
determinando-se a remessa dos autos ao juízo competente; 
c) seja reconhecida a incorreção da penhora e determinado o levantamento do 
ato de constrição que recaiu sobre bem de terceiro; 
d) seja reconhecido o excesso de execução para fazer constar que o valor 
correto é o valor R$ ____; 
e) seja condenado o impugnado ao pagamento de custas processuais e 
honorários de sucumbência. 
 
V – DAS PROVAS. 
Requer a produção de todas as provas em direito admitidas, na amplitude dos 
artigos 369 e seguintes do Código de Processo Civil em vigor, em especial a 
prova documental. 
 
VI – DO VALOR DA CAUSA. 
Dá-se à causa o valor de R$ 1.000,00 (mil reais). 
 
Termos em que pede deferimento. 
 
Local e data. 
___________________________ 
Advogado 
 OAB/UF Nº__

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