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ESTÁGIO BÁSICO PSICOLOGIA

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A Política Nacional de Humanização (PNH) tem como um de seus objetivos a valorização e o respeito à diversidade dentro do Sistema Único de Saúde. Enquanto política, busca a implicação de gestores, trabalhadores e usuários em processos mútuos de troca que possibilitem não só a produção de saúde, mas também a produção de sujeitos. Dentre suas diretrizes, a PNH destaca o acolhimento, entendido como obrigação de “reconhecer o que o outro traz como legítima e singular necessidade de saúde”, exigindo assim de todo trabalhador da saúde uma escuta qualificada e o respeito à diferença.  
Complementar a esta política, o Ministério da Saúde propõe a Política Nacional de Promoção da Saúde, definida não como aplicação de técnicas e métodos estabelecidos à priori para a resolução de dificuldades e carências da comunidade, mas fundamentalmente como ação transversal que visa potencializar sujeitos e coletivos. Promover saúde é construir práticas que se pautem pela humanização e pelo cuidado integral, entendendo saúde como um movimento contínuo e incessante que atravessa diferentes dimensões da condição humana.
Em fevereiro de 2012, baseados nestas duas políticas, iniciamos em uma cidade do triangulo mineiro, uma roda de conversa semanal, na sala de espera de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), como uma das atividades de estagio supervisionado, com o intuito de construir um cuidado humanizado que efetive a aproximação entre a comunidade e os serviços de saúde, constituindo um espaço de trocas e cuidados. 
O trabalho visa repensar a sala de espera, de um lugar instituído para o silêncio e a passividade para um espaço de possibilidades e potencialidades. Assim, fazendo uso do diálogo, todos os participantes podem produzir outras compreensões de saúde e novas narrativas de suas vivências, buscando repertórios existenciais pautados na responsabilidade relacional.     
Essa ação exige uma postura sensível cujas práticas profissionais devem ser politicamente éticas, estéticas e afetivas. Assim, nosso intuito é adentrar um território público, propondo um tempo-espaço coletivizado, comprometido com a integralidade, a singularidade, a produção de cidadania e a promoção de saúde de cada usuário deste serviço. Nossa proposta abandona o antigo modelo verticalizado de prática das equipes de saúde e constrói saberes a partir dos encontros entre estagiários e usuários do serviço. Nossa prática é permeada por intervenções interessadas em instigar os sujeitos a refletirem seu modo de estar no mundo e ampliarem suas possibilidades em busca da responsabilidade relacional para lidar com suas questões cotidianas. Um trabalho, portanto, cujo deleite é tecer novos territórios de saúde, descobrindo e inventando possibilidades de acolhimento grupal para os usuários da rede em questão. 
Propomos rodas de conversas em grupos abertos e heterogêneos com duração aproximada de uma hora. A participação é livre e oferecida a todos aqueles que estão em espera na Unidade. A partir do uso de dispositivos estéticos – músicas, poesias, filmes, fotografias, outros – nascem discussões com temas do cotidiano, como família, lazer, dor, doença, trabalho, violência, drogas, etc e tudo surgia do encontro estagiários-usuários-recurso estético. 
A sala de espera é uma ferramenta importante para a formação em psicologia, uma vez que seu caráter inusitado proporciona a cada nova roda de conversa uma intrigante sensação de novidade aos olhos dos usuários da UBS e aos próprios estagiários de psicologia. Soa como um incômodo, mas também uma possibilidade de abrir-se, escutar e trocar. As histórias são sempre emocionantes, envolventes e muitas vezes carregam um sofrimento imenso que nos impacta e até dificulta a interlocução, mas, promover saúde em uma sala de espera nos permite exercitar um fazer em psicologia que é criativo e dinâmico, uma vez que as falas precisam ser acolhidas, pontuadas e significadas no ato, para evitar que as pessoas saiam e suas falas fiquem soltas e perdidas. Estar na sala de espera é lidar com barulho de entradas e saídas, além das interrupções de ordens diversas. É escutar temas difíceis, muitas vezes carregados de preconceitos e moralismos, que precisam ser por nós revisitados, problematizados e, quem sabe, ressignificados. Portanto, buscamos ofertar a todos novas possibilidades de pensar o tema em questão, porém, mantendo uma delicadeza na fala de modo que ninguém se sinta constrangido ou desprestigiado em nossa fala. 
Nossa ação se sustenta no tripé: ética, estética e afetividade, na medida em que nosso objetivo principal é fazer da roda de conversa, na sala de espera de uma UBS, um espaço de encontro e diálogo, favorecendo um novo olhar, ouvir e compreender a si mesmo e ao outro. É um espaço de afetividade, neste caso, como potencia criadora, como composição, como lugar de calor para que relações éticas e estéticas nasçam. É um espaço de ética porque sem ela não é possível imaginar e desejar um sujeito verdadeiramente livre das lógicas que instituem os “certos e errados” dos modos de vida. É estética porque acreditamos que cada encontro passa, toca e marca a vida dos sujeitos ali presentes e possibilita um novo olhar sobre si mesmo e sobre a vida. 
Nossa experiência objetiva possibilitar que os sujeitos (re) pensem o seu cotidiano, as suas relações consigo mesmos e com o mundo, ao mesmo tempo em que, construir um “novo” olhar para as práticas do psicólogo na saúde pública fundamentalmente na UBS.
Esta experiência tem possibilitado aos sujeitos o compartilhamento de ideias, crenças, histórias e angústias, criando um espaço onde podem conviver com pessoas que em geral viviam no mesmo bairro há anos, que por vezes não se conheciam e que naquele momento partilharam suas histórias pessoais as entrelaçando. Durante os grupos estas histórias mostram-se comuns entre os sujeitos, deixando de ser particulares para serem objetivadas e abrem espaço para conversas e trocas a respeito de estratégias de enfrentamento ao sofrimento e às dificuldades. Deste modo os sujeitos têm a oportunidade de formular um conceito a respeito de sua experiência, ouvir a si e aos outros e reformular, recriar seus modos de pensar e de estar no mundo, confrontando concepções por vezes enrijecidas e adoecedoras. Com a oferta deste espaço tem sido possível descobrir um “novo” olhar para as práticas do psicólogo na saúde pública fundamentalmente na UBS, ao mesmo tempo em que as pessoas tem a possibilidade de (re) pensarem o seu cotidiano, as suas relações consigo mesmos e com o mundo.
O que pretendemos na oficina oferecida neste evento é realizar uma roda de conversa, utilizando os mesmos recursos metodológicos da UBS e, na sequencia “escutar” os participantes da oficina quanto aos afetos mobilizados e com isto introduzirmos a compreensão teórica que sustenta a prática, uma compreensão que defende a Política Nacional de Humanização e a Politica Nacional de Promoção de Saúde.
SITE : http://www.encontro2013.abrapso.org.br/conteudo/view?ID_CONTEUDO=772
Consideramos que humanizar significa agregar valores éticos, respeito e solidariedade ao ser humano, considerando, assim, as circunstâncias sociais, étnicas, educacionais e psíquicas que envolvem o indivíduo. Deve ser pautada no contato humano, de forma acolhedora e sem juízo de valores, contemplando a integralidade do ser humano. Acolhendo o usuário desde sua chegada, responsabilizando-se integralmente por ele, ouvindo sua queixa, permitindo que ele expresse suas preocupações, angústias, e ao mesmo tempo, colocando os limites necessários, garantindo atenção resolutiva e a articulação com os outros serviços de saúde para a continuidade da assistência quando necessário.
Os sujeitos da relação utilizam recursos de comunicação diferentes, o que requer comunicação, diálogo, respeito pelo outro, aceitação das diferenças, de modo a ir conformando uma relação de confiança mútua.
Pensando nisso, temos como proposta para esse Acolhimento nas Unidades de Saúde, a continuidade da Sala de Espera Humanizada, que foi implantadadurante a Semana nacional de Humanização, de 07 a 11/04/2014. Sendo assim, buscamos na sala de espera uma estratégia fundamental para a promoção da saúde visando atuar sobre o conhecimento das pessoas para que elas desenvolvam a capacidade de intervenção sobre as suas próprias vidas.
Sabemos que a rotina das Unidades de Saúde é constantemente tumultuada, com excesso de usuários a espera de consultas, procedimentos, etc., e acreditamos que esse momento seja importante para esclarecer aos usuários sobre temas relevantes para conhecimento do fluxo, construção de autonomia e protagonismo de sujeitos e coletivos com co-responsabilidade, a participação e o fortalecimento do controle social e a democratização das relações de trabalho, onde os profissionais tirariam dúvidas dos usuários, possibilitando a inter-relação entre todas as pessoas, sejam elas profissionais ou pacientes.
Esse momento propiciaria também,  a experiência de viver uma diversidade de situações nas quais, mesmo diante das tensões e dos riscos nos momentos mais difíceis, é possível trilhar novos caminhos nos quais possamos demonstrar a solidariedade implicada no cuidado e a sua conseqüente humanização
Nessa perspectiva o acolhimento, é um processo contínuo e não apenas a etapa do atendimento que se dá nas portas dos serviços, embora esse primeiro momento do encontro seja estratégico para toda a relação. Permeando todos os momentos da atenção à saúde, o acolhimento deve envolver todos os profissionais e equipes nas diferentes fases e unidades em que o serviço de saúde e o cidadão se encontram.
OBJETIVO
Esclarecer ao usuário do Sistema Único de Saúde informações sobre o funcionamento dos serviços oferecidos através de educação em saúde.
METODOLOGIA
Funcionários de diversos setores da Secretaria Municipal de Saúde realizam momentos  educativos com duração de quinze minutos  aproximadamente, diariamente nas várias salas de espera das Unidades de Saúde da SMS. Estas ações são  desenvolvidas com o intuito de fornecer informações ao usuário deste sistema, afim de
esclarecer suas dúvidas de forma humanizada.
RESULTADO ESPERADO
Esperamos com estas ações acolher o usuário do Sistema Único de Saúde, fornecendo a
eles uma diferenciada forma de acesso ao Sistema através de informação de qualidade, tentando assim humanizar o atendimento, sempre visando à satisfação do usuário. O desafio está em sempre buscar o momento e um espaço para educar. Neste contexto a sala de espera se mostra um local propício do início do processo de educação que começa antes da consulta médica, constituindo um espaço para passar informações relevantes ao paciente e para compartilhamento de informações com pessoas que possuam uma necessidade de saúde em comum.
Temos como proposta, alguns temas nas seguintes UNIDADES: UPA, MMT, CAIS Garavelo, CAIS Nova Era, CAIS Colina Azul e Centro Clínico
- See more at: http://www.redehumanizasus.net/85445-projeto-sala-de-espera-humanizada#sthash.v8MmFJqL.dpuf

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