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Slides LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA 2017

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Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 01 – Carla dos Anjos
Conceituando a sua aplicabilidade na legislação vigente
Conteúdo Programático desta aula: Contextualizar a disciplina legislação trabalhista e previdenciária. Conceituando a sua aplicabilidade na legislação vigente. Evolução Histórica do Direito do Trabalho e Previdenciário; Principais características e Princípios; Fatores determinantes da criação; Aplicação dos conceitos;
EVOLUÇÃO HISTÓRICA – TRABALHISTA
Origem – “Trabalho” no ponto de vista histórico decorre de algo desagradável: dor, castigo, sofrimento, tortura. Os nobres, os senhores feudais e os vencedores não trabalhavam, pois consideravam o trabalho uma espécie de castigo.
Se no passado o trabalho tinha conotação de tortura, atualmente significa toda energia física ou intelectual empregada pelo homem com finalidade produtiva. Todavia, nem toda atividade humana produtiva constitui objeto do Direito do Trabalho, pois somente a atividade feita em favor de terceiros interessa ao nosso estudo, e não a energia despedida para si próprio.
Fundamento – O Direito do Trabalho nasceu como reação ao cenário que se apresentou com a Revolução Industrial, com a crescente e incontrolável exploração desumana do trabalho. É produto da reação da classe trabalhadora ocorrida no século XIX contra a utilização sem limites do trabalho humano.
Daí a necessidade de um novo sistema legislativo protecionista, intervencionista, com o intuito de impedir a exploração do homem pelo homem de forma vil.
Conceito – Direito do Trabalho é um sistema jurídico permeado por institutos, valores, regras e princípios dirigidos aos trabalhadores subordinados e assemelhados, aos empregadores, empresas coligadas, tomadores de serviços, para tutela do contrato mínimo de trabalho, das obrigações decorrentes das relações de trabalho, das medidas que visam à proteção da sociedade trabalhadora, sempre norteada pelos princípios constitucionais, principalmente o da dignidade da pessoa humana. Também é recheado de normas destinadas aos sindicatos e associações representativas.
Característica – A maior característica do Direito do Trabalho é a proteção do trabalhador, seja através da regulamentação legal das condições mínimas da relação de emprego, ou de medidas sociais adotadas e implantadas pelo governo e pela sociedade.
Logo, seu principal conteúdo abrange o empregado e o empregador.
Finalidade – A finalidade do Direito do Trabalho é alcançar uma verdadeira igualdade substancial entre as partes e, para tanto, necessário se torna proteger a parte mais frágil desta relação.
FONTES DO DIREITO DO TRABALHO
A CF, Leis, Acordos, Decretos, Costumes, convenções, contratos de trabalho, sentenças normativas, regulamentos de empresas pactuados pelas partes. 
 Integração: O direito comum será fonte subsidiária do direito do trabalho.
Princípios do Direito do Trabalho
Princípio da Boa Fé
Princípio Respeito à dignidade do Trabalhador
Princípio da Normas mais Favorável
Princípio da Condição mais benéfica
Princípio da Irrenunciabilidade
Principio da Primazia da Realidade
Princípio Irredutibilidade
Princípio Intangibilidade
Princípio da Continuidade da Relação de Emprego
Princípios do Direito Previdenciário / Seguridade Social
Princípio da Solidariedade
Princípio da Universalidade de cobertura e atendimento
Princípio Uniformidade
Princípio Seletividade
Princípio da Irredutibilidade
Principio da Equidade
Princípios do Direito do Trabalho
Princípio Diversidade da Base de Financiamento
Princípio Administração Democrática/Quadripartite (Governo/empregado/empregador e aposentados)
Princípio da Tríplice forma de Custeio (Empresas/trabalhadores e Governo)
Princípio Preexistência do Custeio em Relação aos benefícios
Direito Previdenciário
Origem – Pode-se afirmar que a proteção social nasceu, verdadeiramente, na família.
O cuidado aos mais idosos e incapacitados era incumbência dos mais jovens e aptos para o trabalho.
A seguridade social, como regime protetivo, surgiu a partir da lutados trabalhadores por melhores condições devida.
Surgiram os primeiros grupos de mútuo, de origem livre, sem intervenção estatal, nos quais um conjunto de pessoas com interesse comum reunia-se, visando a cotização de valor certo para o resguardo de todos, em caso de algum infortúnio/ Caixas de socorro mútuo.
PRESCRIÇÃO
Direito do Trabalho
Prescreve em 5 anos a ação para postular os créditos resultantes da relação de emprego até o limite de 2 anos após a extinção do contrato.
Assim um trabalhador que tenha uma diferença salarial poderá postular os 5 últimos anos.
Se sair da empresa ele terá até 2 anos para ir à Justiça: se não o fizer, não poderá mais fazê-lo.
Prescreve em 10 anos a possibilidade de a Receita cobrar as Contribuições Previdenciárias e da Seguridade postular um benefício em juízo.
Assim, a relação de trabalho, desde aquela época, gera atividades e infortúnios que mereciam atenção especial dos trabalhadores.
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 02 – Carla dos Anjos
Relação de Trabalho e Relação de Emprego
Conteúdo da aula de hoje: Relação de Trabalho e Relação de Emprego; Empregado; Conceito e Principais características; Tipos de Trabalhadores; Empregador.
Relação de Trabalho
A expressão Relação de Trabalho tem caráter genérico.
Todas as relações jurídicas caracterizadas por terem sua prestação essencial centrada em uma obrigação de fazer consubstanciada em labor humano (toda modalidade de contratação de trabalho humano modernamente admissível), em troca de um valor pecuniário ou não-pecuniário, consiste numa relação de trabalho.
Relação de Emprego
Relação de Emprego, por sua vez, é espécie de relação de trabalho, firmada por meio de contrato de trabalho. Compõe-se da reunião dos elementos fático-jurídicos e Requisitos.
Relação de Emprego (Requisitos)
Onerosidade significa a retribuição pelo serviço prestado. 
Continuidade (ou habitualidade) o contrato de trabalho é um pacto de trato sucessivo, devendo haver uma continuidade na relação jurídica existente entre empregado e empregador.
Subordinação é aquela que torna o prestador de serviço hierarquicamente dependente de quem o contrata – gerando o poder de mando sobre o empregado.
Pessoalidade quer dizer que quando um empregador contrata determinada pessoa, apenas aquela pessoa física pode trabalhar para ele, não podendo ser substituída por outra. 
“Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não eventual a empregador, sob dependência deste e mediante salário” 
PERGUNTA: Mônica, objetivando resolver problemas particulares, faltou ao serviço, mas enviou a sua irmã no seu lugar, a título de não ser descontada pelo dia de falta. O empregador, não aceitou que sua irmã trabalhasse no seu lugar e a descontou o dia do seu pagamento. 
Analise e justifique a atitude do empregador
Tipos de Trabalhadores
Relação de emprego (art. 3º, CLT)
 Trab. Autônomo
 Trab. Eventual
 Trab. Doméstico – Lei 5.859/72
 Trab. Em Domicílio – art.6º.CLT
 Estagiário – Lei 11.788/08
 Aprendiz – art. 402 / 403º. CLT
Diferença entre empregado e trabalhador autônomo: o elemento fundamental que os distingue é a subordinação; empregado é trabalhador subordinado; autônomo trabalha sem subordinação; para alguns, autônomo é quem trabalha por conta própria e subordinado é quem trabalha por conta alheia; outros sustentam que a distinção será efetuada verificando-se quem suporta os riscos da atividade; se os riscos forem suportados pelo trabalhador, ele será autônomo.
Trabalhador Eventual: Também chamado de ocasional, ou temporário, é aquele que é exigido em caráter absolutamente temporário, ou transitório, cujo exercício não se integra a finalidade da empresa. 
Eventual é a forma típica do trabalhador que não recebe serviços habitualmente, com alguma constância. Desfigura-se o eventual quando ele passa a ter serviço repetidamente, de tal maneira que se forme o hábito de vir procurar trabalho na empresa, com a vinda dapessoa para atribuir-lhe tarefas; quando isso acontece, surge a figura do empregado.
Empregado doméstico (Lei nº 5.859/72): É aquele que presta serviços de natureza contínua; de finalidade não lucrativa; à pessoa (física) ou a família; no âmbito residencial destas.
DIREITOS GARANTIDOS AOS DOMÉSTICOS CONFORME ART. 7º PARÁGRAFO ÚNICO DA CRFB/88
OUTROS DIREITOS GARANTIDOS AOS DOMÉSTICOS:	REGRAS ESPECIAIS DOS DOMÉSTICOS:
Está na pauta da Câmara dos Deputados (julho/2011) a análise do Projeto de Lei 262/2011, que amplia os direitos das domésticas.
Fixação da jornada de trabalho em 44 h/sem.
Horas Extras ao passar de oito horas, no mínimo 50%;
Remuneração extra por trabalho noturno e em feriados;
FGTS (obrigatório)
ESTAGIÁRIO (Lei nº 11.788/08)
Tanto o obrigatório, quanto o não obrigatório, não gera vínculo empregatício, desde que preenchidos os requisitos abaixo 
Matrícula e frequência em curso superior, profissional, ensino médio, educação especial
 Celebração termo de compromisso – educando, parte concedente estágio e instituição ensino
 Compatibilidade entre as atividades desenvolvidas no estágio e aquelas previstas no termo de compromisso
EXPLORANDO O TEMA
http://www.youtube.com/watch?v=ffGhUOwx9VU&feature=related 
Aprendiz - LEI DA APRENDIZAGEM - Nº 10.097/2000
Determina que todas as empresas de médio e grande porte contratem um número de aprendizes equivalente a um mínimo de 5% e um máximo de 15% do seu quadro de funcionários cujas funções demandem formação profissional.
No âmbito da Lei da Aprendizagem, aprendiz é o jovem que estuda e trabalha, recebendo, ao mesmo tempo, formação na profissão para a qual está se capacitando. Deve cursar a escola regular (se ainda não concluiu o Ensino Fundamental) e estar matriculado e frequentando instituição de ensino técnico profissional conveniada com a empresa.
QUEM PODE SER APRENDIZ
Jovens de 14 a 24 anos incompletos que estejam cursando o ensino fundamental ou o ensino médio. A idade máxima prevista não se aplica a aprendizes com deficiência. A comprovação da escolaridade de aprendiz com deficiência mental deve considerar, sobretudo, as habilidades e competências relacionadas com a profissionalização.
Empregador – art.2o.CLT
Considera-se empregador a empresa individual ou coletiva, que, assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviço.
Poder de Direção - Empregador
É a forma como o empregador define como serão desenvolvidas as atividades do empregado decorrentes do contrato de trabalho.
EMPREGADOR - (ART. 2º, CLT)
Art. 2º, §1º, CLT = equiparam-se ao empregador, os profissionais liberais, instituições de beneficência, as associações recreativas, outras instituições sem fins lucrativos
SUCESSÃO TRABALHISTA (ART. 10 E 448, CLT)
§2º - Sempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração de outra, constituindo grupo industrial, comercial ou de qualquer outra atividade econômica, serão, para os efeitos da relação de emprego, solidariamente responsáveis a empresa principal e cada uma das subordinadas.”
Este dispositivo surgiu em decorrência da necessidade de se prevenir que, através de manobras fraudulentas, as empresas agrupadas se eximissem da responsabilidade de arcar com os direitos trabalhistas dos empregados contratados. Explica-se:
“O direito do trabalho, diante do fenômeno da concentração econômica, tomou posição, visando a ‘oferecer ao empregado de um estabelecimento coligado a garantia dos seus direitos contra as manobras fraudulentas ou outros atos prejudiciais, aos quais se prestariam com relativa facilidade as interligações grupais entre administrações de empresas associadas, se prevalecesse o aspecto meramente jurídico formal’.”
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 03 – Carla dos Anjos
Contrato de Trabalho
Conteúdo da aula de hoje: Carteira de Trabalho e Previdência Social; Contrato Individual de Trabalho
EXPLORANDO O TEMA
http://www.youtube.com/watch?v=Z9M9lJYaohQ&list=PL1743502C5C3C7EE5&index=2
Carteira de Trabalho e Previdência Social - CTPS
Regra Geral – Obrigatoriedade a anotação na CTPS.
Prazo para anotação – art. 29º.CLT
Informações Desabonadoras – art. 29º.§4º.CLT
Reclamação / Recusa de anotação – art.36º.CLT.
Art. 13o. CLT - Obrigatoriedade para o exercício de qualquer emprego, inclusive de natureza rural, ainda que caráter temporário, e para o exercício por conta própria de atividade profissional remunerada.
- §3o. Nas localidades onde não for emitida a Carteira de trabalho e Previdência Social poderá ser admitido, até 30 dias, o exercício de emprego ou atividade remunerada por quem não a possua, ficando a empresa obrigada a permite o comparecimento do empregado ao posto de emissão mais próximo.
Hoje, verifica-se um fluxo elevado de estrangeiros vindo trabalhar no Brasil devido a um motivo singular: qualificação profissional.
A autorização para a contratação de estrangeiros deve ser obtida diante do Ministério do Trabalho e Emprego, Ministério da Justiça, Polícia Federal e Secretaria da Receita Federal.
O limite de contratação de um empregado estrangeiro para cada dois empregados brasileiros, o que significa que apenas um terço dos trabalhadores pode ser de estrangeiros para dois terços de nacionais.
CONTRATO DE INDIVIDUAL DE TRABALHO
Conforme definição do artigo 442 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), é o acordo tácito ou expresso correspondente à relação de emprego. Nele contrata-se atividade e não resultado. É aquele pelo qual a pessoa natural obriga-se em troca de remuneração, prestar serviço ao empregador, em regime de subordinação a esta, pessoalmente e com continuidade.
Características do Contrato Individual
Pessoalidade - É aquela pessoa física
Contrato Contínuo - Continuidade na relação
Onerosidade - Obrigação contratual do Empregador de pagar o salário
Subordinação - Hierarquia de comando
Alteridade - O empregador assume todos os riscos do contrato
CONTRATO DE TRABALHO
Poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado (Art. 443, CLT) 
CONTRATO DE TRABALHO A TERMO (ART. 443, § 2º, CLT)
CONTRATO DE TRABALHO
REGRAS GERAIS
Só pode haver uma única prorrogação, sob pena de passar a ser por prazo indeterminado. (art. 451, CLT), e não pode ultrapassar o prazo máximo.
Se o contrato continuar após o prazo determinado, passa a ser por prazo indeterminado (art. 451, CLT)
Entre dois contratos a termo tem que haver um lapso temporal de, no mínimo 6 (seis) meses, em regra, caso contrário o contrato será por prazo indeterminado. (art. 452, CLT) 
PERGUNTA: Angelita Mateus firmou com a empresa Alfa Ltda., contrato a termo com duração de 3 (três) meses em virtude de acréscimo extraordinário de serviços, tendo sido prorrogado por mais 3 meses. Findo o período da prorrogação a empresa pretende prorrogar mais uma vez o referido contrato, já que o prazo máximo do contrato a termo é de 2 anos.
Diante dos fatos relatados, responda justificadamente:
a) na qualidade de representante do setor de RH da empresa Alfa Ltda., qual a orientação você daria para a empresa de modo que esse contrato não passe a vigorar por prazo indeterminado? 
Resposta: Rompimento antecipado
Art. 479, CLT – se for o empregador que romper: pagamento de metade dos salários até o termo final.
 Art. 480, CLT – se for o empregado que romper: terá que pagar os prejuízos que causar ao empregador, cujo teto máximo desses prejuízos consiste em no mesmo valor que o empregador pagaria. Cláusula assecuratória do rompimento antecipado – art. 481, CLT – permite romper antes do prazo determinado, sem que seja devida a indenização por perdas e danos, neste caso será igual dos contratos indeterminados. 
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 04 – Carla dos Anjos
Salário e Remuneração
Conteúdo da aula de hoje: Remuneração, Salário, Equiparação Salarial
REMUNARAÇÃO E SALÁRIOO pagamento do trabalho está ligado à subsistência do empregado (natureza alimentar) e de sua família, e é uma das partes mais importantes e delicadas do Contrato de Trabalho.
É consequência do Direito Previdenciário, por ser base da incidência das Contribuições à Previdência Social. Por ter natureza alimentar, o salário tem uma série de proteções para resguardá-lo.
Remuneração é o gênero do qual o Salário é espécie. 
Assim, todo salário é remuneração, mas nem toda remuneração é salário
Salário – é todo pagamento feito diretamente pelo empregador ao empregado, como contraprestação do serviço feito ou da mão de obra colocada á disposição.
Por unidade de tempo: considera o tempo que o empregado fica à disposição do empregador, não ligado diretamente ao resultado.
Por unidade da obra: considera o resultado do trabalho ou a produção do empregado.
Misto: considera os dois fatores, isto é, tempo e produtividade.
A UTILIDADE TERÁ NATUREZA SALARIAL QUANDO:
For habitual 
Gratuita p/o empregado
Pelos serviços prestados 
A lei não excluir a natureza salarial
Salário in natura (utilidade) art. 458 e 82, CLT
UTILIDADE
Não terá natureza salarial, quando a lei excluir expressamente (art. 458, § 2º, CLT)
Educação
Uniforme
 Transporte (casa-trabalho-casa)
 Assistência médica, odontológica
 Seguro de vida
 Previdência privada 
Remuneração – é o conjunto de parcelas devidas e pagas ao empregado em função da prestação de serviços.
Proteção do Salário
Contra abusos do empregador
 Contra credores do empregado e
 Contra credores do empregador
Prazo do Pagamento
O período estipulado de trabalho para o pagamento do salário não pode ser superior a um mês para todos os diferentes tipos de trabalho, com exceção de comissões, gratificações e percentagens. O dia no início do mês para pagamento do salário não deve ultrapassar o quinto dia útil subsequente ao vencido (CLT, art. 459 “caput” e § 1º)
O pagamento do salário deve ser efetuado em moeda corrente do país, sob pena de ser considerado como não realizado (CLT, art. 463).
Equiparação Salarial ou Isonomia Salarial
Art.461 CLT – Sendo idêntica à função, a todo trabalho de igual valor, prestado ao mesmo empregador, na mesma localidade, corresponderá igual salário, sem distinção de sexo, nacionalidade ou idade.
§ 1º. – Trabalho de igual valos, para fins deste Capitulo, será o que for feito com igual produtividade e com a mesma perfeição técnica entre pessoas cuja diferença de tempo de serviço não for superior a 2 (dois) anos.
§ 2º. – Os dispositivos deste artigo não prevalecerão quando o empregador tiver pessoal organizado em quadro de carreira, hipótese em que as promoções deverão obedecer aos critérios de antiguidade e merecimento.
REQUISITOS DA EQUIPARAÇÃO SALARIAL (ART. 461, CLT)
Identidade de função 
 Trabalho de igual valor
 Mesmo empregador
 Mesma localidade
 Inexistência de quadro de carreira
 Diferença de tempo de serviço (na função) não ultrapassar 2 anos.
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 05 – Carla dos Anjos
Alteração Contratual - ANTIGO
Conteúdo da aula de hoje: Alteração Contratual; Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho; Jornada de Trabalho;
Alteração Contratual
Art.468 CLT - "Nos contratos individuais de trabalho só é lícita à alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e, ainda assim, desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia(...)” 
Embora pareça que o empregador esteja restrito a qualquer alteração do contrato, caso este mantenha a essência do contrato de trabalho, há alterações contratuais que são possíveis, ainda que a vontade seja exclusiva do empregador.
A CLT estabelece algumas condições lícitas em que o empregador poderá alterar o contrato de trabalho, a saber:
Mudança do local de trabalho desde que não se caracterize a transferência, ou seja, desde que não haja a mudança de domicílio do empregado;
Mudança de horário (de manhã para tarde ou de noturno para diurno);
Alteração de função, desde que não represente rebaixamento para o empregado;
Transferência quando ocorrer extinção do estabelecimento em que trabalhar o empregado;
Suspensão e Interrupção do Contrato de Trabalho
Em um primeiro momento parecem significar a mesma coisa, mas para o Direito do Trabalho são institutos diferentes.
 SUSPENSÃO: Cessação provisória e total dos efeitos do Contrato de Trabalho. 
Efeitos: Na suspensão o contrato continua em pleno vigor, mas não conta o tempo de serviço e não há remuneração.
 INTERRUPÇÃO: Cessação parcial e provisória do Contrato de Trabalho. 
Efeitos: Como a cessação é parcial, continua a contar o tempo de serviço e percebendo a remuneração.
Exemplos de Hipóteses de Suspensão 
* Auxílio doença após 15 dias. O INSS é quem paga.
* Aposentadoria provisória por Invalidez.
* Greve legal/legítima. Art°. 7° da Lei n° 7.783/89
* Licença não remunerada.
* Exercício de cargo público.
* Férias.
* Aviso prévio não trabalhado.
* Auxílio doença - Primeiros 15 dias. O Empregador é quem paga.
* Repouso Remunerado.
* Feriados.
* Casamento.
* Licença-paternidade.
* Falecimento do Cônjuge.
* Doação de sangue.
* Comparecimento a juízo.
Jornada de Trabalho / Duração
A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de oito horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite (art. 58 da CLT). Neste sentido é o disposto na Constituição Federal em seu artigo 7º, XIII, prevendo o direito do trabalhador a duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho.
Jornada in itinere
O tempo em que o empregado despende de casa para o trabalho não conta como jornada de trabalho, exceto quando o transporte for fornecido pelo empregador e local for de difícil acesso ou não servido pelo transporte público.
Horas Suplementares / Extraordinárias
Essas expressões, equivalem-se, e tais fenômenos ocorrem quando o empregado excede na quantidade de horas contratualmente determinadas. Porém esse fenômeno não ocorre isolado, ele é parte de um acordo escrito pré-estabelecido entre o empregador e o empregado, denominado como Acordo de Prorrogação. 
A legislação do trabalho (CLT art. 59) visando garantir proteção ao empregado e não deixar o limite do tempo por conveniência do empregador, procurou limitar esta prorrogação a 2 horas diárias 
Assim a CLT art. 59 § 1º determinou que a duração das horas extras fosse acrescida de no mínimo 50% nos dias normais e 100% nos domingos e feriados 
Horas Compensatória ou Banco de Horas
Art.59§ 2º – Poderá ser dispensado o acréscimo de salário se, por força de acordo ou convenção coletiva de trabalho, o excesso de horas em um dia for compensado pela correspondente diminuição em outro dia, de maneira que não exceda, no período máximo de um ano, à soma das jornadas semanais de trabalho previstas, nem seja ultrapassado o limite máximo de dez horas diárias.
Adicional Noturno - URBANO
Art. 73 – O trabalho noturno terá remuneração superior à do diurno e, terá um acréscimo de 20% (vinte por cento), pelo menos.
§ 1º – A hora do trabalho noturno será computada como de 52 (cinquenta e dois) minutos e 30 (trinta) segundos. 
§ 2º – Considera-se noturno, para os efeitos deste Art., o trabalho executado entre as 22 (vinte e duas) horas de um dia e as 5 (cinco) horas do dia seguinte. 
Adicional Noturno - RURAL
Intervalo – intrajornada 
Intrajornada – art. 71 CLT
Mais de 4 a 6 horas = 15 minutos
Mais de 6 a 8 horas = 1 a 2 horas
Se a jornada de trabalho for de 4 horas não tem intervalo.
Estes intervalos não contam como tempo de serviço, não sendo remunerado.
* Intervalo nas atividades que possam causar Lesão por Esforço Repetitivo a cada 90 minutos trabalhados, terá direito a 10 minutos, de intervalo contados como tempo deserviço.
art. 66 CLT
Inter jornada – Aquele feito entre uma jornada de um dia até o outro dia, tendo que ser de no mínimo 11 horas por dia.
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 06 – Carla dos Anjos
Terminação do Contrato de Trabalho
AVISO PRÉVIO – mudança com a Lei 12.506/2011 
É a comunicação que uma parte do contrato deve fazer à outra de que pretende rescindir o referido pacto sem justa causa, de acordo com o prazo previsto em lei, sob pena de pagar uma indenização substitutiva. 
AVISO PRÉVIO (art. 487, CLT e art. 7°, XXI, CRFB/88)
O aviso prévio é inerente aos contratos de duração indeterminada. PRAZO: mínimo de 30 (trinta) dias
Lei 12.506 - 11/10/2011
A Lei 12.506/2011 prevê que o trabalhador com até um ano de emprego que for dispensado sem justa causa tem direito a 30 dias de aviso prévio, ou indenização correspondente, sendo que esse tempo será aumentado em 3 dias para cada ano adicional de serviço prestado, até o limite de 60 dias de acréscimo, ou seja, 90 dias de aviso prévio no total.
Exemplo: 
# Um empregado com 2 anos completos de trabalho na empresa terá direito a 33 dias de aviso prévio;
# Um empregado com 3 anos de trabalho terá direito a 36 dias; e assim sucessivamente até que para 21 anos ou mais de serviço prestado o empregado terá direito a 90 dias de aviso prévio. 
Aviso prévio indenizado (art. 487, § 1º, CLT) 
A falta de aviso prévio por parte do empregador dá ao empregado o direito aos salários correspondentes ao prazo do aviso, garantida sempre a integração desse período no seu tempo de serviço.
RESCISÃO PROMOVIDA PELO EMPREGADO
A falta de aviso prévio pôr do empregado dá ao empregador o direito de descontar os salários correspondentes ao prazo respectivo (Art. 487, §2º, CLT)
AVISO PRÉVIO
Contrato a termo com cláusula assecuratória do direito recíproco de rescisão antecipada (art. 481, CLT)
Caberá aviso prévio, pois aplicam-se os princípios que regem a rescisão dos contratos indeterminados
(Súmula nº 163, TST)
Inobservância do prazo previsto no art. 477, § 6º, CLT para pagamento das verbas da rescisão
MULTA PREVISTA NO ART. 477, § 8º, CLT
P/ empregado = valor equivalente ao salário, salvo quando o empregado der causa à mora.
CESSAÇÃO DO CONTRATO DE TRABALHO
CLASSIFICAÇÃO DA EXTINÇÃO
Resilição contratual- ruptura do contrato por exercício lícito da vontade das partes. Engloba: pedido de demissão, dispensa sem justa causa ou imotivada.
Resolução contratual – ruptura do contrato de trabalho por descumprimento faltoso do pacto por qualquer das partes. Engloba: dispensa por justa causa, despedida indireta.
JUSTA CAUSA – Requisitos:		Inversão do ônus da prova
* Imediatividade; 		* Proporcionalidade;
* Non bis in idem;		* Não discriminação;		* Gravidade da falta;
HIPOTESES DE JUSTA CAUSA – art. 482 da CLT
Improbidade: é o ato lesivo contra o patrimônio da empresa, ou de terceiros, relacionado com o trabalho; exemplo: furto, roubo, falsificação de documentos, etc.
Incontinência de conduta: traduz-se pelo comportamento irregular do empregado, incompatível com a moral sexual; 
é apenas ato de natureza sexual.
Negociação habitual: é o ato de concorrência desleal ao empregador ou o inadequado exercício paralelo do comércio a sua causa.
Condenação criminal: quando ao réu não é concedido o sursis, em virtude do cumprimento da pena privativa da sua liberdade de locomoção.
Desídia: desempenhar as funções com desídia é fazê-lo com negligência.
Embriaguez: configura-se pela embriaguez habitual ou casual, fora do serviço e na vida privada do empregado, mas desde que transpareçam no ambiente de trabalho os efeitos da embriagues.
Violação de segredo: é a divulgação não autorizada das patentes de invenção, métodos de execução, fórmulas, escrita comercial e, enfim, de todo fato, ato ou coisa que, de uso ou conhecimento exclusivo da empresa, não possa ou não deva ser tornado público, sob pena de causar prejuízo remoto, provável ou imediato.
Ato de indisciplina ou insubordinação: 
Indisciplina – descumprir regulamentos ou ordens gerais da empresa;
Insubordinação – é não cumprir ordens ou determinações da chefia. 
Abandono de emprego: é faltar sem justificativa por mais de 30 dias consecutivos.
Ato lesivo à honra e a boa fama: é a ofensa à honra, do empregador ou terceiro, nesse caso relacionada com o serviço, mediante injúria, calúnia ou difamação. Ofensa física: é a agressão, tentada ou consumada, contra o superior hierárquico, empregadores, colegas ou terceiros, no local de trabalho ou em estreita relação com o serviço.
Praticar jogos de azar: jogar por dinheiro de forma habitual e constante.
ESTABILIDADE- DIRIGENTE SINDICAL
Estabilidade-Representação dos empregados na CIPA
ESTABILIDADE- GESTANTE
ESTABILIDADE DA GESTANTE
Súmula 244º. TST - antes
I ‐ O desconhecimento do estado gravídico pelo empregador não afasta o direito ao pagamento da indenização decorrente da estabilidade (art. 10, II, "b" do ADCT).
II ‐ A garantia de emprego à gestante só autoriza a reintegração se esta se der durante o período de estabilidade. Do contrário, a garantia restringe‐se aos salários e demais direitos correspondentes ao período de estabilidade.
III ‐ Não há direito da empregada gestante à estabilidade provisória na hipótese de admissão mediante contrato de experiência, visto que a extinção da relação de emprego, em face do término do prazo, não constitui dispensa arbitrária ou sem justa causa.
ESTABILIDADE - ACIDENTE DE TRABALHO
FGTS
O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) foi criado pela Lei 5107/66 para substituir a estabilidade no emprego (havia opção entre a estabilidade e o FGTS). Com o advento da Constituição de 1988, acabou com o direito de o trabalhador optar pela estabilidade, assim o FGTS passou a ser a única opção do empregado celetista.
FINALIDADE DO FGTS
Garantir uma reserva monetária proporcional ao tempo de serviço para o empregado despedido imotivadamente; 
Garantir recursos para desenvolvimento de programas de habitação popular, saneamento básico e infraestrutura urbana. Natureza jurídica – parte da doutrina entende que é contribuição parafiscal arrecadada pelo Estado. Outros entendem que depósito indenizatório.
BENEFICIÁRIOS, DEPÓSITOS E MOVIMENTAÇÕES DO FGTS
Os empregadores deverão depositar para os empregados urbanos e rurais 8% dos salários pagos ou devidos aos empregados no mês anterior, até o dia 07 do mês subsequente, na conta vinculada. O FGTS incide sobre todas as verbas de natureza salarial – comissões, gorjetas, prestação in natura e o 13º salário.
LEVANTAMENTO DO FGTS
a) Extinção da empresa; 
b) Fechamento de qualquer dos estabelecimentos da empresa, supressão de parte de suas atividades e declaração de nulidade do contrato de trabalho; 
c) aposentadoria; 
d) Falecimento do trabalhador; 
e) Aquisição de casa própria ou pagamento de saldo devedor de financiamento imobiliário;
f) permanecer mais de 3 anos sem depósitos;
g) Suspensão do trabalho avulso por mais de 3 meses; 
h) Neoplasia maligna do trabalhador ou de dependente deste; 
i) Portador do vírus HIV ou dependente portador.
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 07 – Carla dos Anjos
Direito Coletivo de Trabalho
Direito Coletivo de Trabalho - é o segmento do Direito do Trabalho encarregado de tratar da organização sindical, dos conflitos coletivos do trabalho e sua solução e da representação dos trabalhadores.
DIREITO COLETIVO DE TRABALHO
SINDICATO - é a associação de pessoas físicas ou jurídicas que têm atividades econômicas ou profissionais, visando a defesa dos interesses coletivos e individuais de seus membros ou da categoria.
DIREITO COLETIVO (Regras gerais) ART. 8º DA CRFB/88
A lei não pode exigir autorização do Estado para fundação de sindicato, ressalvado o registro no órgão competente
 É vedado ao Poder Público a interferência e intervenção na organização sindical
 É vedada a criação de mais de uma organização sindical, em qualquer grau, representativa de categoria profissionalou econômica, na mesma base territorial, que não pode ser inferior a um município 
 Ninguém o obrigada a se filiar ou manter-se filiado a sindicato
 É obrigatória a participação dos sindicatos nas negociações coletiva
Categoria é o conjunto de pessoas que têm interesses profissionais ou econômicos em comum decorrentes de identidade de condições ligadas ao trabalho.
Ao sindicato cabe a defesa dos direitos e interesses coletivos ou individuais da categoria, inclusive em questões judiciais (dissídios coletivos) ou administrativos, representa os associados e a categoria em juízo ou fora dele. (art.513 CLT).   
Participar das negociações coletivas que irão resultar na concretização de normas coletivas (acordos ou convenções coletivas de trabalho), a serem aplicadas à categoria. 
FONTES DE RECEITAS DOS SINDICATOS
CONTRIBUIÇÃO SINDICAL - art. 8º, IV, CR/88 c/c art. 578, CLT – é anual e obrigatória – art. 579, CLT. Corresponde a um dia de trabalho. 
CONTRIBUIÇÃO CONFEDERATIVA - art. 8º, IV, CR/88 – visa custear o sistema confederativo. É compulsória para os associados – Precedente Normativo 119, TST e OJ – 17, SDC, TST
CONTRIBUIÇÃO ASSISTENCIAL (desconto assistencial) – justifica-se em razão da participação em negociações coletivas ou para custear despesas assistenciais realizadas pelo sindicato. Obrigatória para associados – Precedente Normativo 119, TST e OJ – 17, SDC. 
 
MENSALIDADE SINDICAL - é a aquela prevista e fixada no estatuto ou pelas assembleias. Art. 548, “a”, CLT. Também chamada de mensalidade sindical. Só para associados.
Convenção Coletiva – Sind. Profissional X Sind. Econ.
Acordo Coletivo – Sind. Profissional. X empresa (s)
Acordo de caráter normativo que visa estabelecer condições de trabalho aplicáveis no âmbito das respectivas representações (CC) ou no âmbito da (s) empresa (s) acordantes (AC) às respectivas relações de trabalho
Convenção Coletiva – Sind. Prof. X Sind. Econ.
Acordo Coletivo – Sind. Prof. X empresa (s)
Tem vigência temporária (até dois anos) Art. 614, § 3º, CLT
GREVE 
A greve é a suspensão coletiva, temporária e pacífica, total ou parcial, de prestação pessoal de serviços ao empregador (art.2º Lei n.º 7.783/89. 
A legitimidade para a instauração da greve cabe ao sindicato em assembleia geral, não poderá ser deflagrada quando houver acordo, convenção coletiva ou sentença normativa em vigor, a não ser que tenham sido modificadas as condições que vigoravam. O aviso prévio de greve deve ser fornecido com antecedência mínima de 48 horas ao sindicato patronal ou aos empregadores, sendo de serviços essenciais a antecedência passa para 72 horas.
GREVE – Serviços Essenciais
Tratamento e abastecimento de água; 
Produção e distribuição de energia elétrica, gás e combustíveis;
Assistência médica e hospitalar; 
Distribuição e comercialização de medicamentos e alimentos;
Funerários;
Transporte coletivo;
Captação e tratamento de esgoto e lixo; Telecomunicações; tráfego aéreo; compensação bancária etc. 
GREVE
Paralisação coletiva de trabalho visando obter melhores condições de trabalho
Requisitos e regras gerais - Lei nº 7.783/89
Os abusos são penalizados na forma da lei. A participação em greve legal suspende o contrato de trabalho, devendo as relações obrigacionais durante o período ser regidas por acordo, convenção, laudo arbitral ou decisão da Justiça do Trabalho. 
Lockout
Paralisação por parte dos empregadores a título de frustrar as reivindicações dos empregados.
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 08 – Carla dos Anjos
Direito Previdenciário
SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO
Insalubridade: Quadro de atividades insalubres
Periculosidade: Inflamáveis – art. 193, CLT, Explosivos – art. 193, CLT, Eletricidade – Lei nº 7.369/85
NOTA: Enquanto o empregado trabalhar em condições prejudiciais será devido o adicional. Cessada a nocividade, cessa o direito ao adicional.
O que é e para que serve a Previdência Social?
A Previdência Social é um seguro solidário que objetiva promover o bem-estar social, e cobrir o trabalhador e sua família em casos infortúnios de doença, morte, invalidez, idade avançada, prisão, desemprego involuntário e também em casos específicos de maternidade e ajuda financeira aos necessitados a exemplo do salário família. A Previdência Social está dentro de um contexto maior de Seguridade Social organizada pelo Estado, que compreende tanto a Previdência quanto a Saúde e a Assistência Social.
Como está organizada a Previdência Social do Brasil? 
De acordo com a Constituição Federal Brasileira a Previdência Social é organizada sob a forma de regime geral, de caráter contributivo e de filiação obrigatória. 
O que isto quer dizer? Diferente da Saúde e da Assistência Social, para ter acesso aos benefícios previdenciários é necessário contribuir, todo empregado é obrigado a se filiar e contribuir para o Regime Geral de Previdência Social ainda que não queira, isto é o que fortalece o seu caráter social.
Previdência Social - cuida exclusivamente do trabalhador que contribui;
Seguridade Social - se preocupa com todos os cidadãos. É um conjunto integrado de ações entre o Poder Público (que tem a função de arrecadar e redistribuir os recursos) e a sociedade (contribuinte).
DIREITO PREVIDENCIÁRIO
O Direito Previdenciário começa com a Seguridade Social, por tanto, para que possamos compreender as questões que envolvem o Direito Previdenciário, imprescindível se analisar a evolução histórica da Seguridade Social.
A proteção social, então, nada mais é do que os mecanismos criados pela sociedade, ao longo de sua existência, para atender aos infortúnios da vida, como doença, velhice, etc., que impeçam a pessoa de obter seu sustento.
Direito previdenciário é ramo do Direito público que objetiva o estudo e disciplina da seguridade social, em geral, regula e normatiza o que conhecemos como Previdência, seja a Social ou Privada. Por sua vez, Previdência é “derivado do verbo prever, previdência é a qualidade de quem consegue ver com antecipação, antever”.
A seguridade social compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa dos poderes públicos e da sociedade, destinado a assegurar o direito relativo à saúde, à assistência social, à previdência. (Art. 194 C.F) - SAP
Art. 195. A Seguridade Social será financiada por toda a sociedade, de forma direta e indireta, nos termos da lei, mediante recursos provenientes dos orçamentos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, e das seguintes contribuições sociais:
As das empresas, recaindo sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados e demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
- As dos empregadores domésticos;
- As dos trabalhadores, incidindo sobre o respectivo salário-de-contribuição;
- As das associações desportivas;
- As incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural;
- As das empresas, incidentes sobre a receita ou o faturamento e o lucro;
- As incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias).
Pela Constituição, a Assistência Social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição para a Seguridade Social, e terá por objetivo:
- Proteção à Família, à Maternidade, à Adolescência, à Infância e à Velhice.
- Amparo às crianças e adolescentes carentes.
- Promoção da integração ao mercado de trabalho.
- Habilitação e Reabilitação das pessoas Portadoras de Deficiência Física;
- Garantia de um benefício de um Salário Mínimo mensal ao Portador de Deficiência e ao Idoso que comprovem não possuir meios de promover a própria manutenção ou tê-la provida pela sua família.
- Os recursos para financiar as ações serão provenientes de orçamento da Seguridade Social.
A Previdência Social possui dois regimes básicos e dois complementares:
Os regimes básicos são:
Regime Geral da Previdência Social – RGPS – Previsto no Artigo 201 da CF.(O Regime Geral é o mais abrangente, dando cobertura e proteção à grande massa dos trabalhadores. É gerido peloINSS, Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social.) Beneficiários são: Segurados e dependentes.
- Regimes Próprios da Previdência dos Servidores Públicos e Militares - RPPS – previstos no Art. 40, para os servidores civis, e Art. 142 – X, para os militares.
Os Regimes Complementares têm caráter facultativo, autônomo e natureza privada; são regulados por Lei Complementar à Constituição.
Cabe à União a fiscalização e a regulamentação de seu funcionamento.
Seguridade Social é gênero, do qual são espécies a previdência social, a saúde e a assistência social.
EXPLORANDO O TEMA
http://www.youtube.com/watch?annotation_id=annotation_480213&feature=iv&src_vid=9hNx_LKSRzA&v=VkeGEwGpcYQ
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 09 – Carla dos Anjos
Direito Previdenciário
A Previdência Social possui dois regimes básicos e dois complementares:
Os regimes básicos são:
Regime Geral da Previdência Social – RGPS – Previsto no Artigo 201 da CF.(O Regime Geral é o mais abrangente, dando cobertura e proteção à grande massa dos trabalhadores. É gerido pelo INSS, Instituto Nacional do Seguro Social, autarquia vinculada ao Ministério da Previdência Social.) – Beneficiários são: Segurados e dependentes.
São dez as espécies de benefícios existentes, sendo quatro espécies de aposentadoria, mais quatro benefícios especiais referentes aos segurados e dois benefícios referentes aos dependentes, a saber:
Aposentadoria por invalidez e auxílio-doença: doença de qualquer natureza, doenças relacionadas ao trabalho, ou se o segurado for portador de moléstia grave. 12 contribuições
Aposentadoria por idade: Pode se aposentar por idade todo homem com 65 anos ou mais e mulher com 60 anos ou mais. Todos devem ter contribuído um mínimo de 180 meses.
Aposentadoria especial: Tem direito o trabalhador que exerce sua atividade exposto aos agentes nocivos à saúde, como químicos, físicos ou biológicos. O INSS exige um mínimo de 25 anos de contribuição para o homem e para a mulher. Não existe limite de idade. 
Aposentadoria por tempo de contribuição: Os homens podem se aposentar desde que comprovem através de registro em carteira profissional ou pagamento em carnê que pagaram durante 35 anos ou mais a Previdência Social.
No caso das mulheres, a exigência mínima é de 30 anos de contribuição. 
Auxílio Reclusão: os dependentes têm o direito se o segurado for preso, por qualquer motivo, durante todo o período de reclusão. O benefício só é pago se o trabalhador não estiver recebendo salário da empresa, auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço. 
Não há tempo mínimo de contribuição para que a família do segurado tenha direito ao benefício, mas o trabalhador precisa ter qualidade de segurado.
Salário Família: Benefício pago aos segurados empregados, exceto os domésticos, e aos trabalhadores avulsos com salário mensal de até R$ 971,78, para auxiliar no sustento dos filhos de até 14 anos de idade ou inválidos de qualquer idade. (Observação: São equiparados aos filhos os enteados e os tutelados, estes desde que não possuam bens suficientes para o próprio sustento, devendo a dependência econômica de ambos ser comprovada). Para a concessão, a Previdência Social não exige tempo mínimo de contribuição. 
Pensão por Morte: Benefício pago à família do trabalhador quando ele morre. Para concessão de pensão por morte, não há tempo mínimo de contribuição, mas é necessário que o óbito tenha ocorrido enquanto o trabalhador contribuía com o INSS.
Salário Maternidade: O salário-maternidade é concedido às trabalhadoras nos 120 dias em que ficam afastadas do emprego por causa do parto. O benefício foi estendido também para as mães adotivas. 
REABILITAÇÃO PROFISSIONAL
A Reabilitação Profissional é constituída pelos serviços de assistência reeducativa e de readaptação profissional e é prestada pela Previdência Social aos segurados incapacitados parcial ou totalmente para o trabalho, independente de carência, e às pessoas portadoras de deficiência. O objetivo desses serviços é proporcionar-lhes os meios para a reeducação ou readaptação profissional e social que lhes permitam participar do mercado de trabalho e do contexto em que vivem. Inscritos no programa nas Equipes Técnicas de Reabilitação Profissional, esses beneficiários são habilitados em uma nova função/atividade, podendo ser considerados aptos para reingressarem no mercado de trabalho ou incapacitados para o desempenho de atividade profissional.
PERÍCIA MÉDICA
A Perícia Médica é o procedimento no qual o segurado, vítima de doença ou de acidente do trabalho, é examinado por um profissional especializado (médico-perito), que avalia as condições de saúde e capacidade do segurado, emitindo parecer sobre o afastamento ou o retorno ao exercício da atividade laborativa.
SERVIÇO SOCIAL
O Serviço Social visa prestar aos beneficiários esclarecimentos sobre seus direitos previdenciários e os meios de exercê-los, além de estabelecer a solução dos problemas que emergem de sua relação com a Previdência Social.
Legislação Trabalhista e Previdenciária – Aula 10 – Carla dos Anjos
Direito Previdenciário
O artigo 195 da Constituição Federal determina que o Custeio ou Financiamento da Seguridade Social, que abrange a Saúde, a Previdência e a Assistência Social, é suportado por toda a Sociedade, direta ou indiretamente.
O Custeio ou Financiamento da Previdência, além do Artigo 195 da CF 88, é regido também pela Lei 8.212/912 e o Decreto 3.048/99.
Segundo a Constituição de 1988 e a Lei 8.212/91, o custeio da Seguridade Social é composto pelas seguintes fontes:
1. Receitas da União
2. Receitas das Contribuições Sociais
3. Receitas de Outras Fontes
As contribuições sociais são:
- As das empresas, recaindo sobre a remuneração paga ou creditada aos segurados e demais pessoas físicas a seu serviço, mesmo sem vínculo empregatício;
- As dos empregadores domésticos;
- As dos trabalhadores, incidindo sobre o respectivo salário-de-contribuição;
- As das associações desportivas;
- As incidentes sobre a receita bruta proveniente da comercialização da produção rural;
- As das empresas, incidentes sobre a receita ou o faturamento e o lucro;
- As incidentes sobre a receita de concursos de prognósticos (loterias).
O Sujeito Ativo, isto é, quem recebe as contribuições, é o INSS, que tem competência para cobrá-las e impor penalidades. 
O INSS é o órgão responsável por receber as contribuições dos indivíduos, e tem como função fazer os pagamentos de aposentadorias, auxílio-doença, pensão por morte, auxílio-acidente, e outros vários benefícios previstos por lei. Cada estado brasileiro tem a capacidade de instituir suas próprias regras, em relação à previdência social, criando contribuições específicas para cada um.
São considerados Contribuintes Diretos:
O Empregador Doméstico;
Empresa e Equiparados a ela para fins previdenciários.
(Equiparados a Empresas: contribuintes individuais; cooperativas; associações dentre outros.)
CONTRIBUIÇÕES
Das Empresas sobre a Folha de Salário ou Pagamento - As Contribuições Previdenciárias das empresas por contratar mão de obra assalariada são:
20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas ou devidas aos empregados ou trabalhadores avulsos que lhe prestem serviços.
1%, 2% ou 3% para o Seguro de Acidente de Trabalho – SAT, em razão do grau de risco, incidente sobre a folha.
20% sobre o total das remunerações pagas ou creditadas a qualquer título ao Contribuinte Individual que lhe prestar serviços.
15% sobre o valor das notas fiscais da fatura ou do risco de prestação de serviços relativo às cooperadas ou cooperativas de trabalho.
EXPLORANDO O TEMA
http://www.youtube.com/watch?v=2syrRZon2p8

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